TUT 3 - IC - Resumo - Objetivas Flashcards
Questão 1
Um paciente de 62 anos com diagnóstico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr – FEVE de 30%) está em uso de enalapril, carvedilol e espironolactona em doses ajustadas progressivamente. Permanece sintomático em classe funcional II da NYHA, com pressão arterial de 112/72 mmHg, potássio de 4,5 mEq/L e função renal estável. Qual é a conduta mais apropriada neste momento?
Introdução de sacubitril/valsartana no lugar do enalapril
Aumento da dose de carvedilol para controle da pressão arterial
Introdução de digoxina para redução da mortalidade
Substituição da espironolactona por furosemida para controle da congestão
Gabarito: Introdução de sacubitril/valsartana no lugar do enalapril
Justificativas:
Correta: Sacubitril/valsartana é indicado para pacientes com ICFEr sintomáticos (classe II–IV) apesar de uso otimizado de IECA, BRA ou ARM, com benefícios em mortalidade e hospitalização.
Aumento da dose de carvedilol não tem relação com controle de PA, e o paciente já está em dose adequada.
Digoxina não reduz mortalidade; apenas melhora sintomas e reduz hospitalizações.
Furosemida é indicada apenas se houver sinais de congestão, o que não foi relatado.
Questão 3
Paciente de 74 anos com IC classe funcional III da NYHA apresenta episódios de dispneia noturna e edema de membros inferiores. Está em uso de enalapril, carvedilol, espironolactona e furosemida. ECG mostra ritmo sinusal com QRS de 160 ms e BRE. Qual seria a conduta com maior impacto prognóstico nesse momento?
Adição de digoxina
Troca do enalapril por sacubitril/valsartana
Implantação de terapia de ressincronização cardíaca (TRC)
Início de dapagliflozina
Gabarito: Implantação de terapia de ressincronização cardíaca (TRC)
Justificativas:
Correta: TRC está indicada na ICFEr sintomática (classe III), com BRE e QRS >150 ms.
Sacubitril/valsartana é alternativa útil, mas TRC traz maior impacto nesse perfil eletrocardiográfico.
Dapagliflozina seria benéfica, mas não prioritária frente à indicação clara de TRC.
Digoxina não altera mortalidade e é usada para sintomas refratários.
Questão 4
Mulher de 70 anos com ICFEr por cardiomiopatia dilatada apresenta FEVE de 32% e está em uso de carvedilol, espironolactona e dapagliflozina. Não apresenta sinais de congestão, mas permanece em classe funcional III da NYHA, em ritmo sinusal e com frequência cardíaca de 76 bpm. Qual a próxima medida indicada?
Iniciar ivabradina
Introduzir sacubitril/valsartana
Adicionar furosemida
Iniciar nitrato com hidralazina
Gabarito: Introduzir sacubitril/valsartana
Justificativas:
Correta: Paciente sintomática apesar de terapia tripla otimizada, com FE ≤35%, é candidata ao INRA (sacubitril/valsartana).
Ivabradina só deve ser considerada se FC ≥ 70 bpm E uso pleno de betabloqueador.
Não há sinais de congestão para indicar furosemida.
Nitrato com hidralazina é reservado para afrodescendentes ou intolerantes a IECA/BRA.
Questão 5
Homem de 65 anos, com IC classe funcional II da NYHA, em uso de enalapril, carvedilol e espironolactona. Relata melhora dos sintomas, mas mantém frequência cardíaca de 78 bpm. Apresenta história de internação prévia por IC e está em ritmo sinusal. Qual medicamento pode ser considerado para reduzir risco de hospitalização e morte cardiovascular?
Ivabradina
Digoxina
Hidralazina + nitrato
Bisoprolol
Gabarito: Ivabradina
Justificativas:
Correta: Ivabradina reduz hospitalizações e morte cardiovascular em pacientes com FC ≥70 bpm, ritmo sinusal e FEVE ≤35%, mesmo em uso de betabloqueador.
Digoxina reduz apenas hospitalizações e tem risco de toxicidade.
Hidralazina + nitrato são para casos específicos (intolerância a IECA/BRA ou afrodescendentes em classe III/IV).
Bisoprolol é outro betabloqueador, mas paciente já está em uso de carvedilol.
