HEP 3 - Complicações da cirrose Flashcards
Quais são as manifestações clínicas da hipertensão portal?
manifestações clínicas da hipertensão portal
- Varizes esofago-gástricas
- Varizes retais
- Esplenomegalia
- Cabeça de medusa
- Encefalopatia
- Ascite
Quais são os tipos de hipertensão portal que não costumam causar ascite?
tipos de hipertensão portal que não costumam causar ascite
- Pre-hepática
- Intra-hepática: pre-sinusoidal
Quais são as principais causas de hipertensão portal pré-hepática?
principais causas de hipertensão portal pré-hepática
- Trombose de V. porta
- Trombose de V. esplênica
Qual é a principal causa de hipertensão portal intra-hepática, pré-sinusoidal?
principal causa de hipertensão portal intra-hepática, pré-sinusoidal
- Esquistossomose
- obs: lembrar que a esquistossomose só causará ascite se acometer os sinusoides hepáticos e provocar hipertensão sinusoidal.*
Qual é a principal causa de hipertensão portal intra-hepática, sinusoidal?
principal causa de hipertensão portal intra-hepática, sinusoidal
Cirrose
Qual é a principal causa de hipertensão portal intra-hepática, pós-sinusoidal?
principal causa de hipertensão portal intra-hepática, pós-sinusoidal
Oclusão da V. centrolobular
Quais são as principais causas de hipertensão portal pós-hepática?
principais causas de hipertensão portal pós-hepática
- Doenças cardíacas
- Trombose de v. hepática
- Obstrução de veia cava
A oclusão da v. centrolobular é uma causa de hipertensão portal intra-hepática, subtipo pós sinusoidal.
Quais são as principais etiologias da oclusão de veia centrolobular?
principais etiologias da oclusão de veia centrolobular
- Doença veno-oclusiva: doença do enxerto vs. hospedeiro
- Doença do chá da Jamaica (Brasil: chá de maria-mole)
A Síndrome de Budd-Chiari caracterizada por ______________.
A Síndrome de Budd-Chiari caracterizada por trombose da v. hepática.
Por definição, Síndrome de Budd-Chiari refere-se à trombose de qualquer via de saída hepática.
O diagnóstico de hipertensão portal pode ser feito com USG doppler, elastografia ou gradiente pressórico entre v. porta e v. cava inferior.
Na USG doppler, espera-se um calibre de v. porta de até ____ mm e de v. esplênica de até ___ mm.
Na elastografia, espera-se que o fígado apresente com ≥ ____ kPa.
O diagnóstico de hipertensão portal pode ser feito com USG doppler, elastografia ou gradiente pressórico entre v. porta e v. cava inferior.
Na USG doppler, espera-se um calibre de v. porta de até 12 mm e de v. esplênica de até 9 mm.
Na elastografia, espera-se que o fígado apresente com ≥ 21 kPa.
A varizes esofagianas podem ser tratadas profilaticamente, prevenindo sangramentos, ou terapeuticamente, interrompendo sangramentos ativos.
A profilaxia primária é feita com ___________ ou ________ (um OU outro).
A profilaxia secundária para impedir novos sangramentos é feita com ___________________ e __________ (um E outro).
A varizes esofagianas podem ser tratadas profilaticamente, prevenindo sangramentos, ou terapeuticamente, interrompendo sangramentos ativos.
A profilaxia primária é feita com beta-bloqueador não seletivo ouligadura elástica (um OU outro).
A profilaxia secundária para impedir novos sangramentos é feita com beta-bloqueador não seletivo eligadura elástica (um E outro).
As duas etiologias possíveis para HDA são úlcera péptica ou varizes esofago-gástricas.
Na estabilização desse paciente, deve-se fazer volume, administrar três medicamentos e corrigir anemia, plaquetopenia e coagulação, se necessário.
Quais são as três drogas utilizadas nesses pacientes e qual é a finalidade de cada uma delas?
três drogas utilizadas na estabilização do paciente com HDA e a finalidade de cada uma delas
- Prazol: tratamento da úlcera
- Terlipressina: vasoconstritor esplâncnico
- Ceftriaxone: ATB profilática contra PBE
Obs: suspender beta-bloqueador, se paciente estiver usando.
Após a estabilização do paciente com HDA, a endoscopia digestiva alta deve ser feita, idealmente, em até ____ h.
Após a estabilização do paciente com HDA, a endoscopia digestiva alta deve ser feita, idealmente, em até 12 h.
De acordo com o diagnóstico endoscópico da EDA, o tratamento para conter o sangramento será diferente. Determine os tratamentos mais adequados para cada uma das situações abaixo:
- Varizes de esôfago: ____________
- Varizes de estômago: ____________
- Ectasias gástricas: ____________
De acordo com o diagnóstico endoscópico da EDA, o tratamento para conter o sangramento será diferente. Determine os tratamentos mais adequados para cada uma das situações abaixo:
- Varizes de esôfago: ligadura elástica
- Varizes de estômago: cianoacrilato (“cola” biológica)
- Ectasias gástricas: laser de argônio
A sonda de Sengstaken-Blakemore é usada para ____________________.
