T5 - Úlcera Péptica (2) Flashcards

1
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica?

A
Úlcera Péptica Complicada
 Hemorragia
 Perfuração
 Obstrução
 Intratabilidade
  • DIMINUIÇÃO DRÁSTICA do recurso à cirurgia electiva
  • ESTABILIDADE/AUMENTO do recurso às cirurgias de emergência = Aumento longevidade & Uso AINES
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2
Q

Complicações da Úlcera Péptica - Abordagem?

A

 Avaliação: história clínica e exame físico
 Medidas gerais de equilíbrio e ressuscitação
 Diagnóstico definitivo e estratificação de risco
 Tratamento específico
- Conservador
- Cirúrgico
 Follow-up

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3
Q

Hemorragia - Epidemiologia?

A

 Complicação mais comum da doença péptica
- 15% doentes com doença péptica
- Incidência aumenta com idade
 Complicação mais grave da doença péptica
- Causa de morte mais comum nos doentes com úlcera péptica que têm >65A ou outras patologias

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4
Q

Hemorragia?

A

 A maior parte das vezes tem evolução favorável
– 80% casos a hemorragia é auto-limitada
 Ulcera duodenal
– +++ Hemorragia oculta
– Hemorragia massiva: Artéria gastroduodenal
 Úlceras gástricas: idosos, maior morbilidade e mortalidade
 + frequente >60 anos
 30% sem história prévia de doença péptica

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5
Q

Sinais endoscópicos?

A

Sinais endoscópicos de h. activa

    • Jacto arteria
    • Gotejamento activo
    • Coágulo activo com gotejamento subjacente

Sinais endoscópicos de h. recorrente

    • Coágulo aderente sem gotejamento
    • Coágulo seco (crosta) aderente na base da ulcera
    • Vaso visível na base da ulcera
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6
Q

Hemorragia - Cx Imediata?

A
    • Hemorragia muito grave (perda 1,5L,htc<25%, H. massiva, H. súbita c/perda consciência,…)
    • Incapacidade de visualização do ponto sangrante
    • Lesões raras (fistula aortoentérica)
    • Grupo sanguíneo raro
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7
Q

Hemorragia - Cx Precoce?

A
    • Idoso e certos doentes com elevado risco de intolerância a hemorragia repetida
    • Lesões de alto risco (Ulceras sangrantes profunda no bolbo anterior duodenal ou pequena curvatura do estômago)
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8
Q

Hemorragia - Cx por voltar a sangrar?

A
    • Hemorragia recidivante muito grave
    • Transfusão 4u / 24h > 50 anos ou 6u / 24h < 50 anos
    • Défice de todos os elementos figurados do sangue

Sinais de recorrência da hemorragia (em doente estabilizado):
Hematemese fresca ou melena
Hipotensão
Taquicardia

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9
Q

Perfuração - Epidemiologia?

A

 2a Complicação mais comum da doença péptica
– 6 % doentes com doença péptica
– Incidência  com idade
 Complicação que mais vezes obriga a intervenção cirúrgica
 Localização
– 35-65% primeira porção do duodeno (90% parede anterior do bulbo duodenal)
– 25-45% piloro
– 5-25% restante estômago (60% pequena curvatura; 40% = áreas anterior, posterior, pré-pilórica)
 Mais frequentes na 5a e 6a décadas de vida

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10
Q

Perfuração - Fatores de risco?

A
AINES (+++idosos e tx pulso)
Cocaína
Tabaco
Imunossupressão
Idade avançada
DPCO
Queimaduras major
Falência multiorgânica
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11
Q

Perfuração - Tipos?

A

 perfuração em peritoneu livre

 perfuração coberta

 penetração

    • úlceras duodenais +++ pâncreas
    • úlceras gástricas +++ lobo inferior do fígado
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12
Q

Perfuração - Apresentação Clínica?

A
Dor epigástrica forte e de aparecimento súbito
Ansioso
Diaforético
Taquicárdico
Respiração superficial
Desidratação
Contractura
Dor à descompressão
Sons abdominais diminuídos ou ausentes
Timpanismo hepático
Aumento progressivo da temperatura
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13
Q

Perfuração - Diagnóstico?

A
    • História clínica e exame objectivo
    • Documentação de pneumoperitoneu (Rx tórax de pé)
    • Documentação da perfuração (Rx contrastado com gastrografina)
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14
Q

Penetração?

