Rinossinusite (Crônica) Flashcards

1
Q

Qual o conceito de RSC?

A

Destruição inflamatória da mucosa nasossinusal que não conseguiu se regenerar, com duração > 12 SEMANAS.

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2
Q

Qual a etiologia da RSC com polipose nasal?

A

Degeneração da mucosa nasossinusal, iniciada no meato médio (normalmente) com degeneração polipode desta mucosa e dos seios paranasais envolvidos.

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3
Q

Qual o significado da sigla DREA, qual sua tríade e quais seus 2 epônimos?

A

Doença Exarcebada pela Aspirina (DREA). Tríade:

  • RSC com polipose
  • Asma
  • Intolerância a AAS

Epônimos:

  • Tríade de Samter
  • Síndrome de Widal
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4
Q

Cite 5 fatores de risco associados a RSC

A
  • Tabagismo (inclusive é dose-dependente)
  • Exposição Ocupacional (poeira, gases, tóxicos, exposição ambiental)
  • Bronquiectasia e doenças mucociliares (fibrose cística, discinesia ciliar primária).
  • Asma (coexiste com a RSC, porém ainda pouco compreendido)
  • Intolerância ao AAS (mais chance de polipose, e se asma associado, quadros mais graves).
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5
Q

Cite 3 fatores de risco com associação ainda CONTROVERSA com RSC.

A
  • Rinite alérgica (tratado informa que tem 6x mais chance que a população em geral de RSC, porém ainda necessita mais estudos)
  • Alergia alimentar (se associa a RSC refratária a medicação, principalmente crustáceos, vereja, clara de ovo).
  • Variações anatômicas (concha bolhosa, desvio septal, processo uncinado hipertrófico).

Obs: NÃO existe relação entre RSC e fatores socioeconômicos!

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6
Q

Qual a importância do clearence mucociliar e integridade epitelial na defesa contra a RSC?

A
  • O clearence é fundamental pois possui várias substâncias com função antimicrobianas como mucinas, lisozimas, defensinas e surfactantes e permite a eliminação de partículas).
  • A integridade epitelial é essencial para evitar contato de partículas e patógenos com o estroma (o que produz processo inflamatório exarcebado). Nas infecções agudas, temos ativação de moléculas como metaloproteinases e ruptura de outras, como as tight junctions, junções aderentes e desmossomas, o que auxilia na permeabilidade de células inflamatórias por entre o epitélio). Na RSC temos alterações de todos esses componentes, o que reduz a resistencia elétrica epitelial e compromete a função de barreira.
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7
Q

Quais o principal fator extrínseco associado a RSC?

A

Microorganismos que produzem toxinas causando lesão no epitélio respiratório com processo inflamatório exarcebado.

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8
Q

Quais as bactérias mais associadas a RSC em ordem.

A
  • Staphylococcus aureus (MAIS COMUM)
  • Pseudomonas aeruginosa.
  • Bactérias anaeróbias.
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9
Q

Qual a pior bactéria, no que diz respeito a processo inflamatório e porque?

A

S.aureus. Causa:

  • Lesão epitelial intensa (alfa-toxinas)
  • Inflamação exarcebada (exotoxinas ou superantígenos)
  • Latência dentro da célula e formação de biofilmes (cronificação)
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10
Q

Cite a diferença entre a RSC com sem polipose, no que diz respeito ao padrão de resposta (Th1 ou Th2), celular (eosinofilos ou neutrofilos) e redução ou aumento de TGF-β,

A

Rinossinusite Crônica COM polipose:

  • Resposta Th2
  • IL-5 e IL-13 e recrutamento de EOSINÓFILOS.
  • REDUÇÃO DE TGF-β.

Rinossinusite Crônica SEM polipose:

  • Resposta Th1
  • IFN-γ e recrutamento de NEUTRÓFILOS.
  • AUMENTO DE TGF-β.

Obs: o TGF-β é uma molécula responsável por reparo e REMODELAÇÃO (fibrose local e controle inflamatório). Logo ele impede a cronificação. Sua redução causa dificuldade de reparar os tecidos, causando manutenção da inflamação e recorrência dos sintomas.

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11
Q

Como é feito o diagnóstico da RSC?

A

Anamnese com exame físico, endoscopia nasal e/ou tomografia.

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12
Q

Qual a sintomatologia da RSC?

A

SIntomas há mais de 12 semanas:

  • Obstrução e congestão nasal.
  • Rinorreia anterior e/ou posterior (geralmente de aspecto mucopurulento).
  • Pressão ou dor facial ou cefaleia.
  • Redução ou perda de olfato.
  • Tosse (sintoma comum e em crianças pode ser o único sintoma).

Se RSCcPN investigar intolerância a AAS ou AINEs, ASMA, azoospermia, etc.

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13
Q

Qual o epônimo utilizado no tratado para RSCcPN que alarga a pirâmide nasal (sugerindo polipose extensa)?

A

Polipose de Woakes

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14
Q

É fundamental solicitar fibronasoendoscopia?

A

É fundamental pois possibilita:

  • Visualizar toda a cavidade nasal.
  • Verificar secreção, edema e/ou pólipos em meato médio ou superior.
  • Avaliar alterações anatômicas presentes que possam contribuir para a ocorrência ou agravamento da doença.
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15
Q

Qual o nome da classificação mais utilizada para classificar o pólipo pela endoscopia nasal (não tem no tratado)?

