Gemelaridade Flashcards
Zigotia
Dizigoticas - 75% = fenótipos e genótipos diferentes
Gestação dicoriônica e diamniótica (duas placentas e duas câmaras amnióticas)
Monozigotica - 25% = Genótipos iguais
Processo da gemelidade ocorre de acordo com o momento de divisão celular
*Até 4° dia (72hs): duas placentas e duas bolsas amnióticas
- Gestação dicoriônica e diamniótica
*Entre 4º e 8° dia: fusão das placentas
- Gestação monocoriônica e diamniótica (risco de hipoxia cordão enrolado)
*Entre 8º e 12º dia
- Gestação monocoriônica e monoamniótica
*Após 13° dia
- Gêmeos siameses ou gemelaridade imperfeita
Fatores de risco
- drogas indutoras de ovulação
- reprodução assistida
- historia familiar
- idade materna >35a
- raça negra
- multiparidade
Diagnostico
Sinais de gestação multipla na USG
- neste caso é necessario saber a quantidade de placenta (corionicidade) pela USG
*Dicoriônica = USG
- Dois sacos gestacionais, duas placentaas ou sexo diferente
- Sinal do lambda = duas placentas proximas que formam um unica massa
*Monocorionica = USG
USG sinal do T invertido
Repercussões maternas na gestação multipla
Abortamentos
Diabetes gestacional (dobra a produção de lactogenio placentario)
Anemias - demanda nutricional maior
Polidrâmnio - Líquido amniótico vem principalmente da diurese fetal
Ruptura prematura de membranas/ amniorrexe
SHEG - Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (Pré-Eclâmpsia)
Trabalho de parto prematuro (TPP) - hiperextensão da fibra endometrial
Descolamento prematuro da placenta (DPP)
Placenta prévia (PP) - placenta baixa
Hemorragia pos-parto
Complicações Fetais
- morte unifetal
- entrelaçamento de cordao umbilical
- prematuridade
- RCIU
- Anemia
- Obito fetal
-Sindrome de transfusão feto-fetal(gestação monocorionica) - Gemeos conjugados
- Gemeo acardico
Avaliação do ILA
*gemelar dicoriônica e diamniótica:
- Maior bolsão (MB) de líquido amniótico maior que 2cm e menor que 8cm em cada cavidade amniótica
Síndrome de transfusão feto-fetal (STFF) => principal repercussão fetal
- gestação monozigótica monocoriônica (mono ou diamniótica)
- Fisiopatologia: origem em anastomoses vasculares (artério arteriais, arteriovenosas e veno venosas) placentárias que causam um unidirecionamento de fluxo
95% - anastomoses arteriovenosas (AAV) com fluxo unidirecional
80% e 20% - anastomoses artério arteriais (AAA) e arteriovenosas (AVV) que apresentam fluxo bidirecional
Surgimento de anastomoses entre os vasos da placenta (a-a, a-v, v-v) → troca de volume vascular entre os fetos
Um feto passa a ser o transfusor e o outro o transfundido
O TRANSFUSOR desenvolve hipóxia, anemia e hipovolemia, além de oligamnia ILA bolsão <2cm (há baixa circulação sanguínea menos sangue no rim → queda TFG → queda da diurese → queda da produção de líquido amniótico (oligodramnia) → bebe não cresce adequadamente
O TRANSFUNDIDO está em estado hipervolêmico → urina mais por aumento da diurese -> tem mais células sanguíneas (policitemico)→ sobrecarga cardíaca → ICC fetal e bebe pode ir a óbito
Feto transfusor/ doador
Hipóxia
Anemia microcítica e eritroblastose (medula produz mais células devido a falta e lança células mais jovens na circulação)
Hipovolemia
Oligoâmnio → menor produção de líquido pelos rins pela hipovolemia (diminuição do fluxo renal) - criterio Dx
Restrição de crescimento uterino
Feto transfundido/ receptor
Macrossomia (pletora) → ICC por sobrecarga volêmica
Policitemia
Polidramnia - critério de Dx
Insuficiência cardíaca congestiva
Óbito fetal
Tratamento - Síndrome de transfusão feto-fetal (STFF)
OBS: mais prevalente em gestações monocoriônicas diamnióticas doque nas monocorionicas monoaminioticas
Coagulação por laser das anastomoses -> Ablação das anastomoses
Tratamento de primeira linha na STFF grave com idade gestacional inferior a 26 semanas
Interrompe o fluxo unidirecional → melhor prognóstico gestacional
Contudo: anastomoses podem se refazer
Amniorredução
Drenagem do líquido amniótico do feto receptor por punção guiada por USG - realizada após as 14 semanas
Permite diminuição da pressão intra amniótica e nos vasos placentários, melhorando a perfusão do feto doador
Não interrompe a anastomose - tratamento paliativo
Septostomia
Punção da membrana amniótica que separa as duas cavidades amnióticas
Igualar o volume de líquido entre elas
Risco de ruptura prematura das membranas
Tratamento paliativo
Apresentações anômalas - gestação multipla = distocia
Dificuldade do parto
Encavalamento de cabeças
Identificar posições fetais antes do parto, para impedir essa situação
Como não é possível prever a posição, o ideal é fazer sempre parto abdominal (Cesariana)
Gestante em TP com 1º gemelar em posição pélvica = CESARIA
Planejamento
- gemelares monocoriônica/monoamniótica = 32-34
- gemelares monocoriônica/diamniótica: = 36+0 e 36+6
- gemelares dicoriônicas/diamnióticas = 38 + 0 e 38 + 6
Condições em que se recomenda a realização de cesárea:
- Gestações monoamnióticas.
- Gêmeos unidos.
- Peso fetal estimado <1.500 g
- Primeiro gemelar pélvico ou córmico.
- Cicatriz uterina prévia.
Condições para tentativa de parto vaginal
Gestações dicoriônicas e monocoriônicas diamnióticas, desde que:
- Primeiro gemelar em apresentação cefálica.
- Peso dos fetos entre 1.500 g e 4.000 g.
- Peso do 2.º gemelar < peso do 1.º gemelar (estimado no USG).
- Peso do 2.º gemelar, no máximo, 20% > peso do 1.º gemelar
- Condições para monitorizar o BCF de ambos os fetos continuamente.
- Analgesia e acesso materno para aplicação de novas infusões ou aplicações para manobras/cesárias.
Q. Prova: gêmeos acolados
- gêmeo acolado (conjugado) ocorre especificamente nas gestações monozigóticas, monocoriônicas e monoamnióticas. Decorre da divisão tardia (após 13º dia) de um único ovo fecundado.