TUT 1 - DRGE - Resumo L - Objetivas Flashcards

1
Q
  1. Um homem de 36 anos relata sensação de queimação retroesternal recorrente há 6 meses, principalmente após refeições copiosas. Refere também leve regurgitação ácida. Ao exame físico, não há alterações significativas. Não apresenta sinais de alarme. Considerando os mecanismos fisiopatológicos da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), qual o principal fator envolvido no desencadeamento dos sintomas apresentados?

A. Hipertonia do esfíncter esofágico inferior (EEI)
B. Relaxamento transitório do EEI mediado pelo nervo vago
C. Perda de motilidade esofágica causada por lesão neural
D. Hiperatividade da crura diafragmática durante a deglutição
E. Aumento da produção de ácido gástrico basal

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. A hipertonia do EEI protege contra o refluxo, não o favorece.
B. Correta. O relaxamento transitório do EEI (RTEEI) é o principal mecanismo fisiopatológico da DRGE, mediado pelo nervo vago e relacionado à distensão gástrica.
C. Incorreta. Lesões neurais podem afetar a motilidade, mas não são o principal fator da DRGE.
D. Incorreta. A crura diafragmática auxilia na pressão do EEI e sua inibição durante o RTEEI favorece o refluxo, não sua hiperatividade.
E. Incorreta. A hipersecreção ácida isolada é rara na DRGE e não é o principal fator fisiopatológico.

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2
Q
  1. Paciente com diagnóstico recente de DRGE deseja compreender melhor a anatomia envolvida na proteção contra o refluxo. O médico explica que uma estrutura atua como principal barreira antirrefluxo, combinando aspectos anatômicos e funcionais. Qual estrutura é essa?

A. Crura diafragmática
B. Ligamento frenoesofagiano
C. Junção esofagogástrica
D. Fundo gástrico
E. Ângulo de Hiss

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A crura participa da barreira, mas sozinha não é suficiente.
B. Incorreta. O ligamento ajuda na fixação do EEI, mas não é a principal barreira.
C. Correta. A junção esofagogástrica (JEG) é a principal barreira antirrefluxo, formada por múltiplos componentes, como o EEI, a crura diafragmática e o ângulo de Hiss.
D. Incorreta. O fundo gástrico pode influenciar o RTEEI, mas não é parte da barreira direta.
E. Incorreta. O ângulo de Hiss contribui, mas isoladamente não caracteriza a principal barreira.

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3
Q
  1. Um homem de 48 anos é submetido a endoscopia por sintomas de refluxo. O exame mostra uma hérnia hiatal por deslizamento de 4 cm. Com base na fisiopatologia, qual é a principal consequência funcional desse achado anatômico?

A. Diminuição do tônus do esôfago distal
B. Aumento da secreção ácida basal
C. Interrupção da peristalse primária esofágica
D. Separação entre o EEI e a crura, levando à incompetência da barreira
E. Obstrução parcial do corpo gástrico proximal

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. O tônus esofágico pode se manter mesmo com hérnia.
B. Incorreta. A hérnia não aumenta a secreção ácida diretamente.
C. Incorreta. A hérnia não interrompe a peristalse primária.
D. Correta. A hérnia por deslizamento causa separação entre o EEI e a crura, reduzindo a competência da barreira antirrefluxo.
E. Incorreta. A hérnia não obstrui o estômago, mas sim altera a posição do EEI.

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4
Q
  1. Mulher de 41 anos relata episódios frequentes de tosse seca, pigarro e sensação de “bola na garganta”, mas nega pirose. A EDA não revelou erosões. O quadro é sugestivo de DRGE não erosiva. Qual mecanismo é mais provável para os sintomas apresentados?

A. Refluxo ácido grave com esofagite não visualizada
B. Lesão direta da mucosa esofágica pela bile
C. Refluxo não ácido associado à hipersensibilidade visceral
D. Alteração da motilidade esofágica causada por acalasia
E. Exposição excessiva ao suco pancreático

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A ausência de erosões não apoia essa hipótese.
B. Incorreta. O papel da bile é secundário e raro.
C. Correta. Refluxo não ácido, associado à hipersensibilidade visceral, é comum em pacientes com sintomas atípicos e sem esofagite.
D. Incorreta. Acalasia é uma condição distinta, não compatível com o quadro.
E. Incorreta. Não há evidência de envolvimento pancreático na DRGE.

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5
Q
  1. Um paciente com sintomas clássicos de DRGE tem sua condição agravada após grandes refeições. Qual explicação fisiopatológica justifica o aumento de episódios de refluxo nesse contexto?

A. Redução da secreção de muco protetor gástrico
B. Hipotonia esofágica secundária ao consumo de gorduras
C. Formação da “bolsa ácida” sobre o conteúdo gástrico
D. Hiperatividade vagal levando a contrações anormais do EEI
E. Aumento do tônus do esfíncter pilórico impedindo o esvaziamento gástrico

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. O muco gástrico não previne refluxo, mas protege a mucosa.
B. Incorreta. Gorduras influenciam o RTEEI, mas o fator principal é outro.
C. Correta. A bolsa ácida se forma no fundo gástrico pós-prandial, promovendo refluxo ácido mesmo com pH gástrico geral mais alto.
D. Incorreta. O RTEEI não resulta de hiperatividade, mas de distensão gástrica.
E. Incorreta. O esfíncter pilórico não está diretamente relacionado ao refluxo

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6
Q
  1. Um homem de 42 anos apresenta queixa de sensação de queimação retroesternal recorrente há 3 meses, especialmente após refeições fartas ou ao deitar-se. Também refere regurgitação ácida ocasional. Não apresenta perda ponderal, disfagia nem histórico familiar relevante. Qual o diagnóstico mais provável com base no quadro clínico?

A. Dispepsia funcional
B. Esofagite eosinofílica
C. Doença do refluxo gastroesofágico
D. Acalasia
E. Úlcera péptica gástrica

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Dispepsia funcional cursa com sintomas epigástricos e não retroesternais.
B. Incorreta. A esofagite eosinofílica está associada a disfagia, especialmente em jovens.
C. Correta. A pirose e regurgitação são sintomas típicos da DRGE.
D. Incorreta. Acalasia costuma causar disfagia e regurgitação de alimentos não digeridos.
E. Incorreta. Úlceras gástricas cursam com dor epigástrica, não retroesternal.

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7
Q
  1. Uma mulher de 55 anos com história de DRGE controlada refere surgimento recente de rouquidão persistente e sensação de pigarro. Nega pirose, perda de peso ou disfagia. Qual hipótese explica melhor os sintomas atuais?

A. Progressão para câncer de esôfago
B. Refluxo gastroesofágico com manifestações atípicas
C. Esofagite viral por imunossupressão latente
D. Exacerbação de asma brônquica crônica
E. Hemorragia digestiva oculta

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Não há sintomas de alarme ou disfagia.
B. Correta. Rouquidão e pigarro são manifestações atípicas comuns da DRGE.
C. Incorreta. Não há sinais clínicos de imunossupressão ou dor.
D. Incorreta. Asma pode coexistir, mas não justifica rouquidão isolada.
E. Incorreta. Não há sinais ou sintomas compatíveis.

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8
Q
  1. Homem de 50 anos relata dor torácica que não melhora com repouso, mas piora após refeições e ao se deitar. ECG e marcadores de necrose miocárdica são normais. Qual das seguintes opções melhor descreve essa manifestação da DRGE?

A. Tosse crônica desencadeada por broncoespasmo
B. Regurgitação ácida com odinofagia
C. Dor torácica não cardíaca
D. Sensação de globus desencadeada por hipersensibilidade
E. Dor epigástrica com irradiação dorsal

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Tosse não foi mencionada.
B. Incorreta. Não há relato de regurgitação ou dor à deglutição.
C. Correta. Dor torácica não cardíaca é manifestação atípica da DRGE, comum e de difícil diagnóstico diferencial.
D. Incorreta. A sensação de globus não se encaixa neste caso.
E. Incorreta. Dor epigástrica com irradiação remete a úlcera ou pancreatite.

