Esôfago Flashcards
Sobre DRGE, quais manifestações (6), diagnóstico (2) e quando solicitar EDA (8)?
- Disfunção EEI com relaxamento transitório, hipotonia ou desarranjo anotômico
CLINICA:
- Tipicos: pirose, regurgitação e dispepsia
- Atípicos: tosse, rouquidão e broncoespasmo
DX:
- 1° Prova terapeutica IBP 1x/dia 4 sem
- 2° pHmetria 24h (padrão ouro)
INDICAÇÕES EDA:
- Sinais de alarme (disfagia, perda peso, vomitos, HDA, anemia e histórico neoplasia)
- >45 anos
- Sintomas refratários
Sobre tratamento do DRGE, quando indicar cirurgia antirrefluxo (4), quais exames pré-operatórios (2) e qual técnica de fundoplicatura escolher (2)?
TTO CLÍNICO:
- Medidas antirrefluxo: dieta fracionada, elevar cabeceira, perde peso e reeducação alimentar
- IBP: 8 sem, reavaliar, trocar farmaco ou aumentar dose
TTO CIRÚRGICO:
- Cirurgia é tratamento de exceção
- Melhor resposta tto cirúrgico ao paciente responde bem ao IBP
- Exame pré-op na prática EDA confirma refluxo com sinais indiretos (pHmetria se dúvida diagnóstica) e manometria apenas para pacientes com disfagia
- Técnica cirúrgica: hiatoplastia sem desviar eixo esôfago e valvula frouxa com fundo gástrico sontando vasos gástricos curtos se necessário
- Recidiva até 20%, migração valvula ou risco disfagia
INDICAÇÂO CX:
- Pct quer parar IBP
- Pct não aderiu IBP
- Falha ao tratamento clínico IBP
- Complicações ulcera/estenose esôfago.
PRÉ-OP:
- pHmetria 24h (confirma DRGE)
- Esofagomanometria (definir a cirurgia)
FUNDOPLICATURA:
- Motilidade normal: Fundoplicatura Nissen total 360°,
- Dismotilidade: Fundoplicatura parcial (180-270°; Dor e Thal anterior; Toupet-Lind posterior)
Sobre o Esôfago de Barret, qual tratamento e seguimento de acordo com achado histológico (3)?
- Dx EDA com esôfago vermelho salmão -> Bx Metaplasia intestinal
APENAS METAPLASIA:
- IBP + EDA 3-5a
DISPLASIA BAIXO GRAU:
- IBP + EDA anual e/ou ablação endoscópica
DISPLASIA ALTO GRAU:
- IBP + abalção endoscópica e/ou esofagectomia
Sobre acalásia, quais manifestações clínicas (4) e diagnóstico (2)?
Déficit relaxamento EEI com hipertonia EEI e peristalse anormal por destruição neurônio inibitório plexo Auerbach (1° idiopatico mais comum 2° chagas)
CLÍNICA:
- Disfagia
- Regurgitação
- Perda de peso com evolução em anos
- Rx contrastado (bico de pássaro / chama de vela)
DX:
- Esofagomanometria com déficit relaxamento EEI, hipertonia EEI e/ou peristalse anormal.
- EDA afasta neoplaisa
Sobre acalásia, qual classificação de Rezende Mascarenhas e tratamento cada estágio (4)?
I. Normal <4cm: nitratos/ botox + dilatação endoscópica
II. 4-7cm: Cardiomiotomia Heller
III. 7-10cm: Cardiomiotomia Heller ou miotomia endoscópica
IV. Dolicomegaesófago >10cm: Esofagectomia trans-hiatal
Sobre o diverticulo de Zenker, quais manifestações clínicas (3) e tratamento (3)?
- Local de fraqueza no esfíncter esofágico superior, Trígono de Killian, entre m. tireofaringeo e m. cricofaringeo
- Pseudodiverticulo de pulsão
- Idoso
- Dx esofagografia baritada ou EDA
- Opção tto diverticulos >3cm grampeador endoscópico
CLÍNICA:
- Halitose, regurgitação e até disfagia
TTO:
- <2cm miotomia
- 2-5cm miotomia + diveticulopexia
- >5cm miotomia + divercitulectomia
Sobre o câncer de esôfago; quais manifestações clinicas (3) e achados sugestivos de doença avançada (3) e irresecável (3)?
FATORES DE RISCO & TIPO HISTOLÓGICO:
- Escamoso/epidermoide (1/3 médio proximal): tabagismo, etilismo, tilose, acalásia, estenose e homem >50a
- Adenocarcinoma (1/3 inferior): DRGE, obesidade, tabagismo e homem >50a
CLÍNICA: disfagia e perda peso em meses com esofagografia baritada ‘maça mordida’
DÇ AVANÇADA: tosse, engasgo ou rouquidão
DÇ IRRESECÀVEL: icterícia, dor torácica ou dispneia
Quais exames complementares para estadiamento do câncer de esôfago (4)?
- Dx EDA com Bx
- USG endoscópico (melhor exame para T e N)
- TC tórax e abdome (bom para N e M)
- PET-CT (mais sensível para M, porém pouco acesso)
- Fibrobroncoscopia (1/3 médio avaliar invasão VA)
Qual o tratamento do câncer esofágico de acordo com estadimaneto (3)?
ESTADIAMENTO:
- T1a mucosa
- T1b submucosa
- T2 muscular
- T3 adventícia
- T4a estruturas adjacentes ressecáveis (pleura, pericárido e diafragma)
- T4b estruturas adjacentes irresecáveis (aorta, traqueia e corpo vertebral)
TTO:
- Adenocarcinoma pode-se fazer apenas QT neo
- T1b N0 pode-se fazer esofagectomia up-front
- Tumor inicial (T1a sem invasão angiolinfática): Mucosectomia endoscópica
- T1b à T3: QT e RT neoadjuvante + Jejunostomia para suporte nutricional + esofagectomia com linfadenectomia regional
- Tumor avançado (T4 ou M1): QT e RT paliativa + dilatação esofágica endoscópica e/ou gastrostomia
Sobre as tecnicas de esofagectomia, quais caracteristicas (acesso, vantagem e desvantagem) da trans-hiatal, trans-torácica e 3 campos?
Reconstrução: 1° tubo gastrico 2° transposição cólon transverso
TRANS-HIATAL:
- Acesso: Laparotomia -> cervicotomia
- Vantagem: Anastomose cervical e menor morbimortalidade
- Desvantagem: Dissecção digital do esofago torácico com risco de linfadenectomia incompleta e hemorragia
TRANS-TORÁCICA:
- Acesso: Toracotomia -> laparotomia
- Vantagem: Melhor dissecção esofago
- Desvantagem: Anastomose torácica maior morimortalidade
3 CAMPOS (trans-torácica com incisão cervical):
- Acesso: Videotoraco-> laparotomia-> cervicotomia
- Vantagens: Melhor dissecção esôfago e anastomose cervical com menor morbimortalidade
- Desvantagem: Maior tempo cirúrgico