TUT 9 - Doenças bolhosas - Artigo sobre Pênfigo Flashcards

1
Q

O que é pênfigo?

A

É um grupo de distúrbios bullosos potencialmente fatais, caracterizados por acantólise (perda de adesão célula-célula) causada por autoanticorpos IgG contra componentes dos desmossomos.

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2
Q

Quais são os principais tipos de pênfigo?

A

Pênfigo vulgar, pênfigo foliáceo, pênfigo por IgA e pênfigo paraneoplásico.

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3
Q

Qual a diferença fundamental entre pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo em termos de autoantígenos?

A

No pênfigo vulgar, os autoanticorpos geralmente são contra desmogleína 3 (ou contra 1 e 3, no caso mucocutâneo), enquanto no pênfigo foliáceo os autoanticorpos são direcionados exclusivamente contra desmogleína 1.

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4
Q

O que é a “teoria da compensação das desmogleínas”?

A

É a hipótese de que a distribuição inata das desmogleínas (Dsg1 predominante nas camadas superficiais da pele e Dsg3 nas camadas basais e nas mucosas) explica o padrão clínico: autoanticorpos contra Dsg3 causam envolvimento mucoso, enquanto autoanticorpos contra Dsg1 resultam em pênfigo foliáceo com envolvimento cutâneo superficial.

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5
Q

Qual é o principal achado histopatológico do pênfigo vulgar?

A

A acantólise suprabasal (bolhas intraepiteliais com queratinócitos acantolíticos) observada na biópsia de pele.

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6
Q

Como se apresenta a imunofluorescência direta no pênfigo?

A

Exibe um padrão intercelular “em rede” (fish-net) de depósitos de IgG e complemento na epiderme, evidenciando a ligação dos autoanticorpos entre queratinócitos.

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7
Q

Qual a utilidade do ELISA no diagnóstico do pênfigo?

A

O ELISA detecta quantitativamente os autoanticorpos IgG contra desmogleína 1 e 3, auxiliando na correlação com a atividade da doença e no diagnóstico diferencial entre pênfigo vulgar e foliáceo.

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8
Q

Quais são as manifestações clínicas clássicas do pênfigo vulgar?

A

Envolvimento mucoso (geralmente oral) com erosões dolorosas, bolhas cutâneas flácidas que se rompem facilmente, resultando em erosões e sangramento, e sinal de Nikolsky positivo.

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9
Q

Quais são as manifestações clínicas clássicas do pênfigo foliáceo?

A

Apresenta-se com lesões cutâneas superficiais – bolhas muito frágeis que rapidamente se transformam em erosões e crostas – sem envolvimento mucoso. Sinal de Nikolsky positivo.

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10
Q

Qual é o principal diferencial imunopatológico entre pênfigo vulgar e pênfigo por IgA?

A

No pênfigo por IgA, os depósitos imunofluorescentes são de IgA (em vez de IgG) e podem estar associados à dermatose pustulosa subcórnea ou intraepidérmica.

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11
Q

Quais fatores genéticos estão associados ao pênfigo?

A

O pênfigo vulgar e foliáceo estão associados a alelos de classe II do HLA, como HLA-DR4, DR14 e outros, com variações conforme a origem étnica.

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12
Q

Qual é a relevância dos fatores ambientais na patogênese do pênfigo?

A

Fatores ambientais (como radiação ultravioleta, queimaduras, medicamentos tiol – por exemplo, penicilamina e captopril –, infecções virais e até fatores dietéticos) podem precipitar ou exacerbar o pênfigo.

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13
Q

O que caracteriza o pênfigo paraneoplásico?

A

É uma forma associada à neoplasia, com envolvimento mucoso extenso (estomatite intratável) e achados cutâneos variáveis, além de possíveis complicações pulmonares (como bronquiolite obliterante).

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14
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial do pênfigo?

A

Por meio de avaliação clínica, biópsia para histopatologia (demonstrando acantólise), imunofluorescência direta (padrão intercelular de IgG e C3) e ensaios serológicos (ELISA para desmogleínas).

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15
Q

Qual a importância do exame clínico completo em pacientes com pênfigo?

A

É crucial identificar o envolvimento de todas as superfícies (pele e mucosas), revisar o histórico de medicamentos e buscar sinais sistêmicos, pois o pênfigo pode se manifestar de forma diversa (vulgar, foliáceo, IgA ou paraneoplásico).

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16
Q

Qual das seguintes afirmações melhor descreve a patogênese do pênfigo?

