CICL0 M3NSTRUAL Flashcards
- Explique o eixo hipotálamo – hipófise – ovário:
Dentro do hipotálamo, núcleos específicos liberam GnRH em pulsos. Esse decapeptídeo liga-se a receptores superficiais de gonadotrofos na adeno-hipófise. Em resposta, os gonadotrofos secretam gonadotrofinas glicoproteicas, isto é, Hormônio Luteinizante (LH) e Hormônio Folículo-Estimulante (FSH), na circulação periférica. Dentro do ovário, LH e FSH ligam-se às células tecais e da granulosa para estimular a foliculogênese e a produção ovariana de uma variedade de hormônios esteroides (androgênios, estrogênios e progesterona), de peptídeos gonadais (activina, inibina e folistatina) e de fatores de crescimento. Entre outras funções, estes fatores de origem ovariana retroalimentam o hipotálamo e a hipófise para inibir ou, no pico intermediário do ciclo, aumentar a secreção de GnRH e de gonadotrofinas. Além disso, os esteroides ovarianos são importantes no processo de preparação do endométrio para implantação embrionária, quando houver gravidez.
Fale sobre os esteroides sexuais:
Esteroides Sexuais (Gonadais) ou Hormônios sexuais: são hormônios produzidos pelas gônadas, suprarrenal, placenta e pela conversão de outros esteroides sexuais em um tecido (ex.: tecido adiposo) e que interagem com receptores específicos de androgênios, estrogênios e progestogênios. O colesterol é a matéria prima para a esteroidogênese. Existem três classes de esteroides sexuais: androgênios, estrogênios e progestogênios. Esses hormônios são também classificados como naturais ou sintéticos. Os hormônios naturais mais importantes são: androgênios (testosterona, androstenediona, di-hidrotestosterona e de-hidroepiandrosterona), estrogênios (estradiol, estrona e estriol) e progestogênios (progesterona e 17OH progesterona).
Qual o conceito de menacme?
Menacme: Período reprodutivo da mulher. Inicia-se com o amadurecimento do eixo hipotálamo- hipófise-ovário. Em outras palavras, tem início com a resposta do LH ao estímulo gonadotrófico, que é mais tardia que a do FSH. Após a produção folicular adequada, com produção de níveis de estradiol maiores que 200 ng/ml durante 24 a 36 horas, ocorrerá o primeiro pico de LH, com ovulação e consequente menstruação (menarca).
Qual o conceito de climatério?
Climatério: Tem início com o declínio progressivo da atividade gonadal da mulher. Este período de sua vida é o da transição entre o ciclo reprodutivo (menacme) e o não reprodutivo (senilidade ou senectude).
Fale sobre estrogênios e androgênios:
Estrogênios: são eles: estradiol, estrona (menos potente) e estriol (produzido em pequena quantidade em mulheres obesas e produzido durante a gestação pela placenta). O estradiol é o principal hormônio sexual, ele é produzido pelos folículos em desenvolvimento, pela estrona, que é produzida pelos ovários e pela conversão da androstenediona em estriol na pele e no tecido adiposo.
Androgênios: o ovário produz testosterona, androstenediona e desidroepiandrosterona (DHEA); o córtex da medula também produz androstenediona e DHEA.
Estrogênios e progesteronas na prática clínica:
Estrogênios
Etinilestradiol: é o estrogênio sintético mais utilizado, está presente nos ACO.
Estrogênios sintéticos não esteroides: dietilestilbestrol e os moduladores de receptores de estrogênio: clomifeno e tamoxifeno.
Progestágenos ou progestogênios
São classificados de acordo com sua origem em:
Primeira geração – comercializados desde 1960:
Derivados da testosterona (19-nortestoterona): estranhos (18 carbonos) e gonanos: são eles: noretisterona, noretindrona, noretinodrel, linestrenol e etinodiol.
Segunda geração
Derivados da 19-nortestosterona (gonanos): norgestrel e o levonorgestrel.
Terceira geração
Derivados da 19-nortestosterona : desogestrel, norgestimato e gestodeno.
Quarta geração
Derivada da espironolactona (17-alfa-espironolactona), a qual tem ação antiandrogênica e antimineralocorticoide, apresentando leve efeito diurético.
