TUT 2 - DRC - Resumo - Discursivas Flashcards

1
Q

Por que a Doença Renal Crônica (DRC) é considerada uma epidemia do século XXI?

A

Porque afeta entre 8 a 10% da população adulta mundial, com crescimento estimado de 5 a 7% ao ano.

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2
Q

Em quais países a DRC é mais frequente e qual a principal causa?

A

É mais frequente em países pobres e está mais relacionada à presença de diabetes e/ou hipertensão.

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3
Q

Qual é o impacto econômico da DRC nos sistemas de saúde?

A

Os tratamentos com diálise e transplante renal consomem de 2 a 3% dos orçamentos da saúde em países desenvolvidos.

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4
Q

Como a DRC afeta a qualidade de vida dos pacientes?

A

Causa mudanças drásticas na qualidade de vida e tem repercussões em diversos órgãos e sistemas, aumentando a morbimortalidade.

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5
Q

A DRC pode ser prevenida?

A

Sim, especialmente quando diagnosticada em estágios iniciais, pois apresenta fatores de risco bem estabelecidos.

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6
Q

Os testes diagnósticos da DRC são acessíveis?

A

Sim, os testes para detectar disfunção e lesão renal são de baixo custo e amplamente disponíveis, mas são subutilizados na prática clínica.

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7
Q

Qual é a definição de Doença Renal Crônica (DRC)?

A

A DRC é definida como a presença de anormalidades na estrutura e na função dos rins, persistindo por mais de 3 meses, e com implicação na saúde do paciente.

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8
Q

Quais são os principais marcadores de alterações estruturais renais na definição da DRC?

A

Proteinúria, albuminúria (o marcador mais sensível), alterações no sedimento urinário (hematúria, leucocitúria, cilindros hemáticos e leucocitários), alterações eletrolíticas secundárias a lesões tubulares renais, alterações histológicas renais (em biópsia), anormalidades estruturais nos exames de imagem renal e história de transplante renal.

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9
Q

Qual o critério usado de taxa de filtração glomerular (TFG) para definir a DRC?

A

A DRC é diagnosticada quando a TFG é inferior a 60 mL/min/1,73m² por mais de 3 meses. Pacientes com TFG < 15 mL/min/1,73m² são considerados portadores de insuficiência renal crônica ou falência renal.

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10
Q

Quais são os principais sintomas da DRC nos estágios iniciais?

A

A DRC é geralmente assintomática nos estágios iniciais e costuma ser identificada em exames de rotina ou incidentais. Sintomas como hematúria, edema, urina espumosa, noctúria e dor lombar são pouco comuns nas fases iniciais.

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11
Q

Quais são os principais sintomas da DRC em fases mais avançadas?

A

Fadiga, astenia, anorexia, perda inexplicável de peso, edemas, anemia, náuseas, vômitos, gosto metálico na boca, neuropatia periférica, hipervolemia (podendo evoluir para edema agudo pulmonar), pericardite e alterações do sistema nervoso central (dificuldade de concentração, letargia).

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12
Q

Existe correlação direta entre níveis séricos de ureia e creatinina e os sintomas da DRC?

A

Não, não há uma correlação direta absoluta entre os níveis séricos dessas substâncias e o início dos sintomas.

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13
Q

Qual é o marcador mais utilizado na prática clínica para definir a função renal de um paciente?

A

A Taxa de Filtração Glomerular estimada (TFGe) é o melhor índice para avaliação da função renal, pois reflete a capacidade excretora dos rins e pode ser calculada por equações matemáticas.

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14
Q

Quais métodos podem ser usados para medir a TFG?

A

A TFG pode ser medida por métodos de depuração (clearance) utilizando substâncias como creatinina, iohexol ou iodotalamato, mas na prática clínica utiliza-se principalmente a estimativa da TFGe.

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15
Q

Qual é o indicador endógeno mais usado para estimar a função renal?

A

A creatinina sérica, devido à sua facilidade de dosagem, baixo custo e ampla disponibilidade nos laboratórios.

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16
Q

Quais são as principais limitações da creatinina sérica como marcador da função renal?

A

Apresenta baixa sensibilidade, pois seus níveis só aumentam em fases mais avançadas da DRC. Além disso, varia de acordo com sexo, raça e massa muscular, o que pode afetar sua precisão.

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17
Q

Qual a diferença entre a taxa de filtração glomerular (TFG) e a depuração (clearance) de creatinina?

A

A depuração de creatinina geralmente superestima a TFG, pois além de ser filtrada pelo glomérulo, a creatinina também é secretada pelos túbulos proximais.

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18
Q

Como a depuração de creatinina pode ser medida?

A

Pode ser calculada a partir da creatinina excretada na urina de 24 horas e da creatinina sérica, ou estimada usando equações matemáticas.

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19
Q

Quais são as vantagens do uso da depuração de creatinina para medir a função renal?

A

Sua ampla difusão, custo acessível e boa correlação com o padrão-ouro de estimativa da TFG.

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20
Q

Quais são as limitações da depuração de creatinina como método de avaliação da função renal?

A

Com a redução da TFG, ocorre um aumento na secreção tubular de creatinina, resultando em uma superestimação dos valores. Além disso, depende de uma coleta urinária precisa, o que pode gerar erros pré-analíticos.

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21
Q

O que é a cistatina C e qual seu papel na avaliação da função renal?

A

A cistatina C é um biomarcador produzido por todas as células nucleadas, filtrado livremente pelos glomérulos e não secretado nos túbulos renais, sendo uma alternativa para estimar a TFG.

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22
Q

Quais são as vantagens da cistatina C em comparação com a creatinina sérica?

A

Diferente da creatinina, sua produção não sofre influência da massa muscular, sexo ou dieta, tornando-a mais precisa para estimar a função renal em pacientes com variações nesses fatores.

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23
Q

Em quais populações a cistatina C é mais indicada para avaliar a TFG?