A. Autoanticorpos IgG dirigem-se exclusivamente à desmogleína 1, causando bolhas superficiais.
B. Autoanticorpos IgG se ligam a moléculas de adesão intercelular (desmogleínas), levando à acantólise e formação de bolhas intraepiteliais.
C. Autoanticorpos IgA são os principais mediadores, afetando a junção dermoepidérmica.
D. A acantólise ocorre devido à deposição de complexos imunes na derme profunda.

A

Resposta: B
Justificativa: A patogênese do pênfigo envolve autoanticorpos IgG que se ligam a desmogleínas (Dsg1 e Dsg3), interferindo na adesão entre queratinócitos e provocando acantólise e formação de bolhas. A opção B descreve corretamente esse mecanismo.

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17
Q

Pergunta: Qual é a base para a teoria da compensação das desmogleínas?

A. A distribuição uniforme de desmogleína 1 e 3 em todas as camadas epiteliais.
B. A predominância da desmogleína 3 na pele e da desmogleína 1 nas mucosas.
C. A expressão de desmogleína 1 é alta na pele e baixa nas mucosas, enquanto a desmogleína 3 é abundante nas mucosas; assim, autoanticorpos contra Dsg3 causam envolvimento mucoso e contra Dsg1 resultam em pênfigo foliáceo.
D. A presença de autoanticorpos contra desmogleína 2 é o principal determinante clínico.

A

Resposta: C
Justificativa: A teoria da compensação das desmogleínas explica que na pele a Dsg1 é predominante nas camadas superficiais e a Dsg3 nas camadas basais, enquanto nas mucosas a Dsg3 é mais abundante; portanto, a especificidade dos autoanticorpos determina o padrão de envolvimento clínico, conforme descrito na opção C.

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18
Q

Pergunta: Qual das seguintes características clínicas é típica do pênfigo vulgar?
A. Bolhas superficiais com descamação que se limitam à pele, sem envolvimento mucoso.
B. Erosões dolorosas na mucosa oral e bolhas cutâneas flácidas que rompem facilmente.
C. Vesículas pruriginosas distribuídas simetricamente nas extremidades com deposição granular de IgA.
D. Lesões cutâneas com crostas hemorrágicas que se restringem às áreas seborreicas.

A

Resposta: B
Justificativa: O pênfigo vulgar é caracterizado principalmente pelo envolvimento da mucosa oral (erosões dolorosas) e por bolhas cutâneas flácidas que se rompem facilmente, levando a erosões. A opção B é a descrição clássica do pênfigo vulgar.

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19
Q

Questão 4
Pergunta: Qual exame é considerado padrão-ouro para demonstrar os depósitos de autoanticorpos no pênfigo?
A. ELISA para desmogleínas
B. Histopatologia com acantólise
C. Imunofluorescência direta (IFD)
D. Teste de Nikolsky

A

Resposta: C
Justificativa: A imunofluorescência direta (IFD) é considerada o exame padrão para demonstrar os depósitos intercelulares de IgG (e C3) no tecido perilesional, o que é fundamental para o diagnóstico do pênfigo.

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20
Q

Pergunta: Qual é o principal diferencial entre pênfigo vulgar e pênfigo foliáceo em termos de autoantígenos?
A. Pênfigo vulgar apresenta autoanticorpos contra Dsg3, enquanto o foliáceo contra Dsg1.
B. Pênfigo vulgar tem autoanticorpos contra Dsg1, e o foliáceo contra Dsg3.
C. Ambos apresentam autoanticorpos contra Dsg1, mas apenas o pênfigo vulgar tem envolvimento mucoso.
D. Pênfigo vulgar possui autoanticorpos IgA e o foliáceo IgG.

A

Resposta: A
Justificativa: No pênfigo vulgar, os autoanticorpos são geralmente contra desmogleína 3 (ou contra ambas, Dsg1 e Dsg3, no caso mucocutâneo), enquanto no pênfigo foliáceo os autoanticorpos se dirigem exclusivamente contra desmogleína 1. Assim, a opção A é correta.

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21
Q

Pergunta: Em relação ao pênfigo paraneoplásico, qual das afirmações é verdadeira?
A. O pênfigo paraneoplásico é caracterizado por envolvimento cutâneo apenas, sem afetar mucosas.
B. Os pacientes com pênfigo paraneoplásico frequentemente apresentam estomatite extensa e intratável, além de envolvimento pulmonar grave.
C. O pênfigo paraneoplásico é uma forma benigno do pênfigo vulgar e responde bem somente aos corticosteroides tópicos.
D. Não há associação entre pênfigo paraneoplásico e neoplasias.