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9
Q
  1. Mulher de 37 anos apresenta sensação constante de “nó na garganta” e tosse seca persistente, sem sinais respiratórios ao exame físico. Refere melhora parcial com IBP, mas sem resolução completa. Qual das manifestações abaixo é classificada como atípica da DRGE e mais associada ao caso?

A. Regurgitação ácida pós-prandial
B. Tosse seca crônica
C. Disfagia progressiva
D. Anorexia
E. Dor epigástrica com queimação

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Trata-se de sintoma típico.
B. Correta. Tosse seca crônica é um dos sintomas atípicos mais comuns na DRGE.
C. Incorreta. Disfagia progressiva é sinal de alarme.
D. Incorreta. Anorexia é achado inespecífico e não está relacionado diretamente.
E. Incorreta. A queimação epigástrica é mais comum em dispepsia.

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10
Q
  1. Um paciente de 59 anos com história de DRGE apresenta laringite crônica. O exame otorrinolaringológico confirma inflamação laríngea. Qual o mecanismo provável envolvido na gênese desse sintoma atípico?

A. Lesão direta da mucosa pela bile pancreática
B. Refluxo ácido com aspiração direta ou reflexo via nervo vago
C. Compressão esofágica por adenocarcinoma
D. Irritação mecânica por alimentos fibrosos
E. Inibição da produção salivar pela medicação

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. O refluxo biliar é raro e não está comprovado como causa direta da laringite.
B. Correta. A laringite relacionada à DRGE pode ocorrer por aspiração direta do conteúdo gástrico ou estímulo vagal indireto.
C. Incorreta. Não há sinais de massa ou disfagia.
D. Incorreta. Irritação mecânica não explica inflamação laríngea crônica.
E. Incorreta. Redução salivar não é causa primária de laringite.

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11
Q
  1. Um paciente de 39 anos procura atendimento com queixa de queimação retroesternal há 4 meses, principalmente após refeições e ao deitar. Também relata gosto amargo na boca em algumas ocasiões. Não há dor torácica nem sinais de alarme. Qual a classificação correta desses sintomas?

A. Típicos da DRGE
B. Atípicos da DRGE
C. Inespecíficos e sem valor diagnóstico
D. Sinais de alarme para neoplasia esofágica
E. Exclusivamente sintomas de úlcera péptica

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. Pirose (queimação) e regurgitação são os sintomas típicos clássicos da DRGE.
B. Incorreta. Sintomas atípicos incluem tosse, rouquidão, etc.
C. Incorreta. Esses sintomas são fortemente sugestivos de DRGE.
D. Incorreta. Não há sinais de alarme nesse quadro.
E. Incorreta. A úlcera péptica causa dor epigástrica, não retroesternal.

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12
Q
  1. Um homem de 62 anos apresenta emagrecimento de 6 kg nos últimos 3 meses, disfagia progressiva e episódios de vômito pós-prandial. Refere que anteriormente sentia queimação no peito, mas o foco atual são os novos sintomas. Qual deve ser a conduta diante desse quadro?

A. Prescrever IBP e reavaliar em 30 dias
B. Solicitar impedâncio-pHmetria esofágica
C. Iniciar antidepressivo tricíclico para dor funcional
D. Realizar endoscopia digestiva alta em até 2 semanas
E. Diagnosticar refluxo funcional e tranquilizar o paciente

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. Há sinais de alarme que exigem investigação imediata.
B. Incorreta. A impedâncio-pHmetria é usada em DRGE refratária, sem alarme.
C. Incorreta. Dor funcional não se aplica aqui.
D. Correta. Disfagia, vômitos persistentes e perda de peso são sinais de alarme que exigem EDA precoce.
E. Incorreta. Tranquilizar o paciente sem investigar pode ser perigoso.

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13
Q
  1. Uma paciente de 47 anos relata tosse crônica seca há meses, pigarro frequente e rouquidão intermitente. Nega tabagismo, asma ou pirose. A endoscopia digestiva alta foi normal. Qual das opções abaixo representa corretamente essas manifestações?

A. Sinais de alarme para câncer de laringe
B. Sintomas típicos da DRGE
C. Sintomas atípicos da DRGE
D. Sintomas exclusivos de rinite alérgica
E. Complicações esofágicas graves

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Não há sinais típicos de malignidade laríngea.
B. Incorreta. Tosse, pigarro e rouquidão são sintomas atípicos da DRGE.
C. Correta. Essas manifestações são extradeglutitivas/laringofaríngeas da DRGE.
D. Incorreta. Não há sintomas nasais, e rinite não explica todos os achados.
E. Incorreta. Não há evidências de lesões esofágicas.

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14
Q
  1. Qual das seguintes combinações apresenta corretamente dois sintomas considerados “típicos” da doença do refluxo gastroesofágico?

A. Disfagia e odinofagia
B. Tosse crônica e globus
C. Rouquidão e pigarro
D. Pirose e regurgitação
E. Anorexia e perda de peso

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. São sinais de alarme, não sintomas típicos.
B. Incorreta. São sintomas atípicos.
C. Incorreta. Também são atípicos.
D. Correta. Pirose e regurgitação são os sintomas típicos mais comuns.
E. Incorreta. Esses são sinais de alarme, sugerindo doença grave.

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15
Q
  1. Em relação aos sinais de alerta na DRGE, qual das seguintes situações exige investigação endoscópica imediata?

A. Tosse crônica e pigarro
B. Dor torácica desencadeada por esforço físico
C. Regurgitação e náusea após refeições
D. História familiar de câncer gastrointestinal e anemia
E. Dor epigástrica com alívio após uso de antiácidos

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. São sintomas atípicos, mas não indicam urgência.
B. Incorreta. Deve ser investigada por causas cardíacas antes.
C. Incorreta. São sintomas típicos da DRGE.
D. Correta. Anemia e história familiar de câncer GI são sinais de alarme clássicos.
E. Incorreta. Sugere dispepsia funcional ou úlcera, sem sinais de alarme.

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16
Q
  1. Um homem de 34 anos, previamente saudável, relata episódios de queimação retroesternal e regurgitação há 2 meses, sempre após refeições gordurosas. Não apresenta disfagia, perda de peso nem histórico familiar relevante. Qual é a conduta inicial mais adequada?

A. Solicitar endoscopia digestiva alta de rotina
B. Iniciar IBP em dose padrão por 8 semanas sem investigação complementar
C. Solicitar manometria esofágica para avaliar motilidade
D. Realizar pHmetria esofágica de 24 horas ambulatorial
E. Iniciar antidepressivo tricíclico por possível dor funcional

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Em pacientes <45 anos, sem sinais de alarme, a investigação inicial pode ser clínica.
B. Correta. A terapia empírica com IBP é recomendada para pacientes jovens com sintomas típicos e sem sinais de alarme.
C. Incorreta. A manometria não é indicada na investigação inicial da DRGE.
D. Incorreta. A pHmetria é reservada para casos refratários ou duvidosos.
E. Incorreta. Não há indicação de dor funcional nem sintomas sugestivos.

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17
Q
  1. Um paciente de 59 anos com diagnóstico prévio de DRGE apresenta dor ao engolir (odinofagia) e perda de peso progressiva. Refere piora dos sintomas nas últimas semanas. Qual o próximo passo mais indicado?

A. Continuar IBP e reavaliar em 4 semanas
B. Prescrever antiácidos e observar evolução
C. Realizar endoscopia digestiva alta o mais breve possível
D. Solicitar pHmetria de 24h para confirmar diagnóstico
E. Realizar radiografia contrastada do esôfago

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A presença de sinais de alarme exige investigação imediata.
B. Incorreta. Antiácidos são apenas sintomáticos.
C. Correta. Odinofagia + perda de peso são sinais de alarme → indicação de EDA precoce.
D. Incorreta. A pHmetria não é indicada em pacientes com sinais de alarme.
E. Incorreta. O esofagograma é reservado para disfagia, e não é o exame de escolha.