A

Pacientes cirróticos, anoréxicos, oncológicos e cardiopatas graves, nos quais a massa muscular pode interferir na estimativa da função renal.

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24
Q

Quais são as limitações do uso da cistatina C como marcador da função renal?

A

Seu custo elevado, a influência de marcadores inflamatórios em seus níveis e a interferência de disfunções tireoidianas na sua interpretação.

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25
Q

Qual é a fórmula mais recomendada para estimar a TFG em adultos?

A

A equação CKD-EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration), baseada na creatinina sérica, é a mais indicada por apresentar boa acurácia.

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26
Q

Quando é indicado o uso da equação que combina cistatina C e creatinina para estimar a TFG?

A

Quando se necessita de maior precisão na estimativa da função renal, como em pacientes com massa muscular reduzida ou estados inflamatórios.

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27
Q

Qual fórmula é mais recomendada para estimar a TFG em idosos?

A

A equação BIS1 (Berlin Initiative Study-1), por ter sido desenvolvida especificamente para essa população.

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28
Q

Qual equação é mais indicada para estimar a TFG em pacientes obesos?

A

A equação de Salazar-Corcoran, pois considera o impacto da obesidade na distribuição corporal da creatinina.

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29
Q

Qual fórmula é mais utilizada para estimar a TFG em crianças?

A

A fórmula de Schwartz, amplamente validada para essa faixa etária.

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30
Q

Onde as fórmulas de estimativa da TFG podem ser encontradas para uso clínico?

A

Em aplicativos gratuitos disponíveis para computadores pessoais e smartphones.

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31
Q

Como a Doença Renal Crônica (DRC) é classificada de acordo com a TFG?

A

A DRC é estratificada em seis estágios funcionais (G1 a G5), de acordo com a TFG. O estágio G5 é denominado insuficiência renal crônica, e se o paciente estiver em terapia de substituição renal, a classificação passa a ser G5D.

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32
Q

Qual a importância da classificação da DRC por estágios?

A

Essa classificação tem grande importância para análises clínicas, epidemiológicas, didáticas e conceituais, auxiliando no prognóstico e conduta clínica.

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33
Q

Como a albuminúria é utilizada para classificar a DRC?

A

A albuminúria pode ser classificada pela taxa de excreção de albumina (TEA) em mg/24h ou pela relação albumina/creatinina (RAC) em mg/g em uma amostra isolada de urina.

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34
Q

Quais são os valores considerados normais de albuminúria?

A

Uma TEA ≤ 30 mg/dia ou uma RAC ≤ 30 mg/g de creatinina são aceitos como normais.

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35
Q

Por que a albuminúria é um marcador mais confiável que a proteinúria?

A

Porque é um marcador mais sensível e específico de lesão glomerular renal.

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36
Q

Quando a presença de albuminúria deve ser considerada indicativa de lesão renal?

A

Quando persiste por mais de 3 meses, indicando agressão glomerular.

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37
Q

Qual a melhor forma de coletar a urina para avaliação da albuminúria?

A

Deve-se sempre utilizar a primeira urina da manhã em jejum, evitando amostras muito diluídas.

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38
Q

O que significa a presença de proteinúria em um paciente com DRC?

A

Proteinúria é a presença de quantidades anormais e aumentadas de proteína na urina, sendo um achado importante na triagem, diagnóstico e controle da DRC.

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39
Q

Quais são as principais causas da proteinúria?

A

Lesão glomerular, disfunção tubular e paraproteinemias.

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40
Q

A inflamação do trato urinário pode causar proteinúria?

A

Sim, especialmente em casos de cistites, onde a inflamação pode aumentar a presença de proteínas na urina.

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41
Q

Qual é a relação entre proteinúria e diagnóstico precoce da DRC?

A

A proteinúria tem alta especificidade, mas baixa sensibilidade no diagnóstico precoce da DRC, pois geralmente aparece em estágios mais avançados da doença.

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42
Q

Quais os valores de referência para proteinúria em adultos?

A

Valores menores que 300 mg/24 horas são considerados normais.

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43
Q

Qual método prático pode ser utilizado para avaliar a proteinúria sem necessidade de coleta de 24 horas?

A

A relação proteinúria/creatinina em amostra isolada de urina, que apresenta boa correlação com a proteinúria de 24 horas.

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44
Q

Quais exames devem ser considerados quando há suspeita de proteinúria tubular ou paraproteinemias?

A

Eletroforese de proteínas, imunofixação de proteínas séricas ou urinárias e pesquisa de proteína de Bence-Jones.

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45
Q

Qual é o valor de referência normal para a proteinúria de 24 horas?

A

Menos de 300 mg/24 horas.

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46
Q

Qual o limite de normalidade para a proteinúria medida por fita de imersão?

A

Menos de 30 mg/dL.

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47
Q

Qual o valor de referência normal para a relação proteinúria/creatinina em uma amostra isolada de urina?

A

Menos de 200 mg/g.

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48
Q

Qual é o critério laboratorial para definir síndrome nefrótica?

A

Proteinúria maior que 3,5 g/24 horas.

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49
Q

Qual a importância da albuminúria no paciente com DRC?

A

A albuminúria é o marcador mais sensível e precoce de lesão renal e está associada à progressão da DRC, ao aumento do risco de mortalidade global e à mortalidade cardiovascular.

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50
Q

Qual a relação entre a redução da albuminúria e a mortalidade na DRC?

A

A redução da albuminúria por intervenção medicamentosa está associada à redução do risco de mortalidade em pacientes com DRC.

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51
Q

Quais elementos no sedimento urinário ajudam no diagnóstico da DRC?

A

Hematúria com dismorfismo eritrocitário: indica lesão glomerular.
Cilindros hemáticos: indicam glomerulopatias.
Cilindros leucocitários: sugerem pielonefrite ou nefrite intersticial.
Corpúsculos gordurosos: indicam proteinúria associada à síndrome nefrótica.