- Qual é a fração de ejeção do ventrículo esquerdo que define a insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr)?
A) FEVE < 30%
B) FEVE ≤ 45%
C) FEVE entre 40% e 49%
D) FEVE < 40%
E) FEVE ≥ 50%
✅ Gabarito: D
Justificativas:
D está correta: FEVE < 40% é o critério para ICFEr.
A é mais grave, mas ainda dentro de ICFEr.
B e C referem-se à IC de fração intermediária (ICFEi).
E define IC com fração preservada (ICFEp).
- Qual das opções abaixo inclui apenas medicamentos que reduzem mortalidade, morbidade e melhoram qualidade de vida na ICFEr?
A) Enalapril, carvedilol, espironolactona
B) Furosemida, digoxina, enalapril
C) Ivabradina, digoxina, bisoprolol
D) Dapagliflozina, losartana, furosemida
E) Hidralazina, nitrato, furosemida
✅ Gabarito: A
Justificativas:
A traz 3 classes com impacto completo (IECA, betabloqueador e ARM).
B e C incluem digoxina, que não reduz mortalidade.
D e E incluem furosemida, que é apenas sintomática.
- A troca de enalapril por sacubitril/valsartana é indicada em qual situação clínica?
A) Todo paciente com IC, independentemente da sintomatologia
B) Pacientes com FEVE preservada e sintomáticos
C) Pacientes com ICFEr sintomáticos apesar do uso otimizado de IECA
D) Quando há hipocalemia refratária ao uso de IECA
E) Em pacientes com fibrilação atrial com controle inadequado da FC
✅ Gabarito: C
Justificativas:
C está correta: INRA é indicado em pacientes sintomáticos apesar do uso de IECA ou BRA.
A e B não são indicações específicas.
D está errada: IECA causa hiper, não hipocalemia.
E não tem relação direta com troca para INRA.
- Qual das seguintes combinações de fármaco e sua ação está corretamente relacionada à ICFEr?
A) Ivabradina – bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos
B) Digoxina – melhora a sobrevida em IC descompensada
C) Dapagliflozina – inibição do cotransportador sódio-glicose 2
D) Espironolactona – vasodilatação arterial direta
E) Furosemida – aumenta a força contrátil do ventrículo esquerdo
✅ Gabarito: C
Justificativas:
C correta: dapagliflozina é um inibidor de SGLT2.
A descreve o mecanismo dos betabloqueadores, não da ivabradina.
B está errada: digoxina não reduz mortalidade.
D está incorreta: ARM atua nos receptores de aldosterona.
E está incorreta: furosemida atua como diurético, não inotrópico.
- Qual das opções abaixo representa um efeito adverso comum ao uso de IECA, BRA e sacubitril/valsartana?
A) Bradicardia
B) Hipocalemia
C) Hipercalemia
D) Glicosúria
E) Tosse seca
✅ Gabarito: C
Justificativas:
C correta: todos podem causar hipercalemia.
A e D não são comuns com essas classes.
B é mais comum com diuréticos de alça.
E é típico dos IECA, mas não dos BRA ou INRA.
- Qual das afirmativas abaixo está correta em relação à digoxina no tratamento da ICFEr?
A) Melhora a sobrevida em pacientes com IC refratária
B) É indicada como primeira linha no tratamento da ICFEr
C) Reduz hospitalizações e melhora sintomas, sem impacto na mortalidade
D) Deve ser usada em pacientes com IC assintomática para prevenção primária
E) Está contraindicada em qualquer paciente com bradicardia sinusal leve
✅ Gabarito: C
Justificativas:
C correta: digoxina melhora sintomas e reduz hospitalizações, mas não reduz mortalidade.
A está errada: não há benefício em sobrevida.
B está incorreta: é adjuvante, não primeira linha.
D aplica-se a terapias de base como IECA/BB.
E não é absoluta contraindicação; depende da gravidade.
- Sobre o uso de betabloqueadores na ICFEr, assinale a alternativa correta:
A) São indicados apenas em pacientes com IC causada por hipertensão
B) Devem ser evitados em todos os pacientes com asma ou DPOC
C) Podem ser iniciados em pacientes com IC descompensada aguda
D) Reduzem o remodelamento ventricular e aumentam a sobrevida
E) São indicados apenas quando a fração de ejeção estiver < 25%
✅ Gabarito: D
Justificativas:
A Errada – são indicados em qualquer etiologia, inclusive isquêmica e idiopática.