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18
Q
  1. Um homem de 43 anos com sintomas típicos de DRGE faz uso de IBP há 8 semanas sem melhora significativa. A EDA foi normal. Qual exame deve ser considerado agora para esclarecer a etiologia dos sintomas?

A. Cintilografia de trânsito esofágico
B. Impedâncio-pHmetria esofágica
C. Manometria esofágica de rotina
D. Tomografia de tórax
E. Biópsia gástrica para H. pylori

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. A cintilografia é usada em pediatria, não em adultos.
B. Correta. A impedâncio-pHmetria avalia refluxos ácidos e não ácidos e sua relação com os sintomas.
C. Incorreta. A manometria é indicada apenas para investigação de motilidade e preparo cirúrgico.
D. Incorreta. A TC de tórax não contribui aqui.
E. Incorreta. H. pylori não está relacionado diretamente com DRGE.

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19
Q
  1. Em quais das situações abaixo a manometria esofágica está formalmente indicada como parte da avaliação diagnóstica da DRGE?

A. Pacientes jovens com pirose típica
B. Todos os casos refratários ao IBP
C. Antes de cirurgia antirrefluxo para afastar distúrbios motores
D. Para avaliação da eficácia do tratamento com IBP
E. Em casos de sintomas respiratórios atípicos

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A manometria não é necessária em casos típicos.
B. Incorreta. Não é indicada de forma sistemática.
C. Correta. A manometria deve ser feita antes de cirurgia, para afastar distúrbios motores que contraindiquem o procedimento.
D. Incorreta. A eficácia é avaliada clinicamente.
E. Incorreta. Não é o exame de escolha para sintomas atípicos.

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20
Q
  1. Sobre o teste terapêutico com IBP como ferramenta diagnóstica para DRGE, qual alternativa está CORRETA?

A. Deve ser evitado, pois piora o diagnóstico diferencial
B. É indicado apenas após confirmação endoscópica da doença
C. É útil para pacientes com sinais de alarme
D. É considerado uma estratégia aceitável em pacientes com sintomas típicos e sem sinais de alarme
E. É o padrão-ouro diagnóstico da DRGE

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. É uma ferramenta útil em muitos casos.
B. Incorreta. Pode ser usado antes da endoscopia, em pacientes sem fatores de risco.
C. Incorreta. Sinais de alarme contraindicam abordagem empírica.
D. Correta. O teste terapêutico com IBP é aceitável em pacientes com sintomas típicos e sem sinais de alarme.
E. Incorreta. O padrão-ouro é a pHmetria de 24h, não o teste terapêutico.

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21
Q
  1. Um paciente de 45 anos inicia tratamento para DRGE com omeprazol 20 mg/dia. Após 8 semanas, apresenta melhora completa dos sintomas. No entanto, três semanas após a interrupção da medicação, os sintomas retornam. Qual a conduta mais adequada nesse caso?

A. Reiniciar IBP em dose dobrada indefinidamente
B. Iniciar bloqueador H2 em monoterapia contínua
C. Estabelecer tratamento de manutenção com IBP na menor dose eficaz ou sob demanda
D. Substituir IBP por antiácido de uso contínuo
E. Solicitar pHmetria esofágica de rotina

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A dose dobrada é reservada para refratários.
B. Incorreta. Antagonistas H2 têm menor eficácia para manutenção.
C. Correta. Pacientes que recaem após suspensão devem seguir com tratamento de manutenção, preferencialmente com menor dose eficaz ou uso sob demanda.
D. Incorreta. Antiácidos são paliativos e não sustentam controle adequado.
E. Incorreta. Não há indicação de exames neste contexto.

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22
Q
  1. Um paciente em uso de IBP relata queimação retroesternal principalmente à noite, apesar de boa resposta durante o dia. Qual o fenômeno descrito e a explicação provável?

A. Tolerância farmacológica ao IBP por polimorfismo genético
B. Escape ácido noturno por curta meia-vida do IBP
C. Hipersensibilidade ao refluxo não ácido
D. Refluxo alcalino associado ao uso de antiácidos
E. Interação medicamentosa com anti-histamínico H1

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Embora existam polimorfismos no CYP2C19, não justificam escape ácido noturno isolado.
B. Correta. O escape ácido noturno ocorre porque os IBPs têm meia-vida curta e só inibem as bombas ativas no pico plasmático.
C. Incorreta. Hipersensibilidade pode causar sintomas persistentes, mas não seletivamente noturnos.
D. Incorreta. Refluxo alcalino é raro e não está associado ao uso de antiácidos.
E. Incorreta. H1 não afeta diretamente o controle ácido gástrico.

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23
Q

Um paciente em uso adequado de IBP duas vezes ao dia relata queimação retroesternal persistente no período noturno. Qual medida adjuvante pode ser utilizada para melhorar os sintomas de escape ácido noturno nesse paciente?

A. Substituir IBP por procinético isolado
B. Trocar o IBP por anti-histamínico H2 como terapia de base
C. Adicionar alginato de sódio ao regime noturno
D. Introduzir tratamento com antiácido a cada 4 horas
E. Iniciar antidepressivo tricíclico para modulação visceral

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Procinéticos não têm ação antissecretora significativa e não controlam escape ácido.
B. Incorreta. Antagonistas H2 têm menor eficácia como monoterapia e não são recomendados como substitutos dos IBP.
C. Correta. Alginatos, quando usados no período noturno, podem formar uma barreira mecânica sobre o conteúdo gástrico e proteger contra o refluxo, sendo úteis no escape ácido noturno.
D. Incorreta. O uso contínuo de antiácidos é ineficaz a longo prazo e não substitui os IBPs.
E. Incorreta. Antidepressivos são usados em casos de hipersensibilidade visceral, não para escape ácido.

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24
Q
  1. Um homem de 50 anos apresenta sintomas típicos de DRGE que persistem mesmo com uso adequado de IBP duas vezes ao dia. Endoscopia e pHmetria revelam refluxo não ácido correlacionado aos sintomas. Qual a conduta terapêutica recomendada nesse caso?

A. Aumentar a dose de IBP para três vezes ao dia
B. Introduzir baclofeno como adjuvante terapêutico
C. Associar procinético e antagonista H2
D. Realizar cirurgia antirrefluxo imediatamente
E. Suspender o IBP e iniciar antiácido em dose alta

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Doses acima de 2x/dia não são padrão.
B. Correta. O baclofeno reduz a frequência de RTEEI e é indicado para refluxo não ácido refratário.
C. Incorreta. Procinéticos têm efeito limitado, e H2 não trata refluxo não ácido.
D. Incorreta. Cirurgia não é a primeira escolha nesse cenário.
E. Incorreta. O refluxo não ácido não responde a antiácidos.

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25
Q
  1. Sobre a administração dos IBPs, qual das seguintes orientações é mais correta e influencia diretamente a eficácia do tratamento?

A. Devem ser tomados ao deitar, após o jantar
B. O horário de administração não afeta a ação dos IBPs
C. Devem ser tomados com as refeições para facilitar a absorção
D. Devem ser tomados 30 a 60 minutos antes do café da manhã
E. Devem ser tomados em jejum absoluto de pelo menos 8 horas

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. A absorção e eficácia são prejudicadas se tomadas à noite, exceto em regimes específicos.
B. Incorreta. O horário influencia muito, pois o IBP só inibe bombas ativas.
C. Incorreta. A refeição inibe parte da absorção se tomada junto.
D. Correta. O IBP deve ser tomado 30–60 min antes do café, para coincidir com a ativação máxima das bombas protônicas.
E. Incorreta. O jejum prolongado não é necessário.

