T14 - Carcinoma Colorretal (1) Flashcards

1
Q

Carcinoma Colorretal - Epidemiologia?

A
  • É a neoplasia gastrointestinal mais frequente
  • Incidência – H=M
  • A incidência aumenta coma idade principalmente a partir dos 50 anos
  • Pico de incidência nas sexta e sétima décadas de vida
  • 6% a 8% dos casos ocorrem antes dos 40 anos
  • mais frequente em populações de nível socioeconómico mais alto, que vivem em áreas urbanas
  • distribuição universal, embora com grandes variações geográficas da incidência.
  • carcinoma do cólon, principalmente do cólon direito - mais comum nas mulheres
  • carcinoma do recto - mais frequente nos homens
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2
Q

Carcinoma Colorretal - Etiologia?

A
  • Desconhecida
  • Multifactorial
  • Factores importantes no aumento de risco do CCR

» Ambientais
» Genéticos

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3
Q

Carcinoma Colorretal - Fatores de Risco?

A
# Factores ambientais
-- Dieta
-- Alcool
-- Tabaco
-- Lesões pré-neoplásicas
. Pólipos na mucosa cólica
. Doença Inflamatória Intestinal ( DII )

Genéticos

    • Síndromes polipósicos familiares cólicos
    • Carcinoma colo-rectal hereditário não polipósico (CCRHNP)
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4
Q

Carcinoma Colorretal - Fatores Ambientais - Dieta?

A
  • do consumo de fibras do tempo de trânsito intestinal
  • tempo de contacto dos carcinogéneos coma mucosa cólica
  • multiplicação das bactérias anaeróbias cólicas (aumento da ingestão de gorduras => ácidos biliares primários em secundários que são carcinogénicos)
  • do consumo de hidratos de carbono => da quantidade de bioprodutos com potêncial oxidativo no cólon
  • da ingestão e micronutrientes protectores
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5
Q

Carcinoma Colorretal - Fatores Ambientais - Alcool e Tabaco?

A

• Alcool

  • indução da proliferação celular,
  • inibição da metilação e reparação do DNA

• Tabaco

  • hábitos tabágicos há mais de 35 anos o risco de CCR
  • ainda não existe uma explicação biológica para a sua associação com CCR
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6
Q

Carcinoma Colorretal - Fatores Ambientais - Lesões Pré-neoplásicas?

A

– Pólipos da mucosa cólica

– Pólipos Neoplásicos / Pólipos Adenomatosos ou Adenomas

– Pólipos tubulares
• Localização:
- 90% no cólon
- também aparecem no estômago e intestino delgado
• Em mais de metade dos casos apresentam-se como lesões únicas
• A maioria dos adenomas são pediculados e com contornos lobulados

– Adenomas Vilosos
• são os maiores e mais “malignos” dos adenomas epiteliais
• localização:mais frequentes no recto e zona rectossigmoideia podem aparecer em qualquer local do cólon
• geralmente são sésseis, com um diâmetro até 10 cm

– Adenomas Tubulovilosos
• com características intermédias entre os adenomas tubulares e os vilosos
• o seu risco de transformação maligna está, geralmente, correlacionado com a proporção de componente viloso

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7
Q

Carcinoma Colorretal - Etiologia - Carcinogénese Colo-Rectal – Sequência Adenoma-Carcinoma?

A

Padrão proliferativo alterado da mucosa => Progressão para um pólipo => Carcinoma

– envolva a activação mutacional de um oncogene, seguida pela perda de genes que normalmete suprimem a tumorogenese.

  • o modelo actual inclui cinco dessas alterações moleculares
  • não foi estabelecido se as aberrações genéticas ocorrem sempre numa sequência definida
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8
Q

Características clínicas dos Adenomas do Cólon?

A
    • assintomáticos
    • muitos são detectados durante a avaliação de situações de anemia por perdas hemáticas ocultas, sobretudo através de clister opaco de duplo contraste e de proctossigmoidoscopia
    • raramente causam diarreia

– adenomas vilosos => diarreia mucóide => alcalose hipocaliémica
=> produção de excesso de muco => perda de proteínas => hipoalbuminemia

– Pólipos muito grandes => dor abdominal
=> podem servir de ponto de partida para uma invaginação do cólon no adulto

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9
Q

Tratamento dos Adenomas Cólicos? Follow-Up dos Adenomas do Cólon?

A
  • recomendada a ressecção de todos os pólipos detectados
  • os pólipos pediculados - polipectomia endoscópica
  • pólipos de grandes dimensões que apresentam elevado risco de alteração maligna => uma colectomia segmentar

– vigilância colonoscópica de rotina => 6 meses a 1 ano após a polipectomia

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10
Q

Carcinoma Colorretal - Etiologia - Doença Inflamatória Intestinal?

A

• incidência de CCR - 5 a 10 vezes superior nos doentes com Colite Ulcerosa
• Os doentes com risco particularmente elevados incluem aqueles com:
- doença há mais de 10 anos
- início da doença na infância ( ou antes dos 25 anos de idade )
- doentes com envolvimento pancólico
- doentes com doença sem períodos de remissão

Caracteristicas CCR na Colite Ulcerosa :
. geralmente planos
. tipo placa
. frequentemente muito agressivos
. desenvolvem-se numa idade mais precoce
• protocolectomia com uma ileostomia de Brook
• colectomia abdominal com protectomia mucosa + anastomose ileoanal com construção de bolsa ileal reservatória

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11
Q

Fatores Genéticos?

