Urologia Flashcards

1
Q

Quais manifestações clínicas (10+1) da hiperplasia prostática benigna (HPB)?

  • FATORES RISCO: envelhecimento, histórico familiar, testículos funcionantes e obesidade.
  • FISIOPATOLOGIA: Hiperplasia zona transição da próstata - aumento resistência uretral (sx obstrutivos/esvaziamento) - aumento pressão detrusor e alterações compensatórias vesicais - menor complacência vesical e instabilidade detrusor (sx irritativos/enchimento). Alterações anatômicas: aumento tamanho prostata (não relacionada grau obstrução, sd lobo mediano) e bexiga trabeculada com divertículos.
  • DX: Clínico (diário miccional) complementado por EAS, creatinina e ureia, PSA (levemente aumentada) e USG próstata e via urinária (tamanho próstata, alterações vesicais e possível hidronefrose)
A

LUTS - IPSS (0-7 leve 8-19 médio 20-35 severo)

OBSTRUTIVOS/ ESVAZIAMENTO:
- Hesitância
- Esforço miccional
- Intermitência
- Jato fraco
- Gotejamento
- Esvazimaneto incompleto

IRRITATIVO/ENCHIMENTO:
- Urgência
- Polaciúria
- Noctúria
- Urgincontinência

TOQUE RETAL:
- Próstata aumentada fibroelástica lisa sem nódulos

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2
Q

Quais indicações (2) e tratamento clínico da HPB (2)?

  • Dx diferencial: estenose de uretra, bexiga neurogênica, cálculo bexiga, neoplasia bexiga e neoplasia próstata
  • Complicações: retenção urinária aguda, ITU, prostatite, litiase urinária, insuficiência renal, hematúria macroscopica, falência detrusor
A

INDICAÇÔES TTO CLÍNICO:
- Sintomático com prejuizo qualidade vida
- IPSS médio a moderado

ALFABLOQUEADOR (facilita esvaziamento vesical):
- Doxasozina (não seletivo, hipotensão)
- Tansulosina (seletivo - hipotensão)

INIBIDOR 5-ALFA-REDUTASE: (limita crescimento):
- Finasterida e Dutastarida.

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3
Q

Quais indicações de tratamento cirúrgico (2), indicações de PTV (3) e principal complicação de cada técnica na HPB (4)?

  • Cx é tto mais efetivo prinicipalmente sintomas obstrutivos
  • Pré-op tratar bacteriúria assintomática
A

INDICAÇÕES CIRÚRGICAS:
- IPSS moderado-grave com falha tto clínico
- Complicações (retenção urinária aguda refratária, ITU recorrente, hematúria recorrente, calculos vesicais, grandes diverticulos vesicais, hidronefrose ou insuficiência renal).

INDICAÇÕES PTV::
- Prostata >80g
- Litiase vesical
- Diverticulos vesicais

COMPLICAÇÕES RTU-P:
- Ejaculação retrógrada
- Hiponatremia dilucuinal (solução hipotônica sob pressão entra nos vasos sangrantes; >1h; vomito e confusão; tto diurético e SF 3%)

COMPLICAÇÕES PTV:
- Maior sangramento e risco cirúrgico
- Maior tempo internação e de SVD

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4
Q

Qual composição dos cálculos do trato urinário? (6)

  • FATORES RISCO: HMF, HMP, baixa ingestão hídrica, urina ácida (DM e obeso), gota, HAS, bariátrica, ITU e medicamentos
A
  • Oxalato de cálcio 40-70%
  • Fosfato amoníaco magnesiano/ estruvita 7-10% (calculos coraliformes, pielonefrite xantogranulomatosa, bactéria proteus)
  • Ácido úrico 5-7%
  • Fosfato de cálcio (hidroxia­patita) 6%
  • Cistina 2-3%
  • Brushita 1-2%
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5
Q

Quais manifestações clínicas (5) e diagnóstico dos calculos renais e ureterais (2)?

