11. Distúrbios Hipertensivos na Gravidez Flashcards
Explique a FP da pré-eclâmpsia mencionando o período em que ocorre, a causa e a consequência.
FP: Segunda onda de invasão trofoblástica ocorre de forma inadequada após a 20ªs resultando em aporte sanguíneo inadequado por remodelação insuficiente das artérias espiraladas e consequetemente hipóxia do tecido placentário por conseguinte déficit de crescimento do feto e placenta.
* Não se pode falar na patologia antes da 20ªs.
* Disfunção endotelial sistêmica -> fatores inflamatórios -> espasmo arteriolar placentário/sistêmico -> hipertensão e trombose arteriolar (ativação de fatores de coagulação), edema (permeabilidade arteriolar aumentado).
Cite 4 achados laboratoriais que falam a favor de pré-eclâmpsia.
Trombocitopenia, aumento de LDH e esquizócitos (hemólise microangiopática), PTNúria (espasmo vascular intrarrenal), cefaleia (isquemia cerebral), distensão de capsula hepática com dor em QSD (hemorragia periportal), RCIU.
O que diferencia HAG (hipertensão arterial gestacional) de pré-eclâmpsia? Qual a definição quando ambas as características estiverem juntas?
- HAG (hipertensão arterial gestacional): HAS antes da 20ªs sem PTNúria e lesão de órgão alvo.
- HAS: HAS <20ªs (só não havia sido DX previamente) ou mantem alteração >6s após o parto.
- Hipertensão crônica sobreposta por pré-eclâmpsia ou superajuntada: Agravamento da PA, já antes diagnosticada, em tratamento, com surgimento de proteinúria ou aumento em 3x da mesma após a 20ªs ou PA ≥ 160/110mmHg ou lesão de órgão alvo.
Defina pré-eclâmpsia mencionando o achado laboratorial. Quando suspeitar de ameça de evolução para eclâmpsia?
HAS após 20ªs com PTNúria ou lesão de órgão alvo (disfunção orgânica).
* LAB de PTNuria: U de 24h com PTN ≥300mg; fita urinária com +/4+ em duas amostras com intervalo de 4h; relação PTN/Cr ≥ 0,3g.
* LAB de disfunção orgânica: creatinina >1 mg/dl, ↑ TGO/TGP/DHL/BrT, esquizócito em sangue periférico, PLQpenia.
* QC de disfunção orgânica: RNC, encefalopatia hipertensiva (cefaleia e escotomas {distúrbios visuais}), dor epigástrica/hipocôndrio direito/tórax, evidência de coagulopatia, AVE, edema de pulmão, refratária a tto anti-hipertensivo.
o Iminência de eclampsia.
Defina o evento que caracteriza eclâmpsia.
Eclampsia: Convulsões tônico clônicas generalizadas.
Defina SD HELLP mencionando os achados laboratoriais.
Sd HELLP (Hemolysis, Elevated Liver enzymes, Low Platelets): Eclampsia com sinais laboratoriais/clínicos.
* Plaquetopenia: <100k (<50 risco CIVD – adm corticoide p/ resgate de plaqueta; se <20 transfundir plaqueta).
- BRt > 1,2.
- Esquizócitos.
- DHL ≥ 600.
- TGO/TGP ≥ 70
DDX de Sd HELLP: PTT (anemia); SHU (aumento de U); Esteatose hepática (dor abdominal contudo com hipoglicemia, que não ocorre na sd HELLP).
Quais achados ao doppler presumem quadro de pré-eclâmpsia?
Predição:
* Doppler da artéria urterina: em 1T e 2T evidenciando resistência da artéria e incisura protodiastólica.
* LAB: Albuminuria e calciuria.
* Relação sFIT1/PLGF (redução do fator de crescimento placentário evidencia uma possível carência da invasão da mesma quando ocorrer).
Quais medicamentos previnem pré-eclâmpsia e quando devem ser administrados?
Prevenção: AAS e Ca entre após 12s, podendo iniciar até 20s, em pctes com FR (HAS, obesa, DM, dç renal, gemelares, antecedente pessoal ou familiar).
* Suspender AAS na 36ªs para não aumentar a chance de hemorragia de parto.
* Carbonato de Ca somente em carentes do Ca contudo a grande maioria da população tem carência de ingesta de Ca.
Quais medicações podem ser utilizadas em quadro de hipertensão na gravidez?
- Metildopa: Quando PA ≥ 150/100 em duas medidas com intervalo de 4h ou persistente 140/90mmHg.
o BCCD/hidralazina se refratariedade somente com metildopa.
o iECA/BRA pode levar a oligoamnio.
Quais exames e em qual periodicidade deve ser solicitados em quadro de pré-eclâmpsia? Quando realizar o parto?
- Após 32s semanal via cardiotoco, USG com dopler mensal, controle de movimento fetal.
- Parto após 37s.
- Indução de parto: Em iminência de eclampsia <24s; entre 24-24s se refratariedade ao corticoterapia antenatal (quadro materno/fetal instável); >34s.
Quando administrar sulfato de magnésio e quais cuidados devem ser monitorados (3 sinais clínicos)?
- Sulfato de Mg (4g EV ataque + 2g manutenção – Zuspan): Em iminência de eclampsia, independente da PA; ou em eclâmpsia, com MOVE.
o Checar reflexo patelar, bradpneia e oliguria para risco de depressão respiratória por hipermagnesemia.
8-10 mEq/L inibe reflexo tendinoso e >12 há risco de parada respiratória.
Antidoto: Gluconato de cálcio (C12H22CaO14).
Qual CD tomar após o parto nos casos de pré-eclâmpsia?
- HAS pós-parto: Retornar ao medicamento atual após parto, se persistir a PA alta até 12s pós-parto a paciente muda o dx para HAS.