Planejamento Familiar Flashcards

1
Q

Política Nacional de Planejamento Familiar (2007/2008)

A

Defende que devem ser disponibilizados métodos contraceptivos gratuitos e que os que estão à venda sejam de baixo custo nas redes de farmácia popular.

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2
Q

Melhor método preventivo

A

Método de alta eficácia (ex: hormonais) e camisinha para proteção contra IST’s.

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3
Q

Conduta Profissional no Planejamento Familiar

A

A escolha de um método contraceptivo deve ser baseada no acolhimento com escuta qualificada do indivíduo, com ou sem parceiro fixo, de qualquer idade. Devem ser ofertadas informações sobre todos os métodos indicados para cada caso, a eficácia, como utilizar e como conseguir seu acesso.

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4
Q

Lei 7.498/86, art. 11, inciso I

A

O enfermeiro, na condição de integrante da equipe de saúde, pode prescrever medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.

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5
Q

Métodos Hormonais

A

Com estrogênio e progesterona, isolados ou associados, impedem o amadurecimento do óvulo, bloqueando a ovulação e impedindo a concepção. Efeitos: redução das cólicas, regularização do ciclo menstrual, diminuição da ocorrência de acne, anemia e gravidez ectópica, proteção contra câncer de ovário e da mama, interferência na libido. Representados pelos anticoncepcionais orais, injetáveis, adesivos e implantes.

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6
Q

Anticoncepcional oral combinado (AOC)

A

Contém estrogênio e progestogênio. 21, 22 ou 28 comprimidos, iniciados no 1º dia do ciclo (1º dia da menstruação).

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7
Q

Benefícios do Anticoncepcional oral combinado

A

Pode ser iniciado imediatamente pós-aborto, na adolescência até a menopausa; Proporciona ciclos menstruais regulares, em intervalo menor; Diminui a incidência de doença inflamatória pélvica (DIP), câncer de endométrio e ovário, gravidez ectópica, cistos funcionais de ovário, doença benigna do mama, miomas, dismenorreia, ciclos hipermenorrágicos e anemia; Eficácia de 99% no primeiro ano de uso correto; A fertilidade retorna logo após a interrupção do seu uso.

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8
Q

Malefícios do Anticoncepcional oral combinado

A

Não deve ser utilizado em lactantes, pois interfere na qualidade e quantidade do leite materno e pode afetar adversamente a saúde do bebê.

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9
Q

Introdução do AOC em lactantes

A

A introdução de baixa dose deve ser só depois do 6º mês, com o aleitamento misto e para as mulheres que já menstruam.

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10
Q

Possíveis complicações do AOC

A

Tromboses venosas profundas, infarto do miocárdio, tumores no fígado. O risco aumenta para fumantes (+15 cigarros/dia).

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11
Q

Uso consistente do AOC

A

Deve ser usado de forma consistente e no mesmo horário.

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12
Q

Vômitos ou diarreia após ingestão do AOC

A

Em caso de vômitos ou diarreia depois de 4 horas da ingesta, o efeito é suspenso e deve-se ingerir outro comprimido.

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13
Q

AOC e bebida alcoólica

A

Só ingerir bebida alcoólica após 2 horas da ingesta do anticoncepcional e suspender a bebida 1 hora antes.

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14
Q

Principais efeitos colaterais do AOC

A

Alterações de humor, náuseas, vômitos, mal-estar gástrico, cefaleia, tontura, mastalgia e sangramento intermenstrual.

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15
Q

Minipílula (Anticoncepcional só de progestogênio)

A
  • Dose muito baixa\n- 28-35 comprimidos sem interrupção entre as cartelas\n- Na lactação, taxa de falha é de 0.5%, em uso habitual é de 1%\n- Não contém estrogênio, efeito contraceptivo é mais baixo que as pílulas combinadas.
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16
Q

Benefícios da Minipílula

A
  • Pode ser usada durante o aleitamento materno, a partir de 6 semanas pós-parto, sem alterar o volume ou composição do leite, nem prejudicar a saúde do RN\n- Previne doenças benignas de mama, câncer de endométrio, câncer de ovário e doença inflamatória pélvica\n- Pode ser usada pós-aborto.
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17
Q

Malefícios da Minipílula

A
  • Sangramentos intermenstruais, amenorreia, cefaleia, sensibilidade mamária\n- Interação medicamentosa com rifampicina, griseofulvina, fenitoína, anticonvulsivantes como carbamazepina e primidona, pois são indutores de enzimas hepáticas\n- Só deve ser usada em mulheres com idade superior a 16 anos devido ao efeito hipoestrogênico\n- Contraindicada para doença cardíaca isquêmica, acidente vascular, cefaleia grave, câncer de mama atual ou nos últimos 5 anos.
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18
Q

Injetável (Anticoncepcional)

A
  • Apenas progestogênio (trimestral) ou combinado (mensal)\n- Trimestral: Depo-Provera\n- Mensal: Mesigyna, Noregyna, Perlutan.
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19
Q

Administração dos anticoncepcionais injetáveis

A

Aplicados via IM. Após aplicação, não deve ser feita massagem ou aplicação de calor local para evitar difusão do material injetado.