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52
Q

Quais são os principais fatores clínicos que ajudam a diferenciar a DRC da Injúria Renal Aguda (IRA)?

A

História de doenças relacionadas com a doença renal crônica (diabetes, hipertensão, nefrites recorrentes, doença renal policística).
Sintomas crônicos como mal-estar prolongado, prurido, noctúria, anemia, hipertensão arterial e neuropatia.

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53
Q

Quais sinais físicos podem indicar DRC crônica?

A

Pigmentação da pele, onicopatia em banda, retinopatia diabética ou hipertensiva.

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54
Q

Quais achados ao ultrassom renal sugerem DRC?

A

Aumento da ecogenicidade do parênquima renal.
Redução do tamanho renal e perda da diferenciação corticomedular (exceto em diabéticos, onde os rins podem se manter normais ou aumentados em fases iniciais).
Obstrução do trato urinário em casos específicos.

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55
Q

Como e quando deve ser feita a triagem para detecção de DRC?

A

A triagem ativa é essencial, pois a DRC é assintomática nas fases iniciais. Testes recomendados: TFGe e RAC urinária (amostra isolada).

Populações de risco: Idade > 60 anos, portadores de diabetes ou hipertensão, história familiar de doença renal.

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56
Q

Quando um paciente com DRC deve ser encaminhado ao nefrologista?

A

Encaminhar quando:
- TFG < 30 mL/min/1,73m² (estágios G4 e G5)
- queda rápida e sustentada da TFG
- albuminúria > 300 mg/g ou proteinúria > 500 mg/24h
- presença de cilindros hemáticos ou hematúria glomerular
- hipertensão refratária associada à DRC
- calculose renal recorrente.

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57
Q

Quais são as principais causas da DRC em adultos?

A

Doenças sistêmicas: hipertensão, diabetes, lúpus eritematoso; Doenças renais primárias: glomerulopatias primárias, nefropatias túbulo-intersticiais, vasculites, doenças císticas e anormalidades congênitas renais; Fatores adicionais: uso de medicamentos nefrotóxicos (anti-inflamatórios, antibióticos), calculose renal, história familiar de doença renal.

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58
Q

Quais são as principais causas da DRC em crianças?

A

Alterações estruturais congênitas do trato urinário (CAKUT) – 49% dos casos; Síndrome nefrótica corticorresistente; Glomerulonefrites primárias.

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59
Q

Quais situações clínicas podem causar albuminúria elevada sem DRC e com TFG normal?

A

Infecção do trato urinário (ITU); Contaminação com sangue menstrual; Exercício físico extenuante; Proteinúria ortostática; Sepse.

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60
Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da DRC?

A
  • Risco elevado: hipertensão, diabetes, história familiar de DRC;
  • Risco moderado: doenças sistêmicas (lúpus, mieloma múltiplo), infecções urinárias recorrentes, calculose urinária, uropatias, idade > 60 anos, transplante renal.
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61
Q

Quais são os principais fatores de risco para a progressão da DRC? (8)

A
  • Albuminúria
  • Tabagismo
  • Idade avançada
  • Síndrome metabólica
  • Doenças cardiovasculares
  • Acidose metabólica
  • Exposição a nefrotoxinas
  • Episódios prévios de injúria renal aguda (IRA).
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62
Q

Quais são os principais fatores associados à progressão acelerada da DRC?

A

Causa da DRC, Estágio avançado da TFG, Hipertensão descontrolada, Albuminúria maciça, Idade avançada, Obesidade, Doença cardiovascular, Exposição a agentes nefrotóxicos, Hiperglicemia sem controle, Raça.

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63
Q

Qual é a definição de progressão acelerada da DRC?

A

Redução da TFGe > 5 mL/min/1,73m²/ano.

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64
Q

Qual exame de imagem é mais utilizado para avaliar a DRC e por quê?

A

Ultrassonografia renal, pois é acessível, não invasiva e permite avaliar: Alterações na estrutura renal, Ecogenicidade do córtex renal, Presença de cálculos e massas renais, Obstrução do trato urinário.

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65
Q

Quando indicar exames de imagem na DRC?

A

Quando houver necessidade de um diagnóstico mais preciso e precoce da lesão renal e para avaliar complicações estruturais, como cálculos, massas ou obstruções.

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66
Q

Quais são as indicações para a realização de biópsia renal em pacientes com DRC?

A

DRC sem causa explicada, Rins de tamanho normal, Perda aguda ou inexplicada da função renal, Proteinúria marcada.

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67
Q

Por que contrastes radiográficos iodados devem ser usados com cautela em pacientes com DRC?

A

Podem causar injúria renal aguda (IRA) ou piorar a DRC.

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68
Q

Quais pacientes com DRC exigem mais cuidado ao usar contrastes iodados?

A

TFG < 60 mL/min/1,73m².

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69
Q

Quais medidas devem ser tomadas antes do uso de contraste em pacientes com DRC?

A

Hidratação adequada antes, durante e após o exame.

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70
Q

Como minimizar o risco de lesão renal ao usar contraste iodado?

A

Usar o menor volume possível e evitar agentes de osmolalidade elevada.

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71
Q

Quais medicamentos devem ser evitados antes do uso de contraste iodado?

A

Nefrotóxicos, diuréticos e inibidores do SRAA.

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72
Q

Quando a TFGe deve ser monitorada após uso de contraste iodado?

A

Após 48 a 96 horas do procedimento.

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73
Q

Quais pacientes têm maior risco de complicações com contraste iodado?

A

Idosos (>70 anos), diabéticos, insuficientes cardíacos, desidratados.

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74
Q

Por que o gadolínio é contraindicado em DRC avançada?

A

Pode causar fibrose sistêmica nefrogênica (FSN).

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75
Q

Qual é a contraindicação para uso de gadolínio na DRC?

A

TFG < 30 mL/min/1,73m².

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76
Q

Se o gadolínio for indispensável, quais formulações devem ser usadas?