26
Q

Um homem de 46 anos em uso de omeprazol 20 mg, 1x/dia, há 8 semanas refere melhora parcial da pirose, mas com sintomas persistentes. Ele afirma tomar o medicamento após o café da manhã. Qual a conduta inicial mais adequada diante dessa queixa?

A. Aumentar a dose de omeprazol para 40 mg por dose, duas vezes ao dia (total de 80 mg/dia), administrado 30 minutos antes do café da manhã e do jantar
B. Manter o omeprazol 20 mg, 1x/dia, por mais 4 semanas, administrado após o jantar
C. Substituir o IBP por hidróxido de alumínio-hidróxido de magnésio, 10 mL, 3x/dia, após as refeições e ao deitar
D. Trocar o IBP por ranitidina 150 mg, 2x/dia, antes das refeições
E. Introduzir baclofeno 10 mg, 3x/dia, antes das refeições, como monoterapia

A

Gabarito: A

Justificativas:

A. Correta. O paciente está utilizando o IBP de forma incorreta (após a refeição) e com dose insuficiente para refratariedade. A conduta é otimizar dose e horário: omeprazol 40 mg, 2x/dia (total de 80 mg/dia), 30 minutos antes das refeições principais.
B. Incorreta. Não há benefício em manter a dose baixa e em horário inadequado.
C. Incorreta. Antiácidos são paliativos e não substituem IBPs na manutenção.
D. Incorreta. A ranitidina foi retirada do mercado; mesmo que estivesse disponível, é menos eficaz.
E. Incorreta. O baclofeno não é indicado como monoterapia de primeira linha.

27
Q
  1. Um paciente com DRGE refratária ao uso de pantoprazol 40 mg 2x/dia é submetido à impedâncio-pHmetria. O exame revela pH normal e refluxos ácidos e não ácidos sem correlação temporal com os sintomas. Qual o diagnóstico mais provável?

A. DRGE erosiva com resposta parcial
B. Hipersensibilidade ao refluxo
C. Pirose funcional
D. Esofagite eosinofílica
E. Acalasia

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. O pH e a correlação sintomática estão normais.
B. Incorreta. A hipersensibilidade exige correlação entre refluxo e sintomas.
C. Correta. A pirose funcional é diagnosticada quando há sintomas persistentes, EDA normal, pH normal e ausência de associação entre refluxos e sintomas.
D. Incorreta. Não há sinais clínicos ou endoscópicos de esofagite eosinofílica.
E. Incorreta. Acalasia cursa com disfagia, não pirose isolada.

28
Q
  1. Um homem de 46 anos em uso de omeprazol 20 mg 1x/dia há 8 semanas refere melhora parcial da pirose, mas com sintomas persistentes. Ele afirma tomar o medicamento após o café da manhã. Qual a conduta inicial mais adequada diante dessa queixa?

A. Aumentar a dose de omeprazol para 40 mg, 2x/dia, 30 minutos antes das refeições
B. Manter o omeprazol 20 mg 1x/dia por mais 4 semanas após o jantar
C. Substituir o IBP por antiácido hidróxido de alumínio-hidróxido de magnésio, 10 mL, 3x/dia
D. Trocar o IBP por ranitidina 150 mg 2x/dia
E. Introduzir baclofeno 10 mg, 3x/dia, como monoterapia

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. Sintomas persistentes com uso inadequado de IBP devem ser manejados com otimização da posologia (aumento da dose e ajuste do horário: omeprazol 40 mg 2x/dia, 30 minutos antes das refeições).
B. Incorreta. A tomada pós-refeição reduz a eficácia do IBP.
C. Incorreta. Antiácidos não substituem IBPs em controle contínuo.
D. Incorreta. Ranitidina foi retirada do mercado e antagonistas H2 têm menor eficácia.
E. Incorreta. Baclofeno não é usado como monoterapia inicial.

29
Q
  1. Homem de 52 anos apresenta sintomas de pirose há mais de 6 meses, sem resposta a esomeprazol 40 mg 2x/dia. A impedâncio-pHmetria mostra refluxo ácido correlacionado aos sintomas. Qual das seguintes condutas pode ser adotada para melhorar o controle sintomático?

A. Substituir o IBP por famotidina 40 mg 2x/dia
B. Associar antiácido carbonato de cálcio 500 mg após as refeições
C. Manter IBP e associar alginato de sódio 10 mL à noite
D. Reduzir o IBP para 20 mg 1x/dia e observar
E. Realizar endoscopia para biópsia de rotina

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Antagonistas H2 têm menor eficácia.
B. Incorreta. Antiácidos têm ação transitória e não previnem refluxo.
C. Correta. Alginato de sódio 10 mL à noite pode reduzir escape ácido noturno em pacientes com refluxo ácido persistente.
D. Incorreta. Reduzir a dose do IBP seria contraproducente.
E. Incorreta. A EDA já foi descartada anteriormente.

30
Q
  1. Uma mulher de 39 anos com sintomas típicos de DRGE faz uso correto de esomeprazol 40 mg, 2x/dia, há 8 semanas. A EDA foi normal e a impedâncio-pHmetria revelou refluxos não ácidos associados aos sintomas. Qual a melhor conduta neste caso?

A. Manter esomeprazol 40 mg 2x/dia e associar baclofeno 10 mg, 3x/dia
B. Suspender o IBP e introduzir domperidona 10 mg, 3x/dia
C. Trocar esomeprazol por vonoprazana 20 mg 1x/dia
D. Iniciar antidepressivo tricíclico (amitriptilina 10 mg ao deitar) como monoterapia
E. Indicar fundoplicatura de Nissen de imediato

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. Em casos de refluxo não ácido refratário, manter o IBP e adicionar baclofeno 10 mg, 3x/dia pode reduzir episódios de refluxo ao inibir os RTEEI.
B. Incorreta. Procinéticos não tratam refluxo não ácido diretamente.
C. Incorreta. Vonoprazana não é superior ao IBP em refluxo não ácido.
D. Incorreta. Amitriptilina pode ser útil em hipersensibilidade, mas não é a primeira linha aqui.
E. Incorreta. Cirurgia não é indicada de forma imediata.

31
Q
  1. Em relação à falha terapêutica na DRGE, qual das alternativas a seguir representa uma causa comum e modificável?

A. Metabolismo ultra-rápido do IBP por polimorfismo no CYP3A4
B. Esvaziamento gástrico rápido
C. Administração incorreta do IBP (após a refeição)
D. Presença de refluxo alcalino puro sem acidez residual
E. Uso concomitante de benzodiazepínico

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. O metabolismo relevante do IBP envolve o CYP2C19, não o CYP3A4.
B. Incorreta. Esvaziamento rápido raramente causa refluxo.
C. Correta. Tomar o IBP após a refeição compromete sua eficácia e é uma das principais causas evitáveis de falha terapêutica.
D. Incorreta. O refluxo alcalino isolado é raro e de difícil diagnóstico.
E. Incorreta. Benzodiazepínicos podem reduzir o tônus do EEI, mas seu papel é secundário.

32
Q
  1. Um homem de 58 anos com DRGE apresenta sintomas há 10 anos. Usa esomeprazol 40 mg, 2x/dia, com boa resposta, mas deseja interromper o uso contínuo. A endoscopia mostra esofagite grau C de Los Angeles, sem complicações. Qual das opções abaixo está mais bem indicada?

A. Manutenção com esomeprazol 20 mg, 1x/dia, por tempo indefinido
B. Cirurgia antirrefluxo por fundoplicatura de Nissen
C. Adição de domperidona 10 mg, 3x/dia, ao IBP atual
D. Troca do IBP por vonoprazana 20 mg, 1x/dia
E. Uso contínuo de antiácido à base de carbonato de cálcio, 3x/dia

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Há desejo de suspender o IBP e esofagite grau C (doença grave).
B. Correta. Fundoplicatura de Nissen é opção válida para tratamento definitivo em pacientes com boa resposta ao IBP, doença documentada e desejo de descontinuação do uso crônico.
C. Incorreta. Procinéticos não substituem IBPs e não tratam esofagite grave.
D. Incorreta. A troca por vonoprazana não resolve a dependência de tratamento contínuo.
E. Incorreta. Antiácidos não controlam esofagite grau C.