A

Lund-Kennedy

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16
Q

Qual a outra classificação para estadiamentro endoscópico da polipose (não tem no tratado)?

A

Meltzer

17
Q

É recomendado solicitar tomografia?

A

Sim, para complementar diagnóstico e avaliar seios paranasais, estadiando e avaliando a extensão da doença, especialmente nos casos pré-operatórios destes pacientes, para avaliação anatômica e planejamento cirúrgico.

18
Q

Qual o nome da escala para avaliação tomográfica mais utilizada na RSC (não dada no tratado)?

A

Lund-Mackay

19
Q

A RM é importante?

A

Não é um exame muito relevante. Solicitada apenas quando suspeita de complicação intracraniana ou orbitária e no caso de suspeita de lesões malignas.

20
Q

Cite exames que não são obrigatórios mas podem eventualmente ser solicitados.

A
  • Exames laboratoriais: não essenciais para o diagnóstico, mas contribuem para doenças associadas. Hemograma e eosinoofilia em alérgicos, asmáticos e intolerantes ao AAS.
  • RAST e teste cutâneo: complementar diagnóstico de pacientes atópicos para tratamento mais adequado da rinite alérgica.
  • Bacterioscopia e Cultura de secreção nasal: se refratariedade e suspeita de infecção bacteriana. Direcionar o controle do processo infeccioso.
  • Citologia nasal: predominância de eosinófilos nos casos de rinite alérgica e polipose esosinofílica, ou neutrofilos nos casos sem polipose.
  • Biópsia: caracterização histopatológica. Não é recomendado de rotina quando a característica clínica e endoscópica é típica. Isso é o que está no tratado, mas hoje em dia pelo EPOS mais recente é recomendado sim (quantidade de eosinófilos por campo, predomínio de neutrófilos).
  • Teste do olfato: documentação pré-operatório e avaliar extensão da perda de olfato.
  • Teste de sensibilidade ao AAS: se dúvida diagnóstica da sensibilidade ao AAS.
  • Teste de função mucociliar: avaliar se tem alteração do transporte mucociliar.
  • Dosagem de IgE: se elevada, podem responder melhor à terapia com anti-IgE.
  • Teste de cloro no suor, espermograma, avaliação genética e Rx de tórax: para RSC de difícil controle, principalmente nos mais jovens e crianças.
21
Q

Qual o tratamento com evidência indicado tanto para RSC com e sem polipose?

A
  • Lavagem nasal com soro fisiológico (preferencialmente em alto volume: >200mL).
  • Corticóide tópico nasal
  • ATB sistêmico, mas somente nas REAGUDIZAÇÕES.
22
Q

Corticóide sistêmico possui utilidade?

A
  • Possui efeito positivo no curto prazo (7-14 dias, em doses regressivas) nos casos de RSC COM POLIPOSE.

Não há evidência para RSC sem polipose.

23
Q

Qual a indicação de dessensibilização a aspirina?

A

Pode ser oeferecia APÓS realização de FESS nos casos de AERD (com polipose).

24
Q

Qual a indicação do uso prolongado de macrolídeos?

A

Ainda não se conhece os fenótipos dos pacientes que mais se beneficiariam. Deve ser considerado em casos selecionados nos pacientes sem polipose (pacientes sem IGE elevada) se houver falha no tratamento com corticoesteróides, mas também parece ter efeito positivo nos casos com polipose, reduzindo tamanho do pólipo e recorrência após FESS. Usados em menor dose porem com tempo prolongado.

25
Q

Descongestionantes são indicados?

A

Sem evidência.

26
Q

Mucolíticos são indicados?

A

Controversos, mas podem reduzir tempo de tratamento.

27
Q

Antibioticos tópicos são indicados?

A

Sem evidência.

28
Q

Antihistamínicos são indicados?

A

Pouca evidência, porém podem ajudar nos quadros alérgicos associados.

29
Q

Antileucotrienos são indicados?

A

Faltam estudos na RSC sem polipose, mas pode ser uma opção nos casos com polipose para pacientes intolerantes ou que não responderam a corticóide tópico.

30
Q

Lisados bacterianos são indicados?

A

Alguns estudos mostraram redução da gravidade dos sintomas e da melhroa da tosse e expectoração.

31
Q

IBPs podem ser associados?

A

Sem evidência de que ajudam na RSC.

32
Q

Fitoterápicos podem ajudar?

A

Extrato Ze339 e Pettasites hybridus podem ter algum benefício para pacientes alérgicos com RSC, mas ainda necessita estudos.

33
Q

Qual a indicação de cirurgia para os casos de RSC sem polipose?

A
  • Ausência de resposta ao tratamento medicamentoso.

Em geral a cirurgia demonstra vantagens para alívio da obstrução, hiposmia e rinorreia, com melhora da qualdiade de vida.

34
Q

Quais as indicações de cirurgia para os casos de RSC com polipose?

A
  • Falha no tratamento medicamentoso administrado por pelo menos 3 meses.
  • Efeitos adversos ao tratamento clínico.
  • Não adesão á medicação.
  • Queixa primária de obstrução, hiperssecreção ou alteração do olfato sem melhora com tto clínico.
  • Sintomas persistentes em vias aéreas inferiores sem melhora com tto clínico.
  • Complicações de rinossinusites.
35
Q

Faça um resumo das opções de tratamento para RSC sem e com polipose.

A