A

Resposta: B
Justificativa: O pênfigo paraneoplásico é uma síndrome paraneoplásica associada a neoplasias, caracterizada por envolvimento mucoso extenso (estomatite intratável) e, em alguns casos, manifestações pulmonares graves (como bronquiolite obliterante). A opção B reflete essa realidade.

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22
Q

Pergunta: Qual das seguintes medidas é fundamental para o diagnóstico do pênfigo?
A. Exclusivamente a avaliação clínica sem necessidade de exames laboratoriais
B. Realização de biópsia para histopatologia e imunofluorescência direta, além de ensaios serológicos (ELISA)
C. Teste de função hepática
D. Exame radiológico de tórax

A

Resposta: B
Justificativa: O diagnóstico do pênfigo requer a integração dos achados clínicos com a análise histopatológica (demonstrando acantólise suprabasal), imunofluorescência direta (depósitos intercelulares de IgG e C3) e exames sorológicos, como o ELISA para desmogleínas. A opção B é a abordagem diagnóstica correta.

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23
Q

Pergunta: Quais fatores ambientais foram sugeridos como precipitantes ou agravantes do pênfigo?
A. Apenas infecções bacterianas
B. Radiação ultravioleta, queimaduras, medicamentos tiol (penicilamina, captopril), infecções virais, compostos alimentares e pesticidas
C. Exclusivamente fatores dietéticos
D. Somente agentes químicos industriais

A

Resposta: B
Justificativa: Diversos fatores ambientais podem precipitar ou agravar o pênfigo, incluindo radiação ultravioleta, queimaduras, certos medicamentos (como penicilamina e captopril, que contêm grupos tiol), infecções virais, compostos alimentares e pesticidas. A opção B resume esses fatores.

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24
Q

Pergunta: Em termos epidemiológicos, quais populações apresentam maior risco para o pênfigo vulgar?
A. Indivíduos com ascendência japonesa
B. Judeus asquenazes, habitantes da Índia, sudeste da Europa e Oriente Médio
C. Populações do Norte da África exclusivamente
D. Crianças menores de 10 anos

A

Resposta: B
Justificativa: Estudos epidemiológicos demonstram que o pênfigo vulgar tem maior incidência em indivíduos com ascendência judaica (especialmente asquenazes) e em populações da Índia, sudeste da Europa e Oriente Médio. A opção B é a correta.

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25
Q

Qual é a utilidade da avaliação do histórico medicamentoso em pacientes suspeitos de pênfigo?
A. Não possui relevância no diagnóstico
B. Substitui a necessidade de biópsia cutânea
C. É utilizada apenas para ajustar a dose de corticosteroides
D. Ajuda a diferenciar entre pênfigo idiopático e pênfigo induzido por drogas

A

Resposta: D
Justificativa: A revisão do histórico medicamentoso é essencial para distinguir entre pênfigo idiopático e pênfigo induzido por drogas, pois certos medicamentos (como penicilamina, captopril, etc.) podem precipitar a doença. A opção B reflete essa importância.

26
Q

O que caracteriza o pênfigo em termos de patogênese?

A

É um grupo de distúrbios bolhosos autoimunes em que autoanticorpos IgG se ligam a moléculas de adesão intercelular (desmogleínas) e outras proteínas dos desmossomos, causando acantólise (perda de adesão entre queratinócitos).

27
Q

Quais são as quatro principais entidades do grupo do pênfigo?

A

Pênfigo vulgar, pênfigo foliáceo, pênfigo por IgA e pênfigo paraneoplásico.

28
Q

No pênfigo vulgar, quais autoantígenos são mais frequentemente alvos dos autoanticorpos?

A

Desmogleína 3 e, em casos mucocutâneos, também desmogleína 1.

29
Q

Por que o pênfigo foliáceo acomete predominantemente a pele, sem envolvimento mucoso?

A

Porque os autoanticorpos se dirigem exclusivamente contra a desmogleína 1, que é expressa intensamente nas camadas superficiais da epiderme e é mínima nas mucosas.

30
Q

Qual a característica histopatológica clássica do pênfigo vulgar?

A

Acantólise suprabasal, com bolhas intraepiteliais contendo queratinócitos acantolíticos.

