Sangramento uterino anormal Flashcards
Ao pensar em sangramento uterino anormal, qual diagnóstico deve ser excluído?
Gestação. Sempre solicitar betaHCG
Como excluir a gestação por dados da anamnese?
Perguntar sobre DUM, atividade sexual e método contraceptivo
No sangramento uterino anormal, quais exames complementares iniciais devem ser solicitados na emergência?
Hemograma
BetaHCG
USG TV
Quais outros exames complementares são solicitados no SUA a depender da suspeita clínica?
Coagulograma, TSH, prolactina, exames para SOP, RNM, histeroscopia
Qual o TTO da fase aguda do SUA?
Hormônios (progesterona, estrogênio ou ambos)
Antifibrinolítico (ácido trenaxâmico)
AINE (diminui prostaglandinas, diminuindo sangramento)
Qual o significado do PALM-COEIN?
PALM (estruturais): Polipos Adenomiose Leiomioma Malignidade e hiperplasia
COEIN (não-estruturais): Coagulopatia Ovulatória Endometrial Iatrogênica Não classificadas
Quais as causas mais comuns de SUA na pós-menopausa?
Atrofia endometrial, seguida pelo uso de terapia hormonal e depois pelo câncer de endométrio
Qual a causa mais comum de SUA na perimenopausa?
Sangramento disfuncional, desde que excluídas as causas orgânicas. Ocorre porque é comum os distúrbios ovulatórios nos extremos da vida (como a perimenopausa), devido à anovulação.
A prevalência de pólipos aumenta com a idade, principalmente acima dos 40 anos. Certo ou errado?
Certo
Qual o quadro clínico de pólipos uterinos?
Assintomática (geralmente)
Sangramento uterino
Infertilidade
Exame físico normal (se for endocervical por ser visualizado)
Qual o diagnóstico definitivo do pólipo uterino?
Através de biópsia para excluir malignidade
Como é feita a investigação diagnóstica de pólipo uterino?
USG TV (mais usado) Histeroscopia (padrão ouro para visualizar cavidade endometrial) Histerossonografia
Qual o TTO do pólipo uterino?
Histeroscopia cirúrgica (polipectomia e estudo histológico)
Quando pensar principalmente em malignidade em paciente com pólipo uterino?
Pós menopausa com sangramento
Paciente com sangramento vaginal na pós-menopausa e USG com espessamento endometrial.Como proceder?
Histeroscopia com biópsia dirigida (padrão-ouro para investigação endometrial)
O que é adenomiose?
Endométrio de forma ectópica localizado dentro do miométrio
Em quais mulheres é mais comum o desenvolvimento de adenomiose?
Mulheres com césarea ou outras cirurgias uterinas (como miomectomia e curetagem)
Como fazer o diagnóstico de adenomiose?
Anamnese e exame de imagem (USGTV ou até RNM)
Como fazer o diagnóstico presuntivo de adenomiose?
Anamnese e exame de imagem (USGTV ou até RNM)
*Diagnóstico definitivo só com histologia (seria a histerectomia, não realizada para todas)
Quais os achados sugestivos de adenomiose nos exames de imagem?
Aumento difuso do volume uterino
Miométrio heterogêneo
Áreas císticas
Zona juncional espessada
Qual o TTO clínico da adenomiose?
Contraceptivos hormonais, DIU de levonorgestrel, AINE, antifibrinolítico, análogos de GnRH (exceção e temporário)
Qual o TTO cirúrgico da adenomiose? Quando está indicado?
Histerectomia. Indicada na falha no TTO clínico em paciente sem desejo reprodutivo
Como é feito o diagnóstico de certeza da adenomiose?
Histopatológico após histerectomia
O leiomioma não depende dos hormônios estrogênio e progesterona, portanto é mais comum na mulher na menopausa. Certo ou errado?
Falso, depende dos hormônios estrogênio e progesterona e é mais comum na idade reprodutiva
Quais as classificações do leiomioma de acordo com a localização uterina?
Subseroso
Submucoso
Intramural
De acordo com a localização do mioma, qual o que está mais associado ao sangramento uterino e infertilidade?
Submucoso
Qual o quadro clínico do leiomioma?
Assintomáticas (70%)
Quando sintomas: sangramento uterino (principal), dismenorreia, infertilidade, massa pélvica, sintomas compressivos
Como é feito o diagnóstico de certeza do leiomioma?
Histopatológico
Como é feito o diagnóstico presuntivo do leiomioma?
Exames de imagem (USGTV, RNM, histeroscopia)
Qual o TTO clínico do leiomioma?
