Hemorragias da 2ª metade da gestação Flashcards
Qual é o principal fator predisponente do DPP?
Hipertensão arterial
A intensidade do sangramento vaginal não deve ser considerada como parâmetro de gravidade para o descolamento. V ou F?
Verdadeiro
Como é feita a classificação de Sher do DPP?
Grau 0 - assintomático (histopatológico)
Grau 1 - leve, apenas pouco sangramento
Grau 2 - quadro clássico
Grau 3 - grave com morte fetal (3A sem CIVD / 3B com CIVD)
Quais são os fatores de risco para DPP?
Mecânicos: cordão curto, versão uterina, trauma
Perfusão: trombofilias, drogas (cocaína), retração uterina, RPMO, hipertensão, tabagismo
Multiparidade
Qual o quadro clínico clássico de DPP?
Hipertensão, hipertonia uterina, sangramento uterino escurecido (20% pode não ter), sofrimento fetal agudo
*mais comum é HAS com hipertonia
Cerca de 20% das pacientes com DPP podem ter sangramento oculto?
Sim
Qual a idade gestacional em que se define, ao ultrassom, o diagnóstico de placenta prévia em definitivo?
Após 28 semanas (a placente pode subir antes desse período)
Quais os diagnósticos diferenciais da hemorragia da segunda metade?
DPP, placenta prévia, rotura de vasa prévia, rotura uterina, rotura do seio marginal
Na conduta quanto à via do parto, a cesariana sempre deve ser indicada nos casos de placenta prévia?
Centro-total (impede a passagem do feto pelo trajeto do parto normal)
Qual a conduta no DPP?
Parto pela via mais rápida
- Se feto morto prefere-se parto vaginal, exceto se deterioração clínica da mãe
- Além disso, lembrar da internação, MOV, reserva de sangue e UTI e medidas de suporte
Quais os benefícios da amniotomia no DPP?
Reduz líquido amniótico e volume uterino -> melhora hipertonia e reduz sangramento. Além disso, reduz entrada de tromboplastina para circulação da mãe -> reduz CIVD
Útero de Couvalaire é indicação absoluta de histerectomia puerperal?
Não, tenta-se outras medidas para controle do sangramento antes da indicação de histerectomia
O que é o útero de Couvalaire?
É a infiltração de sangue no miométrio no DPP
Quais as características do sangramento na placenta prévia?
Mnemônico PRÉVIA: Progressivo Repetitivo Espontâneo Vermelho vivo Indolor Ausencia de hipertonia ou SFA (sof fetal agudo) *É externo, aumenta com metrossístoles e cessa com amniotomia (porém não faz de rotina amniotomia)
Qual exame de escolha para o diagnóstico de placenta prévia?
USG - abdominal ou transvaginal (melhor)
Na suspeita de placenta prévia, deve ser realizado o toque vaginal imediato. V ou F?
Falso, deve ser evitado para não causar sangramento vaginal importante
Qual a utilidade de pedir dopplervelocimetria ou RNM nos casos de placenta prévia?
Para diagnosticar acretismo placentário - maior gravidade, possivelmente cesárea com histerectomia
Qual é a via de parto em geral na placenta prévia?
Cesariana
*Em casos de placenta marginal com borda placentária a mais de 2cm do OI + estabilidade pode-se tentar via vaginal
Qual a conduta na placenta prévia com feto pré-termo?
Internamento + Suporte clínico + tocólise + corticoide para maturação pulmonar. Se inst hemodinâmica -> parto
Quais são as indicações absolutas de cesareana na placenta prévia?
PP completa ou major
Herpes genital ativo
Cicatriz uterina corporal
O que é rotura uterina?
Rompimento parcial ou total do útero durante a gravidez ou no trabalho de parto
Quais os fatores de risco da placenta prévia?
Cesáreas prévias Curetagens prévias Endometrite Gemelar Multíparas
Multípara sob condução do trabalho de parto com ocitocina apresenta agitação e dor intensa na região suprapúbica. A inspenção do abdome revela os sinais de Bandl e Frommel. Qual o diagnóstico?
Iminência de rotura uterina
Quais são os sinais de iminência de rotura uterina?
Sinal de Bandl (como se o útero estivesse dividido em dois na inspeção) e sinal de Frommel (frommel = fronte - útero pra frente)
Gestante em trabalho de parto com 7cm de dilatação foi submetida à amniotomia, apresentou hemorragia e logo depois sinais de sofrimento fetal. A causa mais provável desta hemorragia foi?
Rotura de vasa prévia
Em qual das causas de hemorragias da segunda metade da gestação o sangue é predominantemente de origem fetal?
Rotura de vasa prévia
Gestante do 3º trimestre com sangramento genital discreto, porém constante, vindo do colo do útero, sem hipertonia, placenta normoinserida. Qual o diagnóstico provável?
Rotura de seio marginal
Primigesta, 38 anos, interna com 39 semanas em trabalho de parto e 4 cm de dilatação. Após 1 hora, apresenta perda de líquido vaginal claro, seguido de sangramento vermelho vivo em moderada quantidade. Presença de 3 contrações de 40s em 10 min, tônus uterino normal, BCF: 108 bpm. O provável diagnóstico e conduta são?