31
Q

Qual é o padrão de imunofluorescência direta (IFD) no pênfigo?

A

Padrão intercelular “em rede” de depósitos de IgG e C3.

32
Q

Qual exame sorológico é utilizado para quantificar os autoanticorpos contra desmogleínas?

A

O ensaio ELISA.

33
Q

O que explica a “teoria da compensação das desmogleínas” no pênfigo?

A

A distribuição inata das desmogleínas – Dsg1 predominante nas camadas superficiais da pele e Dsg3 nas camadas basal/parabasal e em mucosas – permite que a presença isolada de anticorpos contra Dsg3 cause envolvimento mucoso, enquanto a combinação contra Dsg1 e Dsg3 leva a envolvimento cutâneo e mucoso.

34
Q

Quais fatores genéticos estão associados ao pênfigo vulgar?

A

Alelados de classe II do HLA, como HLA-DR4 (por exemplo, HLA-DRB1*0402 em judeus asquenazes) e outros, variando conforme a população.

35
Q

Cite dois fatores ambientais que podem precipitar ou agravar o pênfigo.

A

Radiação ultravioleta e queimaduras, além de medicamentos tiol (como penicilamina e captopril).

36
Q

Qual é a principal característica clínica do pênfigo paraneoplásico?

A

Envolvimento mucoso extenso, com estomatite intratável e manifestações cutâneas variadas, associado a neoplasias.

37
Q

Como se explica o pênfigo induzido por medicamentos?

A

Certos medicamentos, especialmente aqueles contendo grupos sulfidrila (penicilamina, captopril), podem induzir a formação de autoanticorpos, levando a um quadro semelhante ao pênfigo idiopático, que geralmente regride com a interrupção do fármaco.

38
Q

O que diferencia o pênfigo IgA das outras formas?

A

No pênfigo IgA, os autoanticorpos são da classe IgA, direcionados contra antígenos de superfície dos queratinócitos – na variante da dermatose pustulosa subcorneana, o autoantígeno é tipicamente a desmocolina 1.

39
Q

Quais são os principais achados histológicos da dermatite herpetiforme?

A

Coleções de neutrófilos nas papilas dérmicas e, na IFD, depósitos granulares de IgA nas papilas dérmicas.

40
Q

Qual a importância da dieta sem glúten na dermatite herpetiforme?

A

A dieta sem glúten melhora a enteropatia associada à doença celíaca, que é a base da dermatite herpetiforme, reduzindo as manifestações cutâneas e o risco de complicações como linfoma.

41
Q

Quais exames laboratoriais são essenciais para o diagnóstico do pênfigo?

A

Biópsia para histopatologia, imunofluorescência direta e indireta, e ensaios sorológicos (ELISA) para desmogleínas.

42
Q

Como o exame de biópsia deve ser realizado para diagnosticar o pênfigo?

A

Deve-se realizar uma biópsia por punch (geralmente 4 mm) na borda de uma lesão (bolha ou erosão inicial).

43
Q

Qual é a relevância do sinal de Nikolsky no pênfigo?

A

O sinal de Nikolsky, em que a pressão mecânica na pele normal ou na borda de uma lesão provoca a formação de novas bolhas, é um achado comum que apoia o diagnóstico do pênfigo.

44
Q

O que caracteriza o pênfigo vegetante?

A

É uma variante do pênfigo vulgar em que as lesões evoluem para placas vegetantes com tecido de granulação e crostas, geralmente em áreas intertriginosas.

45
Q

Quais comorbidades podem estar associadas ao pênfigo?

A

Pode haver associação com malignidades hematológicas, sólidos, outras doenças autoimunes (como lúpus, doença de Sjögren), psoríase e distúrbios neurológicos.

46
Q

Qual é o mecanismo patogênico central no pênfigo?
A. Deposição de IgA nas papilas dérmicas
B. Acantólise induzida por autoanticorpos IgG contra desmogleínas
C. Infiltrado linfocitário na derme profunda
D. Deposição de imunocomplexos na junção dermoepidérmica

A

Resposta: B
Justificativa: No pênfigo, autoanticorpos IgG dirigidos contra desmogleínas comprometem a adesão intercelular, resultando em acantólise e formação de bolhas intraepiteliais, o mecanismo descrito na opção B.

