Endometriose Flashcards

1
Q

O que é endometriose?

A

Doença inflamatória crônica
Benigna
Estrogênio-dependente
Atinge 10% das mulheres no menacme

Estroma e glândulas endometriais fora da cavidade uterina

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2
Q

Fatores de risco para endometriose

A

Nuliparidade (menstrua mais, mais foco de endometriose pode ter)
Ciclos menstruais curtos
História familiar
Anomalias que levam à obstrução de fluxo
Menarca precoce, menopausa tardia
Dieta rica em gordura (gordura libera estrogênio)

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3
Q

Fatores de proteção para endometriose

A

Multiparidade
Amamentação
Etnia caucasiana/asiática

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4
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da menstruação retrógrada de Sampson?

A

Algumas mulheres tem um fluxo retrógrado de menstruação, que acaba carregando pedaços de endométrio para outras regiões como ovário, pelve, etc.

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5
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da deficiência imunológica?

A

A mulher que tem refluxo menstrual e deficiência imunológica não consegue destruir os focos de endometriose e eles irão se proliferar

As que não tem deficiência imunológica, conseguem destruir os focos de endometriose pela ativação dos macrófagos

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6
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da metaplasia celômica?

A

No período embrionário, ficam células totipotentes pelo peritônio, com capacidade de se desenvolver em células endometriais e desenvolver a endometriose

focos de endometriose podem se formar a partir de tecidos normais mediante um processo de transformação metaplásica.

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7
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da indução por fator local?

A

Há um fator de estresse oxidativo que faz com que a célula normal se desenvolva e se transforme me uma célula endometrial

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8
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da iatrogenia?

A

Paciente passou por uma cirurgia (ex: cesárea) e acabou disseminando foco de endometriose (ex: pela agulha, pelo fio)

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9
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da genética e epigenética?

A

Epigenética: Maior desenvolvimento da endometriose nos dias atuais onde fatores ambientais estão alterando a genética das células e fazendo com que elas se tornem células de endometriose

Genética: Paciente com mães e irmãs com endometriose tem mais chance de também ter endometriose

A teoria epigenética avalia a influência do ambiente na genética

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10
Q

Teorias de fisiopatologia da endometriose: o que diz a teoria da disseminação linfática/vascular?

A

Explica o fato de pacientes terem focos de endometriose tão longe da pelve (ex: pulmão, cérebro)

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11
Q

Quadro clínico da endometriose

A

Dismenorreia progressiva
Dispareunia de profundidade
Infertilidade (gera processo inflamatório na pelve, na tuba uterina)
Sintomas não-clássicos (ex: dor no ombro, dor para respirar quando está menstruada)
SUA (associação com adenomiose)
Dor pélvica crônica
Sintomas urinários ou intestinais (focos de endometriose)

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12
Q

Por que uma paciente com endometriose que sentia muita dor, pode de repente, parar de sentir dor?

A

Por que os focos de endometriose podem gerar fibrose, fibrosando os nervos e fazendo com que a paciente pare de sentir dor

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13
Q

Achados de endometriose no exame físico

A

Dor no toque vaginal
Imobilidade uterina
Nódulos e áreas enegrecidas em fundo de saco posterior, cicatrizes e região umbilical
Massas anexiais

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14
Q

Exames de imagem para diagnóstico da endometriose

A

RMN com contraste
USG para mapeamento com preparo intestinal

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15
Q

Frente à suspeita clínica de endometriose, o exame padrão ouro é:

A

Videolaparoscopia com biópsia e confirmação histológica

*a USG transvaginal pós-preparo intestinal, nas mãos de profissionais experientes, possui acurácia tão boa quanto a RNM, mas não é superior à videolaparoscopia com a biópsia

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16
Q

Que exames complementares podemos pedir?

A

Colonoscopia (lesão que atinge submucosa. Devemos descartar neoplasia)
Citoscopia

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17
Q

A endometriose pode elevar o CA 125?