Os derivados da progesterona (17-alfa-hidroxiprogesterona) não possuem classificação de geração e incluem o acetato de medroxiprogesterona, o acetato de megestrol, o acetato de ciproterona e o acetato de clormadinona.
Via de administração: medicamentos administrados VO passam primeiro pelo intestino, são metabolizados no fígado e depois liberados na corrente sanguínea, atingindo o órgão alvo.
Metabolismo: postulou-se que dieta, consumo de álcool, tabagismo, exercício e estresse podem alterar o metabolismo dos esteroides. A presença de doença tireoidiana também altera a taxa de metabolismo.
Afinidade pelas Globulinas de Ligação
Hormonios sexuais associados à Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais (SHBG) são considerados inativos. 38% do estradiol circula ligado a SHBG, 60% circula ligado à albumina e o restante circula livre no plasma. Já o etinilestradiol circula quase que exclusivamente ligado a albumina, o que aumenta sua biodisponibilidade. O estrogênio e hormônios tireoidianos aumentam a expressão de SHBG enquanto os androgênios reduzem o nível sérico de SHBG.
- Sobre o eixo Hipotálamo – Hipófise – Ovário:
Hipotálamo:
-GnRH: liberado de forma pulsátil pelo hipotálamo, mais especificamente pelo núcleo arqueado ou infundibular, depois é transportado à circulação porta-hipofisária. Os pulsos são controlados pelo sistema norepinefrina- dopamina, onde a nora estimula a liberação do GnRH e a dopa inibe. Esse sistema é influenciado por neureotransmissores e opioides endógenos. Na fase folicular a secreção do GnRH tem alta frequência e pequena amplitude e na fase lútea tem menor frequência e mais elevada amplitude. Essa variação é um dos determinantes da secreção de FSH ou LH. Outros fts como estresse, ansiedade, exercícios físicos e dietas radicais podem também interferir na secreção de GnRH e causar amenorreia secundária.
A administração continua de análogos de GnRH leva a diminuição de seus receptores na adenohipófise e diminuição de seus efeitos, a administração intermitente de agonistas de GnRH aumenta os seus receptores na adenohipófise.
-Sistema límbico: estrutura supra-hipotalâmica, relacionada às emoções de ansiedade, fobia, estresse, que podem influenciar e alterar o ciclo menstrual.
-Dopamina: inibe a síntese e secrção da prolactina, enquanto o TRH estimula a síntese da PRL.
-Melatonina: inibe o GnRH, é capaz de inibir o GnRH, quando aumentada na infância inibe a maturação sexual.
-Endorfinas: inibem a liberação de FSH, o que pode explicar a amenorreia em atletas, que tem níveis aumentados de endorfinas.
-Acido aracdônico e endorfinas: favorecem a liberação de FSH e LH, enquanto antiinflamatórios inibem asecreção de gonadotrofinas.
- Sobre o ciclo menstrual: olhando no espectro do ciclo ovariano, esse pode ser dividido em 3: fase folicular, ovulatória e lútea ou em 02 fases – fase folicular e fase lútea, fale sobre a fase folicular:
O ciclo menstrual dura de 21-35 dias, em média 28 dias e o fluxo menstrual dura de 2-6 dias, convencionou-se que o 1º dia do ciclo é o 1º dia do fluxo menstrual.
Durante cada ciclo menstrual, dois processos reprodutivos principais ocorrem:
1º) Maturação do folículo por estímulo hormonal e liberação de um óvulo a partir de um dos ovários.
2º) Preparação do útero para receber o embrião, caso ocorra fertilização.
Divisão do ciclo menstrual:
Ciclo ovariano:
Pode ser dividido em 3: fase folicular, ovulatória e lútea ou em 02 fases – fase folicular e fase lútea
Se dividido em 02 fases: a fase folicular consistirá no período em que o folículo dominante é selecionado e desenvolvido até se tornar um folículo maduro. Já a fase lútea compreenderá o período da ovulação até
o aparecimento da menstruação.