A sonda de Sengstaken-Blakemore é usada para tamponar o sangramento de uma HDA.
A sonda de Sengstaken-Blakemore pode ser usada por, no máximo, ___ h.
A sonda de Sengstaken-Blakemore pode ser usada por, no máximo, 12 h.
Motivo: risco de lesão isquêmica.
TIPS, shunt portossistêmico intra-hepático transjugular, é uma opção utilizada em hemorragias digestivas altas refratárias.
Determine a vantagem, a desvantagem e as contraindicações desse método.
TIPS, shunt portossistêmico intra-hepático transjugular
- Vantagem: ponte para o transplante hepático
- Desvantagem: pode causar encefalopatia (30%)
- Contra-indicações:
- Encefalopatia prévia ou atual
- ICC, HT pulmonar, cirrose graves
- Doença policística do fígado
- Abscesso hepático
- Sepse
Qual é a referência anatômica para a realização da paracentese?
referência anatômica para a realização da paracentese
Linha imaginária entre cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterior superior esquerda
Local de punção: no ponto de encontro entre os terços médio e distal (mais próximo da crista ilíaca)
O gradiente de albumina ascítica, GASA, é utilizado na análise do líquido ascítico para determinar a etiologia da ascite.
Esse gradiente é calculado pela diferença entre a albumina do soro e a albumina do líquido ascítico drenado (Albsoro-Albascite).
O ponto de corte interpretativo é 1,1 de modo que valores ≥ a 1,1 sugerem ___________ e valores < 1,1 sugerem _________.
O gradiente de albumina ascítica, GASA, é utilizado na análise do líquido ascítico para determinar a etiologia da ascite.
Esse gradiente é calculado pela diferença entre a albumina do soro e a albumina do líquido ascítico drenado (Albsoro-Albascite).
O ponto de corte interpretativo é 1,1 de modo que valores ≥ a 1,1 sugerem hipertensão portal e valores < 1,1 sugerem neoplasia, tuberculose, pâncreas, sd. nefrótica.
O GASA, isoladamente, não é capaz de determinar a etiologia da ascite.
Após determinar o GASA, deve-se analisar a proteína do líquido ascítico.
Nos casos de GASA ≥ 1,1, sugerindo hipertensão portal, um líquido com pouca proteína (<2,5 g/dL) sugere __________ e um líquido com muita proteína (≥2,5 g/dL) sugere _______ ou ________.
O GASA, isoladamente, não é capaz de determinar a etiologia da ascite.
Após determinar o GASA, deve-se analisar a proteína do líquido ascítico.
Nos casos de GASA ≥ 1,1, sugerindo hipertensão portal, um líquido com pouca proteína (<2,5 g/dL) sugere cirrose e um líquido com muita proteína (≥2,5 g/dL) sugere ICC ou Sd. Budd-Chiari.
O GASA, isoladamente, não é capaz de determinar a etiologia da ascite.
Após determinar o GASA, deve-se analisar a proteína do líquido ascítico.
Nos casos de GASA
O GASA, isoladamente, não é capaz de determinar a etiologia da ascite.
Após determinar o GASA, deve-se analisar a proteína do líquido ascítico.
Nos casos de GASA Sd. nefrótica e um líquido com muita proteína (≥2,5 g/dL) sugere neoplasia, tuberculose ou doença pancreática.
Obs: se suspeitar de tuberculose, solicitar a dosagem de Adenosina Deaminase (ADA > 40, reforça a hipótese de TB)
A análise macroscópica do líquido ascítico já fornece algumas pistas clínicas. Determine aspecto do líquido ascítico (seroso, hemorrágico, turvo) nas situações listadas:
- Cirrose: ____________
- Acidente de punção: ____________
- Neoplasias: ____________
- Infecção: ____________
A análise macroscópica do líquido ascítico já fornece algumas pistas clínicas. Determine aspecto do líquido ascítico (seroso, hemorrágico, turvo) nas situações listadas:
- Cirrose: seroso
- Acidente de punção: hemorrágico
- Neoplasias: hemorrágico
- Infecção: turvo
Para suspeitar de peritonite bacteriana espontânea, deve haver ≥ ________ polimorfonucleares na análise citológica do líquido ascítico.
Para suspeitar de peritonite bacteriana espontânea, deve haver ≥ 250 polimorfonucleares na análise citológica do líquido ascítico.
≥ 250 __________ (polimorfonucleares/linfócitos/leucócitos) no líquido ascítico sugere infecção (PBE ou PBS).
≥ 250 polimorfonucleares no líquido ascítico sugere infecção (PBE ou PBS).
O tratamento da ascite é feito com:
- _____________________
- _____________________
- _____________________
- _____________________
Quais são as contraindicações ao uso de diuréticos nos casos de ascite?
contraindicações ao uso de diuréticos nos casos de ascite
- Função renal ruim
- Na < 130
- K > 6
Em casos de ascite refratária, as alternativas de tratamento são:
- ____________________
- ____________________
- ____________________
Em casos de ascite refratária, as alternativas de tratamento são:
- Midorina, VO (droga usada na hipotensão postural)
- Paracenteses seriadas
- TIPS
Quando a parecentese retira muito volume do paciente (> 5-6L), a reposição de albumina é obrigatória a fim de se evitar a Sd. hepatorrenal.