A

Quetalos macrolídeos:

Gadobutrol (Gadovist®), Gadoterado meglumina (Dotarem®), Gadoteridol (Prohance®).

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77
Q

Com que frequência deve-se dosar creatinina sérica e albuminúria na DRC?

A

Pelo menos uma vez ao ano em pacientes com DRC ou doenças associadas (diabetes, hipertensão).

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78
Q

Quando exames laboratoriais devem ser feitos com maior frequência na DRC?

A

Pacientes com TFG reduzida ou albuminúria elevada, pois apresentam maior risco de progressão rápida da doença.

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79
Q

Quais fatores devem ser considerados para prever o prognóstico da DRC?

A

Causa da DRC, Categoria da TFG (G), Intensidade da albuminúria (A).

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80
Q

Como a albuminúria influencia a progressão da DRC?

A

Aumento da albuminúria → Redução mais rápida da TFG. TFG mais baixa → Maior risco de complicações.

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81
Q

Como é feita a classificação prognóstica da DRC baseada na TFG e albuminúria?

A

Verde: Baixo risco, Amarelo: Risco moderado, Laranja: Risco elevado, Vermelho: Risco muito elevado.

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82
Q

A DRC é sempre irreversível?

A

A doença geralmente é progressiva e irreversível, sendo o tratamento focado em retardar sua progressão e reduzir a mortalidade cardiovascular.

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83
Q

Em quais situações a DRC pode ser reversível?

A

Glomerulopatias primárias, Uso de medicamentos nefrotóxicos, Hipovolemia, Obstrução do trato urinário inferior.

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84
Q

Quais são os três critérios usados para classificar a DRC?

A

Causa da DRC (C), Taxa de Filtração Glomerular (TFG/G), Albuminúria (A)

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85
Q

Quais são as categorias da TFG na DRC?

A

G1: ≥90 mL/min/1,73m² → Normal ou alta
G2: 60-89 mL/min/1,73m² → Levemente diminuída
G3a: 45-59 mL/min/1,73m² → Levemente a moderadamente diminuída
G3b: 30-44 mL/min/1,73m² → Moderadamente a severamente diminuída
G4: 15-29 mL/min/1,73m² → Severamente diminuída
G5: <15 mL/min/1,73m² → Falência renal

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86
Q

Como a albuminúria é classificada na DRC?

A

A1: Normal ou levemente aumentada (<30 mg/g)
A2: Moderadamente aumentada (30-299 mg/g)
A3: Severamente aumentada (≥300 mg/g)

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87
Q

Qual a relação entre a TFG e a albuminúria na determinação do risco da DRC?

A

Quanto menor a TFG e maior a albuminúria, maior o risco de progressão e complicações.

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88
Q

O que significa um paciente estar na categoria G1A1?

A

TFG ≥ 90 mL/min/1,73m² e albuminúria <30 mg/g → Baixo risco (verde).

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89
Q

O que significa um paciente estar na categoria G3bA3?

A

TFG entre 30-44 mL/min/1,73m² e albuminúria ≥ 300 mg/g → Risco muito alto (vermelho).

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90
Q

Quando um paciente é considerado de risco muito alto para progressão da DRC?

A

Quando apresenta TFG < 30 mL/min/1,73m² (G4 ou G5) e/ou albuminúria severamente aumentada (A3).

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91
Q

Quais categorias indicam baixo risco de progressão da DRC?

A

G1A1 e G2A1, pois a TFG ainda está preservada e a albuminúria é normal ou levemente aumentada.

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92
Q

Quais pacientes devem receber tratamento intensivo (TREAT 4+)?

A

Todos os pacientes na categoria G5, independentemente da albuminúria.
Pacientes G4A2 e G4A3.

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93
Q

Quais exames são recomendados para pacientes com DRC G1A1 e G2A1?

A

Triagem anual para albuminúria e TFG.

94
Q

Com que frequência pacientes com DRC G3a devem ser monitorados?

A

Monitoramento regular, dependendo da albuminúria.

95
Q

Quando pacientes com DRC G3b devem ser tratados de forma mais intensiva?

A

Se houver albuminúria A2 ou A3, o paciente entra na categoria Treat 2 ou 3 e requer acompanhamento mais próximo.

96
Q

Quais pacientes devem ser tratados de forma mais intensiva (Treat 3)?

A

G3aA3, G3bA2/A3, G4A1/A2/A3.

97
Q

Quais pacientes exigem intervenção agressiva (Treat 4+)?

A

Todos os pacientes da categoria G5, independentemente do grau de albuminúria. Pacientes G4A3, devido ao risco muito alto de progressão para falência renal.

98
Q

Como a frequência dos exames muda conforme a progressão da DRC?

A

G1A1 e G2A1: Triagem anual. G3aA1: Monitoramento regular. G3aA2 e G3bA1: Monitoramento mais frequente. G3bA2 e G4A1/A2: Monitoramento intensivo. G4A3 e G5: Tratamento intensivo e monitoramento rigoroso.

99
Q

O que significa ‘Treat’ nas categorias de risco da DRC?

A

Indica a necessidade de tratamento e monitoramento mais frequente conforme a gravidade da DRC e da albuminúria.

100
Q

Por que a albuminúria influencia a frequência de exames na DRC?

A

Albuminúria elevada está associada à progressão mais rápida da doença, aumentando a necessidade de acompanhamento mais próximo.

101
Q

Qual é a principal causa de mortalidade em pacientes com DRC?

A

Doenças cardiovasculares.

102
Q

Além das doenças cardiovasculares, quais são outras causas comuns de mortalidade na DRC?

A

Infecções e neoplasias.

103
Q

Pacientes com DRC têm maior risco de mortalidade global e cardiovascular?

A

Sim, apresentam risco aumentado comparado à população geral.

104
Q

Como a TFG e a albuminúria influenciam o risco de mortalidade na DRC?

A

Redução da TFG abaixo de 75 mL/min/1,73m² aumenta o risco.

