DIP

Question 1

Quais são os dois principais agentes etiológicos envolvidos na doença inflamatória pélvica?

Answer 1

Neisseria gonorrhoeae (diplococo gram negativo) e Chlamydia trachomatis

Question 2

Quais são os 3 critérios mínimos (ou maiores) para o diagnóstico?

Answer 2

Dor à mobilização do colo uterino
Dor à palpação anexial
Dor em hipogástrio

Question 3

Quais os três principais diagnósticos diferenciais para a DIP que podem ter indicação cirúrgica?

Answer 3

Apendicite
Torção anexial
Gestação ectópica

Question 4

Qual o esquema de ATB para TTO ambulatorial?

Answer 4

Ceftriaxone + Doxiciclina + Metronidazol

• DIP é Coisa Do Mal*
• Ceftriaxone 500mg IM dose única. Doxiciclina 100mg 12/12h por 14d e Metro 500mg 12/12h VO por 14d

Question 5

Quais são os fatores de risco para DIP?

Answer 5

Adolescentes
ISTs prévias
Múltiplos parceiros
Imunossupressão
Baixo nível socioeconômico

Question 6

Em usuárias de DIU devemos lembrar da incidência de infecção pelo Actinomices israelii como causa de DIP. V ou F?

Answer 6

Verdadeiro

Question 7

Na presença de abscesso tubo-ovariano, o tratamento cirúrgico está indicado. V ou F?

Answer 7

Falso. Abscesso tubo-ovariano indica ATB venoso e internação hospitalar

Question 8

Em relação à DIP, são complicações tardias os abcessos tubovariano, síndrome de Fitz-Hugh-Curtis e morte (choque séptico). V ou F?

Answer 8

Falso. São complicações precoces

Question 9

Quais as complicações tardias da DIP?

Answer 9

Gravidez ectópica, infertilidade (aderências + Obstrução), dor pélvica crônica e síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (fase crônica)

Question 10

Qual o quadro clínico da DIP?

Answer 10

Dor pélvica AGUDA (mais comum)
Dispareunia de profundidade
Corrimento purulento
Febre
Sangramento uterino anormal

Question 11

Como fazer o diagnóstico de DIP, de acordo com o Ministério da Saúde?

Answer 11

3 critérios maiores + 1 critério menor
OU
1 critério elaborado
*EUA - apenas 1 critério maior OU 1 critério específico; Tem os critérios adicionais que podem corroborar

Question 12

Apesar do diagnóstico ser clínico na maior parte dos casos, quais exames complementares são mais solicitados na suspeita de DIP?

Answer 12

Hemograma
BetaHCG
PCR e VHS
EAS e urocultura
USG TV
*Outros (fora do PS, menos factíveis): pesquisa de clamidia e gonococo, sorologias, biópsia do endométrio, bacterioscopia de secreção vaginal, TC/RNM de pelve

Question 13

Quais os critérios de internação para tratamento hospitalar da DIP?

Answer 13

Abscesso tubo-ovariano
Estado geral grave (febre, vômitos)
Sem melhora após 72h de ATB oral
Intolerância a medicação VO
Gestação
Dificuldade de exclusão de emergência cirúrgica (apendicite)

Question 14

Qual o esquema de ATB para tratamento hospitalar? Qual o critério de alta para seguimento ambulatorial?

Answer 14

Ceftriaxona 1g EV + Doxiciclina 100mg VO 12/12h + Metronidazol 500mg EV 12/12h

*2ª opção: Clinda EV + genta EV
Alta com ATB VO após 24-48h se melhora clínica
*Coisa Do Mal

Question 15

Quais são as medidas de seguimento pós-TTO da DIP?

Answer 15

Abstinência sexual durante TTO
Sorologias para outras ISTs
Métodos de barreira
Parceiros avaliados e tratados (60 dias)

Question 16

Qual o principal fator de risco para gestação ectópica?

Answer 16

Antecedente pessoal de DIP

Question 17

Quais os achados da Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis na fase crônica?

Answer 17

Aderências do tipo “corda de violino” entre a superfície hepática e a parede abdominal anterior

Question 18

O que é a Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis?

Answer 18

Aderências fibrosas peri-hepáticas pelo processo inflamatório (peri-hepatite), sendo uma complicação da DIP

Question 19

Qual a droga de primeira escolha na infecção gonocócica?

Answer 19

Ceftriaxone

Question 20

Quais as complicações agudas?

Answer 20

Abscesso tubo-ovariano e síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (peri-hepatite)
*Síndrome de FHC

Question 21

Qual a localização?

Answer 21

Trato genital superior - acima do orifício interno do colo do útero

Question 22

Como se dá a ascenção dos microrganismos?

Answer 22

Espontânea (maioria) ou pós manipulação (DIU, histeroscopia, CTG, AMIU…)

Question 23

O DIU é fator de risco para DIP?

Answer 23

Sim, mas após colocação (geralmente 3 semanas) provavelmente por infecções preexistentes

Question 24

É indicado a retirada do DIU de rotina se paciente diagnosticada com DIP?

Answer 24

Não.

• CDC = apenas se 48-72h sem melhora após ATB
• MS = se indicação, após pelos menos duas doses de ATB

Question 25

Quando é feita a colocação do DIU se sinais de cervicite ou vaginose bacteriana?

Answer 25

Após tratar

Question 26

Vaginoses recorrentes são fatores de risco para DIP?

Answer 26

Sim, provavelmente a vaginose facilita a ascenção de microrganismos que levariam à DIP

Question 27

Quando está indicado operar/drenar o abscesso tubo-ovariano? Como é feito?

Answer 27

Sem melhora com ATB
Rotura do abscesso
Abscesso aumentando durante tto
Opções: laparoscopia, laparotomia ou guiada por USG ou TC

Question 28

Além da clamídia e do gonococo, quais são os outros possíveis agentes etiológicos?
*SUS BAHIA

Answer 28

Gardnerella vaginalis, Haemophilus influenza, Streptococcus agalactiae, Citomegalovírus, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum

Question 29

Quais são os critérios menores para o diagnóstico?

Answer 29

Temp axilar > 37,5 ou > 38,3
Conteúdo vaginal ou secreção anormal
Massa pélvica
> 5 leucócitos/campo em material de endocérvice
Leucocitose
Aumento de PCR ou VHS
Comprovação lab de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasma

Question 30

Quais são os critérios elaborados para o diagnóstico?

Answer 30

• Evidência histopatológica de endometrite
• Imagem com abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas
• Laparoscopia com evidência de DIP