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20
Q

Primeira injeção de anticoncepcional injetável

A

Deve ser administrada até o 5º dia da menstruação (de preferência no 1º dia).

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21
Q

Próxima injeção de anticoncepcional injetável

A

Mensal: a cada 30 dias. Trimestral: a cada 90 dias. Levar em consideração os meses com 30 e 31 dias para agendamento da próxima injeção, podendo variar mais ou menos 3 dias, independentemente da menstruação.

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22
Q

Atraso na aplicação da nova injeção

A

Se o atraso for mais de 3 dias, a mulher deve usar camisinha ou evitar relações sexuais até a próxima injeção.

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23
Q

Anticoncepção de emergência

A

Recurso emergencial para prevenir gravidez indesejada em casos como coito interrompido sem sucesso, vítimas de estupro, rompimento do preservativo, uso errado do anticoncepcional, etc.

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24
Q

Ação da anticoncepção de emergência

A

Atrasa ou inibe a ovulação, espessa o muco cervical, interfere na motilidade dos espermas, dificultando a migração do colo do útero para as trompas, onde estará o óvulo, e impede a fecundação.

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25
Q

Esquemas de anticoncepção de emergência

A

Etinilestradiol + levonorgestrel (esquema Yuzpe) ou Levonorgestrel 1.5 mg (pílula de emergência - AHE).

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26
Q

Indicação da anticoncepção de emergência

A

Preferencialmente nas primeiras 72 horas, com limite de 5 dias.

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27
Q

Efeitos colaterais da anticoncepção de emergência

A

Vômitos. Se ocorrer nas primeiras 2h após a ingestão, repetir a dose depois do uso de antiemético ou da alimentação.

28
Q

Uso esporádico da anticoncepção de emergência

A

Deve ser usada apenas esporadicamente. Uso rotineiro pode levar à perda de eficácia e sobrecarga do organismo com doses hormonais altas, podendo causar complicações, como problemas hematológicos.

29
Q

Implante subdérmico

A

Hormônio liberado na corrente sanguínea. Com levonorgestrel: Norplant. Com acetato de nomegestrol: Uniplant.

30
Q

Benefícios dos anticoncepcionais injetáveis e implantes

A

Reduz o risco de câncer de endométrio e ovário, cisto de ovário, endometriose, anemia falciforme e doença inflamatória pélvica. Melhor opção para mulheres que esquecem de tomar o anticoncepcional oral diariamente.

31
Q

Uso pós-aborto dos anticoncepcionais injetáveis e implantes

A

Podem ser usados pós-aborto.

32
Q

Anticoncepcionais injetáveis no período puerperal

A

Para evitar o risco de doença tromboembólica, não devem ser utilizados antes dos 21 dias após o parto, entre as não lactantes.

33
Q

Métodos hormonais para mulheres que estão amamentando

A

Minipílula + amamentação e anticoncepcional trimestral injetável (só progestogênio).

34
Q

Implante subdérmico com Nestorone ou Elcometrina

A

Exemplos incluem Elmetrin.

35
Q

Implante subdérmico com Etonogestrel

A

Implanon (mais comercializado no Brasil).

36
Q

Benefícios do Implanon

A

Possui eficácia de 99.95%, sendo um dos métodos mais seguros e eficazes para evitar gravidez. Retorno à fertilidade é imediato após a suspensão do uso (retorno da ovulação 3-6 semanas após a remoção). Dura 3 anos, ideal para mulheres que esquecem métodos diários, semanais, mensais ou trimestrais. Não precisa de pausa entre os implantes. Não sofre a primeira passagem pelo fígado, por ser subcutâneo.

37
Q

Sangramentos com Implanon

A

Explicar à usuária que é normal ter sangramentos intermenstruais, especialmente nos primeiros meses de uso. Em casos raros de sangramentos abundantes e/ou prolongados, não deve ser retirado o Implanon até o diagnóstico.

38
Q

Métodos Comportamentais/Naturais

A

Ogino-Knaus (tabelinha), Sintotérmico (baseia-se em sinais e sintomas da ovulação), Método do colar (cyclebeads), Temperatura corporal basal, Muco cervical, Coito interrompido.

39
Q

Métodos de barreira

A

Impedem por meio de obstáculos mecânicos e/ou químicos a trajetória do espermatozoide em direção ao óvulo. Exemplos incluem: preservativos masculinos e femininos, diafragma, espermicidas, capuz cervical, esponjas vaginais e DIU TCu 380A (de cobre).

40
Q

Benefícios dos métodos de barreira

A

Não são métodos hormonais, logo não possuem efeitos sistêmicos. Ideal para pessoas com doenças endocrinometabólicas e contraindicações hormonais, comportamentais ou cirúrgicas. São removíveis e a fertilidade retorna imediatamente. Possuem poucos efeitos locais. Possuem eficácia elevada.

