Crescimento Flashcards
Quais são os fatores intrínsecos que determinam o crescimento infantil?
Os grandes fatores que determinam o crescimento infantil podem ser separados em 2 grandes categorias!
FATORES INTRÍNSECOS:
(1) GENÉTICOS
- Potencial genético: a nossa estatura final é o resultado da interação de diversos genes herdados de pai e mãe;
- Anomalias genéticas: podem interferir no processo de crescimento;
(2) NEUROENDÓCRINOS
- Integridade dos sistemas neurológico e endócrino: fundamentais para, junto com o potencial genético e com a ausência de anomalias, determinar o crescimento infantil saudável. É o suficiente? Não… Ainda existe a importância dos fatores extrínsecos!
FATORES EXTRÍNSECOS:
(3) NUTRICIONAIS: isso vale inclusive durante o período intra-uterino!
(4) AMBIENTAIS: qualquer “insulto” (ex: infecção, desnutrição intra-uterina) ambiental que ocorra do início da gestação até os 2 anos de vida (“período dos 1000 dias”) pode interferir no crescimento pleno.
(5) ATIVIDADE FÍSICA: atua como adjuvante no crescimento.
Quais são as fases de crescimento?
FASES DE CRESCIMENTO:
O crescimento, desde o nascimento, é constante, mas não é homogêneo! Podemos dividi-lo em fases, onde cada um tem uma característica peculiar! Vai ter um ritmo de crescimento e um fator de maior ou menor importância.
(1) FASE DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO:
(2) FASE DE CRESCIMENTO DO LACTENTE:
(3) FASE DE CRESCIMENTO INFANTIL
(4) FASE DE PUBERDADE
Quais as características da fase do crescimento intrauterino?
(1) FASE DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO:
Grande fator: AMBIENTE UTERINO (alimentação materna/suplemento placentário)
Nunca ao longo da nossa existência vamos crescer tanto quanto crescemos na vida uterina. Nesta fase, a herança genética tem pouca influência… O principal fator que vai influenciar são os fatores ambientais, a nutrição placentária! Por quê? Por causa da INSULINA! Por exemplo, qual a característica de um filho de mãe diabética? Macrossomia…
Quais as características da fase do crescimento do lactente?
2) FASE DE CRESCIMENTO DO LACTENTE:
Grande fator: NUTRIÇÃO
Crescimento INTENSO E DESACELERADO
É a fase que ocorre durante OS 2 PRIMEIROS ANOS DE VIDA. Durante esse período, a herança genética continua não sendo a mais importante – podemos ter uma criança filha de dois pais baixos com a mesma altura de um filho de pais altos. Aqui, também prevalece os fatores extrínsecos. Preste atenção: a fase de crescimento pós-natal mais intensa ocorre no primeiro ano de vida – o peso triplica, o comprimento dobra… É um crescimento intenso, mas é um crescimento desacelerado –
a criança cresce mais nos primeiros meses de vida do que no final do primeiro ano de vida. Guarde esse conceito!
Quais as características da fase do crescimento infantil?
(3) FASE DE CRESCIMENTO INFANTIL:
Grande fator: POTENCIAL GENÉTICO
Crescimento CONSTANTE/ESTÁVEL
VAI DO FINAL DO LACTENTE (A PARTIR DE 2 ANOS, GERALMENTE) ATÉ O INÍCIO DA PUBERDADE. Nessa fase, o potencial genético vai finalmente se expressar – a
criança entra no seu canal fisiológico de crescimento. Se a natureza da criança é ser baixa, é aqui que ela vai expressar. Se há uma deficiência de GH, é aqui que isso se expressa. Nessa fase, há um crescimento estável, constante, sem aceleração e sem desaceleração. Quando isso se modifica, significa que entramos na puberdade.
Quais as características da fase de puberdade?
(4) FASE DE PUBERDADE:
Grande fator: ESTEROIDES SEXUAIS
Crescimento ACELERADO
Aqui começa a produção de esteroides sexuais. Aquele crescimento que era estável vai se tornando acelerado – vai ter uma fase que o crescimento é máximo e depois é desacelerado, até um certo momento que ele para de crescer linearmente, porque as epífises se fecham. É nesse momento que ganhamos aproximadamente 20% da nossa estatura final.
Quais os tipos de crescimento?
TIPOS DE CRESCIMENTO:
Geral: relacionado as 3 fases de crescimento após o nascimento (lactente, infantil e puberdade)
Neural: relacionado ao perímetro cefálico
Linfoide: 7-12 anos (sobe muito e involui)
Genital: 10-12 anos cresce mais
As fases de crescimento do lactente, infantil e puberdade representam o CRESCIMENTO GERAL – não corresponde ao crescimento dos nossos tecidos e órgãos.
