FESS (Acesso Selar e Parasselar) Flashcards

1
Q

Sobre os tumores hipofisários:

  • Quais tumores tem geralmente indicação cirúrgica?
  • Qual tipo de tumor hipofisário tem boa resposta com tratamento clínico ao invés do cirúrgico?
  • A abordagem endoscópica pode ser isolada?
  • Quais os cuidados perioperatórios mais importantes?
A

Cirurgia:

  • Adenomas não secretores (grandes e com alteração visual), Adenomas secretores de ACTH (Cushing) e GH (Acromegalia).

Tratamento clínico:

  • PROLACTINOMA (boa resposta ao tratamento clínico).

Abordagem isolada:

  • O acesso transesfenoidal isolado é possível em > 95% dos casos. Se tiver envolvimento suprasselar é necessário avaliar com a neurocirurgia se será necessário por craniotomia.

Cuidados perioperatórios:

  • ATB perioperatório é SEMPRE realizado.
  • Cabeceira elevada a 30 graus, anestesia endovenosa total, preparação da perna (região lateral da coxa como área doadora de gordura e fáscia lata se necessário).
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2
Q

Quais os tipos de pneumatização do seio esfenoidal e qual é a mais comum?

A

CONCHAL

  • Crianças com < 12 anos de idade (< 1% em adultos).
  • A área abaixo da sela túrcica é um bloco solido de osso sem cavidade aérea.

PRÉ-SELAR:

  • Limite posterior da pneumatização é delimitado por um plano perpendicular projetado na parede selar.

SELAR (86%)

  • MAIS COMUM (86%)
  • Pneumatização do corpo do esfenoide pega região baixo da sela, podendo se estender até o clivo.
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3
Q

Quais os tipos de acessos ao esfenóide existem?

A
  • Transnasal (Direto)
  • Transeptal
  • Transetmoidal

No capítulo do tratado foram descritos o transnasal direto e o Transnasal-Transseptal Modificado (Binostril).

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4
Q

Como é feito o Acesso Endoscópico TRANSNASAL?

A
  • É considerado o acesso mais RÁPIDO e via SEGURA.
  • Identifica o óstio do esfenoide (1/3 inferior do corneto superior e 30-45 graus da borda superior da coana) e abertura com Kerrinson ou Cogumelo.
  • Ressecção do 1/3 posterior do septo em geral por completo.
  • Remoção do rostro esfenoide.
  • Remove-se toda a parede anterior do seio e dos septos intersinusais.
  • Utiliza-se a pinça tipo Kerrinson ou Drill com broca diamantada.
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5
Q

Como é feito o Acesso Transnasal-Transeptal Modificado (Binostril Approach)?

A

ACESSO TRANSNASAL-TRANSEPTAL.

  • É realizada a septoplastia convencional.
  • Retira-se o septo ósseo-cartilaginoso até o rostro do esfenoide.
  • Rebater o mucoperiósteo da parede anterior do esfenoide e Identificação dos óstios de ambos os seios esfenoidais.
  • Confecção do retalho septal pediculado no forame esfenopalatino e mantê-lo durante a cirurgia na rinofaringe para, posteriormente, no final da cirurgia, colocar no lugar.
  • Parede anterior do esfenoide é amplamente exposta e aberta a partir dos óstios com uso de uma pinça tipo Kerrinson e/ou drill.
  • Ressecção completa do septo interssinusal com extrema cautela (cuidado com a artéria carótida interna).

Não se deve remover totalmente a mucosa do seio a fim de evitar sangramentos.

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6
Q

Como pode ser feito a abertura da sela túrcica e qual o limite posterior e superior da disseção?

A

Abertura:

  • Em geral é feito pela equipe da neruocirurgia.
  • Abertura da parede óssea com Kerrinson ou Drill com broca diamantada.
  • Incisão quadrangular com lâmina de bisturi número 11 em forma de quadrado ou retângulo após demarcação prévia com cautério bipolar em baixa intensidade.
  • Após aberta a dura máter, a ARACNOIDE É O LIMITE POSTERIOR E SUPERIOR DA DISSECÇÃO (DIAFRAGMA SELAR).
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7
Q

Como pode ser feito o fechamento da sela túrcica?

A

Fechamento:

  • Pode usar surgicel e Spongostam powder.
  • Se espaço morto selar, enxerto de gordura para ocluir tal espaço.
  • Se fístula liquórica intraoperatória: colocação de gordura recoberta ou não por enxerto de fascia lata na região selar e fechamento posterior com RETALHO VASCULAR NASOSSEPTAL PEDICULADO (HADAD).
  • Em geral não se usa Folley para manter o retalho, nem dreno lombar mesmo com fístula liquórica.
  • Tamponamento com Merocel bilateral e retirada no terceiro dia de pós-operatório.
  • Pós-operatório imediato em UTI: 4° dia alta, não pode valsalva, retorno em 7-10 dias para remoção de crostas.
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8
Q

Quais os principais pontos de atenção nessa cirurgia?

A
  • AMPLA ESFENOTOMIA
  • Remover septo intersinusal com pinças cortantes
  • NÃO REMOVER MUCOSA DO SEIO ESFENOIDAL, apenas afastá-la para a lateral da região selar
  • ABERTURA SELAR E EXPOSIÇÃO AMPLA DA DURA MÁTERA.
  • Incisão dural quadrangular
  • Remover o tumor lateralmente com a ajuda de um endoscópio de 45° e aspirador curvo (observar o ângulo entre a aracnóide e a artéria carótida interna).
  • A ARACONOIDE COMO LIMITE DA DISSEÇÃO
  • Utilizar MENOS CURETA E MAIS DISSEÇÃO
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9
Q

Cite 3 complicações endócrinas.

A

Endócrinas:

  • INSUFICIÊNCIA SUPRARRENAL (mais grave se não reconhecida. Realizar reposição com glicocorticoide).
  • DIABETES INSIPIDUS TEMPORÁRIO (em geral é transitório. Utilizar desmopressina no pós-operatório com cautela é efetivo).
  • PAN-HIPOPITUITARISMO.

A 1° reavaliação hormonal deve ser feita 3-4 semanas após cirurgia.

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10
Q

Cite outras complicações.

A

Vasculares:

  • Sangramentos e AVC.
  • Risco de lesão da carótida interna.

Fístula liquórica:

  • Retalho vascularizado nassoseptal reduziu as taxas de FL no pós-operatório.

Infecciosa:

  • Meningite não é comum, mas se presente pode ser fatal. ATB preconizado de rotina.
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