Fase folicular: do 1º dia do ciclo até o pico de LH, no meio do ciclo;
Fase ovulatória: pico de LH, ruptura do folículo e ovulação;
Fase lútea: da ovulação até a menstruação
Fase folicular: O desenvolvimento folicular é um processo contínuo e dinâmico que só se interrompe quando a reserva ovariana chega ao fim, isto é, os folículos crescem e entram em atresia continuamente, mesmo durante a infância pré-puberal, gestação, ciclos anovulatórios, uso de anticoncepcional oral e perimenopausa. A fase folicular é a primeira do ciclo menstrual. Nessa fase, acontece uma sequência ordenada de
eventos, que assegura o recrutamento de uma nova coorte de folículos para a seleção do folículo dominante. Nela, o folículo destinado à ovulação passa pelos estágios de folículo primordial, folículo primário, folículo pré-antral, antral e pré-ovulatório. O resultado final desse desenvolvimento folicular é, comumente, um único folículo maduro viável. Este processo dura cerca de 10 a 14 dias. A diminuição da progesterona, estradiol e inibina A do ciclo anterior fazem feedback negativo com o FSH, aumentando sua secreção, o que estimula o recrutamento de 15 ou mais folículos por ciclo.
-Folículo primordial: é um oócito paralisado na Meiose, fase de prófase I, Diplóteno, envolta por uma camada de células da granulosa.
-Folículo primário:
-Folículo pré antral: ocorre a formação da Teca. As células da granulosa passam a produzir estrogênios (em maior quantidade) androgênios, e progestágenos. A aromatase da grabulosa converte parte dos androgênios em estrogênios.
-Foliculo antral: o estímulo pelo FSH e pelo estyrogênio estimula as celuilas da granulosa a produzirem um liuquido rico em estrogênio que coalesce e forma o antro, originando o folículo antral, ao redor dessa cavidade liquida estão os oócitos de melhor qualidade. Na presença de FSH, o estrogênio passa a ser o elemento dominante no líquido folicular. Na
ausência de FSH, o androgênio predomina. E um microambiente androgênico opõe-se à
proliferação da granulosa e acarreta degeneração do oócito.
A foliculogênese inicial nãp depende do estímulo das gonadotrofinas até o estágio de folículo pré-antral, onde o FSH passa a ser necessário para acelerar o processo.
Fale sobre a Teoria duas células, duas gonadotrofinas:
Teoria duas células, duas gonadotrofinas: Nos folículos pré-antrais e antrais, os receptores para LH estão presentes apenas nas células da teca e os receptores para o FSH apenas nas células da granulosa. Em resposta ao LH, as células da teca são estimuladas a produzir androgênios. Estes, portanto, são produzidos na teca a partir do colesterol, cuja entrada na célula é mediada pelo LH. Como a granulosa não produz androgênios, estes são transportados às células da granulosa e utilizados como substratos na produção de estrona e estradiol, através da aromatização induzida pelo FSH. A conversão de um microambiente androgênico em estrogênico, imprescindível ao desenvolvimento folicular, depende de alguns fatores, a saber: sensibilidade crescente do folículo ao FSH (mediada pelo próprio FSH) e pela crescente influência do estrogênio. Há um delicado equilíbrio entre os níveis de androgênios e estrogênios para que ocorra um perfeito desenvolvimento folicular. Um aumento dos níveis de androgênios pode superar a capacidade de aromatização da granulosa, e levar ao desenvolvimento de um ambiente androgênico e à atresia folicular.
Fale sobre a seleção do folículo dominante e a ovulação:
Sobre a seleção do folículo dominante: mecanismo da dominância folicular permanece
desconhecido, mas provavelmente está relacionado ao maior número de receptores de FSH no folículo dominante. Este folículo caracteriza-se por uma maior atividade da enzima aromatase (que lhe permite uma maior produção de estradiol),um maior número de receptores de FSH e por uma expressão de receptores de LH também nas células da granulosa. Por outro lado, no estágio final do desenvolvimento do folículo antral, o FSH induz o aparecimento de receptores de LH também nas células da granulosa, o que permite que o folículo responda melhor ao pico de LH no meio do ciclo, responsável pela ovulação. Esse folículo antral matura à folículo pré ovulatório ou folículo maduyro ou ainda folículo de Graaf e passa a produzir quantidades cada vez maiores de estrogênio, estimulando o pico de LH que causa luteinização das células da granulosa, as quais passam a produzir progesterona. A progesterona estimula a adenohipofise a secretar mais gonadotrofinas (FSH e LH), o que contribui para para a elevação do FSH e do LH, observada no meio do ciclo menstrual.O LH age sobre as células da teca dos folículos em atresia as quais passam a produzir maior quantidade de androgênios aumentando a libido feminina e a frequência de relações sexuais no período pré-ovulatório.
