SANGR4M3NT0 DA 1a M3TADE DA GEST4ÇÃO: DOENÇ4 TR0F0BLÁST1C4 G3ST4C10N4L Flashcards
- Qual a patogênese e os tipos possíveis de Doença trofoblástica gestacional?
Patogênese: Hiperplasia trofoblástica; Vascularização deficiente; Degeneração hidrópica do estroma; -Pode ser benigna ou maligna
- Quais os tipos de Doença trofoblástica gestacional maligna e benigna?
Benigna - Mola hidatiforme - pode ser completa ou parcial.
Completa: não há embrião, 90% do cariótipo é normal, a 20% de risco de malignização.
Parcial: tecido fetal triploide (69+ XXY) COM 5% DE RISCO DE MALIGNIZAÇÃO.
Maligna:
Corioadenoma Destruens - (Mola invasora) - forma mais comum
Coriocarcinoma
Tumores trofoblásticos do sítio placentário (forma mais agressiva)
- Qual a clínica e métodos diagnósticos da doença trofoblástica gestacional?
Se tratando de sangramentos da primeira metade da gestação o diagnóstico está sempre baseado nas manifestações clínicas, dosagem de HCG, e USG.
Na doença trofoblástica gestacional há hiperplasia do trofoblasto, dessa forma a gestante é hiper sintomática, com sintomas clínicos como: hiperêmese, sinais clássicos de hipertireoidismo, hipertensão precoce, sinais de hiperestimulação ovariana.
Outras manifestações são:
-Hemorragia intermitente;
-Sangramento escuro e indolor;
-Útero em sanfona, ou seja, pode variar em tamanho, mas normalmente está maior do que o esperado para a idade gestacional;
-Cistos luteinicos;
-Hiperêmese gravídica;
-Hipertireoidismo;
-DHEG antes de 24 semanas;
-Eliminação de vesículas hidatiformes no exame especular;
- Beta - HCG: muito elevado para a idade gestacional;
- USG: achado de vesículas hidatiformes dentro do útero que dão ã USG o aspecto de tempestade de neve.
- Qual o tratamento da doença trofoblástica gestacional?
Esvaziamento uterino: quando a paciente tem desejo reprodutivo futuro. Pode ser feito pelos seguintes métodos: -Vácuo-aspiração -AMIU -Curetagem -Misoprostol
Histerectomia, Indicado se: -Paciente com prole definida; -Idade > 40 anos; -Tumor de sítio placentário Obs: não há necessidade de abordar os anexos, pois após a ressecção uterina os ovários voltam ao aspecto normal, com regressão dos cistos.
Seguimento durante tratamento:
-Dosagem quantitativa do Beta-HCG, para verificar se a evolução foi com cura ou malignização.
acompanhamento semanal durante três semanas se Beta HCG estiver reduzindo negativando acompanhamento mensal por 6 meses.
Durante todo esse seguimento a paciente não deve engravidar, estando recomendado o uso de anticoncepcional oral combinado, o DIU não está indicado devido ao risco de ruptura uterina.
Obs.: Uma paciente com um episódio isolado de mola tem maior risco de ter uma nova gravidez com formação de mola.
- Quando suspeitar de malignização na doença trofoblástica gestacional e como tratar?
Quando a paciente tem um platô de Beta HCG por 3 semanas;
Aumento de Beta HCG mantido por duas semanas;
Beta HCG positivo após 6 meses;
Nessas condições deve-se investigar malignização e sítios de metástase.
Nessas condições o tratamento para a malignização é a quimioterapia.