Tumores (Malignos Nasofaríngeos) Flashcards
Sobre os tumores nasossinusais:
- Qual sexo predomina?
- Qual idade predomina?
- Quais os fatores de risco?
- Tabagismo e etilismo são fatores de risco?
- Sexo masculino (2:1)
- 50-60 anos
- Madeira, rapé, níquel, formaldeído, amianto, rádio.
Sem relação CLARA com tabagismo e etilismo (apesar dos demais CA de cabeça e pescoço ter relação bem estabelecida).
Sobre os tumores nasossinusais:
- Quais os sintomas iniciais?
- Metástase linfonodal é comum?
- Quais sinais sugestivos em tomografia?
Sintomas:
- Oligoassintomático inicialmente. Devido grande espaço para crescer, não é incomum ver tumores em estágios avançados ao diagnóstico.
- Sintomas após invasão locorregional (cefaleia, dor dentária, hipoestesia de face, epistaxe, congestão, diplopia, proptose ocular).
- METÁSTASES LINFONODAIS SÃO RARAS (drenagem linfática pobre da região nasal).
Tomografia:
- São sinais tomográficos de malignidade: destruição óssea, invasão orbitária, SNC, disseminação perineural.
Sobre os tumores nasossinusais:
- Qual o subtipo histológico mais comum?
- Qual se origina do neuroepitélio olfatório?
- Quais se originam das glândulas salivares menores?
- Qual tem neurotropismo podendo afetar V2 e V3?
- CEC (mais comum)
- Estesioneuroblastoma (epitélio neurolfatório)
- AdenoCA e CA Adenóide Cístico (das glândulas salivares menores, são 10-20% dos tumores nasais. Neurotropismo, podendo afetar trigêmeo: V2 e V3)
- Carcinossarcoma (raro, muito agressivo, metastases linfonodais e hematogênicas)
- CA neuroendócrino de pequenas células (raro, tratado apenas cita)
- Melanoma mucoso
Sobre os tumores nasossinusais (Estesioneuroblastoma):
- Qual sua origem?
- Qual a prevalência?
- Qual idade e sexo predomina?
- Qual porcentagem é intracraniana?
- Cite os 3 estágios da classificação de Kadish.
- Como aparece na TC?
- Qual achado característico na RM?
Origem:
- Neuroendócrino (origem na crista neural). Surge da mucosa olfatória da fossa superio.
Epidemiologia:
- 5% dos tumores malgignos nasossinusais
- Sexo masculino
- Bimodal (20 anos e 60 anos)
- Metástase linfonodal (5%) e á distância (10-30%).
- Intracranianos em 20-30% dos casos.
Classificação de Kadish:
- Estágio A: confinado á cav. nasal
- Estágio B: cav. nasal e seios da face
- Estágio C: ultrapassa limites do nariz e SPN (tem 3 padrões de invasão: parênquima cerebral, leptomeninge e base do crânio).
Imagem:
- TC: Lesão expansiva (isodensa ao parênquima cerebral, com realce heterogêneo pós-contraste) com centro no teto da cavidade nasal e ASPECTO EM ALTERES (COMPNENTE SUPERIOR E INFERIOR Á PLACA CRIBIFORME).
- RM: HIPO T1 e HIPER T2 com captação heterogêna de contraste. Pode apresentar FORMAÇÕES CÍSTICAS PERIFÉRICAS DE INVASÃO DA FOSSA CRANIANA (achado altamente sugestivo).
Tratamento:
- Abordagem cirúrgica, quimioterapia e radioterapia.
Sobre os tumores nasossinusais: (Melanoma Mucoso):
- Qual a prevalência entre CA nasossinusal?
- Tem relação com exposição solar?
- É mais ou menos agressivo que o melanoma de pele?
- São 6% dos melanomas de cabeça e pescoço.
- Sem associação com exposição solar
- Sem fatores de risco conhecidos.
- Extremamente agressivo.
Sobre os tumores nasossinusais:
- Qual o melhor tratamento?
- Quando não realizá-lo?
- Cite abordagens externas.
- Devo esvaziar o pescoço se N0?
- Quais tumores tem melhor prognóstico segundo divisão por Sebileau e Ohngren?
- Cirurgia é o melhor tratamento para todos os tipos histológicos (exceto se suspeita de linfoma).
- Contraindica se invasão orbitária bilatteral, estruturas vitais do neuro-eixo, carótida interna e seio cavernoso.
- Abordagem endoscópica ou externa (Weber-Fergunson, Maxilary, Nasal Swing).
- Tratamento do pescoço apenas se metástase linfonodal associada (N0 não faz esvaziamento cervical).