A

Sim. Quando é endometriose grau 3 e grau 4.

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18
Q

Quais as 2 formas clínicas da endometriose?

A
  1. Superficial/Peritoneal
  2. Endometriose profunda
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19
Q

O que é a forma superficial/peritoneal da endometriose?

A

Envolve a superfície do peritônio, incluindo as que envolvem a superfície do intestino ou da bexiga

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20
Q

O que é endometriose profunda?

A

Lesões endometrióticas que se estendem por dentro do peritônio, capaz de invadir outras estruturas, associada à fibrose e distorção da anatomia normal

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21
Q

O grau da endometriose se relaciona com o grau de sintomas?

A

Não

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22
Q

O que caracteriza endometriose grau 1?

A

Implantes isolados e sem aderência (doença mínima)

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23
Q

O que caracteriza endometriose grau 2?

A

Implantes superficiais com <5 mm de invasão no peritônio, sem aderências (Doença leve)

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24
Q

O que caracteriza endometriose grau 3?

A

Múltiplos implantes superficiais e profundos, com presença de aderências em tubas uterinas e ovários (doença moderada)

25
Q

O que caracteriza endometriose grau 4?

A

Múltiplos implantes superficiais e profundos, com presença de aderências densas e endometriomas (Doença severa)

26
Q

Qual o local mais comum de implante endometrial?

A

Fundo de saco posterior/anterior

27
Q

Qual o local mais comum de implante endometrial extra pélvico?

A

Intestino

28
Q

Como é feito o diagnóstico presuntivo e o diagnóstico definitivo de endometriose?

A

Diagnóstico presuntivo: clínica + exame físico + exame de imagem –> tratar

Diagnóstico definitivo: videolaparoscopia com biópsias

29
Q

Diagnóstico diferencial de endometriose

A

Aderências
DIPA (Sinal de FHC)
Síndrome do intestino irritável
Síndrome de bexiga dolorosa e cistites
Neoplasias

30
Q

O que o sinal de Fitz-Hugh-Curtis (cordas de violino) sugere?

A

Sugere DIPA

surge se a infecção das trompas de Falópio surgir em decorrência de gonorreia ou clamídia e se disseminar para os tecidos ao redor do fígado.

31
Q

Tratamento da endometriose leve-moderada

A

Dieta
Fisioterapia pélvica
Atividade física
Anticoncepcionais
AINEs

32
Q

Existe soberania de um anticoncepcional em relação a outro no tratamento da endometriose?

A

Não. A escolha é individualizada para cada paciente.

33
Q

Endometriose tem cura?

A

Não. Apenas controle.

34
Q

Tratamento da endometriose grave ou não responsiva ao tratamento inicial

A

Agonista ou antagonista de GnRH + terapia abb-back
Videolaparoscopia
Avaliar desejo gestacional

35
Q

EA dos analogos de GnRH

A

Pseudo-menopausa precoce: osteoporose, ressecamento vaginal, fogachos

Por isso usamos a terapia add-back

36
Q

Tempo máximo de uso do analogos de GnRH

A

3-6 meses

Pois pode causar osteoporose

37
Q

Em que situações da paciente com endometriose podemos pensar na cirurgia como a 1ª linha de tratamento?

A

Endometrioma >4-6 cm
Lesão em apêndice
Oclusão ou suboclusão intestinal
Lesão em ureter com hidronefrose
Lesão em íleo

38
Q

O que é um endometrioma?

A

Cisto ovariano de conteúdo espesso, achocolatado

39
Q

Qual o achado de endometrioma na USG?

A

Imagem em vidro fosco

40
Q

Que tratamento cirúrgico é feito no endometrioma > 4-6 cm?

A

Ressecar a cápsula ou Ooforectomia (quando há suspeita de neoplasia de ovário)

Tem que retirar a cápsula para evitar recidiva

41
Q

Por que endometriose pode gerar infertilidade?

