Cardiopatias Flashcards
Conceitos
- Forma mais frequnte: lesão reumática
- Risco de descompensação progressiva»_space; sobrecarga de volume» com maior descompesacao entre 28 a 32 semnas ou no momento do parto na dequitacao da placenta - Ictu cordis (ponta do coração) tem um deslocamento para o 4 EIC
- FISIOLOGICO: sopro de ejecao pulmonar e sobre sistolico na ponta»_space; SOPROS DIASTOLICOS NAO SAO FISIOLOGICOS
- Alto risco:
Sintomas
- a gestacao pode descompensar a doenca cardiaca mesmo que nunca tenha tido manifestacao anterior
- pode ocorrer um aumento da frequencia das decompensacoes
- doenca cardiaca materna pode provocar: abortamento, CIUR e morte fetal
Classificacao
- deve-se classificar a paciente conforme NYHA
e - a classificação de acordo com o risco de morte materna por doença
- Alto risco: que permitem interrupção da gestação
- Hipertensão Pulmonar
- Sd. Marfan (aorta >4,5cm)
- Disfunção grave de VE
- Estenose mitral (área valvar < 1,5 cm3 )
- NYHA III e IV FE <30%
- Cardiomiopatia periparto
Doencas valvares
- Lesoes regurgitantes»_space; sem complicacaoes
- Lesoes estenoticas»_space; preocupate (esteno mitral predomina)
pioram devido ao aumento do DC e FC»_space; aumento do volume plasmatico em 40 a 50%»_space; maior dificuldade de passagem pela estenose»_space; descompesa;’ao
TTO na Estenose mitral
- Controle da FC -BBloq
- Valvuloplasatia
TTO na estenose aortica
- considerar intervencoes se area <1cm2
SÍNDROME DE MARFAN
- síndrome autossômica dominante caracterizada por uma fragilidade do tecido conjuntivo, que resulta em anormalidades esqueléticas, oculares e cardiovasculares»_space; anomalia da camada media da aorta
- indicacao cesariana = quando tem dilatacao aortica (aorta >4,5)»_space; risco de disseccao e rotura de anurismas de aorta (importante realizar análise do arco da aorta e da dilatação pós-valvular pelo ecocardiograma pode definir melhor o prognóstico de uma possível gravidez)
CONDUTA GERAL NAS CARDIOPATIAS
● O acompanhamento multidisciplinar;
● pré-natal de início precoce, com avaliação clínica global da paciente;
● O uso de digitálico, diurético e betabloqueador deve ser monitorizado;
● controlar e tratar precocemente as condições que agravam a função cardíaca, como anemia, processos infecciosos, obesidade, estresse, arritmias cardíacas, hipertireoidismo e síndromes tromboembólicas. É imprescindível o diagnóstico e o tratamento precoce da insuficiência cardíaca;
● O crescimento e a vitalidade fetais devem ser monitorizados e ecocardiografia fetal nos casos de cardiopatia congênita na gestante;
● Deve-se evitar a prescrição de iECA (risco de anomalia renal), Nifedipino e de beta-adrenérgicos para inibição do trabalho de parto prematuro.
- Usar Atosibam => nao tem efeito acelerar coracao
● uso de anticoagulantes orais, devem ser evitados no primeiro trimestre da gestação e nas duas semanas que antecedem o parto
Via de parto = Vaginal é mais seguro
MEDICAMENTOS E CARDIOPATIAS
● Evitar a prescrição de inibidores da enzima conversora da angiotensina para controle da hipertensão arterial.
● A administração de betamiméticos para inibição do trabalho de parto prematuro é, a princípio, contraindicada.
● Anticoagulantes orais, se indicados, devem ser evitados no primeiro trimestre da gestação e nas duas semanas que antecedem o parto.
● A administração de ergotamina no puerpério é contraindicada.