A
 3% doentes com perfuração
 Pâncreas, Vesícula, Fígado
 Não existem recomendações gerais acerca indicações cirurgicas ou técnica
 Tratamento cirúrgico
-- Pancreatite
-- Peritonite biliar
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15
Q

Obstrução - Epidemiologia?

A

 incidência diminuiu com a maior eficácia do tratamento médico
 ocorre em < 5% dos doentes com úlcera péptica
 geralmente associado a úlceras duodenais ou pré-pilóricas
 se úlceras tipo I forte suspeita de malignidade

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16
Q

Obstrução?

A

 História de:

    • Dor abdominal
    • Queixas de saciedade precoce
    • Sabor desagradável na boca
    • Fadiga

 Apresentação:
– Vómitos conteúdo alimentares, de estase

 Exame Físico:

    • Emagrecimento
    • Marulho gástrico
    • Desidratação

 Diagnóstico:

    • História clínica e exame objectivo
    • Endoscopia/ Rx contrastado
17
Q

Obstrução - Evolução?

A

OBSTRUÇÃO AGUDA - Predomina edema e inflamação
OBSTRUÇÃO CRÓNICA - Predomina fibrose

O PREDOMINIO EDEMATOSO OU DE FIBROSE TEM IMPLICAÇÕES TERAPEUTICAS

18
Q

Obstrução - Tratamento?

A
 fluidos i.v. e electrolitos
 estudo analítico
 aspiração nasogástrica
 Monitorização
 Suporte nutricional
 Supressão acida iv
Durante+/-7 dias

Resolução da obstrução - Predomínio do componente EDEMATOSO
Mantém obstrução significativa - Predomínio do componente FIBROSO ==> Cirurgia ou Tx Endoscópico

19
Q

Intratabilidade - Considerações gerais?

A

 Complicação rara na era do H. pylori

 Causas

    • Falência do tratamento médico
    • Recorrência do H. pylori após erradicação
    • Impossibilidade de descontinuar AINES (?)
  • – Malignidade (úlceras gástricas)

 Critérios

    • Úlcera que persiste 3 meses (redução<50% em 4-6 semanas) apesar da terapia medicamentosa
    • Úlcera que recorre um ano após cura apesar da terapêutica de manutenção
    • Doença ulcerosa com ciclos prolongados de actividade com remissões breves
20
Q

Intratabilidade - Solução?

A

 A solução é o tratamento cirúrgico da doença péptica
 Antes de propor cirurgia verificar se se procedeu à:
– terapêutica correcta para permitir a cura
– erradicação do H. pylori
– eliminação dos AINES
– tempo suficiente para a úlcera curar
– exclusão de outras causas da ulceração

Descontinuar o uso de anti-secretores gástricos 72h antes da cirurgia

21
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica - Objetivos?

A
    • Obter a cura e minimizar o risco de recorrência
    • Tratar complicações coexistentes

NÃO ESQUECER ==> Nas úlceras gástricas a presença de malignidade tem de ser sempre excluída

22
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica - Condicionantes da Escolha?

A
    • Patologia ulcerosa péptica
    • Estado Geral e Comorbilidades
    • Cirurgião
    • Cirurgia

A escolha da técnica cirúrgica é feita no contexto multifactorial

23
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica - Condicionantes da Escolha - Patologia ulcerosa péptica?

A
    • A indicação para cirurgia
    • O tipo de úlcera
    • O estado de diátese da úlcera do doente
    • A presença de infecção por H. pylori
    • Terapêutica prévia
24
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica - Condicionantes da Escolha - Estado Geral e Comorbilidades?

A
    • O estado geral do doente
    • O momento da cirurgia e da urgência da situação clínica
    • Os factores intra-abdominais
    • Comorbilidades
    • Necessidade de tratamento com AINES
    • Compliance futura ao tratamento
25
Q

Tratamento Cirúrgico da Úlcera Péptica - Condicionantes da Escolha - Cirurgião e Cirurgia?

A
    • Experiência
    • Preferência
    • Mortalidade
    • Morbilidade
    • Recorrências
26
Q

Procedimentos cirúrgicos?

A
    • Vagotomia e drenagem
    • Vagotomia com antrectomia
    • Gastrectomia subtotal
    • Vagotomia altamente selectiva