Rotura de vasa prévia -> cesareana de urgência (ruptura de um vaso fetal pode levar à exsanguinação e sofrimento fetal)
Qual o principal fator de risco para rotura uterina?
Útero que já foi abordado -> cicatriz uterina prévia
Quais os sinais de rotura uterina consumada?
Sinal de Clark - crepitações no abdome na palpação
Sinal de Reasens - subida da apresentação fetal
Quais são as contraindicações a indução de parto?
Cicatriz uterina prévia DCP Apresentação anômala Placenta prévia Vitalidade fetal comprometida
Quais os principais fatores de risco para acretismo placentário?
Cesárea prévia e placenta prévia
Outros: idade avançada, maior paridade, Sd de Asherman
Como investigar acretismo placentário em casos de placenta prévia?
USG com doppler
RNM (melhor)
Alfafeto proteína (casos específicos)
Qual a classificação do acretismo placentário?
Acreta - infiltrada um pouco mais profundamente no endométrio
Increta - invade miométrio
Percreta - invade serosa, podendo perfurar até outros órgãos
Qual a conduta no acretismo placentário?
Cesareana + histerectomia com placenta in situ
- Na acreta pode ser tentada extração manual
- Pode ser feita embolização de artéria uterina
No descolamento prematuro de placenta ocorre formação de coágulo retroplacentário e consumo de plaquetas e fatores da coagulação. Qual a possível complicação?
CIVD
Até 20% dos sangramentos no DPP são ocultos, com formação de coágulo retroplacentário e infiltração intramiometrial. Este sangramento é responsável pela apoplexia útero-placentária ou “útero de Courvelaire” que ocasiona déficit contrátil, sendo importante causa de hemorragia pós-parto. V ou F?
Verdadeiro
Como podemos diferenciar rotura de seio marginal de placenta prévia?
No seio marginal: Placenta alta, feto bem, sangramento periparto
*Sangramento é parecido
Nos casos que cursam com hemorragia, morte fetal e choque, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com rotura uterina. V ou F?
Verdadeiro
Qual a definição de vasa prévia?
Vasos fetais que atravessam o OI do útero ou estão a 2cm dele, sem aposição de tecido placentário, e na frente da apresentação fetal
No DPP, a hemorragia melhora durante as contrações e após a amniotomia. V ou F?
Falso, não melhora durante as contrações
Na placenta prévia, a complicação que pode ocasionar hemorragia severa pós-parto, levando, muitas vezes, à necessidade de realização de histerectomia é?
Acretismo placentário
Tercigesta 34 anos com dois partos vaginais prévios e IG 33s e 4d, vem transferida ao PS referindo dor em andar inferior do abdome. Refere trauma automobilístico (auto-auto) há 2h. Desde então, refere diminuição da movimentação fetal. Antecedente: HAS tratada com alfametildopa 2g/dia. Ao exame: REG, corada, hidratada, PA = 148x96mmHg; AU 33cm; tônus uterino normal. Ao toque vaginal: colo grosso, posterior, pérvio 1cm. Realizada analgesia. Após 2h refere piora da dor abdominal com o seguinte exame: REG, PA 150x90mmHg, abdome muito doloroso à palpação em hipogástrio, DU 4/10; BCF 119bpm; AU 36cm; tônus uterino discretamente aumentado. Cardiotocografia categoria 2. Qual a conduta?
Provável DPP - trauma + dor abdominal intensa + hipertonia uterina e CTG categoria 2. Feto está vivo.
CD: Amniotomia e cesareana
Paciente, 18 anos, primigesta, com 34 sem e 1d, chega à emergência com dor em baixo ventre e sangramento vaginal. PA 160x105mmHg, FC 116 bpm, AU 35 cm, BCF 98 bpm, tônus uterino aumentado, MF não foi notada. Ao exame especular apresenta sangramento ativo de moderada qtd pelo colo. TV: bolsa íntegra e tensa, apresentação cefálica, 3cm de dilatação. Quais as duas principais suspeitas diagnósticas?
DHEG e DPP/sofrimento fetal agudo
Qual a condição causadora de hemorragia pós-parto que está intimamente associada à placenta prévia?
Acretismo placentário
Paciente de 29 anos, secundigesta (parto normal anterior há 3 anos), idade gestacional de 33 semanas, chega ao pronto atendimento da maternidade com história de contrações uterinas há três horas, dilatação cervical de 4 cm e polo cefálico em 1+ De Lee, evoluindo há 10 minutos com dor abdominal importante contínua e com aumento súbito de tônus uterino e alteração de vitalidade fetal durante a avaliação clínica. Ao exame: PA 80 x 50 mmHg, FC 115 bpm, FR 24 irpm, Aparelhos respiratório e cardiovascular: dentro dos padrões de normalidade. Exame obstétrico: altura uterina = 35 cm, tônus uterino aumentado, ausculta fetal = 114 bpm com desacelerações até 97 bpm, movimentação fetal ausente. Toque vagina: colo uterino grosso, posterior, consistência firme, pérvio 2 cm, apresentação fetal cefálica. Em associação aos cuidados de estabilização clínica, qual a conduta imediata mais adequada?
Amniotomia - DPP