Direito do Consumidor - Proteção Contratual Flashcards
Os contratos que regulam as relações de consumo obrigam os consumidores mesmo se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo ou se forem redigidos de modo a dificultar a compreensão?
Não.
Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
A fonte __ é o tamanho mínimo dos caracteres e destaque de cláusulas limitativas de direito do consumidor nos contratos de adesão.
12
O CDC determina tamanho mínimo de letras (fonte) para cláusulas limitativas de direito do consumidor nos contratos de adesão?
Sim.
A fonte 12 é o tamanho mínimo dos caracteres e destaque de cláusulas limitativas de direito do consumidor nos contratos de adesão.
O consumidor tem direito à clareza semântica dos contratos? Ou apenas à clareza física, da redação do contrato?
Sim. Clareza semântica.
O consumidor tem direito à informação plena do objeto do contrato. Não apenas
uma clareza física das cláusulas limitativas pelo simples destaque delas, mas essencialmente clareza semântica, ou seja, o contrato deve ser redigido de tal maneira que o consumidor consiga, pela simples leitura, compreender seu conteúdo.
Se a apólice do seguro do carro previa a cobertura apenas para furto e roubo, a seguradora terá que pagar a indenização caso o veículo seja perdido por conta
de uma extorsão?
Sim. Em geral, o consumidor é incapaz de distinguir entre o crime de roubo e o delito de extorsão.
Se o contrato, ao tratar sobre os encargos, menciona a taxa de juros mensal e anual,
mas não prevê qual é a taxa diária dos juros, há abusividade?
Sim (STJ).
É abusivo o contrato que ao tratar sobre os encargos, menciona a taxa de juros mensal e anual, mas não prevê qual é a taxa diária dos juros?
Sim (STJ). Viola o dever de informação, o contrato que somente prevê uma cláusula genérica de capitalização diária, sem informar a taxa diária de juros remuneratórios.
O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º se aplicapara ofertas publicitárias?
Não.
O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º NÃO se aplicapara ofertas publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte publicitário não precisam ter, no mínimo, tamanho 12.
As letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte publicitário precisam ter, no mínimo, tamanho 12?
Não.
O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º NÃO se aplicapara ofertas publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte publicitário não precisam ter, no mínimo, tamanho 12.
As instituições financeiras são obrigadas a utilizar o sistema Braille na confecção dos contratos bancários de adesão (e todos os demais documentos fundamentais para a relação de consumo estabelecida) com indivíduo portador de deficiência visual?
Sim (STJ).
Os bancos devem enviar os extratos mensais impressos em linguagem Braille
para os clientes com deficiência visual?
Sim (STJ).
Instituições financeiras devem desenvolver cartilha para seus empregados com
normas de conduta para atendimentos ao deficiente visual?
Sim (STJ).
O beneficiário de plano de saúde coletivo por adesão possui legitimidade ativa para se insurgir contra rescisão contratual unilateral realizada pela operadora?
Sim (STJ).
O art. 47 do CC, por sua vez, no intuito de proteger o consumidor, estabelece regra especial de hermenêutica. Que regra é essa?
Que as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais
favorável ao consumidor.
No diploma consumerista, a interpretação mais favorável ao consumidor é aplicável a qualquer contrato de consumo?
Sim.
No diploma consumerista, a interpretação mais favorável ao consumidor é aplicável a qualquer contrato de consumo ou apenas a contratos de adesão?
QUALQUER contrato de consumo.
No diploma consumerista, a interpretação mais favorável ao consumidor é aplicável a qualquer contrato de consumo. Isso, em qualquer de suas disposições ou apenas às disposições ambíguas/contraditórias?
QUALQUER de suas disposições, sejam ambíguas/contraditórias, ou não.
Quando houver divergência com a seguradora sobre o início da vigência do contrato de seguro de vida, qual deve prevalecer? A mais favorável ao consumidor ou a mais favorável à seguradora?
A condição contratual mais benéfica ao consumidor.
Sendo evidente a existência de datas diferentes relacionadas a uma mesma proposta de seguro, a condição contratual mais benéfica ao consumidor deve
ser prestigiada.
Nas compras realizadas fora do estabelecimento comercial, o CDC traz como direito potestativo do consumidor desistir do contrato no prazo de __ dias da contratação ou da entrega do produto/serviço, sem a necessidade de indicar qualquer justificativa.
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O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de __ dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos
e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio ou pela internet.
7
O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias, sempre que a contratação de fornecimento de produtos
e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio ou pela internet.
Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos?
Sim.
O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias, sempre que a contratação de fornecimento de produtos
e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio ou pela internet.
Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos. Há também direito de atualização monetária?
Sim.
Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias, sempre que a contratação de fornecimento de produtos
e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio ou pela internet.
Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos em que prazo?
De imediato.
Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
O direito de arrependimento, em contratações fora do estabelecimento comercial, pode ser exercido no prazo de 7 dias, a contar assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço.
Em caso de direito de arrependimento, a contagem do prazo de 7 dias deve correr de qual data?
A que favorecer o consumidor (ou da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço)
O direito de arrependimento, em contratações fora do estabelecimento comercial, pode ser exercido no prazo de 7 dias, a contar assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, a data que favorecer o consumidor.
Assim, nos casos em que houver produto ou serviço a ser entregue, o prazo em questão será contado da __________________.
entrega efetiva
Nos casos em que houver produto ou serviço a ser entregue, o prazo de arrependimento será contado da entrega efetiva.
O direito de arrependimento, em contratações fora do estabelecimento comercial, pode ser exercido no prazo de 7 dias, a contar assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, a data que favorecer o consumidor.
Assim, nas hipóteses em que não houver entrega física de qualquer produto ou serviço (como por exemplo: a contratação de seguros, plano de saúde, compra de programas digitais) a contagem do prazo se iniciará da __________________________.
assinatura do contrato
Nas hipóteses em que não houver entrega física de qualquer produto ou serviço (como por exemplo: a contratação de seguros, plano de saúde, compra de programas digitais) a contagem do prazo se iniciará da assinatura do contrato.
No comércio eletrônico (internet) cabe ao fornecedor o dever de informar, de forma clara e ostensiva, os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo consumidor?
Sim.
No comércio eletrônico (internet) cabe ao fornecedor o dever de informar, de forma clara e ostensiva, os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo consumidor. O exercício de tal direito implica a rescisão dos contratos acessórios?
Sim. O exercício de tal direito implica a rescisão dos contratos acessórios, sem qualquer ônus para o consumidor
Caso haja manifestação válida de arrependimento, por parte do consumidor, cabe ao fornecedor comunicar a instituição financeira (ou adm. do cartão de crédito) para que a transação não seja lançada?
Sim.
Caso haja manifestação válida de arrependimento, por parte do consumidor, cabe ao fornecedor comunicar a instituição financeira (ou adm. do cartão de crédito) para que a transação não seja lançada. E, se já houver sido lançada, cabe ao fornecedor comunicar para que haja estorno?
Sim.
Exercido o direito de arrependimento do consumidor, em compra de produto realizada pela internet, o frete pode ser cobrado?
Não. O consumidor deve voltar ao status quo ante.
As cláusulas que impedem ou modificam o direito de arrependimento (nos contratos fora do estabelecimento comercial) são válidas ou nulas?
Nulas, devem ser consideradas não escritas.
As cláusulas que impõem multa ao consumidor, em caso de exercício de direito de arrependimento (nos contratos fora do estabelecimento comercial) são válidas ou nulas?
Nulas, devem ser consideradas não escritas.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, as cláusulas abusivas são nulas de pleno direito. A doutrina entende que nulidade de pleno direito do CDC, corresponde à nulidade absoluta do direito civil (art. 168, CC). A cláusula nula pode ser sanada?
Não, cláusula abusiva, no Direito do Consumidor, é nula e deve ser considerada não escrita.
A claúsula abusiva assim pode ser reconhecida de ofício pelo juiz?
Sim, deve (o CDC prevê normas de ordem pública).
Regra: A claúsula abusiva em Contrato de Consumo pode ser reconhecida como nula de ofício pelo juiz.
Exceção: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da busividade das cláusulas” (Súmula 381, STJ).
A abusividade de uma cláusula pode ser suscitada por qualquer interessado? E pelo MP?
Sim. Também.
Quam pode requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para
ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto no CDC ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes?
Qualquer consumidor ou entidade que o represente.
A claúsula abusiva assim pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, mesmo que o consumidor concorde com o conteúdo delas?
Sim.
Regra: A claúsula abusiva em Contrato de Consumo pode ser reconhecida como nula de ofício pelo juiz.
Exceção: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da busividade das cláusulas” (Súmula 381, STJ).
A nulidade de cláusulas abusivas pode ser reconhecida apenas em contratos de adesão ou também em contratos de consumo paritários?
A nulidade de cláusulas abusivas pode ser reconhecida tanto em contratos de adesão como em contratos de consumo paritários.
Em contratos bancários o reconhecimento da abusividade de cláusulas depende de provocação do consumidor?
Sim!
Absurdo, mas, para o STJ, em contratos bancários o reconhecimento da abusividade de cláusulas depende de provocação do consumidor (é o lobby dos bancos).
Súmula 381 do STJ: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da busividade das cláusulas”.