33
Q
  1. Um paciente de 52 anos com DRGE controlada com IBP deseja conhecer alternativas não cirúrgicas para evitar o uso contínuo de medicações. Qual das seguintes intervenções endoscópicas é atualmente considerada uma opção, embora ainda em fase investigacional?

A. Aplicação de toxina botulínica no esfíncter inferior
B. Termocoagulação do esôfago distal
C. Aplicação de radiofrequência no EEI (procedimento Stretta)
D. Dilatação pneumática do estômago distal
E. Ablação com laser da mucosa gástrica proximal

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Toxina botulínica relaxa o esfíncter, o que pioraria a DRGE.
B. Incorreta. Termocoagulação não é uma técnica reconhecida para refluxo.
C. Correta. O procedimento Stretta aplica radiofrequência controlada no EEI, promovendo melhora funcional; ainda em fase experimental.
D. Incorreta. Dilatação pneumática é usada na acalasia, não na DRGE.
E. Incorreta. Ablação com laser não tem papel no tratamento da DRGE.

34
Q
  1. Uma paciente de 42 anos com DRGE não erosiva (DRNE) faz uso correto de pantoprazol 40 mg, 2x/dia, há 8 semanas, com alívio parcial dos sintomas. Impedâncio-pHmetria mostra refluxo fisiológico com associação positiva aos sintomas. Qual a melhor conduta neste caso?

A. Manter o IBP atual e adicionar amitriptilina 10 mg à noite
B. Realizar fundoplicatura de Nissen
C. Trocar o IBP por famotidina 40 mg, 2x/dia
D. Substituir pantoprazol por vonoprazana 20 mg, 1x/dia
E. Suspender o tratamento e observar

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. O quadro é de hipersensibilidade ao refluxo, e a amitriptilina 10 mg à noite pode modular a dor visceral.
B. Incorreta. A cirurgia não é indicada em hipersensibilidade sem refluxo patológico.
C. Incorreta. Famotidina é menos eficaz que IBP.
D. Incorreta. Vonoprazana não trata hipersensibilidade visceral.
E. Incorreta. Os sintomas persistem e merecem abordagem ativa.

35
Q
  1. Mulher de 48 anos com DRGE refratária tem hérnia de hiato por deslizamento de 4 cm e pHmetria mostrando exposição ácida elevada. Faz uso de lansoprazol 30 mg, 2x/dia, corretamente. Qual a melhor conduta?

A. Manutenção do IBP e adição de sucralfato 1g, 4x/dia, 1 hora antes das refeições e ao deitar
B. Cirurgia de fundoplicatura antirrefluxo
C. Troca para rabeprazol-ER 50 mg, 1x/dia
D. Início de baclofeno 10 mg, 3x/dia, associado ao IBP atual
E. Iniciar domperidona 10 mg, 3x/dia, associada a hidróxido de alumínio-magnésio, 10 mL, 4x/dia

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Sucralfato não é indicado para tratamento da DRGE com hérnia e refratariedade.
B. Correta. Paciente com DRGE documentada, refratária e hérnia de hiato > 3 cm é candidata à fundoplicatura cirúrgica.
C. Incorreta. O rabeprazol-ER teve desenvolvimento clínico descontinuado.
D. Incorreta. Baclofeno pode reduzir refluxo, mas a hérnia indica cirurgia.
E. Incorreta. Essa combinação não é eficaz para refluxo ácido refratário e anatômico.

36
Q
  1. Sobre a comparação entre o tratamento clínico com IBP e o cirúrgico por fundoplicatura de Nissen para DRGE, qual das afirmações é correta?

A. O tratamento cirúrgico apresenta superioridade clínica em todos os desfechos
B. A fundoplicatura reduz a secreção ácida gástrica mais que os IBPs
C. Ambos os tratamentos apresentam eficácia semelhante para manutenção de remissão clínica por até 3 anos
D. A cirurgia é sempre preferida em pacientes com sintomas noturnos
E. O tratamento clínico é contraindicado em pacientes com esofagite grau C ou D

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Ambos têm eficácia semelhante nos estudos de médio prazo.
B. Incorreta. A fundoplicatura não reduz a secreção ácida, apenas impede o refluxo mecânico.
C. Correta. Estudos mostram eficácia semelhante entre IBP (93%) e fundoplicatura (90%) em remissão por 3 anos.
D. Incorreta. Sintomas noturnos podem ser controlados com ajustes clínicos.
E. Incorreta. A esofagite grau C ou D pode ser tratada com IBPs eficazmente.

37
Q
  1. Qual o mecanismo de ação dos inibidores da bomba de prótons (IBPs)?

A. Inibem competitivamente os receptores H2 da célula parietal gástrica
B. Estimulam a secreção de bicarbonato pelas células epiteliais gástricas
C. Inibem irreversivelmente a H⁺/K⁺-ATPase das células parietais
D. Neutralizam o ácido clorídrico presente no estômago
E. Bloqueiam canais de cálcio dependentes de voltagem na mucosa gástrica

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Isso é feito pelos antagonistas H2 (como famotidina).
B. Incorreta. IBPs não atuam diretamente sobre o bicarbonato.
C. Correta. Os IBPs inibem irreversivelmente a bomba de prótons H⁺/K⁺-ATPase, responsável pela secreção de HCl.
D. Incorreta. Essa é a função dos antiácidos, não dos IBPs.
E. Incorreta. Bloqueadores de canais de cálcio não têm relação com secreção gástrica.

38
Q
  1. Um paciente com DRGE é prescrito omeprazol 20 mg, 1x/dia, mas continua sintomático. Relata que toma o medicamento junto ao café da manhã. Qual orientação deve ser fornecida para melhorar a eficácia terapêutica?

A. Dobrar a dose para 40 mg, mantendo o horário atual
B. Associar famotidina 20 mg, 1x/dia, ao deitar
C. Trocar omeprazol por pantoprazol 20 mg, 1x/dia, antes do almoço
D. Tomar omeprazol 20 mg, 1x/dia, 30 a 60 minutos antes do café da manhã
E. Substituir o omeprazol por hidróxido de alumínio, 10 mL após as refeições

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. Dobrar a dose sem corrigir o horário não resolve o problema.
B. Incorreta. H2 pode ser útil à noite, mas não substitui a correção do uso do IBP.
C. Incorreta. O pantoprazol também exige administração pré-prandial.
D. Correta. Os IBPs devem ser tomados 30–60 minutos antes da refeição para coincidir com a ativação das bombas de prótons.
E. Incorreta. Antiácidos têm ação paliativa e não substituem IBPs.

39
Q
  1. Qual das opções abaixo descreve corretamente uma vantagem do dexlansoprazol MR sobre os IBPs tradicionais?

A. Pode ser tomado a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos
B. Inibe a secreção ácida por mais de 72 horas após dose única
C. É superior ao esomeprazol na cicatrização de esofagite grau D
D. Atua como antagonista competitivo do receptor H2
E. Tem ação direta sobre o nervo vago, inibindo os RTEEI

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. O dexlansoprazol MR possui dupla liberação com grânulos em diferentes pH, permitindo maior flexibilidade no horário da administração.
B. Incorreta. A ação não ultrapassa esse tempo de forma contínua.
C. Incorreta. Não é superior ao esomeprazol em esofagite grave.
D. Incorreta. Isso é típico dos bloqueadores H2, como famotidina.
E. Incorreta. Nenhum IBP atua sobre o nervo vago ou diretamente nos RTEEI.

40
Q
  1. A vonoprazana, um bloqueador competitivo de potássio (PCAB), tem qual característica farmacológica distinta dos IBPs tradicionais?

