Exame das mamas e rastreio do CA de mama Flashcards
Autoexame é indicado para o rastreio do câncer de mama?
Não. Pois aumenta as taxas de detecção de patologias benignas e não é uma prática efetiva para redução da mortalidade por câncer de mama.
É indicado apenas para autoconhecimento.
Exame clínico da mama é recomendado de rotina?
É incerto. Pois há equilíbrio entre possíveis danos e benefícios. Então fica a critério do paciente se quer ser examinada ou não.
Em que posição a paciente deve ficar para a inspeção da mama?
Paciente sentada
Mãos no quadril (musculatura peitoral fletida)
Que alterações podem ser percebidas na inspeção da mama?
Eritema
Descamação
Edema
Retração
“Casca de laranja”
Abaulamento
Que informações devem estar presentes na descrição de uma alteração na mama?
Localização (Mama dir/esq)
Quadrante
Tamanho
Distância da aréola
Que linfonodos avaliamos no exame da mama?
Axilares
Supra e infraclaviculares
Linfonodos palpáveis? Tamanho, consistência, conglomerado, doloroso?
Em que posição a paciente deve ficar para a palpação da mama?
Posição supina
Mãos acima da cabeça
Como fazer a palpação das mamas?
Polpas digitais
Movimentos contínuos e circulares
Superficial e profundo
Avaliar descarga papilar
Qual o principal câncer que acomete as mulheres no Brasil?
Câncer de mama
Quais os 4 principais cânceres que acometem as mulheres no Brasil?
- Mama
- Cólon e reto
- Colo uterino
- Traqueia, brônquio e pulmão
Em que faixa etária fazemos o rastreio de CA de mama, em pacientes com risco habitual pelo MS? Com que periodicidade?
50 a 69 anos
A cada 2 anos, faz mamografia
Em que faixa etária fazemos o rastreio de CA de mama, em pacientes com risco habitual pela SBM/FEBRASGO/CBR? Com que periodicidade?
40 a 74 anos
Mamografia anual
Pode considerar realização de Tomossíntese em combinação com a mamografia
Se ≥75 anos e expectativa de vida > 7 anos, sem comorbidades, pode continuar o rastreamento
USG e RMN não são recomendadas
Quando iremos continuar o rastreio do CA de mama após os 75 anos de idade?
Se expectativa de vida > 7 anos, sem comorbidades
Em que faixa etária fazemos o rastreio de CA de mama, em pacientes com risco elevado? Com que periodicidade?
35 a 69 anos
Mamografia anualmente
Não fazemos RMN
Quem são as pacientes com risco elevado para CA de mama e que devemos fazer o rastreio com idade menor que as de risco habitual?
Paciente de 1º grau com CA de mama <50 anos
HF de CA de mama bilateral
HF de CA de mama em homem
História pessoal de CA de mama
HF ou HP de CA de ovário
Predisposição hereditária conhecida (mutação de BRCA1, BRCA2)
Dx histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ
A partir de que idade devemos calcular o risco de CA de mama?
> 30 anos
Para ver se o rastreamento precisará começar aos 35 ou 50 anos
Quando preferimos o USG de mama ao invés de mamografia?
Mamas densas, mulheres mais jovens
A quantidade de tecido fibroglandular pode obscurecer nódulos e lesões
Pacientes mais jovens possuem bastante tecido mamário, portanto, mamas mais densas, o que acaba dificultando a visualização de alterações à mamografia. A tendência com o passar do tempo é que o tecido mamário vá sendo substituído por tecido lipídico e, portanto, o exame possui maior acurácia para pacientes mais velhas. Como a acurácia da mamografia se apresenta reduzida para pacientes mais jovens, esse exame perde a funcionalidade de rastreio. Portanto, nesses casos, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda que seja realizada, de forma complementar, a ultrassonografia mamária bilateral
Se a paciente possui mutação de BRCA1 ou parente de 1º grau com CA de mama, como faremos o rastreio de CA de mama?
Mamografia anual a partir dos 35 anos
RMN anual a partir do diagnóstico da mutação (nunca <25 anos)
Fazer tomossíntese se disponível
Se a paciente possui mutação de BRCA2, TP53, outros genes de moderado-alto risco ou risco >20%, como faremos o rastreio de CA de mama?
Mamografia anual a partir do diagnóstico da mutação (nunca antes dos 30 anos)
RMN anual*
Tomossíntese se disponível
*Nunca<20 anos para TP53 e nunca<30 anos para as demais mutações ou risco>20%
Se a paciente fez tratamento de Carcinoma ductal in situ, como faremos o rastreio de CA de mama?
1.Mamografia anual:
-Se fez cirurgia conservadora: faz mamografia 6 meses após RT
-Se mastectomia total: faz 1 anos após término do tto. faz da mama contralateral
-Se adenomastectomia: faz até 1 ano para avaliar tecido fibroglandular residual
2.RMN anual, de início 1 ano após tto
3. Tomossíntese se disponível
Se a paciente com história de radioterapia torácica antes dos 30 anos, como faremos o rastreio de CA de mama?
Mamografia anual 8 anos após RT (nunca <30 anos)
RMN anual 8 anos após RT (nunca <25 anos)
Tomossíntese se disponível
Quais são as situações de urgência, em que precisamos encaminhar a paciente para investigação?
Qualquer nódulo em mulher >50 anos
Nódulo que persiste após ciclo menstrual em mulher >30 anos
Nódulo fixo, endurecido, aumentando o tamanho
Descarga papilar sanguinolenta unilateral
Eczema não responsivo ao tto tópico
Linfadenopatia axilar
Homens >50 anos com tumoração palpável unilateral
Retração na pele da mama
Mudança no formato do mamilo
Aumento progressivo da mama com sinais de edema (“casca de laranja”)
Quais são as classificações do BI-RADS?
0: inconclusivo
1: sem achados
2: achados benignos
3: achados provavelmente benignos (<2%)
4: achados suspeitos
5: achados altamente suspeitos (>95%)
6: paciente já com diagnóstico de câncer
Quais a conduta para cada classe do BI-RADS?
0: fazer um estudo adicional
1: seguir a rotina
2: seguir a rotina
3: exames seriados 6m-12m-24m
4: biópsia
5: biópsia
6: tratamento