Albuminúria entre 30 e 300 mg/g e > 300 mg/g eleva ainda mais o risco de mortalidade global e cardiovascular.

105
Q

Pacientes com DRC têm maior risco de desenvolver IRA?

A

Sim, DRC é o principal fator de risco para injúria renal aguda (IRA).

106
Q

Quais fatores aumentam o risco de IRA em pacientes com DRC? Cite exemplos em cada categoria.

A

Hipovolemia, uso de medicamentos nefrotóxicos (anti-inflamatórios, antibióticos, contraste radiográfico), baixa perfusão renal (insuficiência cardíaca, hepática, instabilidade hemodinâmica), cirurgias de grande porte.

107
Q

Por que a TFG reduzida aumenta o risco de toxicidade medicamentosa na DRC?

A

Medicamentos com eliminação renal podem acumular, causando toxicidade sistêmica ou renal.

108
Q

Quais são os riscos da toxicidade medicamentosa na DRC?

A

IRA ou agudização da DRC.

109
Q

Por que pacientes com DRC têm maior risco de interações medicamentosas?

A

Farmacocinética e farmacodinâmica alteradas.

110
Q

Qual a importância do ajuste de dosagem medicamentosa na DRC?

A

A definição precisa da TFG é essencial para ajustar a dosagem de medicamentos.

111
Q

Como a DRC afeta a qualidade de vida dos pacientes?

A

Declínio da TFG → Limitações na dieta e ingestão de líquidos.
Progressão para diálise → Impacto físico e social.

112
Q

Quais são as principais queixas dos pacientes em tratamento conservador da DRC?

A

Restrições alimentares e ingestão de líquidos.

113
Q

Quais impactos a diálise pode trazer na qualidade de vida?

A

Limitações físicas
Afastamento das atividades diárias
Depressão e angústia.

114
Q

A TFG reduzida e/ou albuminúria elevada em idosos sempre indicam DRC?

A

Não, podem refletir doenças vasculares sistêmicas ou senescência renal.

115
Q

Como idosos com TFG reduzida e albuminúria devem ser acompanhados?

A

Como se tivessem DRC, independentemente da causa.

116
Q

O que significa uma TFG reduzida sem marcadores de lesão renal em pacientes com outras doenças?

A

Pode refletir alterações hemodinâmicas renais, não necessariamente lesão renal.

117
Q

Quais doenças podem causar redução da TFG sem lesão renal?

A

Insuficiência cardíaca, cirrose hepática, hipotireoidismo.

118
Q

O que a presença de albuminúria sugere em um paciente com TFG reduzida?

A

Indica possível DRC e pode justificar investigação mais aprofundada.

119
Q

Quando a biópsia renal pode ser indicada na TFG reduzida?

A

Se houver suspeita de lesão parenquimatosa grave e tratável.

120
Q

Como interpretar uma depuração de creatinina < 60 mL/min/1,73m² em pacientes com restrição proteica intensa?

A

Pode ser falsamente reduzida devido à baixa produção de creatinina por perda de massa muscular.

121
Q

Quais populações podem apresentar creatinina sérica reduzida sem disfunção renal?

A

Desnutridos severos, pacientes com anorexia nervosa, vegetarianos e veganos.

122
Q

Quais exames são mais adequados para avaliar a função renal em pacientes com baixa produção de creatinina?

A

Cistatina C, radioisótopos.

123
Q

Quais são os objetivos do tratamento conservador da DRC?

A

Retardar a progressão da doença, prevenir complicações, controlar comorbidades, preparar o paciente para terapia de substituição renal.

124
Q

Quais são as principais recomendações nutricionais para pacientes com DRC?

A

Restrição proteica individualizada para evitar desnutrição, redução do consumo de sal, potássio e fósforo.

125
Q

A dieta hipoproteica é indicada para todos os pacientes com DRC em fase pré-dialítica?

A

Não, pois pode agravar a desnutrição energético-proteica.

126
Q

Quando evitar uma ingestão proteica > 1,3 g/kg/dia na DRC?

A

Em pacientes com risco de progressão da doença.

127
Q

Qual a recomendação de ingestão proteica para pacientes com TFG < 30 mL/min/1,73m²?

A

Menos de 0,8 g/kg/dia, com acompanhamento nutricional.

128
Q

Quais são os alvos terapêuticos para a pressão arterial na DRC com albuminúria < 30 mg/g?

A

PA ≤ 140/90 mmHg.

129
Q

Quais são os alvos terapêuticos para a pressão arterial na DRC com albuminúria > 30 mg/g?

A

PA ≤ 130/80 mmHg, com inibidores do SRAA (IECA ou BRA).

130
Q

Quais são os principais eventos adversos do uso de IECA/BRA na DRC?

A

Redução transitória da TFG (esperada, mas deve ser monitorada).
Hipercalemia (risco de hiperpotassemia devido à inibição do SRAA).
Hipotensão (especialmente em pacientes com hipovolemia).
📌 IECA/BRA são recomendados para DRC com albuminúria, mas o paciente deve ser monitorado para evitar complicações.

131
Q

Como manejar a hipotensão postural na DRC?

A

Reduzir ou substituir drogas vasodilatadoras.
Evitar diuréticos, nitratos, alfa-bloqueadores e antidepressivos tricíclicos.

132
Q

Quais medidas não farmacológicas auxiliam no controle da hipotensão postural?

A

Corrigir anemia
Evitar saunas e banhos quentes
Modificação dos exercícios físicos (posição deitada ou sentada)
Uso de meias elásticas e elevação da cabeceira ao dormir

133
Q

Quais medicamentos podem ser usados para hipotensão postural na DRC?

A

Fludrocortisona
Midodrina (agonista alfa-1 seletivo)
Atomoxetina (bloqueador seletivo da recaptura de noradrenalina)

134
Q

Qual é a ingestão diária máxima recomendada de sal para pacientes com DRC?

A

Máximo de 5 g por dia.