A. Requer ativação por ácido gástrico para funcionar
B. Liga-se irreversivelmente à bomba de prótons
C. Age rapidamente e sua absorção não depende do horário da refeição
D. É menos eficaz que o omeprazol na cicatrização da esofagite
E. Necessita de uso exclusivo com alimentos para ter efeito

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Essa é a característica dos IBPs tradicionais.
B. Incorreta. A vonoprazana não liga-se irreversivelmente à bomba.
C. Correta. A vonoprazana apresenta ação rápida, potente e independente do horário da refeição, ao contrário dos IBPs.
D. Incorreta. Tem eficácia comparável ou superior.
E. Incorreta. Pode ser tomada antes, durante ou após as refeições.

41
Q
  1. Qual das estratégias abaixo pode ajudar a reduzir o fenômeno de “escape ácido noturno” em pacientes com DRGE sob tratamento com IBP 2x/dia?

A. Substituir o IBP por ranitidina 150 mg, 2x/dia
B. Iniciar uso de alginato de sódio, 10 mL à noite, após o jantar
C. Trocar o IBP por sucralfato 1 g, 4x/dia
D. Introduzir domperidona 10 mg, 3x/dia, 30 min antes das refeições
E. Administrar o IBP após o jantar e ao deitar

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Antagonistas H2 são menos eficazes e ranitidina foi retirada do mercado.
B. Correta. O alginato de sódio forma uma barreira física flutuante que reduz refluxo noturno.
C. Incorreta. Sucralfato não previne refluxo.
D. Incorreta. Procinéticos não controlam acidez diretamente.
E. Incorreta. A administração pós-prandial reduz a eficácia do IBP.

42
Q
  1. Qual das alternativas melhor define a doença do refluxo não erosiva (DRNE)?

A. Presença de esofagite grau B ou menor na endoscopia
B. Sintomas típicos ou atípicos de DRGE sem exposição ácida
C. Presença de sintomas de DRGE sem lesões visíveis à endoscopia
D. Dor epigástrica persistente mesmo com IBP 2x/dia
E. Refluxo alcalino documentado na impedâncio-pHmetria

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Grau B já caracteriza esofagite (doença erosiva).
B. Incorreta. Exposição ácida pode estar presente na DRNE.
C. Correta. A DRNE é definida por sintomas compatíveis com DRGE e endoscopia sem erosões.
D. Incorreta. Dor epigástrica pode ocorrer em dispepsia funcional.
E. Incorreta. O refluxo alcalino isolado é raro e não define DRNE.

43
Q
  1. Em relação à resposta ao tratamento, como a DRNE se comporta em comparação à forma erosiva da DRGE?

A. Apresenta resposta mais rápida e duradoura aos IBPs
B. Tem resposta semelhante à forma erosiva, mas mais efeitos adversos
C. Responde melhor a antiácidos do que a IBPs
D. Apresenta taxa de resposta significativamente inferior aos IBPs
E. Não se beneficia de tratamento farmacológico

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. A DRNE responde pior aos IBPs.
B. Incorreta. A resposta é inferior, não semelhante.
C. Incorreta. Antiácidos são paliativos, não substituem IBPs.
D. Correta. Taxas de resposta aos IBPs na DRNE são inferiores àquelas da forma erosiva (ex: 37% vs 56%).
E. Incorreta. Há benefício com IBPs, apesar da resposta menor.

44
Q
  1. Um paciente com sintomas típicos de DRGE e endoscopia normal é submetido a impedâncio-pHmetria. O exame mostra exposição ácida normal, mas episódios de refluxo ácido associados aos sintomas. Qual o diagnóstico mais provável?

A. DRNE com exposição ácida patológica
B. DRNE com hipersensibilidade ao refluxo
C. Pirose funcional
D. Esofagite erosiva leve não visualizada
E. Esofagite eosinofílica

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. A exposição ácida está normal.
B. Correta. A presença de exposição ácida normal, mas associação temporal positiva entre refluxo e sintomas, define hipersensibilidade ao refluxo.
C. Incorreta. Na pirose funcional não há associação entre refluxo e sintomas.
D. Incorreta. A endoscopia normal descarta esofagite erosiva.
E. Incorreta. A esofagite eosinofílica cursa com disfagia, não pirose isolada.

45
Q
  1. Uma mulher de 35 anos com sintomas persistentes de pirose e endoscopia normal é diagnosticada com pirose funcional. Qual das abordagens farmacológicas abaixo é a mais apropriada neste caso?

A. Omeprazol 20 mg, 1x/dia, por tempo indefinido
B. Alginato de sódio, 10 mL após refeições e ao deitar
C. Amitriptilina 10 mg ao deitar, para modulação da dor visceral
D. Metoclopramida 10 mg, 3x/dia, antes das refeições
E. Domperidona 10 mg, 3x/dia, por 8 semanas

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. IBPs são pouco eficazes na pirose funcional.
B. Incorreta. Alginato é útil no refluxo ácido, não na dor funcional.
C. Correta. A amitriptilina 10 mg à noite pode atuar como modulador da dor visceral, útil em pirose funcional.
D. Incorreta. Procinéticos não são eficazes nesse contexto.
E. Incorreta. Domperidona também não é indicada para pirose funcional.

46
Q
  1. Um paciente com DRNE apresenta melhora parcial com esomeprazol 40 mg, 2x/dia, e deseja tentar reduzir o uso de IBP. Qual estratégia é mais adequada para evitar recaída e preservar controle sintomático?

A. Substituir esomeprazol por famotidina 40 mg, 1x/dia
B. Suspender o IBP e iniciar hidróxido de alumínio 10 mL, 3x/dia
C. Manter IBP sob demanda (apenas quando surgirem sintomas)
D. Trocar IBP por domperidona 10 mg, 3x/dia
E. Reduzir o IBP para 20 mg 1x/dia, independentemente dos sintomas

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Famotidina tem menor eficácia que IBP.
B. Incorreta. Antiácidos não são recomendados como terapia de manutenção.
C. Correta. Pacientes com DRNE podem manter controle com uso sob demanda do IBP, reduzindo exposição prolongada.
D. Incorreta. Procinéticos não são substitutos dos IBPs.
E. Incorreta. A redução de dose deve ser avaliada individualmente.

47
Q
  1. Um homem de 62 anos com histórico de DRGE mal controlada apresenta disfagia progressiva para sólidos e perda de peso. A endoscopia mostra estreitamento do terço distal do esôfago com mucosa inflamada. Qual é a complicação mais provável da DRGE nesse paciente?

A. Acalasia
B. Esofagite eosinofílica
C. Estenose esofágica péptica
D. Esôfago de Barrett com displasia de alto grau
E. Espasmo esofágico difuso

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Acalasia cursa com aperistalse e EEI hipertônico.
B. Incorreta. Não há eosinofilia nem idade compatível.
C. Correta. A estenose esofágica é uma complicação da DRGE crônica, especialmente com esofagite grave e sintomas de disfagia progressiva.
D. Incorreta. Displasia de alto grau pode causar sintomas, mas não leva à estenose estrutural evidente.
E. Incorreta. Espasmos não causam estenose anatômica.

48
Q
  1. Uma mulher de 65 anos com DRGE crônica controlada apresenta dor retroesternal intensa e hematêmese súbita. A endoscopia revela lesão profunda no esôfago distal com sangramento ativo. Qual complicação está mais provavelmente presente?

A. Úlcera esofágica
B. Laceração de Mallory-Weiss
C. Varizes esofágicas rotas
D. Esofagite infecciosa
E. Esôfago de Barrett

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. A úlcera esofágica é uma complicação da esofagite grave, podendo causar dor, sangramento e perfuração.
B. Incorreta. Mallory-Weiss causa laceração na junção gastroesofágica após vômitos repetidos.
C. Incorreta. Varizes estão associadas a hipertensão portal.
D. Incorreta. Não há imunossupressão ou sinais infecciosos.
E. Incorreta. Barrett não costuma sangrar de forma aguda.