47
Q

Pergunta: A teoria da compensação das desmogleínas explica que:

A. A ausência de desmogleína 1 em mucosas impede o aparecimento de lesões nessa área quando há autoanticorpos contra desmogleína 3.
B. A presença de autoanticorpos contra desmogleína 3 leva ao pênfigo foliáceo.
C. Autoanticorpos contra desmogleína 1 provocam envolvimento mucoso exclusivo.
D. A distribuição igualitária de desmogleínas em pele e mucosas explica a variabilidade clínica.

A

Resposta: A
Justificativa: A teoria da compensação das desmogleínas postula que, na pele, a abundância de Dsg1 pode compensar a perda da Dsg3, enquanto nas mucosas, onde Dsg1 é escassa, a presença de autoanticorpos contra Dsg3 resulta em lesões. Assim, a opção A está correta.

48
Q

Qual exame é essencial para confirmar o diagnóstico do pênfigo?
A. Exame radiológico
B. Imunofluorescência direta (IFD)
C. Cultura bacteriana da lesão
D. Ultrassonografia

A

Resposta: B
Justificativa: A imunofluorescência direta é o exame padrão-ouro para demonstrar os depósitos intercelulares de IgG (e C3) em tecido perilesional, confirmando o diagnóstico de pênfigo.

49
Q

Qual das seguintes características diferencia o pênfigo vulgar do pênfigo foliáceo?
A. Pênfigo vulgar apresenta envolvimento mucoso; pênfigo foliáceo é exclusivamente cutâneo.
B. Pênfigo vulgar possui autoanticorpos contra Dsg1; pênfigo foliáceo contra Dsg3.
C. Pênfigo vulgar apresenta bolhas subcorneanas; pênfigo foliáceo bolhas suprabasais.
D. O pênfigo foliáceo tem alta sensibilidade ao sinal de Nikolsky; o pênfigo vulgar não.

A

Resposta: A
Justificativa: O pênfigo vulgar geralmente apresenta envolvimento mucoso (especialmente oral), enquanto o pênfigo foliáceo afeta apenas a pele, com bolhas superficiais que se transformam em erosões e crostas.

50
Q

Em relação aos fatores ambientais que podem precipitar o pênfigo, qual das alternativas é correta?
A. Apenas fatores dietéticos estão implicados.
B. Radiação ultravioleta, queimaduras, medicamentos tiol (penicilamina, captopril) e infecções virais podem atuar como precipitantes.
C. Únicamente a exposição a pesticidas.
D. Nenhum fator ambiental está associado; o pênfigo é exclusivamente genético.

A

Resposta: B
Justificativa: Estudos apontam que vários fatores ambientais, como radiação ultravioleta, queimaduras, medicamentos contendo grupos tiol e infecções virais, podem precipitar ou agravar o pênfigo, conforme descrito na opção B.

51
Q

Qual é a característica clínica clássica do pênfigo paraneoplásico?
A. Lesões cutâneas superficiais sem envolvimento mucoso
B. Estomatite extensa, intratável e envolvimento pulmonar potencialmente grave
C. Exclusivamente bolhas nas palmas e plantas
D. Pústulas agrupadas com prurido intenso

A

Resposta: B
Justificativa: O pênfigo paraneoplásico é associado a neoplasias e se caracteriza por estomatite extensa e intratável, além de manifestações cutâneas variadas e, em alguns casos, envolvimento pulmonar grave (ex. bronquiolite obliterante).

52
Q

Qual das seguintes opções descreve corretamente a utilidade do ELISA no diagnóstico do pênfigo?
A. Identifica exclusivamente autoanticorpos IgA
B. Quantifica autoanticorpos IgG contra desmogleínas, correlacionando-se com a atividade da doença
C. Detecta a presença de imunocomplexos na derme
D. Mede níveis de complemento sérico

A

Resposta: B
Justificativa: O ELISA é utilizado para quantificar os autoanticorpos IgG contra desmogleínas 1 e 3, ajudando na avaliação da atividade da doença e no diagnóstico diferencial entre pênfigo vulgar e foliáceo.

53
Q

Quais comorbidades estão associadas ao pênfigo, de acordo com estudos transversais?
A. Exclusivamente doenças infecciosas
B. Apenas distúrbios cardiovasculares
C. Malignidades hematológicas e sólidas, outras doenças autoimunes, psoríase e distúrbios neurológicos
D. Únicamente doenças reumatológicas

A

Resposta: C
Justificativa: Estudos demonstraram que pacientes com pênfigo têm uma prevalência aumentada de malignidades (como leucemia crônica, mieloma múltiplo e linfoma não-Hodgkin), além de associações com outras doenças autoimunes, psoríase e doenças neurológicas.

