Endometriose Flashcards
A endometriose é hormônio dependente. V ou F?
Verdadeiro, principalmente do estrogênio
Quais os possíveis locais de acometimento?
Tuba uterina, ovário, bexiga, ureter, fundo de saco, retrocervical, intestino, cicatrizes abdominais, diafragma
Não há evidências de um padrão hereditário familiar na endometriose. V ou F?
Falso. Há uma importante correlação, principalmente quando presente em parentes de primeiro grau.
O tecido ectópico é semelhante ao endométrio e responde aos estímulos hormonais ovarianos. V ou F?
Verdadeiro
Quais os fatores protetores?
Gestação, lactação, uso prolongado de ACO combinado
Há várias teorias sobre a etiologia da endometriose, mas qual é uma das mais aceitas?
Teoria da menstruação retrógrada
Como é a característica da dismenorreia na endometriose?
Progressiva (piora com os anos)
A endometriose pode ser assintomática, mas qual o quadro clínico da doença?
6 D's: Dismenorreia Dor pélvica crônica (+ 6 meses - sem relação com menstruação) Dispareunia (profundidade) Dificuldade para engravidar Dor cíclica para urinar Dor cíclica para evacuar
Quais as causas da infertilidade na endometriose?
Fator tuboperitoneal (aderência pélvica -> obstrução tubária) e fator ovariano (inflamação e menor receptividade ao embrião)
Quais os dois melhores exames não invasivos para investigação?
USGTV com preparo intestinal e RNM de pelve com contraste
A intensidade e a frequência dos sintomas estão associados à extensão e à localização dos implantes da doença. V ou F?
Falso, pode ter doença infiltrativa com nenhum ou pouco sintoma
Qual é um sinal de endometriose profunda?
Nódulo em fórnice posterior da vagina - geralmente penetração > 5mm
A maioria das mulheres não apresentam achados ao exame físico, no entanto, quando presente, o achado mais comum é?
Sensibilidade ao toque do fórnice posterior
Qual um achado no exame que detecta endometriose?
Útero retrovertido e fixo, em casos avançados.
Quais são possíveis achados no exame físico?
Normal; dor pélvica; utéro fixo/RVF; dor à mobilização do colo; nódulo no ligamento utero-sacro; massa anexial
Qual o padrão-ouro para diagnóstico?
Laparoscopia com biópsia das lesões
Quais outros exames podem ser solicitados?
USGTV, cistoscopia e colonoscopia
Quais os diagnósticos diferenciais?
DIP, adenomiose, tumores ovarianos, cistite intersticial, sd do intestino irritável, fibromialgia
Ressonância magnética nuclear é útil para diagnosticar doença profunda. V ou F?
Verdadeiro
A USG TV para o diagnóstico da endometriose tem boa sensibilidade quando a localização da doença é?
Ovariana - endometrioma ovariano
Pacientes assintomáticas com lesões mínimas, qual a conduta geralmente?
Expectante
Quais as opções medicamentosas para o tratamento da dor na endometriose?
ACO combinado, progesterona isolada, DIU de levonorgestrel, análogos de GnRh (temporário), AINES+analgésicos na crise
Quais as medicações usadas na crise álgica?
AINE + analgésicos
Qual o TTO da infertilidade na endometriose?
Laparoscopia ou reprodução assistida (não há consenso do que fazer primeiro)
Quais as indicações de TTO cirúrgico?
Falha do TTO clínico
Endometrioma de ovário - cistectomia se > 4cm geralmente
Endometriose de íleo
Endometriose de apêndice cecal (raro)
Endometriose de retossigmoide - se falha clínica e invasão profuda e risco de obstrução
Invasão de bexiga/ureter/hidronefrose-obstrução renal
Qual o local de acometimento mais comum?