135
Q

Como monitorar a ingestão de sal na DRC?

A

Pela dosagem do sódio urinário em 24 horas.

136
Q

Como calcular a ingestão de sal a partir do sódio urinário?

A

Dividir o sódio urinário (mEq) por 17,1 para obter o valor em gramas de sal.

137
Q

Existe alternativa para a coleta de urina de 24h na avaliação do consumo de sal?

A

Sim, utilizando fórmulas baseadas em amostras isoladas de urina.

138
Q

Quando os IECA/BRA são indicados na DRC?

A

Desde as fases precoces, especialmente em pacientes com proteinúria.

139
Q

Quais os benefícios do uso de IECA/BRA na DRC?

A

Reduzem a progressão da doença e diminuem a mortalidade.

140
Q

Os IECA/BRA podem ser usados nas fases G4 e G5 da DRC?

A

Evidência limitada, mas podem retardar a progressão e reduzir mortalidade.

141
Q

Qual o risco da descontinuação de IECA/BRA na DRC?

A

Maior risco de necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) em pacientes diabéticos.

142
Q

Quando monitorar potássio e creatinina após iniciar IECA/BRA?

A

Entre 5 e 7 dias do início da terapia.

143
Q

Por que não se deve associar IECA e BRA na DRC?

A

Aumenta o risco de hipercalemia e piora aguda da função renal.

144
Q

A associação de IECA e BRA traz benefícios cardiovasculares ou renais a longo prazo?

A

Não, estudos não demonstraram benefícios em pacientes com DRC e diabetes.

145
Q

O controle glicêmico intensivo na DRC reduz quais complicações?

A

Redução da albuminúria e progressão mais lenta da doença renal.

146
Q

Qual deve ser o valor-alvo da HbA1c na DRC?

A

< 7% para pacientes jovens, com baixa comorbidade e maior expectativa de vida. Próximo a 8% para idosos, com alta comorbidade e menor expectativa de vida.

147
Q

Por que o monitoramento da HbA1c pode ser menos preciso na DRC avançada?

A

A vida média das hemácias está reduzida, alterando os resultados da HbA1c.

148
Q

A metformina pode ser usada em pacientes com DRC?

A

Sim, mas com ajustes de dose conforme a TFG.

149
Q

Qual é a recomendação para uso de metformina na DRC conforme a TFG?

A

TFG > 45 mL/min/1,73m²: Dose usual. TFG 30-44 mL/min/1,73m²: Reduzir dose pela metade. TFG < 30 mL/min/1,73m²: Suspender metformina.

150
Q

Por que a metformina deve ser evitada na DRC avançada?

A

Risco de acidose láctica grave (embora seja raro).

151
Q

Quando a metformina deve ser suspensa temporariamente?

A

Internações hospitalares e situações clínicas que reduzam a TFG.

152
Q

Por que o ajuste de hipoglicemiantes orais é importante na DRC?

A

A maioria das drogas tem metabolismo/eliminação renal e pode causar hipoglicemia prolongada se não ajustada.

153
Q

Quais hipoglicemiantes podem ser usados sem restrições na DRC?

A

Todos os hipoglicemiantes podem ser usados com TFG > 60 mL/min/1,73m².

154
Q

O que deve ser feito para prescrição de hipoglicemiantes na DRC com TFG < 60 mL/min/1,73m²?

A

Ajuste de doses e maior cuidado para evitar hipoglicemia.

155
Q

Os inibidores da SGLT-2 (iSGLT2) podem ser usados na DRC em não diabéticos?

A

Sim, estudos mostram benefícios na redução da progressão da DRC e da albuminúria.

156
Q

Quais inibidores da SGLT-2 mostraram impacto positivo na DRC?

A

Empagliflozina, Canagliflozina, Dapagliflozina.

157
Q

Os iSGLT2 são aprovados em bula para DRC em não diabéticos?

A

Não, embora estudos demonstrem benefícios, a indicação ainda não consta em bula.

158
Q

A albuminúria na DRC pode ser revertida?

A

Sim, o uso de drogas antiproteinúricas pode reduzir a perda de proteínas na urina.

159
Q

A reversão da albuminúria melhora o prognóstico renal e cardiovascular?

A

Sim, a redução da albuminúria está associada a menor risco de progressão da DRC e redução do risco cardiovascular a longo prazo.

160
Q

Qual a principal estratégia para reverter parcial ou totalmente a albuminúria na DRC?

A

Bloqueio do SRAA com IECA ou BRA.

161
Q

Como os IECA/BRA reduzem a albuminúria?

A

Diminuem a hipertensão intraglomerular e a proteinúria.

162
Q

Qual a recomendação de dose de IECA/BRA na DRC para controle da albuminúria?

A

Usar a maior dose tolerada pelo paciente.

163
Q

Os inibidores da SGLT-2 podem reduzir a albuminúria na DRC?

A

Sim, reduzem a RAC urinária, mas o uso para essa finalidade ainda é off-label.

164
Q

Por que a imunização é importante para pacientes com DRC?

A

Eles são mais suscetíveis a infecções, incluindo infecções virais.

165
Q

Mulheres com DRC podem engravidar?

A

Sim, mas há tendência à infertilidade e maior risco de complicações.

166
Q

Quais complicações a gravidez pode causar em mulheres com DRC?

A

Piora da hipertensão, aumento da proteinúria, parto prematuro, baixo peso ao nascer.

167
Q

Quais fatores aumentam o risco de piora da função renal na gravidez na DRC?

A

Creatinina > 2 mg/dL, TFG < 40 mL/min, proteinúria > 1 g/24h.

168
Q

Por que a contracepção é recomendada para mulheres com DRC?

A

Para evitar complicações maternas e fetais devido ao alto risco da gravidez.

169
Q

Quais são os riscos do uso de anticoncepcionais à base de estrogênio na DRC?

A

Maior risco tromboembólico, especialmente em pacientes com diabetes, hipertensão, lúpus, hipertrigliceridemia.

