Síndrome Nefrótica Flashcards

1
Q

O que é a SHU

A

Síndrome Hemolítica Urêmica
Infecção E coli 157
Acumula plaquetas, forma trombos
TRÍADE ANEMIA HEMOLÍTICA + PLAQUETOPENIA/TROMBOCITOPENIA (por consumo plaquetário) E IR
Mais comum em lactentes

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2
Q

Tríade definidora da Sd nefrótica

A

Edema, microalbuminúria, hipoalbuminemia

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3
Q

O que não é comum na Sd nefrótica

A

Oligúria, hematúria; função renal fica preservada

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4
Q

O que causa a anemia associada a sd nefrótica

A

Queda da transferrina

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5
Q

Proteínas perdidas na sd nefrótica

A

antitrombina III, imunoglobulinas (principalmente IgG → predisposição a germes encapsulados, como pneumococo), transferrina (carreador de ferro)
Aumenta trombose, aumenta infecção, anemia refratária ao sulfato ferroso

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6
Q

Proteinúria da sd nefrótica

A

> 3,5 g/dia ou 300 mg em amostra isolada
50 mg/kg/dia em crianças

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7
Q

Valor de referência hipoalbuminemia

A

< 3,5

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8
Q

Relação proteinúria/creatinina na sd nefrótica

A

> 3

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9
Q

Lipidúria na Urina 1 - imagem

A

Cruz de malta; birrefringência

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10
Q

Controle da PA em sd nefrótica

A

Hidralazina e anlodipino
Ieca e Bra proscritos pela Tfg

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11
Q

Critério hematúria microscópica

A

< 3 hemácias/campo

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12
Q

Complicação tireoideana da sd nefrótica

A

Perda do transportador do t4 - hipotireoidismo

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13
Q

Causa de hipocalcemia na sd nefrótica

A

PERDE 0,8 MG A CADA 1 G/DL DE ALBUMINA

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14
Q

Quanta creatinina um adulto libera na urina em 24 horas

A

1 grama

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15
Q

Tipo de edema na Sd nefrótica

A

Osmótico - liquido extravasa para o 3o espaço; ‘‘hipovolemia’’ estimula SRAA, que aumenta ainda mais o edema

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16
Q

Causas para a hiperlipidemia

A

perda urinária da enzima que degrada o VLDL
Fígado produz mais com o estímulo da redução da pressão oncótica

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17
Q

Complicação sd nefrótica

A

TV renal redução da atividade das proteínas C e S, hiperfibrinogenemia, comprometimento da fibrinólise e ainda maior agregação plaquetária; Edema renal assimétrico, redução súbita do débito urinário, varicocele a esquerda

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18
Q

Medicação de escolha para anticoagulação na sd nefrótica

A

Warfarina; heparina depende do fator III que é perdido na urina

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19
Q

Doença por lesão mínima - características

A

Linfócito T tira barreira de carga - perde albumina seletivamente
Crianças 1-8 anos
Associada a episódios de atopia
períodos de remissão e recaídas com proteinúria importante (até 40 g/dia)
dor abdominal, febre, vômitos, possível instabilidade hemodinâmica
tem redução de IgG e aumento de IgM; sedimento urinário inocente

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20
Q

Etiologia doença por lesão mínima

A

Linfoma de hodking - pode ser primeira manifestação de linfoma oculto, AINE, atbs

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21
Q

Tratamento doença por lesão mínima

A

prednisona 1 mg/kg/dia (máx 80 mg) por 8 semanas diário ou 2 mg em dias alternados

Em crianças 40-60 mg/dia por 4-6 semanas
Sem resposta em 8 semanas - corticorresistente
sintomas voltarem após 2 semanas sem medicação - corticodependente

evita diurético pra não piorar a hipovolemia e aumentar a chance de trombose

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22
Q

Maior que 4 recidivas por ano d lesão mínima, conduta

A

levamisol ou micofenolato e reduz dose de corticoide

23
Q

Indicações de biópsia em doença por lesão mínima

A

casos não responsivos
recidivas muito frequentes
< 1 ano ou > 8 anos
características atípicas: hematúria macroscópica, hipocomplementemia, HAS e IRA progressiva antes de iniciar o tratamento