54
Q

Qual a importância de revisar o histórico medicamentoso em pacientes com suspeita de pênfigo?
A. Não tem relevância para o diagnóstico
B. É crucial para identificar a possibilidade de pênfigo induzido por drogas
C. Serve apenas para monitorar a resposta aos corticosteroides
D. É utilizado exclusivamente para determinar a dose de ELISA

A

Resposta: B
Justificativa: Revisar o histórico medicamentoso ajuda a identificar se o pênfigo pode ter sido precipitado por medicamentos (como penicilamina, captopril, entre outros), o que é fundamental para o manejo e eventual reversão do quadro.

55
Q

Qual das seguintes afirmações sobre a patogênese do pênfigo é correta?

A. A transferência passiva de autoanticorpos IgG para camundongos neonatais não induz bolhas.
B. A inibição da função das desmogleínas pode envolver sinalização dependente de MAPK e até apoptólise.
C. Os autoanticorpos contra desmogleína 1 são exclusivos do pênfigo vulgar.
D. A patogênese do pênfigo é simples e completamente explicada apenas pela presença de autoanticorpos.

A

Resposta: B
Justificativa: Estudos sugerem que a ligação dos autoanticorpos pode desencadear cascatas de sinalização (incluindo via MAPK) e até apoptólise, contribuindo para a acantólise. Essa é uma parte complexa da patogênese do pênfigo, que vai além da simples presença dos anticorpos.

56
Q

Pergunta: Qual das seguintes técnicas é usada para determinar a localização ultraestrutural das bolhas em pênfigo?
A. Microscopia eletrônica de transmissão
B. Imunofluorescência indireta
C. ELISA
D. Teste de Nikolsky

A

Resposta: A
Justificativa: A microscopia eletrônica de transmissão é a técnica que permite avaliar a localização ultraestrutural das bolhas, identificando o nível de separação (suprabasilar, na lâmina lúcida, abaixo da lâmina densa, etc.) e auxiliando na classificação do pênfigo.

57
Q

Em relação à epidemiologia do pênfigo, quais grupos apresentam maior risco para pênfigo vulgar?
A. Indivíduos de ascendência judaica asquenaze, habitantes da Índia e do Oriente Médio
B. Apenas crianças menores de 10 anos
C. Exclusivamente mulheres na Tunísia
D. Populações do Norte da África apenas

A

Resposta: A
Justificativa: O pênfigo vulgar tem maior incidência em indivíduos de ascendência judaica asquenaze e em populações de determinadas regiões, como Índia, sudeste da Europa e Oriente Médio, conforme evidenciado por estudos epidemiológicos.

58
Q

O que caracteriza o pênfigo neonatal?

A. Uma forma crônica que persiste por toda a vida
B. Uma condição transitória devido à transmissão placentária de autoanticorpos de mãe com pênfigo
C. Um subtipo de pênfigo paraneoplásico
D. Uma forma de pênfigo induzido por medicamentos

A

Resposta: B
Justificativa: O pênfigo neonatal é uma condição transitória que ocorre quando os autoanticorpos maternos atravessam a placenta, causando bolhas no recém-nascido que geralmente se resolvem em cerca de três semanas.

59
Q

Qual das seguintes modalidades terapêuticas é comumente utilizada no tratamento inicial do pênfigo?

A. Exclusivamente terapia fotodinâmica
B. Terapia com inibidores de ponto de verificação imune
C. Apenas agentes tópicos sem uso de medicações sistêmicas
D. Corticosteroides sistêmicos, combinados com agentes imunossupressores conforme necessário

A

Resposta: D
Justificativa: O tratamento inicial do pênfigo geralmente envolve o uso de corticosteroides sistêmicos (como prednisona) e, dependendo da gravidade, a adição de agentes imunossupressores (como azatioprina, micofenolato mofetil ou rituximabe) para controlar a doença.

60
Q

Quais dos seguintes fatores ambientais não foi sugerido como contribuinte para o desenvolvimento ou agravamento do pênfigo?

A. Radiação ultravioleta
B. Queimaduras
C. Infecções virais
D. Exposição exclusiva à água potável

A

Resposta: D
Justificativa: Entre os fatores ambientais mencionados, a radiação ultravioleta, queimaduras, medicamentos e infecções virais foram sugeridos como precipitantes do pênfigo. A exposição exclusiva à água potável não foi associada a esse efeito.