A

Distorção anatômica
Produção de fatores inflamatórios hostis no ovário
Fase lútea inadequada
Perda de reserva ovariana

42
Q

Qual a influência da endometriose durante uma gestação?

A

Aborto
Parto prematuro
Pré-eclâmpsia
Placenta prévia
Cesárea
Hemorragia pós-parto

43
Q

Tratamento para endometriose com infertilidade

A

Reprodução assistida
Cirurgia (em estádios 1 e 2 - retirar os focos)

44
Q

Qual a relação entre endometriose e câncer?

A

Risco aumentado para:
CA de ovário células claras
CA de ovário endometrióide
CA de ovário seroso

Por isso, atentar-se para níveis muito elevados de CA 125 e para lesões que crescem de forma acelerada

45
Q

Endometriose é diagnostico de exclusao?

A

Sim

46
Q

A presença de lesões puntiformes vermelhas no peritônio do fundo de saco posterior(recesso reto-uterino) são sugestivas de focos de endometriose em atividade?

A

Sim

47
Q

A visualização de lesões sugestivas de endometriose coincidem em 80% com o diagnóstico histopatológico. V ou F?

A

Falso.
a endometriose é uma afecção que não há muita correlação entre a laparoscopia e a clínica e histopatologia da paciente.

(é possível ter muita doença com pouco sintoma, como também muito sintoma com pouca doença),

48
Q

A Add-Back Therapy consiste na associação de:

A

reposição hormonal aos análogos de GnRH.

o uso dos análogos de GnRH leva a uma menopausa medicamentosa, como a paciente não vai menstruar pelo uso do GnRH é uma possibilidade de tratamento, ainda podemos associar uma reposição hormonal para diminuir os sintomas, que é a chamada Add-back therapy.

49
Q

A RM pode ser utilizada para diagnóstico da doença profunda?

A

Sim. pois permite melhor visualização do endométrio invadindo os tecidos.

50
Q

Os endometriomas são marcadores de risco para a ocorrência de endometriose profunda infiltrativa?

A

Sim

51
Q

As possíveis apresentações clínicas da endometriose são:

A
  1. Superficial peritoneal
  2. Profunda – quando os focos endometriais penetram mais que 5mm da camada do peritônio
  3. Endometriomas – tecido endometrial ectópico dentro do ovário.
52
Q

Endometriomas acometem, preferencialmente, os ovários, embora possam ocorrer em cicatriz de cesárea, episiotomia ou colo uterino. V ou F?

A

Falso. endometriomas são única e exclusivamente os focos de dentro do ovário, portanto não podem ocorrer em cicatriz de cesárea, nem episiotomia, nem colo uterino, isso seriam apenas focos de endometriose

53
Q

É feito drenagem do endometrioma?

A

Não. apesar da laparoscopia ser o ideal, não se faz drenagem de um endometrioma, a abordagem sempre visa retirar a sua capsula e não de realizar sua drenagem

54
Q

Endometriose profunda pode ser definida quando existe acometimento de outros órgãos como bexiga, intestino e vagina?

A

Sim

55
Q

Endometriose intermediária é definida quando a doença invade o peritônio entre x-y mm

A

2 e 4 mm

56
Q

Endometriose superficial é definida quando a doença no peritônio é ≤ x mm de profundidade.

A

Quando < 1 mm.

57
Q

Endometriose profunda pode ser definida quando a invasão do peritônio é ≥ x mm de profundidade.

A

5 mm

58
Q

O principal sítio de endometriose intestinal é:

A

retossigmoide

59
Q

A definição de dor pélvica crônica (DPC) é

A

dor em andar inferior do abdome, acíclica, com duração igual ou superior a seis meses, não causada pela gravidez e sem associação exclusiva com o coito. Localizada entre a pelve, a parede anterior do abdome e a coluna lombossacra ou nádegas, na altura ou abaixo da cicatriz umbilical. Suficientemente intensa a ponto de impossibilitar atividades diárias e/ou de necessitar de tratamento médico.