B Errada – DPOC leve/moderada permite uso de betabloqueadores cardiosseletivos.
C Errada – devem ser iniciados apenas quando o paciente estiver clinicamente compensado.
D Correta – além de melhorar FEVE, reduzem mortalidade.
E Errada – são indicados com FEVE < 40%, não apenas < 25%.
- Qual dos medicamentos abaixo é utilizado especificamente em pacientes com ICFEr e frequência cardíaca ≥ 70 bpm em ritmo sinusal?
A) Ivabradina
B) Furosemida
C) Espironolactona
D) Digoxina
E) Bisoprolol
✅ Gabarito: A
Justificativas:
A Correta – ivabradina é usada quando FC ≥ 70 bpm e o paciente está em ritmo sinusal.
B Errada – furosemida trata congestão, sem relação com frequência cardíaca.
C Errada – ARM age no sistema RAAS, não depende da FC.
D Errada – digoxina não tem indicação específica com base apenas na frequência.
E Errada – bisoprolol é betabloqueador, já faz parte do tratamento básico.
- Um paciente afrodescendente em classe funcional III da NYHA, já em uso otimizado de IECA, BB e ARM, permanece sintomático. Qual terapia adicional pode ser indicada com benefício comprovado nessa população?
A) Digoxina
B) Dapagliflozina
C) Nitrato + Hidralazina
D) Ivabradina
E) Furosemida
✅ Gabarito: C
Justificativas:
A Errada – digoxina pode ajudar nos sintomas, mas não tem benefício adicional específico por etnia.
B Errada – embora benéfica, dapagliflozina não tem evidência específica em afrodescendentes como a associação nitrato + hidralazina.
C Correta – essa associação tem benefício comprovado em afrodescendentes sintomáticos em CF III/IV.
D Errada – ivabradina depende da FC e não tem relação com etnia.
E Errada – furosemida é usada apenas para controle de congestão.
- Qual a principal razão para monitorar função renal e potássio após iniciar IECA, BRA, ARM ou INRA em pacientes com IC?
A) Hipocalcemia e insuficiência hepática
B) Hiperglicemia e disfunção pancreática
C) Bradicardia e bloqueio atrioventricular
D) Hipercalemia e disfunção renal
E) Hipotireoidismo e edema periférico
✅ Gabarito: D
Justificativas:
A Errada – essas alterações não estão associadas a essas classes.
B Errada – não é efeito típico.
C Errada – essas complicações estão mais ligadas a betabloqueadores e digoxina.
D Correta – IECA, BRA, ARM e INRA podem elevar potássio e prejudicar a função renal.
E Errada – efeitos não relacionados diretamente a essas medicações.
- Qual critério define insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp)?
A) FEVE entre 30% e 40%
B) FEVE > 50% com disfunção diastólica ou alteração estrutural
C) FEVE ≤ 35% com sintomas refratários
D) FEVE entre 40% e 49% com BNP normal
E) FEVE > 50% e sem alterações ao ecocardiograma
✅ Gabarito: B
Justificativas:
A Errada – corresponde à ICFEr.
B Correta – ICFEp é definida por FEVE > 50% com disfunção diastólica e/ou alteração estrutural + sintomas e BNP elevado.
C Errada – descrição de IC avançada.
D Errada – para classificar como IC, o BNP precisa estar elevado.
E Errada – a ausência de alterações ao eco contraindica o diagnóstico de ICFEp.
- De acordo com a classificação funcional da NYHA, um paciente que apresenta dispneia ao subir escadas ou realizar tarefas domésticas moderadas está em qual classe funcional?
A) Classe I
B) Classe II
C) Classe III
D) Classe IV
E) Classe 0
✅ Gabarito: B
Justificativas:
A Errada – classe I é assintomático mesmo com esforço.
B Correta – sintomas com atividades habituais = NYHA II.
C Errada – refere-se a sintomas com esforços menores que o habitual.
D Errada – refere-se a sintomas em repouso ou com mínimo esforço.