49
Q
  1. Em relação ao esôfago de Barrett, qual das alternativas abaixo é verdadeira?

A. Trata-se de metaplasia escamosa para epitélio intestinal
B. É irrelevante clinicamente, pois não há risco de malignização
C. É confirmado por biópsia demonstrando epitélio colunar com células caliciformes
D. Deve ser tratado com IBP apenas quando houver sintomas
E. O diagnóstico é feito apenas por impedâncio-pHmetria

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. O epitélio escamoso é substituído por epitélio colunar especializado.
B. Incorreta. O esôfago de Barrett aumenta o risco de adenocarcinoma.
C. Correta. O diagnóstico requer endoscopia com biópsia, demonstrando epitélio colunar com células caliciformes (metaplasia intestinal).
D. Incorreta. Deve-se tratar com IBP mesmo na ausência de sintomas, para suprimir acidez e prevenir progressão.
E. Incorreta. A impedâncio-pHmetria avalia refluxo, não metaplasia.

50
Q

Sobre o risco de progressão do esôfago de Barrett para adenocarcinoma, qual conduta está recomendada em pacientes com metaplasia intestinal confirmada e sem displasia?

A. Alta definitiva após tratamento com IBP por 8 semanas
B. Vigilância endoscópica periódica e controle clínico com esomeprazol 40 mg, 1x/dia, 30 minutos antes do café da manhã
C. Tratamento com domperidona 10 mg, 3x/dia, por tempo indefinido
D. Fundoplicatura cirúrgica obrigatória como prevenção de neoplasia
E. Impedâncio-pHmetria esofágica anual

A

Gabarito: B
Justificativas:

A. Incorreta. Mesmo sem displasia, o Barrett exige acompanhamento contínuo.
B. Correta. A conduta indicada é a vigilância endoscópica com biópsias periódicas, associada à supressão ácida contínua com IBP, como esomeprazol 40 mg, 1x/dia, 30 minutos antes do café da manhã.
C. Incorreta. Domperidona não reduz risco de progressão nem trata metaplasia.
D. Incorreta. Cirurgia não é obrigatória e não elimina o risco de câncer.
E. Incorreta. A impedâncio-pHmetria avalia refluxo, não substitui a endoscopia.

51
Q

Qual das seguintes características indica maior risco de progressão para adenocarcinoma esofágico em pacientes com esôfago de Barrett?

A. Presença de metaplasia intestinal sem células caliciformes
B. História de tabagismo leve e refluxo esporádico
C. Detecção de displasia de baixo grau em biópsia esofágica
D. Epitélio gástrico de padrão foveolar com inflamação leve
E. Esofagite grau A, com boa resposta ao pantoprazol 40 mg, 1x/dia

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A metaplasia sem células caliciformes não tem valor diagnóstico clássico.
B. Incorreta. Tabagismo leve isoladamente não é critério de risco elevado.
C. Correta. A displasia de baixo grau é um marcador claro de risco aumentado de progressão para adenocarcinoma, exigindo vigilância rigorosa.
D. Incorreta. Esse epitélio gástrico não indica Barrett.
E. Incorreta. Esofagite grau A tem baixo risco de complicação maligna.

52
Q
  1. Um homem de 40 anos apresenta episódios de pirose leve duas vezes por semana, sem sintomas noturnos ou sinais de alarme. Qual a melhor definição para esse padrão de sintomas?

A. Sintomas esporádicos com necessidade de endoscopia urgente
B. DRGE grave com indicação de IBP em dose dobrada contínua
C. DRGE intermitente leve, sem necessidade imediata de exames
D. DRGE erosiva por definição
E. Dispepsia funcional com refluxo secundário

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Não há urgência na ausência de sinais de alarme.
B. Incorreta. A frequência e intensidade não justificam dose alta.
C. Correta. Menos de dois episódios semanais, sem prejuízo da qualidade de vida, configura DRGE intermitente e leve, tratável clinicamente.
D. Incorreta. A forma erosiva depende de confirmação endoscópica.
E. Incorreta. Os sintomas descritos são típicos da DRGE.

53
Q
  1. Um paciente com sintomas típicos de DRGE apresenta boa resposta ao tratamento com omeprazol 20 mg, 1x/dia, por 8 semanas. Após a melhora, deseja suspender o medicamento. Qual conduta é mais apropriada?

A. Suspender o IBP e prescrever famotidina 20 mg, 1x/dia, por tempo indefinido
B. Reduzir para omeprazol 10 mg, 1x/dia, por mais 4 semanas e interromper
C. Iniciar sucralfato 1g, 4x/dia, como substituto definitivo
D. Orientar uso de omeprazol 20 mg, 1x/dia, sob demanda, conforme os sintomas retornem
E. Realizar nova endoscopia para avaliar necessidade de continuidade do tratamento

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. A famotidina é menos eficaz como manutenção.
B. Incorreta. Dose de 10 mg não é padrão e não há evidência de benefício.
C. Incorreta. Sucralfato não substitui os IBPs na DRGE.
D. Correta. Pacientes com boa resposta podem usar IBP sob demanda, minimizando exposição prolongada.
E. Incorreta. A EDA não é necessária sem sinais de alarme.

54
Q
  1. Qual das medidas abaixo é uma recomendação válida para controle não farmacológico da DRGE?

A. Dormir com cabeceira elevada de 10 a 20 cm
B. Realizar jejum prolongado ao longo do dia
C. Consumir café preto após as refeições para tamponar o ácido
D. Usar antiácido à base de hidróxido de alumínio em jejum
E. Evitar todas as frutas cítricas e hortaliças verdes

A

Gabarito: A
Justificativas:

A. Correta. Elevação da cabeceira da cama (10–20 cm) melhora o refluxo noturno.
B. Incorreta. Jejum prolongado não tem relação benéfica com DRGE.
C. Incorreta. O café relaxa o EEI e pode piorar os sintomas.
D. Incorreta. Antiácidos em jejum não têm benefício sustentado.
E. Incorreta. Restrições dietéticas devem ser personalizadas, não genéricas.

55
Q
  1. Em qual das situações abaixo a endoscopia digestiva alta (EDA) deve ser realizada imediatamente?

A. Homem de 35 anos com pirose pós-prandial leve
B. Mulher de 50 anos com tosse noturna e globus faríngeo
C. Homem de 61 anos com dispepsia de início recente
D. Paciente de 40 anos com pirose intermitente controlada com IBP
E. Mulher de 25 anos com regurgitação ácida sem dor

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Sem sinais de alarme, pode iniciar tratamento clínico.
B. Incorreta. Tosse e globus são sintomas atípicos; EDA pode ser adiada.
C. Correta. Dispepsia de início recente em paciente ≥60 anos é critério de alarme e indicação formal de EDA precoce.
D. Incorreta. Caso típico sem critérios de urgência.
E. Incorreta. A paciente é jovem e sem sintomas de alarme.

56
Q

Quais das seguintes orientações deve ser fornecida como parte das medidas comportamentais na DRGE?

A. Dormir em decúbito dorsal com travesseiro elevado
B. Evitar deitar-se nas duas horas seguintes às refeições
C. Consumir alimentos ricos em gordura para estimular peristalse
D. Tomar IBP com as refeições para aumentar a absorção
E. Ingerir grande volume de líquido junto das refeições para acelerar o esvaziamento gástrico

A

Gabarito: B

Justificativas:

A. Incorreta. O decúbito dorsal facilita o refluxo; o ideal é dormir com cabeceira elevada e/ou em decúbito lateral esquerdo.
B. Correta. Evitar deitar-se após as refeições é uma das principais medidas comportamentais para prevenir refluxo, pois a posição supina favorece o retorno do conteúdo gástrico.
C. Incorreta. Alimentos gordurosos retardam o esvaziamento gástrico e reduzem o tônus do EEI, piorando o refluxo.
D. Incorreta. Os IBPs devem ser tomados 30 a 60 minutos antes da refeição, não com ela.
E. Incorreta. Ingerir muito líquido com a comida pode causar distensão gástrica, favorecendo o refluxo.