- Melhor prognóstico: tumores da INFRAESTRUTURA (Sebileau) e ANTEROINFERIORES (Ohngren).
Sobre os tumores nasofaríngeos:
- Quais os malignos principais?
- Quais os benignos principais?
Malignos:
- Carcinoma de Nasofaringe
- Linfomas
Benignos:
- Nasoangiofibroma (já visto)
- Teratoma Nasofaríngeo (infância)
- Cisto Nasofaríngeo
Sobre os tumores nasofaríngeos: (CARCINOMA NASOFARÍNGEO):
- Qual sua importância?
- Qual idade e sexo predomina?
- Qual o principal fator de risco?
- Qual a primeira forma de manifestação?
- Qual a segunda forma de manifestação?
- Quais os sintomas tardios?
CARCINOMA NASOFARÍNGEO
- CA mais comum da nasofarínge
- Sexo masculino (2:1)
- Sudoeste asiático
- EBV É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO - Dieta (peixes com nitrosaminas) e tabagismo (subtipo queratinizado).
Forma de manifestação mais comum:
- LINFONODOMEGALIA (LINFONODOS RETROFARÍNGEOS SÃO OS PRIMEIROS CAUSANDO, MAS PODE AFETAR CADEIA CERVICAL PÓSTERO-SUPERIOR. Paciente vai queixar dor cervical, rigide, otalgia refereda), vista em 87% dos casos.
Segunda forma de manifestação mais comum:
- OTITE SECRETORA + PAC (por isso sempre realizar fibronasoendoscopia).
Sintomas tardios:
- Congestão nasal e epistaxe
- Sintomas neurológicos (25% dos casos), sendo acometimento de V2 o mais comum.Pode também afetar IX e X se atingir espaço parafaríngeo.
Sobre os tumores nasofaríngeos: (CARCINOMA NASOFARÍNGEO):
- Cite seus 3 tipos histológicos.
- Cite 3 formas de diagnosticar.
- Qual delas tem relação com radioterapia e prognóstico?
- Qual o tratamento de escolha?
Classificação:
- Tipo 1 (queratinizado)
- Tipo 2 (não-queratinizado diferenciado)
- Tipo 3 (não-queratinizado indiferenciado)
IMPORTANTE: EBV tem associação com TODOS OS TIPOS ACIMA (sendo mais forte com os não-queratinizados).
Diagnóstico:
- Fibronasoendoscopia (todo paciente suspeito. O local mais comum é na PAREDE LATERAL, SEGUIDA PELO TEO, ESPECIALMENTE NA FOSSETA DE ROSENMULLER). Se identificada lesão, Biópsia e pesquisa de EBV (quando visto por fibronaso). Uma possibilidade é a biópsia associada a radiointervenção.
- PAAF de linfonodo cervical + Pesquisa de EBV na citologia (quando não visto no fibronaso mas tem linfonodo palpável). Podemos associar TC e PET-scan.
Sorodiagnóstico:
- IgA total elevada
- IgA anti-EBV específicos (anti-VCA e anti- EBNA) elevados.
Obs: radioterapia pode reduzir níveis séricos desses anticorpos específicos e essa relação TEM RELAÇÃO DIRETA COM PROGNÓSTICO.
Tratamento:
- QUIMIORADIOTERAPIA (ESCOLHA). Tem boa resposta terapêutica.
- Imunoterapia (casos selecionados).
O acesso cirúrgico para ressecção é extremamente mórbido. A cirurgia é feita de resgate, principalmente esvaziamento cervical. Pode ser endoscópica em casos selecionados.
Sobre os tumores nasofaríngeos: (LINFOMAS):
- Qual sua importância?
- Qual subtipo tem relação com EBV?
- Qual a diferença quando surge no nariz e na nasofaringe?
- Qual o tratamento recomendado?
Conceitos:
- Segunda doença maligna mais frequente de cabeça e pescoço.
- Cerca de 30% são Hodgkin na cabeça e pescoço.
- Cerca de 70-80% dos linfomas de Hodgkin de cabeça e pescoço envolvem tecido nodal e a doença extranodal frequentemente acomete anel de Weldeyer.
- Dos linfomas não-hodgkin (cel. B, T, NK) o que tem relação com EBV é o NK (não são todos os tipos).
- Mais comum em em países orientais.
Locais de origem:
- NASOFARÍNGEO: CÉLULAS B (69%). Cursa com massa ou edema cervical, obstrução e alteração auditiva.
- NASAL: CÉLULAS T (75%): Prognóstico pior que o do nasofaríngeo. Cursa com obstrução, rinorreia e epistaxe. Antigo granuloma legal de linha média.
Tratamento:
- QUIMIORRADIOTERAPIA (não é indiacado cirurgia).