E Errada – essa classificação não existe.
- Segundo a classificação de Stevenson, um paciente “frio e úmido” apresenta:
A) Congestão e perfusão adequada
B) Ausência de congestão e perfusão adequada
C) Congestão e perfusão inadequada
D) Ausência de congestão e má perfusão
E) Congestão isolada, sem alterações perfusionais
✅ Gabarito: C
Justificativas:
A Errada – esse seria o “quente e úmido”.
B Errada – corresponde a “quente e seco”.
C Correta – “frio e úmido” = congesto + hipoperfundido.
D Errada – “frio e seco”.
E Errada – imprecisa, pois não define o padrão perfusional.
- Na classificação INTERMACS, um paciente em choque cardiogênico crítico e instável é classificado como:
A) INTERMACS 1
B) INTERMACS 3
C) INTERMACS 5
D) INTERMACS 6
E) INTERMACS 7
✅ Gabarito: A
Justificativas:
A Correta – INTERMACS 1 é o estágio mais grave (“crash and burn”).
B Errada – INTERMACS 3: estável, mas dependente de inotrópicos.
C Errada – INTERMACS 5: intolerância ao exercício.
D Errada – INTERMACS 6: limitação funcional leve.
E Errada – INTERMACS 7: classe III da NYHA avançada.
- Qual das condições abaixo é característica típica da insuficiência cardíaca esquerda, e não da direita?
A) Edema de membros inferiores
B) Hepatomegalia
C) Turgência jugular
D) Dispneia paroxística noturna
E) Ascite
✅ Gabarito: D
Justificativas:
A Errada – típica da IC direita.
B Errada – também da direita.
C Errada – congestão venosa sistêmica → IC direita.
D Correta – indica congestão pulmonar, comum na IC esquerda.
E Errada – achado clássico da IC direita.
- Homem de 72 anos, hipertenso e diabético, procura atendimento por dispneia progressiva e ortopneia nas últimas semanas. Ao exame, apresenta turgência jugular, refluxo hepatojugular, edema de membros inferiores e presença de terceira bulha. O ecocardiograma revela fração de ejeção de 28% e aumento do ventrículo esquerdo.
Está em uso de enalapril 20 mg 2x/dia, carvedilol 25 mg 2x/dia e espironolactona 25 mg/dia, todos em doses-alvo.
Ritmo sinusal, frequência cardíaca de 84 bpm e pressão arterial de 116/74 mmHg. Permanece em classe funcional III da NYHA.
Qual a próxima conduta com maior impacto prognóstico neste momento?
A) Iniciar digoxina para melhora sintomática
B) Substituir enalapril por sacubitril/valsartana
C) Iniciar ivabradina para controle da frequência cardíaca
D) Iniciar dapagliflozina para controle glicêmico
E) Associar furosemida de manutenção para prevenir edema
A) Iniciar digoxina para melhora sintomática
B) Substituir enalapril por sacubitril/valsartana
C) Iniciar ivabradina para controle da frequência cardíaca
D) Iniciar dapagliflozina para controle glicêmico
E) Associar furosemida de manutenção para prevenir edema
✅ Gabarito: B
Justificativas:
A Errada – digoxina é opção sintomática, mas o paciente tem indicação de terapia com impacto prognóstico.
B Correta – paciente sintomático em CF III com FE ≤ 35% apesar de IECA otimizado → troca por INRA é indicada.
C Errada – ivabradina só deve ser considerada se FC ≥ 70 bpm.
D Errada – embora útil no DM, o benefício principal da dapagliflozina é na IC; a prioridade aqui é o INRA.
E Errada – paciente já tem congestão instalada; furosemida seria sintomática, mas não substitui troca por INRA.
- Paciente de 67 anos com cardiopatia isquêmica, fração de ejeção de 32%, ritmo sinusal, apresenta cansaço aos pequenos esforços e episódios de dispneia paroxística noturna. Está em uso de carvedilol, enalapril e furosemida. Frequência cardíaca de 78 bpm e PA 118/70 mmHg. Qual intervenção pode trazer benefício adicional em desfechos clínicos neste momento?