170
Q

Quais anticoncepcionais são mais seguros para pacientes com DRC?

A

À base de progesterona, pois não afetam a proteinúria nem a pressão arterial.

171
Q

Quais são os riscos dos contraceptivos injetáveis de ação prolongada na DRC?

A

Perda óssea, maior risco de trombose.

172
Q

Os contraceptivos orais à base de progesterona são seguros na DRC?

A

Sim, têm menos efeitos colaterais em comparação aos injetáveis.

173
Q

Quais métodos contraceptivos são mais seguros na DRC?

A

Métodos de barreira (menos eficazes), DIU hormonal (altamente eficaz e seguro, inclusive para pacientes imunossuprimidas).

174
Q

Qual critério deve ser avaliado antes da prescrição de anticoagulantes na DRC?

A

Escores de risco CHA₂DS₂-VASc (risco de embolia) e HAS-BLED (risco de sangramento).

175
Q

Quais anticoagulantes orais diretos podem ser usados na DRC?

A

Apixaban, Rivaroxaban, Edoxaban, Dabigatran (restrições dependendo da TFG).

176
Q

Qual é o ajuste de dose do apixaban na DRC?

A

≥ 30 mL/min: 5 mg 2x/dia
15 a 29 mL/min: 2,5 mg 2x/dia
< 15 mL/min: Uso incerto (?)

177
Q

Qual é o ajuste de dose do rivaroxaban na DRC?

A

≥ 50 mL/min: 20 mg 1x/dia
30 a 49 mL/min: 15 mg 1x/dia
15 a 29 mL/min: 15 mg 1x/dia
< 15 mL/min: 10 mg 1x/dia

178
Q

Quando o edoxaban pode ser usado na DRC?

A

≥ 50 mL/min: 60 mg 1x/dia
30 a 49 mL/min: 30 mg 1x/dia
15 a 29 mL/min: 30 mg 1x/dia (ou 15 mg 1x/dia se < 60 kg)
< 15 mL/min: Contraindicado

179
Q

Quando o dabigatran pode ser usado na DRC?

A

≥ 50 mL/min: 150 mg 2x/dia
30 a 49 mL/min: 110 mg 2x/dia
< 30 mL/min: Contraindicado

180
Q

Quais são os critérios diagnósticos de anemia na DRC para homens?

A

Hemoglobina < 13 g/dL

181
Q

Quais são os critérios diagnósticos de anemia na DRC para mulheres?

A

Hemoglobina < 12 g/dL

182
Q

Quais são as principais causas de anemia na DRC?

A

Redução da produção de eritropoetina, Deficiência de ferro (absoluta e funcional)

183
Q

Com que frequência a hemoglobina deve ser monitorada na DRC?

A

1 a 2 vezes ao ano.

184
Q

Quais alterações metabólicas ocorrem nos estágios iniciais da DRC?

A

Aumento do FGF-23 → Aumenta a excreção de fósforo e reduz 1,25 vitamina D.

185
Q

Como a hipocalcemia se desenvolve na DRC?

A

Aumento do fósforo sérico e diminuição da 1,25 vitamina D → Redução do cálcio sérico.

186
Q

Qual hormônio é ativado pela hipocalcemia na DRC?

A

Paratormônio (PTH) → Hiperparatireoidismo secundário.

187
Q

Quais exames devem ser monitorados para avaliar distúrbios minerais na DRC?

A

Cálcio sérico, Fósforo sérico, PTH intacto (PTHi), Fosfatase alcalina

188
Q

Com que frequência devem ser avaliados cálcio, fósforo, PTHi e fosfatase alcalina na DRC?

A

1 a 2 vezes ao ano.

189
Q

Qual a prevalência da hipercalemia na DRC?

A

14 a 20% dos pacientes.

190
Q

Quais fatores aumentam o risco de hipercalemia na DRC?

A

Diabetes, Oligúria, Uso de bloqueadores do SRAA (IECA/BRA)

191
Q

Quais são as consequências graves da hipercalemia?

A

Arritmias cardíacas, Morte súbita, Fraqueza muscular e paralisia

192
Q

Como tratar hipercalemia leve na DRC?

A

Restrição dietética de potássio, Diuréticos espoliadores de potássio, Correção da acidose metabólica, Resinas trocadoras de potássio (Sorcal®, patiromer, ciclossilicato de zircônio sódico)

193
Q

Como tratar emergência hipercalêmica?

A

Estabilização da membrana celular → Gluconato de cálcio, Desvio do potássio para o intracelular → Beta-2-agonistas, bicarbonato de sódio ou insulina + glicose, Remoção de potássio → Diuréticos ou diálise

194
Q

Por que a DRC leva à acidose metabólica?

A

Retenção de íons H+; Diminuição do ácido titulável; Redução da reabsorção de bicarbonato

195
Q

Como o hiato iônico se comporta na acidose metabólica da DRC?

A

Normal nos estágios iniciais; Aumenta nos estágios avançados devido à retenção de fosfato, sulfato e urato

196
Q

Quais complicações a acidose metabólica crônica pode causar na DRC?

A

Reabsorção óssea aumentada → Osteopenia; Aumento do catabolismo; Piora do hiperparatireoidismo; Redução da função da Na+K+ATPase → Insuficiência cardíaca; Inflamação sistêmica; Hipotensão; Progressão da DRC e aumento da mortalidade

197
Q

Qual é a meta do tratamento da acidose metabólica na DRC?

A

Manter bicarbonato sérico entre 22 e 26 mEq/L

198
Q

Qual o tratamento de escolha para acidose metabólica na DRC?

A

Bicarbonato de sódio oral (0,5 a 1 mEq/kg/dia)

199
Q

Quais outras opções de tratamento da acidose metabólica na DRC?

A

Citrato de sódio; Citrato de cálcio; Acetato de cálcio; Carbonato de cálcio

200
Q

Qual o benefício e risco de uma dieta alcalina na DRC?