CONDUTA NO TRABALHO DE PARTO
Para as pacientes estáveis, principalmente nas classes funcionais I e II, deve-se aguardar o trabalho de parto espontâneo. A via vaginal é a opção mais segura para o parto
nas grávidas cardiopatas, embora o trabalho de parto, a parturição e o puerpério imediato sejam momentos críticos nestas gestações.
Durante o trabalho de parto e o parto podem ocorrer alterações hemodinâmicas importantes. Cada contração uterina resulta no deslocamento de 300 a 500 ml de sangue
na circulação geral. A pré-carga aumenta com o consequente aumento do débito cardíaco de, aproximadamente, 50% em cada contração. A pressão média sistêmica
também aumenta, em parte, devido à dor e ansiedade materna. A perda sanguínea durante o parto (500 para um parto vaginal e 1.000 ml para uma cesárea) pode
comprometer ainda mais o estado hemodinâmico. No pós-parto imediato, o débito cardíaco apresenta seu ápice durante toda a gravidez, o que pode resultar em
descompensação cardíaca. As alterações hemodinâmicas voltam às condições normais de três a quatro semanas após o parto.
A sobrecarga que o coração sofre é semelhante no parto vaginal e na cesariana, sendo que a diferença entre ambos reside no comportamento do trabalho de parto. A
laparotomia é acompanhada de maior número de complicações pós-operatórias que, em uma gestante cardiopata, fazem com que o risco de cesárea seja maior que o do
parto vaginal bem assistido. Entretanto, havendo indicação obstétrica, deve-se proceder à realização da cesárea programada, poupando a gestante de um trabalho de
parto laborioso.
Assim, a cesariana, por sua maior associação à infecção puerperal e ao agravamento funcional das cardiopatias, fica restrita às indicações obstétricas, exceção feita à
síndrome de Marfan com dilatação da aorta, doença que sabidamente se beneficia do parto abdominal. Outras situações em que a cesariana deve ser indicada são:
hipertensão pulmonar grave, aneurisma dissecante da aorta e insuficiência cardíaca congestiva classes funcionais III e IV.
Não há contraindicações para o uso da prostaglandina E2 ou do misoprostol para aplicação vaginal, com o objetivo de estimular a maturação cervical.
Durante o trabalho de parto, determinadas condutas na assistência ao parto vaginal devem ser adotadas:
● Oximetria e monitoração materna de forma contínua;
● Administração contínua de oxigênio sob cateter nasal;
● Manutenção da paciente com o tronco elevado;
● Analgesia do parto de rotina, que deve ser iniciada o mais precocemente possível para se evitar a dor e diminuir o estresse;
A administração de líquidos deve ser cuidadosa, devido ao risco de uma hipervolemia iatrogênica;
● Controle rígido da perfusão de ocitocina, para se evitar a sobrecarga de volume;
● Aplicação de fórcipe de alívio ou vácuo-extrator rotineiramente para encurtar o segundo período do trabalho de parto e diminuir o esforço materno, visando minimizar as
alterações cardiovasculares próprias deste estágio;
● Estimular a deambulação precoce para a profilaxia de complicações tromboembólicas.
CARDIOMIOPATIA PERIPARTO
- é o aparecimento súbito de insuficiência cardíaca congestiva e dilatação ventricular esquerda em gestantes sem doença cardíaca prévia
- fatores de risco para o surgimento da cardiomiopatia periparto são: idade materna maior que 35 anos, raça negra, multiparidade, gestação gemelar e uso de tocolíticos
-Os critérios diagnósticos para cardiomiopatia peri-parto são os seguintes:
● Insuficiência cardíaca no último mês da gravidez ou nos primeiros 5 meses do pós-parto;
● Ausência de outra causa identificável de insuficiência cardíaca;
● Disfunção ventricular esquerda à ecocardiografia (fração de ejeção < 45%).
-tratamento é feito com betabloqueadores e Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) após o parto. Caso a fração de ejeção seja menor que 30%,recomenda-se a anticoagulação plena para evitar formação de trombos cardíacos