A) Iniciar digoxina e manter os demais
B) Iniciar ivabradina
C) Acrescentar espironolactona
D) Trocar enalapril por losartana
E) Reduzir dose de furosemida para otimizar volemia
✅ Gabarito: C
Justificativas:
A Errada – digoxina não altera mortalidade, e o paciente ainda não está com tripla otimização.
B Errada – FC está acima de 70, mas ainda não há uso de ARM.
C Correta – ARM reduz mortalidade e deve ser introduzida na ICFEr em CF II–IV.
D Errada – BRA são indicados apenas em intolerância a IECA.
E Errada – não há sinais de hipervolemia excessiva nem de hipovolemia.
- Homem de 75 anos, com IC de longa data, apresenta-se assintomático, em CF I da NYHA, após uso otimizado de carvedilol, enalapril, espironolactona e dapagliflozina. O ecocardiograma atual revela fração de ejeção de 48%, e o exame de 1 ano atrás mostrava FEVE de 28%. Qual é a classificação mais adequada para este paciente atualmente?
A) IC com fração preservada (ICFEp)
B) IC com fração intermediária (ICFEi com recuperação)
C) IC com fração reduzida (ICFEr compensada)
D) IC sem critérios diagnósticos vigentes
E) Cardiomiopatia hipertensiva compensada
✅ Gabarito: B
Justificativas:
A Errada – a fração atual é > 45%, mas houve melhora significativa da fração → não é ICFEp típica.
B Correta – caracteriza ICFEi com recuperação da fração de ejeção.
C Errada – FEVE atual acima de 40%, não se classifica mais como ICFEr.
D Errada – paciente mantém história de IC e uso contínuo de medicações específicas.
E Errada – não há base diagnóstica para esse rótulo.
- Mulher de 68 anos com IC e FEVE de 26% apresenta ortopneia, crepitações pulmonares bilaterais e frequência respiratória de 24 irpm. ECG mostra BRE com QRS de 162 ms. Está em uso de sacubitril/valsartana, carvedilol e espironolactona. Qual a intervenção com maior impacto prognóstico neste caso?
A) Implantar cardiodesfibrilador (CDI)
B) Iniciar dapagliflozina
C) Implantar terapia de ressincronização cardíaca (TRC)
D) Iniciar hidralazina e nitrato
E) Acrescentar digoxina
✅ Gabarito: C
Justificativas:
A Errada – embora o CDI tenha benefício em FE ≤ 35%, a presença de BRE com QRS largo prioriza TRC.
B Errada – dapagliflozina seria benéfica, mas TRC tem maior impacto nesse perfil.
C Correta – TRC está indicada em pacientes com FEVE ≤ 35%, CF II–IV, ritmo sinusal e QRS ≥ 150 ms com BRE.
D Errada – essa associação é mais indicada para afrodescendentes ou intolerância a IECA/BRA.
E Errada – digoxina não melhora mortalidade nem reverte padrão elétrico.
- Homem de 60 anos, com IC secundária à miocardiopatia chagásica, apresenta fração de ejeção de 35%, permanece em classe funcional III da NYHA apesar de uso otimizado de carvedilol, sacubitril/valsartana, espironolactona e dapagliflozina. Está em ritmo sinusal, com frequência cardíaca de 80 bpm. Qual é a conduta com maior impacto prognóstico neste momento?
A) Iniciar ivabradina para controle adicional da frequência cardíaca
B) Adicionar digoxina para melhora funcional
C) Iniciar hidralazina e nitrato como vasodilatadores
D) Avaliar implantação de cardiodesfibrilador (CDI)
E) Reduzir a dose de sacubitril/valsartana para prevenir hipotensão
✅ Gabarito: D
Justificativas:
A Correta em outros contextos – ivabradina é uma boa opção para reduzir hospitalizações, mas não demonstrou impacto em morte súbita, o que é central em etiologias como a doença de Chagas.
B Incorreta – digoxina reduz sintomas e hospitalização, mas sem efeito na mortalidade.
C Incorreta – não há indicação de intolerância a INRA; hidralazina + nitrato são de segunda linha.
D Correta – CDI está indicado em pacientes com FE ≤ 35%, CF II–III, e etiologia não isquêmica para prevenção de morte súbita.
E Incorreta – sem indício clínico de hipotensão, não se reduz a dose preventivamente.