A

Benefício: Pode ajudar a corrigir a acidose metabólica; Risco: Pode causar hipercalemia, pois é rica em frutas e verduras

201
Q

Por que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte na DRC?

A

A DRC é um fator de risco independente para DCV.

202
Q

Quais fatores da DRC aumentam o risco cardiovascular?

A

Hipertensão, Diabetes, Dislipidemia, Idade avançada, Retenção de toxinas urêmicas, Anemia, Aumento de citocinas inflamatórias, Balanço de cálcio positivo e alterações ósseas, Estado inflamatório persistente.

203
Q

O que é a neuropatia urêmica?

A

Polineuropatia distal e simétrica, associada à desmielinização e degeneração axonal.

204
Q

Quais são os sintomas da neuropatia urêmica?

A

Parestesias, sensação de queimação, fraqueza muscular (casos graves), mioclonia e paralisia (casos severos).

205
Q

Quais são possíveis causas da neuropatia urêmica?

A

Deficiência de zinco, tiamina e biotina; acúmulo de moléculas médias (fenóis, monoinositol, beta-2-microglobulina).

206
Q

Quais doenças podem simular neuropatia urêmica?

A

Neuropatia diabética, lúpus, vasculite sistêmica, mieloma múltiplo, amiloidose.

207
Q

Como tratar a neuropatia urêmica?

A

Iniciar Terapia Renal Substitutiva (TRS) em pacientes graves. Alternativa: Gabapentina ou Pregabalina, ajustadas pela TFG.

208
Q

Quais são os tipos mais comuns de dislipidemia na DRC?

A

Hipertrigliceridemia e baixos níveis de HDL.

209
Q

Como a proteinúria influencia a dislipidemia na DRC?

A

Quanto maior a proteinúria, maior a dislipidemia.

210
Q

A dislipidemia aumenta a mortalidade na DRC como na população geral?

A

Não, pois a desnutrição e a inflamação influenciam a relação com a mortalidade.

211
Q

Quais estratégias podem ajudar a controlar a dislipidemia na DRC?

A

Ajuste da dieta conforme o tipo de dislipidemia, perda de peso, atividade física e redução do consumo de álcool.

212
Q

Quais pacientes com DRC se beneficiam do uso de estatinas?

A

Pacientes acima de 50 anos, TFG > 60 mL/min/1,73m², Doença aterosclerótica estabelecida (insuficiência coronariana, cerebrovascular ou arterial periférica).

213
Q

Qual estatina é preferida na DRC e por quê?

A

Atorvastatina, pois não requer ajuste de dose devido à metabolização hepática.

214
Q

Estatinas precisam de ajuste nos estágios avançados da DRC?

A

Sim, todas as estatinas exceto atorvastatina devem ter a dose ajustada nos estágios G3-G5.

215
Q

Qual é o principal efeito colateral das estatinas na DRC?

A

Toxicidade muscular → Risco de rabdomiólise.

216
Q

Os fibratos são indicados para tratar dislipidemia na DRC?

A

Não são comumente indicados, pois aumentam o risco de efeitos adversos, especialmente se usados com estatinas.

217
Q

Quando o uso de fibratos pode ser considerado na DRC?

A

Se triglicerídeos estiverem muito elevados, para reduzir o risco de pancreatite.

218
Q

Hiperuricemia é comum na DRC?

A

Sim, é frequentemente observada em pacientes com DRC.

219
Q

Quais benefícios cardiovasculares foram associados à redução do ácido úrico na DRC?

A

Redução da massa do ventrículo esquerdo e melhoria da função endotelial.

220
Q

Reduzir o ácido úrico com medicamentos retarda a progressão da DRC?

A

Não há evidências de que o tratamento da hiperuricemia reduza a progressão da DRC.

221
Q

Quais medicamentos podem ser usados para reduzir o ácido úrico na DRC?

A

Alopurinol e Rasburicase.

222
Q

A DRC aumenta o risco de infecções?

A

Sim, pacientes com DRC têm disfunção do sistema imunológico.

223
Q

Quais mecanismos contribuem para o risco aumentado de infecções na DRC?

A

Alteração da microbiota e da barreira intestinal pela uremia, estresse oxidativo e produção de citocinas pró-inflamatórias, inflamação crônica mediada por IL-1, TNF-alfa e interferon-gama, alterações na linhagem celular linfoide, e aumento da apoptose celular.

224
Q

Por que pacientes com DRC têm maior risco de ITU de repetição?

A

Imunidade reduzida, anemia e desnutrição, inflamação crônica e deficiência de vitaminas.

225
Q

Por que o tratamento de ITU na DRC é mais difícil?

A

Redução da filtração glomerular diminui a concentração urinária de antibióticos e maior seleção de germes resistentes devido ao uso prolongado de antibióticos.

226
Q

Como a diminuição da diurese afeta o risco de ITU na DRC?

A

Favorece a proliferação bacteriana pela menor eliminação de microrganismos na urina.

227
Q

Por que pacientes transplantados de rim são considerados portadores de DRC?

A

Porque apresentam anormalidades histológicas renais mesmo sem TFG reduzida ou albuminúria.

228
Q

Pacientes transplantados de rim têm risco aumentado de quais desfechos?

A

Maior mortalidade e maior risco de falência renal.

229
Q

Por que o manejo médico deve ser especializado em pacientes transplantados?

A

Porque há risco aumentado de complicações e necessidade de monitoramento contínuo.

230
Q

Quais fatores devem ser considerados na escolha da TRS?

A

Preferência do paciente, estilo de vida e adesão ao tratamento, características psicológicas, presença de comorbidades, suporte familiar e condições socioeconômicas.

231
Q

Qual é o papel do encaminhamento precoce ao nefrologista na TRS?

A

Permite um tempo adequado para planejamento e preparação da diálise.

232
Q

Quais são as principais modalidades de Terapia Renal Substitutiva?

A

Hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.