  • Pontos de estreitamento ureter: JUP (+ comum), cruzamento vasos ilíacos e JUV
  • Pielonefrite xantogranulomatosa infecção cronica por calculo estruvita evolui com massa e abcesso
A

CLÍNICA:
- Cólica nefrética com irradiação fossa iliaca sem posição de alívio
- Nausea e vômitos
- Hematúria isolada
- Disúria e polaciúria
- Pielonefrite e IRA

DX:
- USG bom crianças e gestante (boa especificidade)
- TC sem contraste padrão ouro (contrastada caso avaliação anatômica pré-op)

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6
Q

Sobre cálculos urinários, quais indicações de intervenção urológica (6)? O que é terapia expulsiva (3)?

  • Características avaliadas na TC: local, tamanho, densidade, distância pele e acomentimento renal
  • Maioria eliminada espontâneamente, não indicado tto para calculos 5mm assintomáticos não obstrutivos.
  • Terapia expulsiva pode ser indicada na ausência de indicações de intervenção
A

INDICAÇÕES INTERVENÇÃO UROLÓGICA:
- Obstrução/ hidronefrose bilateral ou em rim único,
- ITU
- Anúria ou insuficiência renal
- >1cm
- Refratário analgesia,
- Falha terapia expulsiva

TERAPIA EXPULSIVA:
- Tansulosina 0,4mg por 4 sem
- Aumento ingesta hídrica
- Analgesia AINE/opioide

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7
Q

Sobre cálculos urinários com indicação de intervenção urológica, qual procedimento mais indicado para seguintes situações: cálculo coraliforme, nefrolítiase <1cm, nefrolitiase 1-2cm, nefrolitiase >2cm, ureterolitiase infectada, e ureterolitiase >1cm não infectada?

  • Contraindicações litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO): gravidez; coagulopatia, ITU, AAA, obstrução trato urinário distal ao cálculo, cálculos densos ≥1000UH, calculos distantes pele ≥10cm e cálculo polo inferior renal.
  • Sinônimos: ureteroscopia = ureterolitotripsia = ureterorrenoscopia flexível // nefrolitotripsia = nefrolitotomia percutânea
A
  • CÁLCULO CORALIFORME: Nefrolitotripsia percutânea (2ª nefrectomia)
  • NEFROLITIASE <1CM: LECO (2ª ureterolitotripsia)
  • NEFROLITIASE 1-2CM: Ureterolitotripsia (2ª LECO)
  • NEFROLITIASE >2CM: Nefrolitotripsia percutânea (2ª ureterolitotripsia)
  • URETEROLITIASE INFECTADA: Cateter duplo J (2ª nefrostomia percutânea)
  • URETEROLITIASE >1CM NÃO INFECTADA: Ureterolitotripsia (2ª LECO)
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8
Q

Quais as principais caracteristicas dos tipos de priapismo (causa, clínica e tto)? (6)

  • Isquêmico (veno-oclusão com baixo fluxo levando sindrome compartimental)
  • Arterial (alto fluxo não isquêmico devido fístula arteriola-sinusoidal)
A

ISQUÊMICO:
- Drogas intracavernosas e doenças hematológicas
- Corpo cavernoso rígido e doloroso com gasometria peniana isquêmica
- Drenagem e injeção simpaticomimética (emergência)

ARTERIAL:
- Trauma e medicamentos
- Não totalmente rígido indolor com gasometria normal
- Compressas e embolização eletiva

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9
Q

Sobre a torção testicular, quais manifestações clínicas (6); diagnóstico (1) e tratamento (1)?

  • Picos incidência: até 3 anos e puberdade
  • Tipos: intravaginal (criança-adolescente) x extravaginal (perinatal; massa escrotal endurecida unilateral)
  • DX DIFERENCIAL: Torção de apendices testiculares (escroto agudo mais comum na infância) e oriquiepididimite (evolução arrastada, sintomas urinários associados, reflexo cremastérico presente e sinal de Prehn presente)
A

CLÍNICA:
- Dor testicular unilateral
- Nausea e vomitos associados
- Testiculo unilateral aumentado e elevado;
- Reflexo cremastérico ausente (sinal Rabinowitz);
- Sem alívio ao elevar testiculo (sinal Prehn ausente)
- Horizontalização testículo (sinal angel)

DX: clínico (duvida = cx), na dúvida USG doppler

TTO:
- Exploração cirúrgica precoce (>6h necrose) com orquipexia contralater e orquiectomia se inviável

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10
Q

Qual a classificação de Bosniak e conduta dos cistos renais (5)?