Ovário
Mulher de 30 anos, G1P1 (normal há 8 anos), refere ciclos menstruais regulares, dismenorreia leve (melhora espontânea sem uso de analgésicos), faz uso de preservativo como método contraceptivo. Há 4 meses, teve início com dor em região lombar direita, em cólica com irradiação pélvica e intensidade progressiva sem melhora com analgésico ou anti-inflamatório. Nega disúria ou polaciúria. Exame abdominal: plano e flácido, sem massas palpáveis. Apresenta dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita. Punho percussão negativa em regiões lombares. Exame especular: conteúdo vaginal habitual, colo epitelizado, zona de transição normal. Toque vaginal: útero retrovertido, tamanho habitual, dor à palpação em fórnice vaginal posterior, tumoração anexial direita, regular, móvel, indolor. Exame de sedimento urinário normal. USG de rim direito com hidronefrose. Colpocitologia classe 2 de Papanicolau. A principal hipótese diagnóstica é:
Endometriose - uma paciente com obstrução crônica de vias urinárias, em mulher jovem é a endometriose com acometimento ureteral, o que é corroborada pelo exame físico dessa paciente, que demonstra acometimento de dois locais comuns de acometimento, que é o ovário (endometrioma) e fundo de saco posterior
O CA-125 pode ajudar no controle pós tratamento de endometriose. V ou F?
Verdadeiro. Não serve para diagnóstico e sim para seguimento
Mulher, 33 anos de idade, G1P0A1. HMA: queixa-se de dismenorreia que se iniciou aos 23 anos e vem aumentando de intensidade desde então. Há 1 ano apresenta também dor em região pélvica fora do período menstrual e dor às relações sexuais. EG: ao toque vaginal, o volume uterino é normal. Apresenta dor em anexos bilateralmente, mais intensa à esquerda. O anexo esquerdo apresenta-se aparentemente espessado. EI: US transvaginal mostra útero de aspecto e volume normais, ovários discretamente aumentados de volume com áreas císticas contendo debris em ambos os ovários, à direita com 3 cm de diâmetro e à esquerda com 4 cm. A hipótese diagnóstica e a conduta são:
Endometriose pélvica e laparoscopia - tem indicação de laparoscopia por conta do endometrioma de 4cm
Mulher com 32 anos, nuligesta, ciclo menstrual irregular com volume menstrual frequentemente aumentado, procura serviço com queixa de dor tipo cólica e pressão em região de hipogástrio intensa, eventualmente irradiando para região inguinal direita, quase diária há 7 meses. Tem caráter insidioso (inicia leve e piora progressivamente). Está associada a dismenorreia severa e dispareunia de profundidade. Exame físico sem evidências de massa abdominal ou pélvica, ou doença profunda. Sem sinais de cervicite ou vulvovaginite. Útero pouco móvel, mas avaliação com toque vaginal prejudicada pela dor. Qual o exame subsidiário necessário e a melhor proposta terapêutica a ser realizada neste momento?
USG transvaginal com preparo intestinal; contraceptivo hormonal e anti-inflamatório não esteroidal - sem gravidade maior que demande laparoscopia (apesar de ser padrão-ouro)
Paciente com 22 anos, nuligesta e sem desejo reprodutivo, com dismenorréia progressiva desde a menacme, há 3 anos com quadro de dor pélvica crônica e dispareunia acentuada. Indicado laparoscopia para tramento cirúrgico por dificuldade no controle clínico da dor, sendo realizada fulguração dos focos de endometriose superficial peritoneal e exérese de lesão profunda retrocervical de cerca de 2cm. Sem outras anormalidades identificadas na laparoscopia. Qual a melhor opção no tratamento adjuvante?
Desogestrel contínuo - evitar o surgimento de novos focos
Mulher 35 anos, com ciclos menstruais regulares, dismenorreia com discreta piora nos últimos 2 anos e dispareunia profunda há 6 meses, está tentando engravidar há 1 ano. CA-125 recente = 65UI/ml. Exame: útero em retroversão e pouco móvel com presença de nodulação endurecida em fundo de saco posterior de aproximadamente 2cm, dolorosa ao toque; região anexial direita aumentada de volume, com massa palpável de 4cm e consistência cística. USGTV: ovário direito com presença de imagem homogênea e discretamente hipoecogênica de 3,5cm, aspectado pontilhado fino em vidro fosco. A provável natureza da imagem ovariana e a possível hipótese diagnóstica, respectivamente, são:
*UFRJ 2021
Benigna e endometrioma - dismenorreia progressiva, nódulo endurecido e doloroso em fundo de saco posterior, US com imagem hipoecogênica de aspecto vidro fosco (ou vidro moído)