Contraceptivos hormonais
Anti-fibrinolítico
AINE
*Análogos de GnRH - único que diminui tamanho do mioma (uso temporário - efeitos colaterais)
Qual o TTO cirúrgico do leiomioma?
Miomectomia (se desejo reprodutivo) ou então histerectomia
Em relação ao mioma submucoso, qual seria o tratamento ideal?
Miomectomia por via histeroscópica
De acordo com a localização do mioma, qual o que está mais associado sintomas compressivos e distorção anatômica de órgãos adjacentes?
Subseroso
O leiomioma é a neoplasia benigna mais comum da mulher, representando 95% dos tumores genitais femininos. V ou F?
Verdadeiro
Paciente 44 anos, G2P2, assintomática, com achado de mioma intramural ao USGTV. Qual a conduta mais adequada?
Expectante (está assintomática). Além disso, ela está com 44 anos e provavelmente próxima da menopausa, havendo normalmente uma involução dos miomas após esse período
Qual a causa mais comum no quesito coagulopatia no SUA?
Doença de von Willebrand (deficiência do fator de vW, diminuindo agregação plaquetária)
Como fazer o diagnóstico e TTO da doença de von Willebrand causando SUA?
Diagnóstico: plaquetas, TP/TTPA, fator de vW
TTO: desmopressina, anti-fibrinolíticos, estrogênio, fator de vW recombinante
Qual a principal causa ovulatória de SUA? Quais outras possíveis causas?
SOP
Outras: hipotireoidismo, hiperprolactinemia, obesidade, estresse, extremos da menacme, drogas que agem na DOPA
Nas causas ovulatórias, qual o mecanismo fisiopatológico do SUA?
Anovulação crônica -> ausência de corpo lúteo e progesterona -> endométrio instável estimulado apenas por estrogênio -> sangramento
Sangramento uterino disfuncional é um termo que está em desuso atualmente, mas quando usado, geralmente se refere a quais causas de SUA?
Causas ovulatórias ou endometriais
Na maioria dos casos, o sangramento uterino disfuncional é ovulatório e causado por supressão estrogênica. V ou F?
Falso, em 80 a 85% dos casos é anovulatório.
Qual a principal conduta para pacientes assintomáticas com miomas pequenos?
Seguimento clínico
Qual medicação ajuda na diminuição dos miomas e na melhora da anemia de pacientes sintomáticas?
Análogo de GnRh (como gosserelina)
Quais causas devem ser investigadas em pacientes jovens com SUA + epistaxe e hematomas recorrentes?
Coagulopatias
Qual o melhor tratamento para paciente na perimenopausa e SUA por ciclos anovulatórios?
Progesterona cíclica
Mulher, 42 anos, 2 partos normais, marido vasectomizado, com aumento do fluxo menstrual há 6 meses e dismenorreia (não tinha antes). Exame normal, Útero em anteversoflexão, sem alterações. Qual a principal hipótese diagnóstica?
*USP
Adenomiose - mais comum em multiparas. Geralmente assintomático, mas com sintomas tem SUA e cólica. Exame físico pode ser normal. Complementa com USG ou RNM
Mulher de 40 anos refere sangramentos menstruais excessivos nos últimos 5 ciclos, que se apresentam com intervalo de 30 dias, duração de 7 dias e perda de coágulos. Nega comorbidades, uso de medicamentos, cirurgias prévias e alergias. Antecedente de 2 partos vaginais, último há 10 anos. Marido vasectomizado. No momento, o sangramento é intenso, terceiro dia do ciclo. Ao exame clínico: FC = 90 bpm; PA = 120 x 80 mmHg; abdome flácido indolor. Exame especular: colo epitelizado e grande quantidade de sangue na vagina com exteriorização pelo canal cervical. Exame pélvico com útero em anteversoflexão, não doloroso, tamanho normal e regiões anexiais livres. Neste momento, a medicação mais adequada para o controle do sangramento é:
Ácido tranexâmico
Mulher de 18 anos de idade é encaminhada para avaliação pré-operatória para inserção de prótese mamária. Paciente apresenta epistaxe bilateral frequente e ciclos menstruais hipermenorrágicos. Refere que a mãe e a irmã também apresentam fluxo menstrual aumentado. Durante a triagem laboratorial foi encontrado Hb = 11,5 g/dL, VCM = 78 fL, reticulocitos = 2%, leucócitos 5000/mm³ com diferencial normal, plaquetas = 320.000/mm³, tempo de prostrombina (TP) AP = 100%, tempo de trombina (TT) = 17,1s (normal 17s), tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) R = 1,29 (normal até 1,21). A hipótese diagnóstica mais provável é:
Doença de won Willebrand