24
Q

Formas de GESF

A

Idiopática e secundária
50% dos glomérulos - focal
segmentos das alças - segmentar

acúmulo de proteínas hialinas nas alças glomerulares (fibrose)

25
Q

GESF secundária - etiologia

A

Sobrecarga, sequela direta
Rim único, LES, anemia falciforme, nefropatia por IgA, vasculite, nefrectomia parcial, HAS, pré eclampsia, HIV, uso de heroína, obesidade mórbida

sequela direta, hiperfluxo e origem não esclarecida

26
Q

Forma mais comum de sd nefrótica no Br e no mundo

A

brasil - GESF
Mundo - membranosa

27
Q

Primária/idiopática da GESF tem qual característica

A

os glomérulos sem gesf tem doença por lesão mínima
Secundária é decorrente de lesão prévia

28
Q

Marcador de gravidade da GESF

A

Achado de biopsia em região cortical mais profunda

achados de somente justamedulares indicam maior responsividade aos corticoides

29
Q

Mínimo de biópsia para considerar GESF

A

10-20 glomérulos, principalmente justamedulares

30
Q

Quadro clínico GESF

A

Hematúria, piúria, proteinúria; normocomplementenemia

GESFi - SN de início súbito
GEFS secundária - insidioso e proteinúria pode ser na faixa subnefrótica

31
Q

Tratamento GESF

A

prednisona 1 mg/kg/dia diariamente ou 2 mg/kg/dia em dias alternados por 3-4 meses e reduz em 3-6 meses subsequentes
Alguns pacientes recidivam → uso de ciclosporina 2-4 mg/kg/dia dividido em 2 doses diárias por 12-24 meses com desmame após isso

micofenolato pra não respondedores

32
Q

O que muda prognóstico em glomerulonefrites (gesf)

A

controle da proteinúria
IECA ou BRA com > 1g/dia por proteinúria sem remissão pela corticoterapia todos tem indicação
Estatina em pacientes nefróticos com hipercolesterolemia também freia perda de função renal e diminui risco cardiovascular global

33
Q

Características proliferativa mesangial

A

Relação com nefropatia por IgA, idiopática e LES
macrocomplementenemia pode ter
Causa mais comum de proteinúria isolada
prednisona e ciclofosfamida (se necessário)

34
Q

Formas glomerulopatia membranosa

A

Idiopática + comum
secundária

achados de espessamento da membrana basal sem proliferação celular; comprometimento difuso e homogêneo
Depósitos de imunocomplexos subendoteliais de IgG e C3 que espessam a MBG - padrão granular difuso

35
Q

Etiologia membranosa

A

LES, hepatite B, neoplasias, sifilis, esquitossomose, malária, hanseníase

36
Q

Nome do complexo de ataque a membrana da glomerulonefrite membranosa

A

C5-9 - oxidases degradam a membrana basal

37
Q

Como descartar etiologia idiopática da glomerulonefrite membranosa

A

Anti-fosfolipase A2

38
Q

Conduta se glomerulonefrite membranosa idiopática descartada

A

sorologias e procurar neoplasia

39
Q

Tratamento glomerulonefrite membranosa

A

Terapia imunossupressora é feita em quem tem maior chance de evoluir com falência renal crônica (proteinúria > 10g/dia, hiperlipidemia severa, homens > 50 anos com proteinúria nefrótica persistente, sinais ominosos na biopsia e creatinina plasmática elevada

Melhores resultados: ciclofosfamida + prednisona por 6-12 meses; remissão completa em 40%, parcial em 30 e falência renal rm 10%

40
Q

Características da glomerulonefrite membranoproliferativa (ou mesangiocapilar)

A

hipocomplementenemia persistente > 8 semanas
muita relação com hepatite C
depósito de imunocomplexos
Maioria dos pacientes com história recente de faringoamigdalite - não respeita periodo de incubação
Trata com prednisona associada a ciclofosfamida nos casos mais graves - ver antes se não tem hepatite
IECA e BRA e estatinas deve ser instituído conforme indicações habituais

41
Q

EAS para visualizar proteinúria

A

Só capta >300-500 mg/dia, não serve de estimativa, mas sim de alerta

42
Q

determinantes pra cada tipo de proteinúria

A

barreira de tamanho - perda das fendas de filtração - não seletiva

barreira de carga da MBG - dificulta filtração de cargas negativas - principal é albumina

43
Q

Qual proteína está especialmente aumentada na SN e por quê?