Indica-se repor até _____ g de albumina para cada 1 L de ascite retirado.
Quando a parecentese retira muito volume do paciente (> 5-6L), a reposição de albumina é obrigatória a fim de se evitar a Sd. hepatorrenal.
Indica-se repor até 10 g de albumina para cada 1 L de ascite retirado.
Ao se retirar 10L de líquido ascítico de um paciente, qual deve ser a quantidade de albumina a ser reposta? Considera 10g de albumina para cada 1L de líquido ascítico.
( ) 100g
( ) 50g
( ) 60g
( ) 40g
Ao se retirar 10L de líquido ascítico de um paciente, qual deve ser a quantidade de albumina a ser reposta? Considera 10g de albumina para cada 1L de líquido ascítico.
(X) 100g
( ) 50g
( ) 60g
( ) 40g
Lembrar que é 10g para cada litro retirado (no total).
A tríade clássica da peritonite bacteriana espontânea, uma complicação da ascite, é:
- __________________
- __________________
- __________________
A tríade clássica da peritonite bacteriana espontânea, uma complicação da ascite, é:
- Febre
- Dor abdominal
- Encefalopatia
A peritonite bacteriana espontânea diferencia-se da secundária principalmente quanto a sua flora (geralmente, monobacteriana) e à bioquímica do líquido ascítico.
Quais são os critérios diagnósticos da peritonite bacteriana secundária?
critérios diagnósticos da peritonite bacteriana secundária
Paracentese diagnóstica:
- ≥ 250 polimorfonucleares + ≥ 2 critérios
- Proteína > 1 g/dL
- Glicose < 50 mg/dL
- LDH elevado
Outros dados que não entram nesse critério:
- CEA > 5
- Fosfatase alcalina > 240
O tratamento da peritonite bacteriana espontânea é feito com ____________ e o tratamento da peritonite bacteriana secundária é feito com ____________ e __________.
O tratamento da peritonite bacteriana espontânea é feito com cefotaxima e o tratamento da peritonite bacteriana secundária é feito com cefotaxima e metronidazol.
A profilaxia primária da PBE aguda é feita com ceftriaxone ou norfloxacino por 7 dias e deve ser instituída quando houver ________________.
Cronicamente, a profilaxia primária da PBE pode ser feita com norfloxacino.
A profilaxia primária da PBE aguda é feita com ceftriaxone ou norfloxacino por 7 dias e deve ser instituída quando houver sangramento varicoso.
Cronicamente, a profilaxia primária da PBE pode ser feita com norfloxacino.
O que é ascite neutrofílica e o que é bacterascite? Qual é a conduta em cada uma delas?
Ascite neutrofílica:
- ≥ 250 polimorfonucleares no líquido ascítico + cultura negativa
- CD: tratar como a PBE
Bacterascite
- < 250 polimorfonucleares no líquido ascítico + cultura positiva
- CD: tratar, se houver sintomas
O tratamento da encefalopatia hepática deve ser feito com _____________ e antibioticoterapia com ___________.
O tratamento da encefalopatia hepática deve ser feito com lactulona e antibioticoterapia com rifaximina.
Qual é o papel da lactulona no tratamento da encefalopatia hepática?
A lactulona é um laxativo.
Ela deixa o pH intestinal mais ácido (maior concentração de H+) o que favorece a protonização da amônia (NH3) em amônio (NH4+), uma substância menos absorvida no lúmen intestinal.
A fisiopatologia da síndrome hepatorrenal é explicada por uma _______________ (vasodilatação/vasoconstrição) periférica e uma _______________ (vasodilatação/vasoconstrição) renal exacerbada.
Trata-se de um diagnóstico de exclusão e, por isso, o paciente não deve ter outras causas que expliquem a IRA (hipovolemia, infecção, nefrotoxicidade)
A fisiopatologia da síndrome hepatorrenal é explicada por uma vasodilatação periférica e uma vasoconstrição renal exacerbada.
Trata-se de um diagnóstico de exclusão e, por isso, o paciente não deve ter outras causas que expliquem a IRA (hipovolemia, infecção, nefrotoxicidade)
Quanto à síndrome hepatorrenal, determine:
- A conduta de emergência: ________________
- A conduta definitiva: ________________
Quanto à síndrome hepatorrenal, determine:
- A conduta de emergência:
- Albumina, EV + noradrenalina ou terlipressina
- hemodiálise, se necessário
- A conduta definitiva: transplante hepático
A fisiopatologia da síndrome hepatopulmonar é explicada por uma _______________ (vasodilatação/vasoconstrição) periférica e uma _______________ (vasodilatação/vasoconstrição) pulmonar.
A fisiopatologia da síndrome hepatopulmonar é explicada por uma vasodilatação periférica e uma vasodilatação pulmonar.
Defina platipneia e ortodeóxia, manifestações clínicas da síndrome hepatopulmonar.
Platipneia: dispneia em posição ortostática
Ortodeóxia: dessaturação em ortostase