A
    • Síndromes polipósicos familiares cólicos
    • Síndrome de Peutz-Jegher
    • Polipose Juvenil
    • Doença de Cowden
    • Síndroma de Muir-Torr
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12
Q

Factores Genéticos - Sindromes polipósicos - Polipose Adenomatosa Familiar Cólica ( PAFC )?

A
  • idade média de aparecimento - 30 anos
  • defeito genético base - no gene APC => localizado no cromossoma 5q21

• Localização : cólon esquerdo

  • o recto está invariavelmente envolvido
  • podem existir em qualquer outra localização ao longo do tubo digestivo, incluindo a região ampular

Medidas preventivas :

  • protocolectomia profilática precoce
  • detecção atempada da doença nos familiares em 1º grau
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13
Q

Factores Genéticos - Sindromes polipósicos?

A

Polipose Adenomatosa Familiar Cólica ( PAFC )

Síndrome de Gardner
• é uma variação da PAF
• os pólipos intestinais estão associados a:
1. múltiplos osteomas ( particularmente na mandíbula, crâneo e ossos longos ),
2. quistos epidermais
3. fibromatose
4. raramente a anomalias da dentição
• risco aumentado de carcinoma duodenal e datiróide.

# Síndrome de Turcot
• variante rara da PAF
• pólipos adenomatosos cólicos associados a tumores do S.N.C. (gliomas)
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14
Q

Factores Genéticos - Sindromes familiares não polipósicos?

A

SÍNDROME DE LYNCH
• representa a grande maioria dos CCR hereditários.
• autossómico dominante
• defeito genético básico - genes de reparação do DNA ( hMSH2, hMLH1, hPMS1 e hPMS2)
• os adenomas em pequeno número surgem consideravelmente mais cedo que na população geral.
• as neoplasias cólicas frequentemente múltiplas, nem sempre se associam com adenomas pré-existentes
• predilecção pelo o cólon ascendente

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15
Q

Anatomia Patológica?

A

– 98 % de todos os CCR’s são adenocarcinomas
– grande maioria dos CCR - esporádicos
– 1 a 3 % dos CCR
. síndromes familiares ( S. de Lynch e PAF )
. doença inflamatória intestinal
– Distribuição actual do CCR
– Formas macroscópicas mais frequentes
. forma ulcerada
. forma polipóide ou exofítica
– Tumores do cólon proximal - tendem a adoptar formas mais polipóides exofíticas sendo que raramente causam obstrução
– Outros tipos histológicos: tumores carcinóides, linfomas e tumores mesenquimatosos ( lipomas, leiomiomiomas, leiomiossarcomas e sarcoma de Kaposi )

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16
Q

Formas de Disseminação do Carcinoma Colo-rectal - Disseminação Hematogénea?

A

• leva ao aparecimento de metástases à distância.
• incidência - correlaciona-se com a profundidade de invasão da parede
- grau histológico dotumor
• local visceral mais frequente afectado - fígado (através da circulação venosa portal)
• local inicial de disseminação distante em um terço dos CCR recidivantes – fígado

17
Q

Formas de Disseminação do Carcinoma Colo-rectal - Disseminação Linfática?

A
  • forma mais frequente de metastase do CCR - metástases ganglionares
  • 85% os gânglios afectados - os que se localizam mais próximo do local do tumor.
  • 15% das metastases saltam os gânglios mais próximos.
18
Q

Formas de Disseminação do Carcinoma Colo-rectal - Invasão Direta?

A
  • CCR invade, inicialmente, a parede cólica.
  • CCR se não fôr tratado precocemente, acaba por envolver toda a espessura da parede do cólon e, eventualmente, invadir as áreas adjacentes.
19
Q

Formas de Disseminação do Carcinoma Colo-rectal - Disseminação Peritoneal?

A
  • é sinal de doença avançada,
  • indicador de mau prognóstico
  • resulta da invasão local da parede, que se estende depois para o peritoneu e subsequentemente para a cavidade abdominal.
20
Q

Formas de Disseminação do Carcinoma Colo-rectal - Implantação?

A

• implantação das células descamadas de CCR em cicatrizes anais após:

  • hemorroidectomias
  • fissurectomias
  • outras cirurgias anais
21
Q

Prevenção Primária?

A

Agentes quimiopreventivos

    • Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINE’s)
    • Folatos
    • Cálcio
    • Estrogénios
22
Q

Rastreio e Diagnóstico Precoce - População de risco standard?

A

Definição: todas as pessoas sem factores de risco e com mais de 50 anos ou com sintomatologia suspeita de CCR

    • Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF)
    • Sigmoidoscopia
    • PSOF + Sigmoidoscopia
    • Clister Opaco com Duplo Contraste (CODC)
    • Colonoscopia
23
Q

Doentes com elevado risco de CCR?

A

História familiar de carcinoma CCR

  • carcinoma da próstata e da bexiga, no homem
  • carcinoma do corpo e colo do útero e da mama, na mulher.

História pessoal de pólipos colo-rectais

    • CCR
    • carcinoma do endométrio, da mama, da cabeça e do pescoço
    • linfomas

• indivíduos com :

    • Síndromes de CCR familiar
    • Colite Ulcerosa
24
Q

Diagnóstico - História Clínica?

A
    • Idealmente identificação do carcinoma colo-rectal numa fase assintomática
    • Presença de sintomas Y tumores mais avançados Y prognóstico significativamente pior
    • Sintomatologia muito variada e inespecífica
    • Depende:
      1. Localização anatómica da lesão
      2. Tipo da lesão
      3. Extensão tumoral
      4. Grau da lesão (proliferativo, ulcerado, anelar)
      5. Complicações (perfuração, obstrução, hemorragia)