T3 - Patologia funcional do esófago e junção esófago-gástrica (1) Flashcards

1
Q

DRGE – Considerações gerais?

A

◼ Fluxo retrógrado de parte do conteúdo gástrico/gastroduodenal para o esófago e/ou órgãos adjacentes a este
◼ Espectro variável de sintomas e sinais esofágicos e/ou extra-esofágicos, associados ou não a lesões teciduais
◼ Incompetência da junção gastroesofágica
◼ Grande impacto na qualidade de vida comparável com úlcera duodenal, a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca congestiva, a angina e a menopausa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

DRGE – Epidemiologia?

A

◼ Corresponde a 75% da patologia esofágica
◼ 1♀:1♂
◼ Incidência aumenta com a idade
◼ Mais frequente em caucasianos (influência cultural?)
◼ Risco aumentado de desenvolver Esófago de Barrett e Adenocarcinoma do esófago

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

DRGE – Factores de risco?

A
◼ Hérnia do hiato
◼ Obesidade
◼ Álcool
◼ Hábitos tabágicos
◼ Fármacos
◼ Gravidez
◼ Esclerodermia
◼ Síndrome de Zollinger-Ellison
◼ Atraso no esvaziamento gástrico
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

DRGE – Apresentação clínica - Manifestações típicas?

A

◼ Pirose

◼ Regurgitação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

DRGE – Apresentação clínica - Manifestações atípicas?

A

◼ Dor torácica, dor epigástrica
◼ Manifestações pulmonares: asma, tosse crónica, hemoptises, bronquite, bronquiectasias e pneumonias de repetição
◼ Manifestações otorrinolaringológicas: rouquidão, laringite posterior crónica, sinusite crónica, otalgia
◼ Manifestações orais: desgaste do esmalte dentário, halitose, aftas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

DRGE – Complicações?

A

◼ Esofagite de refluxo
◼ Estenose esofágica
◼ Esófago de Barrett
◼ Fibrose pulmonar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

DRGE – Complicações - Esofagite de refluxo?

A

◼ Complicação muito frequente
◼ Endoscopia é o exame de eleição para o diagnóstico
◼ Uma endoscopia normal não pode excluir a sua existência
◼ Alguns doentes com endoscopia normal apresentaram lesões histopatológicas de esofagite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

DRGE – Complicações - Estenose esofágica?

A

◼ Ocorre em cerca de 20% dos doentes com esofagite erosiva
◼ A estenose pode ocorrer em doentes com poucos sintomas
◼ Não há correlação entre a severidade dos sintomas e severidade dos achados endoscópicos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

DRGE – Complicações - Esófago de Barrett?

A

◼ Factor de risco para desenvolvimento de adenocarcinoma do esófago
– 1 em cada 200 doentes por ano
– risco 30 a 125 vezes superior ao da população em geral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

DRGE – Exames auxiliares de diagnóstico?

A

◼ Endoscopia e biópsia
◼ Estudo baritado do esófago
◼ Manometria esofágica
◼ pHmetria de 24 horas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

DRGE – Exames auxiliares de diagnóstico - Endoscopia?

A

◼ Identificação de lesões, biópsia, eventual identificação de outras patologias
◼ Têm indicação para endoscopia com biópsia:
– História de pirose ou regurgitação há pelo menos três meses.
– Sintomas atípicos.
– Má resposta ao tratamento médico.
– Presença de sintomas de alarme (disfagia, hemorragia, emagrecimento, sintomas respiratórios, dor torácica)
◼ Não comprova refluxo patológico nem dá correlação refluxo/sintomas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

DRGE – Exames auxiliares de diagnóstico - Estudo baritado do esófago?

A

◼ Indicações
– Disfagia
– Doentes relutantes à realização de endoscopia
– Endoscopia não disponível
– Endoscopia contra-indicada
◼ A sua utilização tem vindo a diminuir
◼ Baixa sensibilidade em casos de esofagite leve

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

DRGE – Exames auxiliares de diagnóstico - Manometria?

A

◼ Avalia a função motora do esófago e seus esfíncteres
◼ Esfíncter esofágico inferior hipotónico ou hipoperistaltismo
◼ Indicações
– Localização precisa dos limites do EEI (o que é muito importante para a localização dos eléctrodos da pHmetria)
– Detecção de distúrbios da motilidade esofágica ou do EEI em doentes com queixas de disfagia
– Detecção de lesões sistémicas associadas à DRGE
– Avaliação pré ou pós-operatória da motilidade esofágica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

DRGE – Exames auxiliares de diagnóstico - pHmetria de 24 horas?

A

◼ Melhor procedimento até ao momento para caracterizar o refluxo gastroesofágico
◼ Permite:
– Correlacionar os sintomas referidos pelos doentes com os episódios de refluxo.
– Quantificar a intensidade da exposição da mucosa esofágica ao ácido
– Número e duração dos episódios de refluxo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

DRGE – Tratamento?

A

◼ Modificação do estilo de vida
◼ Tratamento médico
◼ Tratamento cirúrgico
◼ Tratamento endoscópico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

DRGE – Tratamento - Modificação do estilo de vida?

A

◼ Elevar a cabeceira da cama
◼ Evitar roupas demasiado apertadas
◼ Comer menos a cada refeição e mais frequentemente
◼ Evitar deitar duas horas antes das refeições
◼ Evitar refeições ricas em gorduras, evitar comidas condimentadas
◼ Diminuição de peso
◼ Evitar consumo de bebidas alcoólicas, cafeína, chocolate e menta
◼ Não fumar
◼ Considerar fármacos alternativos

17
Q

DRGE – Tratamento - Tratamento médico?

A
◼ (Antiácidos)
◼ Bloqueadores dos recpetores H2
– Cimetidina (800 mg/dia)
– Ranitidina (300mg/dia)
– Famotidina (40mg/dia)
– Nizatidina (300mg/dia)
◼ Inbidores da bomba de protões
– Omeprezole (20mg/dia)
– Lanzoprazole (30mg/dia)
– Pantoprazole (40mg/dia)
– Rabeprazol (20mg/dia)
– Esomeprazol (20 a 40mg/dia)
◼ (Colestiramina, hidróxido de alumínio ou sucralfato – no refluxo alcalino)
18
Q

DRGE – Tratamento - Tratamento cirúrgico?

A

◼ Principais indicações para cirurgia:
– EEI incompetente.
– Esofagite severa.
– Complicações (estenose, esófago de Barrett, complicações extra-esofágicas).
– Não-resposta ao tratamento médico
◼ Outras
– Doentes que estão dependentes a longo termo do tratamento médico
– Doentes que respondem bem ao tratamento médico do ponto de vista sintomático, mas que mantêm esofagite na endoscopia
◼ Principal objectivo da cirurgia anti-refluxo:
– Restabelecer a competência do EEI à custa da reconstrucção do mecanismo valvular do cárdia

19
Q

Fundoplicatura Nissen?

A

◼ Mais usada
◼ Eficácia de 91% aos 10 anos
◼ Cirurgia aberta vs cirurgia laparoscópica
– Eficácia semelhante em observações realizadas após três anos após a intervenção
– Morbilidade é superior na cirurgia aberta
– Mortalidade baixa
◼ Inconvenientes
– Cuff muito apertado
. Disfagia, incapacidade de eructação, enfartamento gástrico
– Cuff muito largo
. Recidiva dos sintomas anteriores

Fundoplicatura Toupet
Fundoplicatura de Dor