  • Cistos renais são causa mais comum de massa renal
  • ONCOCITOMA: tumor renal benigno mais comum com imagem e clínica indistinguível do carcinoma células renais
  • ANGIOMIOLIPOMA (hamartoma renal): Tumor benigno gorduroso de baixa densidade tomográfica sendo diagnosticado apenas por IMG
A

I) Cisto simples de parede fina sem septos, calcificações, compodente sólido ou realca contraste = Alta
II) Cisto hiperdenso <3cm com poucos septos finos ou calcificações pequenas = Alta
II F) Cisto intrarrenal >3cm com múltiplos septos, calcificações espessas ou nódulos = Seguimento radiológico
III) Massa cística indeterminada espessada irregular com realce contraste = Excisão / ablação
IV) Massa cística maligna com realce contraste no componentes sólidos = Excisão / ablação

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11
Q

Quais manifestações clínicas (5) e diagnóstico do carcinoma células renais (2)?

  • NEOPLASIAS RENAIS: 88% Ca ceulas renais (75% células claras; 12% papilífero cromofílico; 5% cromofóbico); 7% Ca urotelial; 5% Nefroblastoma/Wilms
  • RISCO: tabagismo, obesidade, HAS, doença renal cística e exposição laboral.
  • Carcinoma células renais familiar pode ocorrer nas seguintes síndromes: Von Hippel-Lindau, Papilifero hereditário, Cowden…
A

CLÍNICA:
- Maioria assintomático.
- Tríade: hematúra, dor lombar e massa
- Perda ponderal
- Varicocele aguda (trombose veia renal esquerda)
- Sd paraneoplásica (anemia, policitemia, HAS, febre, disfunção hepática e hipercalcemia)

DX (clínica ou USG/TC sem contraste com cisto complexo ou massa):
- TC contrastada ou RM (padrão ouro)
- Cisto Bosniak IV ou massa sólida >15 UH fecha dx (Bx reservada diferencial metastases ou linfoma).

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12
Q

Sobre o tratamento para carcinoma células renais, quais indicações clássicas de nefrectomia parcial (5)?

ESTADIAMENTO (TC abdome pelve + TC tórax):
T1a <4cm // T1b 4-7cm
T2a 7-10cm // T2b >10cm
T3 gordura renal e trombo venoso // T4 além da gerota
N1 meta linf reg // M1 meta à distância

TTO: curativo nefrectomia radical, não responde QT RT, sendo casos T4 ou M1 paliativos
- Sempre possível preferir nefrectomia parcial, atualmente praticamente não há contraindicação absoluta de nefrectomia parcial
- Trombos venosos devem ser ressecados, adrenal geralmente poupada (exceto invsão tumoral lessão polo superior)

A
  • Lesão bilateral
  • Rim único
  • IRC
  • Lesão <4cm exofífico
  • Distante sistema coletor /vasos renais (anterior e/ou nos polos)
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13
Q

Quais manifestações clínicas (3) e diagnóstico (2) do carcinoma urotelial de bexiga?

  • RISCO: Tabagismo, >60a, homens, exposição ocpuacional e infecção HPV 16
A

CLÍNICA:
- Hematúria macroscópica indolor
- LUTS irritativos
- Massa pélvica com obstrução urinária (avançado)

DX:
- Cistoscopia com biópsia
- IMG trato urinário (excluir neo rim)
- Citologia urinário (seguimento e específicidade)

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14
Q

Qual tratamento do carcinoma urotelial de bexiga?

  • Ca urotelial dividido em invasivo da camada muscular própria (25%) e não musculoinvasivo (75%).
  • Recidiva é comum nos não musculoinvasivos
  • Estadiamento: TC abdome pelve, TC tórax e cintilografia óssea (sintomas osseos)
    Ta papilar não invasivo
    Tis carcinoma in situ
    T1 lâmina própria
    T2 musculo detrussor
A

NÃO MUSCULOINVASIVO (seguir cistoscopia 3m):
- RTU-V (Ta solítário grau 1) + seguimento cistoscopia trimestral
- RTU-V + BCG/ QT vesical (T1 alto grau; Tis alto grau; Ta alto grau recorrente/ múltiplos / >3cm)

MUSCULOINVASIVO:
- CISTECTOMIA RADICAL (com prostatectomia ou histerectomia + linfadenectomia pélvica + derivação ileal Bricker ou neobexiga-tubulização ileal Studer)
- QT (neo >T3 ou > N1 // adjuvante >T3b)

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15
Q

Quais manifestações clínicas do adenocarcinoma de próstata (3)? Quais indicações de rastreio com toque retal e PSA (3)? Quais indicações de biópsia guiada por USG transretal para diagnóstico do adenocarcinoma de próstata (4)?