57
Q
  1. Um homem de 49 anos apresenta pirose persistente apesar do uso de esomeprazol 40 mg, 2x/dia, administrado corretamente. Endoscopia sem alterações. Impedâncio-pHmetria mostra refluxos ácidos e não ácidos, sem correlação temporal com os sintomas. Qual o diagnóstico mais provável?

A. Hipersensibilidade ao refluxo
B. DRGE erosiva com resposta parcial
C. Esofagite eosinofílica
D. Pirose funcional
E. DRGE com estenose esofágica não diagnosticada

A

Gabarito: D
Justificativas:

A. Incorreta. Na hipersensibilidade há correlação entre sintomas e refluxo.
B. Incorreta. A endoscopia está normal e sem resposta ao IBP.
C. Incorreta. Não há queixas de disfagia nem achados endoscópicos.
D. Correta. A pirose funcional é definida por sintomas persistentes, EDA normal, pH normal e ausência de associação entre refluxo e sintomas.
E. Incorreta. Não há achados clínicos ou endoscópicos de estenose.

58
Q
  1. Um paciente apresenta sintomas de DRGE apesar do uso de IBP. Relata tomar omeprazol 20 mg sempre junto com o café da manhã. Qual das causas modificáveis de falha terapêutica é mais provável nesse caso?

A. Resistência farmacológica ao IBP por mutação no gene da bomba de prótons
B. Dose insuficiente do IBP
C. Horário de administração inadequado
D. Presença de esôfago de Barrett não diagnosticado
E. Hipersensibilidade central com disfunção límbica

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. Mutação na bomba é teórica e rara.
B. Incorreta. A dose pode estar adequada, mas o horário é crítico.
C. Correta. Tomar IBP junto com a refeição compromete sua eficácia. O ideal é 30–60 min antes da refeição.
D. Incorreta. Barrett não causa falha terapêutica imediata.
E. Incorreta. Hipersensibilidade central é diagnóstico de exclusão.

59
Q

4 (VERSÃO REFEITA COMPLETA). Em pacientes com sintomas persistentes mesmo após uso otimizado de IBP e sem sinais de alarme, qual exame deve ser realizado antes de indicar fundoplicatura cirúrgica?

A. Teste terapêutico com antagonista H2
B. Impedâncio-pHmetria com IBP
C. Biópsia esofágica para eosinófilos
D. Manometria esofágica
E. Endoscopia digestiva alta

A

Gabarito: D

Justificativas:

A. Incorreta. Antagonistas H2 podem ser adjuvantes, mas não substituem exames estruturais.
B. Incorreta. A impedâncio-pHmetria avalia refluxo, mas não motilidade.
C. Incorreta. Biópsia esofágica está indicada em casos suspeitos de esofagite eosinofílica (com disfagia, impactação alimentar).
D. Correta. A manometria esofágica deve ser feita antes da cirurgia antirrefluxo, para excluir distúrbios motores, como acalasia ou aperistalse, que contraindicam o procedimento.
E. Incorreta. A EDA já deve ter sido realizada previamente na investigação.

60
Q

3 (VERSÃO REFEITA COMPLETA). Qual dos medicamentos abaixo pode ser adicionado ao tratamento de um paciente com DRGE refratária e refluxo não ácido confirmado por impedâncio-pHmetria, visando reduzir os episódios de relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior (RTEEI)?

A. Carbonato de cálcio 500 mg, 3x/dia, após as refeições
B. Amitriptilina 25 mg, ao deitar
C. Baclofeno 10 mg, 3x/dia, antes das refeições
D. Domperidona 10 mg, 3x/dia
E. Metoclopramida 10 mg, 3x/dia

A

Gabarito: C

Justificativas:

A. Incorreta. Antiácidos neutralizam o ácido, mas não reduzem o número de episódios de refluxo.
B. Incorreta. A amitriptilina modula dor visceral e é indicada para pirose funcional, não para refluxo não ácido confirmado.
C. Correta. Baclofeno 10 mg, 3x/dia, antes das refeições reduz os RTEEI, principal mecanismo do refluxo — especialmente útil no refluxo não ácido refratário.
D. Incorreta. Domperidona melhora o esvaziamento gástrico, mas não age sobre os RTEEI.
E. Incorreta. Metoclopramida tem efeito sobre motilidade, mas não reduz os RTEEI.

61
Q

5 (VERSÃO REFEITA COMPLETA). Uma mulher de 43 anos com DRGE refratária apresenta pHmetria normal e associação positiva entre sintomas e refluxo fisiológico. Qual abordagem medicamentosa é mais apropriada nesse caso?

A. Associar sucralfato 1 g, 4x/dia, 1 hora antes das refeições
B. Aumentar a dose de pantoprazol para 80 mg, 2x/dia
C. Introduzir domperidona 10 mg, 3x/dia, por 3 meses
D. Introduzir amitriptilina 10 mg ao deitar
E. Trocar o IBP por ranitidina 150 mg, 2x/dia

A

Gabarito: D

Justificativas:

A. Incorreta. Sucralfato tem ação local sobre a mucosa, mas não modula dor visceral.
B. Incorreta. Aumentar a dose do IBP não resolve hipersensibilidade.
C. Incorreta. Procinéticos não têm papel comprovado em hipersensibilidade ao refluxo.
D. Correta. A amitriptilina 10 mg ao deitar pode ser usada como modulador da dor visceral em pacientes com hipersensibilidade ao refluxo.
E. Incorreta. A ranitidina foi retirada do mercado e é menos eficaz.

62
Q

SUPERQUESTÃO 2
Rute Nogueira Vieira, 38 anos, apresenta sintomas de pirose e regurgitação há 6 meses. Refere que os episódios são diários e pioram após refeições volumosas ou ao deitar. Tem sobrepeso (IMC 30 kg/m²), hábito de ingerir refrigerantes e café à noite, e relata sedentarismo. Está em uso de esomeprazol 40 mg, 1x/dia, mas toma o medicamento após o café da manhã “por hábito”. Não apresenta disfagia, perda ponderal ou sangramento. A endoscopia digestiva alta revelou esofagite grau B. Avaliação motora sugeriu dismotilidade leve. Está resistente à ideia de cirurgia.

Com base nas informações acima, qual a melhor conduta global no momento?

A. Indicar fundoplicatura de Nissen por esofagite grau B e sintomas persistentes
B. Trocar o IBP por famotidina 40 mg, 2x/dia, e iniciar sucralfato 1 g, 4x/dia
C. Corrigir uso do IBP, associar domperidona 10 mg, VO, 2x/dia, e reforçar medidas comportamentais
D. Aumentar o esomeprazol para 80 mg/dia e aguardar melhora
E. Manter o IBP atual, mas adicionar hidróxido de alumínio 10 mL após as refeições

A

Gabarito: C
Justificativas:

A. Incorreta. A cirurgia está indicada em falência do tratamento otimizado, desejo de interromper IBP ou hérnias volumosas — o que não é o caso.

B. Incorreta. Famotidina tem menor eficácia que IBPs, e sucralfato tem benefício limitado em DRGE.

C. Correta. A paciente está usando o IBP de forma incorreta (após a refeição). A conduta correta é orientar uso 30–60 minutos antes da refeição, associar domperidona 10 mg, 2x/dia, VO em caso de dismotilidade, e reforçar medidas não medicamentosas como elevação da cabeceira, perda de peso e evitar alimentos gatilho.

D. Incorreta. Aumentar a dose não substitui a correção do horário e adesão.

E. Incorreta. Antiácidos não têm eficácia sustentada e não substituem a conduta adequada com IBP + medidas comportamentais.