41
Q

Coito desprotegido e métodos de barreira

A

Na ocorrência de coito desprotegido, indicar a pílula do dia seguinte e recomendar a associação desses métodos com os preservativos.

42
Q

DIU de cobre 380A

A

Não possui hormônios, logo, é considerado um método de barreira. Dura 10 anos e é disponibilizado pelo SUS.

43
Q

DIU MLCu-375

A

Dura 5 anos.

44
Q

DIU hormonal

A

Além do DIU de cobre, também existe o DIU hormonal.

45
Q

Quando pode ser colocado o DIU de cobre pós-aborto?

A

Imediatamente após aborto espontâneo/induzido, embora a taxa de expulsão chegue a 25%. Após aborto infectado: aguardar 3 meses e colocar se não houver mais infecção e se a mulher não estiver grávida.

46
Q

Métodos definitivos: legislação antiga

A

Pela Lei nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996, só devem ser feitos em homens e mulheres com capacidade civil plena e mais de 25 anos; ou pelo menos 2 filhos vivos; ou nos casos de risco de vida para a mulher ou futuro concepto.

47
Q

Métodos definitivos: nova legislação

A

A nova Lei nº 14.443 de 2 de setembro de 2022 diz que pode ser feita aos 21 anos sem filhos, e a laqueadura pode ser feita no parto e sem a autorização do marido.

48
Q

Laqueadura Tubária

A

Procedimento cirúrgico simples e permanente que liga as tubas uterinas da mulher, impedindo o encontro dos espermatozoides com o óvulo.

49
Q

Vasectomia

A

Procedimento cirúrgico simples, de pequeno porte, seguro, rápido e permanente, feito ao nível ambulatorial. Consiste na ligadura dos canais deferentes, que são cortados e amarrados, cauterizados ou fechados com grampos, para interromper o fluxo de espermatozoides em direção à próstata e vesículas seminais.

50
Q

Quando pode ser colocado o DIU de cobre após o parto?

A

Logo depois da expulsão da placenta, até 10 minutos pós-dequitação, pois a taxa de expulsão é menor, ou até 48 horas. Após esse período, deve-se esperar de 4 a 6 semanas para inserir.

51
Q

Quando pode ser colocado o DIU de cobre pós-aborto?

A

Imediatamente após aborto espontâneo/induzido. Se houver infecção, pode ser inserido depois de 3 meses, se já não houver mais infecção e se a mulher não estiver grávida.

52
Q

Quando pode ser colocado o DIU de cobre ao trocar de método anticoncepcional?

A

Imediatamente.

53
Q

DIU hormonal SIU-LNG-20 de levonorgestrel

A

Dura em torno de 5-7 anos. Nome comercial: Mirena.

54
Q

Quando pode ser colocado o DIU hormonal em mulheres menstruando regularmente?

A

Entre o 1º e o 7º dia do ciclo menstrual.

55
Q

Quando pode ser colocado o DIU hormonal pós-parto em lactantes?

A

6 semanas depois.

56
Q

Quando pode ser colocado o DIU hormonal pós-parto em não lactantes?

A

Imediatamente depois ou nas 48 horas seguintes, embora a taxa de expulsão chegue a 20%. Passado esse período, deve-se aguardar 4 semanas.

57
Q

Período de espera para esterilização

A

É necessário aguardar 60 dias entre a manifestação da vontade de realizar a esterilização e o ato cirúrgico, para que haja aconselhamento multidisciplinar.

58
Q

Objetivo do aconselhamento multidisciplinar

A

Desencorajar a esterilização precoce, informando sobre os riscos da cirurgia, efeitos colaterais, possibilidade de arrependimento, dificuldades de reversão, instruções pré e pós-operatórias, e opções de contracepção reversíveis com eficácia similar.

59
Q

Testemunho médico

A

2 médicos devem testemunhar em documento escrito e firmado sobre as orientações dadas durante o aconselhamento.

60
Q

Consentimento dos cônjuges

A

Não é necessário mais o consentimento expresso de ambos os cônjuges.

61
Q

Informação ao parceiro

A

O profissional deve recomendar a informação ao parceiro sobre a realização do exame, devido à necessidade de apoio no repouso pós-cirúrgico.

62
Q

Riscos da cirurgia

A

Os riscos associados ao procedimento cirúrgico devem ser detalhados pela equipe multidisciplinar.

63
Q

Efeitos colaterais

A

Os possíveis efeitos colaterais da esterilização devem ser informados à pessoa que deseja realizar o procedimento.

64
Q

Possibilidade de arrependimento

A

A equipe deve informar sobre a possibilidade de arrependimento após a esterilização.

65
Q

Dificuldades de reversão

A

Deve-se informar sobre as dificuldades e limitações na reversão do procedimento de esterilização.

66
Q

Instruções pré e pós-operatórias

A

A pessoa deve receber instruções claras sobre os cuidados a serem tomados antes e após a cirurgia.

67
Q

Opções de contracepção reversíveis

A

A equipe deve informar sobre as opções de contracepção reversíveis existentes com eficácia similar à esterilização.