  • 70% localizados na zona periférica
    RISCOS: >65a, HMF, negros, mtação BRCA-1 e 2; mutação HPCA-1 e obesidade
  • Rastreamento diferente de acordo referência: sociedade americana PSA >2,6 ou toque retal duvidoso já indica refinamento; ministério da saúde/INCA não indica rastreamento pelo custo; RM paramétrica prostata não é conseso rastreamento
A

CLÍNICA:
- Assintomático
- LUTS (possível HPB associada)
- Dor lombar ou compressão medular (meta óssea)

INDICAÇÕES RASTREIO (Toque retal + PSA):
- Negros ou HMF+ >45a
- 50a-75a (desde que expectativa vida >10a).

INDICAÇÕES DX (USTR Bx próstata):
- TR nódulo endurecido
- PSA>10
- PSA >4 = refinamento PSA (aumento >0,75/ano ou livre/total <20% ou PSA/peso prostata >0,15) ou RM multiparamétrica PIRADS IV ou V

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16
Q

Qual a classificação de grupo de risco do adenocarcinoma de próstata (Estadiamento clínico, gleason e PSA)?

  • ESCORE GLEASON e (ESCORE ISUP): 6 (1); 3+4 (2); 4+3 (3); 8 (4); 9 ou 10 (5)
A

RISCO BAIXO:
- 50% um lado)
- Gleason 7
- PSA 10-20

RISCO ALTO:
- >T2c (palpável ambos lados)
- Gleason ≥8
- PSA >20

17
Q

Qual a conduta no adenocarcinoma de próstata?

PROSTATECTOMIA TOTAL RADICAL (PTR):
- gleason >6 indica linfadenectomia
- Complica: sangramento, incontinência e impotência

RADIOTERAPIA (RT):
- Paciente alto risco cirúrgico ou não deseja Cx
- Complicação proctite e cistite actínica

ESPERA VIGILANTE: Tumor agressivo em paciente comorbidades com baixa expectativa de vida, seguimento apenas PSA, indicado tto se sintomas

VIGILÂNCIA ATIVA: Tumor indolente em paciente BEG que não deseja RT ou CX, seguimento TR +PSA +BX anual, indicado tto se piora PSA ou aumento gleson

HORMÔNIO TERAPIA: Orquiectomia bilateral ou castração química (agonistas GnRH ou bloqueadores receptor adrogênico)

A

DÇ RISCO BAIXO + expect vida <5a:
- Espera vigilante

DÇ RISCO BAIXO + expect vida >10a:
- Vigilância ativa; PTR ou RT

DÇ RISCO INTERMEDIÁRIO+ expect vida <5a:
- Espera vigilante ou RT

DÇ RISCO INTERMEDIÁRIO + expect vida >10a:
- PTR ou RT

DÇ RISCO ALTO + expect vida <5a:
- Cintilografia óssea
- Hormônio terapia
- Espera vigilante ou RT

DÇ RISCO ALTO + expect vida >10a:
- Cintilografia óssea
- Hormônio terapia
- PTR

18
Q

Quais manifestações clínicas (1), diagnóstico (3) e tratamento (1) do câncer de testículo?

  • TIPOS: 95% germinativos (55% não seminomas e 45% seminomas) 5% estromais (cel leydig, cel santurini…).
    Não seminomatosos: tumor saco vitelínico e teratomas.
    Seminomatosos: clássico, anaplásico…
A

CLÍNICA: Massa testicular indolor

DX:
- USG doppler
- Marcadores AFP (germinativos não seminomas e estromais), BHG (germinativos seminomas e não seminomas) e LDH (prognóstico)
- RM/TC abdome (estadimaneto retroperioteneal)

TTO: Orquiectomia via inguinal