Perceba no gráfico a linha verde: em uma primeira fase (lactente), temos um crescimento intenso, porém desacelerado. Numa segunda fase, é um crescimento estável, que nem acelera e nem desacelera. Na terceira fase, podemos notar uma aceleração novamente (crescimento puberal). E quais as outras linhas?
CRESCIMENTO NEURAL: é máximo nos 2 primeiros anos de vida. Ao final do 2º ano, o cérebro e o perímetro cefálico já vão estar mais ou menos do tamanho de como estarão na vida adulta.
CRESCIMENTO LINFÓIDE: é mínimo nos primeiros anos de vida. Começa a crescer principalmente no período escolar e na adolescência vai ser maior que na vida
adulta – a partir da puberdade há uma regressão. É por isso, por exemplo, que quando examinamos crianças em idade escolar temos a impressão que suas amígdalas são enormes.
CRESCIMENTO GENITAL: não há crescimento nos primeiros anos de vida – só inicia no começo da puberdade, até que alcança o máximo na vida adulta. Repare no gráfico que o crescimento genital acompanha o crescimento geral!
Esses são os conceitos iniciais, mas o que mais importa em prova é saber como vamos fazer para avaliar se esse processo está ocorrendo da forma que deveria. Qual o primeiro passo? Avaliar os dados antropométricos! Os que mais utilizamos são o PESO e a ESTATURA da criança.
Como se faz a avaliação do crescimento da criança?
A partir dos dados antropométricos: Peso, altura, perímetro cefálico.
IMPORTANTE! Em toda consulta de pediatria vamos fazer a avaliação do peso e estatura. Qual a importância? Fazemos essa avaliação porque sempre que uma criança adoece, esses parâmetros são alterados. Mas não são alterados juntos, eles seguem uma sequência: PRIMEIRO PERDE PESO PARA DEPOIS PERDER
ALTURA! E isso é lógico… Para perder altura, só se a doença se prolongar ou cronificar por bem mais tempo. Guarde esse conceito!
Como se faz a avaliação do peso da criança?
(1)PESO: é uma avaliação relativamente simples de ser feita. A única coisa que devemos saber é que SÓ PODEMOS UTILIZAR A BALANÇA
QUE MEDE A CRIANÇA NA HORIZONTAL SE < 16KG OU < 2ANOS. A partir dessa idade, tem que pesar na vertical – a diferença chega a
0,7cm se não seguirmos essa recomendação
Qual deve ser o ganho ponderal da criança no 1°ano de vida?
Como se faz a avaliação da estatura da criança?
(2) ESTATURA: aqui sim, vemos muitos erros. Temos duas formas de avaliá-la: (1) posição horizontal – vemos o “comprimento” e (2) posição vertical – vemos “altura”. O que temos que saber é que ATÉ 2 ANOS VALIAMOS O COMPRIMENTO DA CRIANÇA (com ela na
horizontal)! Depois disso, já é estatura. Já caiu na prova prática da USP ter que medir o comprimento de um bebê-boneco.
- Melhor forma para medir o comprimento: estadiômetro com régua de madeira com uma parte fixa e uma solta. A parte fixa fica na cabeça e a parte solta na sola dos pés. Geralmente precisamos da ajuda de alguém.
- Melhor forma para medir a estatura: estadiômetro/antropômetro na vertical. É uma régua que fica fixa em uma parede lisa. Quando a gente mede o paciente na balança com haste de metal, a gente não consegue deixar o paciente perfeitamente alinhado.
* O comprimento deitado é maior do que o comprimento em pé.
Qual deve ser o ganho de estatura da criança no 1°ano de vida?
Como se faz a avaliação do perímetro cefálico da criança?
(3) PERÍMETRO CEFÁLICO: é um indicador de crescimento cerebral. Como fazer? Pegamos uma fita métrica e passamos por 2 pontos: PROEMINÊNCIA
OCCIPITAL E GLABELA. É uma medida que deve ser realizada ROTINEIRAMENTE/PRIORITARIAMENTE ATÉ OS 2 ANOS! Uma doença neurológica pode se manifestar precocemente através de uma variação do PC antes dos 2 anos de vida. A partir dessa idade, por mais que o crescimento ocorra principalmente nessa fase, ainda se faz importante continuar medindo!
Qual deve ser o perímetro cefálico da criança no 1°ano de vida?