A

A alfa 2 globulina, pois a redução na pressão oncótica do sangue promove estímulo hepático para a produção de proteínas de forma inespecífica. Dessa forma, como a alfa 2 globulina é uma proteína enorme, ela não é capaz de ser eliminada do organismo e está caracteristicamente aumentada na SN.

44
Q

Todo paciente com SN tem lipidúria?

A

Não, depende da causa; LES e amiloidose não causam

45
Q

Quais formas de SN são mais associadas a TVR

A

Glomerulopatia membranosa, mesangiocapilar e amiloidose

46
Q

Qual a conduta em pacientes com SN que desenvolveram eventos tromboembólicos?

A

Devo fazer anticoagulação plena, iniciando com heparina em doses mais elevadas que o usual (pois ele apresenta deficiência de antitrombina III) e, quando o PTTa estiver em 2-2,5, iniciar a anticoagulação com o warfarin (não usar esse no começo pois pode haver efeito paradoxal trombótico).

47
Q

Quais são as principais infecções às quais o paciente com SN está predisposto e quais os principais agentes etiológicos?

A

Peritonite bacteriana espontânea (PBE), pela presença de ascite desprotegida (diminuição de IgG), sendo principalmente pelo pneumococo e, em seguida, E. coli.

48
Q

histopatológico doença por lesão mínima

A

ME: achado patognomônico de DLM que é a fusão e retração dos processos podocitários
MO: pobre

49
Q

Qual consequência sistêmica da GEFS é importantíssima?

A

A GEFS é uma importante causa de HAS secundária em adultos. Ou seja, a HAS pode causar GEFS e a GEFS pode causar HAS.

50
Q

Qual a relação da proteinúria com a perda progressiva da função renal na GEFS?

A

Esse conceito não é exclusivo na GEFS. A GEFSi, em que há proteinúria maciça e nefrótica, apresenta uma insuficiência renal progressiva mais grave do que a GEFS secundária com proteinúria na faixa subnefrótica. Isso pois o excesso de proteínas filtradas no glomérulo promove lesão tubuloepitelial com posterior fibrose desses túbulos. É por isso que se utiliza IECA/BRA na GEFS: como bloqueiam a ação da AT II, há redução na TFG e, consequentemente, na proteinúria, reduzindo a progressão da insuficiência renal.

51
Q

Qual o prognóstico da GM?

A

Até 20%: remissão completa espontânea. Até 40%: remissão espontânea parcial sem perda da função renal. ATé 50%: perda progressiva da função renal com evolução para rim terminal em 15 anos.

52
Q

Sinais mau prognóstico GM

A

Sexo masculino, idade, avançada, hipertensão, proteinúria maciça, persistente, hipoalbuminemia significativa, hiperlipidemia, insuficiência renal no diagnóstico, esclerose focal e lesão tubulointersticial associada na biópsia.

53
Q

Conduta GM

A

Caso ausência de fatores de mau prognóstico: acompanhar por 3-4 anos para verificar se há remissão espontânea ou ausência de perda da função renal. Caso fatores de mau prognóstico: prednisona + ciclofosfamida + IECA/BRA + estatinas + PROFILAXIA ANTITROMBÓTICA.

54
Q

Histopatologia da GNMP

A

Aumento da celularidade mesangial (proliferação mesangial) com proeminência dessas células entre o endotélio e a MBG, criando um aspecto de duplo-contorno. Há dissecação do endotélio da MBG e dificulta a filtração glomerular (oligúria).