T14 - Carcinoma Colorretal (4) Flashcards
Terapêutica Complementar?
– Carcinomas do recto têm uma taxa de recorrência local bastante elevada:
• Tumores no estadio II – recorrência de 25% a 30%
• Tumores no estadio III – recorrência de 50%
– A maioria das recorrências resultam do envolvimento micrometastático dos gânglios linfáticos regionais fora da área de ressecção radial
# RT e QT Neo-adjuvantes # RT e QT adjuvantes
Terapia Neoadjuvante?
# RT ou RT + QT neo-adjuvantes # QT => efeito radiossensibilizador
#Vantagens : 1. Downstaging da maioria dostumores : . ↓ da invasão parietal . ↓ envolvimento ganglionar 2. Maior radiossensibilidade 3. Menor probabilidade da radiação provocar lesões em porções do intestino delgado localizadas na pelve devido a aderências 4. Possibilidade de remover um segmento de cólon irradiado e realizar uma anastomose com cólon saudável 5. Menor toxicidade aguda 6. Maior compliance
↓ da recorrência local em 8,6%
↑ da sobrevida aos 5 anos
↑ cirurgias com preservação do esfíncter anorrectal
Terapia Adjuvante?
RT + QT pós-operatória em doentes com carcinomas rectais ressecados em estadio II ou III:
- Melhoria da taxa de recorrência em 50%
- Melhoria da taxa de sobrevida aos 5 anos de 42%
# A decisão da sua utilização pode ser baseada num estadiamento cirúrgico e patológico => selecção apropriada dos doentes # QT => 5-fluoruracilo, capecitabina, irinotecano, oxaliplatina
Terapia Neo-adjuvante vs Terapia Adjuvante?
RT + QT pré-operatória :
< taxa de recorrência local (6% vs 13%)
> compliance terapêutica
< toxicidade aguda e a longo prazo
Recomendações actuais:
- Doentes com tumores rectais em estadio II ou III devem realizar QT + RT
- A terapia neo-adjuvante é uma alternativa aceitável, e até preferível, à terapia adjuvante
Prognóstico?
Recorrência após cirurgia curativa:
- 60% a 84% nos primeiros 24 meses
- 90% nos primeiros 48 meses
# A sobrevida após 5 anos é um indicador confiável de cura
# O prognóstico está fundamentalmente relacionado com o estadio da doença após a cirurgia
Objetivos da Vigilância Pós-Operatória?
- Detecção de complicações do tratamento e questões médicas associadas
- Detecção de tumor recorrente num estadio curável
- Detecção e possível prevenção de carcinoma metácrono
Vigilância Pós-Operatória - Recomendações da American Society of Clinical Oncology (ASCO)?
- História clínica e exame físico
- todos os 3-6 meses durante os primeiros três anos e depois anualmente - CEA
- todos os 2-3 meses em doentes com tumores no estadio II ou III durante pelo menos 2 anos
- se ↑ antes da ressecção da lesão primária e:
• volta ao normal (geralmente dentro de 1 mês) após a ressecção, tem valor no diagnóstico de recorrência
• Se se mantem elevado após a ressecção => doença residual ou metástases - Colonoscopia
- caso não se tenha realizado no pré-operatório deve ser realizada nos primeiros meses após a cirurgia
- todos os 3-5 anos de forma a detectar novos carcinomas ou pólipos - TAC abdomino-pélvica
- deve ser realizada em doentes com níveis elevados de CEA - RX pulmonar
- deve ser realizada em doentes com níveis elevados de CEA e doentes com sintomas sugestivos de doença pulmonar - Rectossigmoidoscopia flexível
- deve ser realizada em doentes com carcinoma rectal no estadio II ou III e que não efectuaram QT + RT adjuvante - PET
- baseia-se em alterações fisiológicas e metabólicas tecidulares
- não depende de anomalias morfológicas macroscópicas
- útil em doentes com suspeita de recorrência devido a níveis elevados de CEA e achados físicos ou radiológicosindeterminados