FESS (Conceitos) Flashcards
Cite indicações (10).
- Rinossinusites
- Mucoceles
- Epistaxe
- Fístula liquórica
- Atresia de coana
- Acesso á hipófise
- Dacriocistorrinostomia
- Tumores benignos ou malignos
- Descompressão (Orbitária ou N. Óptico)
- Funcional (associada a septoplastia e turbinectomia)
Qual o objetivo da cirurgia?
Remover tecidos doentes e alterar anatomia a ponto de permitir maior fluxo aéreo, drenagem de secreções pelas aéreas criticar e ventilação dos seios paranasais, preservando mucosa nasossinusal sempre que possível.
Cite os dois picos de aumento de risco de complicações durante o aprendizado do cirurgião.
- Primeiro ano (falta de experiência) e vários anos após (excesso de segurança).
Pode ser prevenido pelo treinamento do cirurgião e conhecimento anatômico.
Quais os três requisitos básicos para o bom funcionamento das cavidades paranasais que devem ser levados em consideração ao operar um paciente?
Imunidade do paciente
Ventilação dos seios
Drenagem pelos espaços de transição
Exames de imagem são solicitados com que propósito?
- Os exames de imagem são solicitados para programação cirúrgica e devem estar presentes na sala cirúrgica.
Já a Indicação da cirurgia é baseada na HISTÓRICA CLINICA do paciente. Inclusive a intensidade do velamentos e achados não necessariamente tem correlação direta com a intensidade de sintomas.
Cite as estruturas mais importantes a serem visualizadas na tomografia antes de realizar a cirurgia.
- Desvio de septo / hipertrofia conchal
- Concha média hipertrófica, bolhosa ou paradoxal
- Lamelas etmoidais (PU, bula, concha média, superior, suprema)
- Inserção do uncinado e via de drenagem do seio frontal
- Lâmina Papirácia (integridade e se está ligada ao PU)
- Artérias etmoidais (principalmente etmoidal anterior)
- Células frontais (principalmente de Kuhn)
- Altura da fossa olfatória (Keros)
- Agger Nasi, Haller, Onodi
- Complexo Ostiomeatal
- Seios Paranasais
- Carótida Interna
- Nervo Óptico
Detalhes vistos nos flashcards de anatomia e acesso ao frontal.
Cite 6 cuidados pré-operatórios em cirurgia de FESS.
- Análise detalhada tomográfica
- Suspender AAS ou AINE’s
- Suspender anticoagulantes, antiplaquetários, Gingko biloba ou outros.
- ATB e CT VO nos casos de reagudizações
- Enfatizar necessidade de revisões e curativos e acompanhamento
- Discutir estratégia de tratamento, riscos, benefícios e consentimento informado.
Sobre a anestesia na FESS:
- Qual o tipo de anestesia indicada?
- Qual deve ser a FC e PAM ideais?
- Endovenosa Total
- FC: 60-65 bpm
- PAM: 60-75 mmHg
Cite 5 cuidados intraoperatórios.
- Anestesia adequada (conforme flashcard anterior)
- Posicionamento (horizontal, cabeceira elevada, ligeiramente virada para direita no caso de cirurgiões destros, olhos descobertos e protegidos).
- Vasoconstrição local (adrenalina 1:2000 SF/Xilo sem vaso. Infiltrar axila do corneto médi com xilo com vaso. No transoperatório após primeiras incisões, solução de oximetazolina ou similar).
- Revisão da TC (cortes expostos na sala da cirurgia).
- Conferir materiais (óticas com angulações adequadas, materiais de preensão, corte e microdebridador SN).
Cite as duas formas de dissecção que existem e se existe superioridade de alguma delas.
- Dissecção anteroposterior escalonada (Gratz) ou posteroanterior (em bloco).
Não existe padrão ouro nem técnica superior a outra.
Sobre a dissecção anteroposterior:
- Quais pinças posso usar na uncifectomia?
- O que devo fazer para evitar recirculação na abertura do maxilar?
- Qual o risco de ampliações muito anteriores do maxilar?
- Qual deve ser o sentido da disseção da bula etmoidal?
1- Palpação do processo uncinado e uncifectomia (palpador ou descolador de Freer ou Cottle. Uncifectomia com faca falciforme ou back-bitter).
2- Abertura do seio maxilar (sempre incluir óstio natural de drenagem, se acessório, unir ao natural para evitar recirculação. Cuidado com ampliação anterior com a Back-bitter pelo risco de pegar ducto nasolacrimal).
3- Abertura da bula etmoidal (mais medial e inferior possível, evitando a lâmina papirácea lateralmente).
Sobre a dissecção anteroposterior:
- Qual deve ser o sentido da disseção da bula etmoidal?
- Qual deve ser o sentido da disseção do etmoide posterior?
- Quais as três vias de abertura do seio esfenoidal?
- Qual a relação do esfenoide com a concha superior?
4- Explorar e abrir recesso do frontal (técnica da bula etmoidal intacta ou identificar a artéria etmoidal anterior, que seria o limite posteroinferior do RF, dessa forma, dissecaria mais anterior e superior possível).
5- Abrir etmoide posterior (mais inferior e medial possível, tomando cuidado com célula de Onodi pelo risco de afetar nervo óptico).
6- Abertura do seio esfenoidal via:
- TRANSNASAL (pelo recesso esfenoetmoidal, sendo via segura. O esfenoide ficaria no terço medioinferior da concha superior a 30-45 graus da borda superior da coana)
- TRANSEPTAL (usada em alguns acessos à hipófise).
- TRANSETMOIDAL (esfenoide se encontraria inferomedialmente ao etmoide posterior, com nervo optico cruzando sua parede lateral).
Qual técnica pode corrigir instabilidade da concha média?
- Bolgerização (fixação/pexia da concha média no septo nasal).
Evita obstrução do complexo ostiomeatal.
Cite 8 cuidados pós-operatórios.
- Evitar assoar o nariz
- Evitar esforço físico
- Cabeceira elevada
- Analgesia e hidratação
- ATB e corticoterapia (rotina se RSC)
- Lavagem nasal abundante
- Não “brigar” com crostas locais (dor e sangramento)
- Splint e tamponamento conforme recomedações vistas nos flashcards de septoplastia e turbinectomia.
Cite as complicações menores e maiores de FESS. Qual tipo seria cada um dessas: enfisema orbitário subcutâneo, epífora, anosmia e fístula liquórica?
Complicações MENORES (mais frequentes):
- Sangramenttos controlados
- Infecção local e crostas
- Sinéquias ou reestenose de óstios
- Enfisema Orbitário Subcutâneo*
- Sensibilidade / anestesia de arcada dentária
- Epífora*
Complicações MAIORES:
- Anosmia*
- Hemorragia grave
- Meningite
- Fístula liquórica*
- Hematoma orbitário
- Alteração visual
- Lesão de tecido cerebral
- Morte