A ovulação: Sabidamente, o folículo pré-ovulatório produz, com a síntese crescente de estradiol, seu próprio estímulo ovulatório. O pico de estradiol estimula o pico de LH e, consequentemente, a ovulação. A concentração e o tempo de duração da elevação do estradiol são determinantes para a liberação do LH. Para tanto, a concentração de estradiol deve ser maior do que 200 pg/ml, que deve persistir por aproximadamente 50 horas. A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos níveis de
LH e cerca de 10 a 12 horas após seu pico máximo. O pico de LH tem a duração aproximada de 48 a 50 horas.
No momento da ovulação, dentro do microambiente
do folículo dominante, ocorrem
três fenômenos principais:
-Recomeço da meiose
-Luteinização: pelo aumento da progesterona dos folículos atrésico, até um certo limiar, ocorre feedback positivo para a hipófise e aumento da secreção de FSH e LH, ultrapassado esse limiar ocorre feedback negativo.A progesterina torna a parede do folículo mais delgada e mais estirada e junto com o FSH e o LH estimula a síntese de proteínas (prostaglandinas E e F, fator ativador de plasminogênio, plasmina e outras proteases,) que degradam a parede do folículo e causam contração das células musculares da parede folicular para expulsão do oocito, ou seja, ovulação.
Logo após o pico ovulatório ocorre a liberação de prostaglandinas, histamina, neuropeptídios e de óxido nítrico, os quais aumentam o fluxo sanguíneo dentro do folículo e sua permeabilidade vascular. Após a rotura do folículo, este libera o óvulo e olíquido folicular dentro da cavidade peritoneal, isso pode causar uma irritação local e dor abdominal (dor do meio ou Mittelschmerz) sentida por algumas mulheres, depois disso o ovulo é apreendido pelas fimbrias e transportado para dentro das tubas pelo epitélio ciliar.
- Sobre o ciclo menstrual: olhando no espectro do ciclo ovariano, esse pode ser dividido em 3: fase folicular, ovulatória e lútea ou em 02 fases – fase folicular e fase lútea, fale sobre a fase lútea:
Fase lútea: Sua duração é normalmente fixa e é de 14 dias. O aumento dos níveis de progesterona de forma aguda caracteriza esta fase. Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante passa a ser chamada de corpo lúteo ou corpo amarelo, que corresponde às células da granulosa repletas de luteína, um pigmento amarelo.
Nessa fase estão presentes os maiores noveis de estrogênio e a maior densidade vascular do endométrio, o que facilita o aporte de LDL colesterol, substrato importante na síntese de progesterona. Ocasionalmente, o crescimento dos vasos e o sangramento resultarão em uma hemorragia
seguida de emergência cirúrgica, que pode se apresentar em qualquer momento da fase lútea (corpo lúteo hemorrágico).A manutenção do corpo luteo requer apoio dos hormônios FSH, LH, estradiol e progesterona.
A cada pulso de LH ocorre aumento da progesterona, que inibe o desenvolvimento dos demais folículos, os pulsos de LH caem gradativamente, o corpo lúteo se degenera Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o funcionamento lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabeleça plenamente.A regressão do corpo luteo leva a diminuição dos níveis circulantes de níveis circulantes de estradiol, progesterona e inibina O decréscimo da inibina A remove a influência supressora sobre a secreção de FSH pela hipófise que passa a secretar mais FSH alguns dias antes da menstruação, e depois todo o processo se reinicia.
Sobre o ciclo menstrial no espectro do ciclo uterino, fale sobre a histologia uterina:
Ciclo uterino
Pode ser dividida em três fases (proliferativa, menstrual e secretora) ou em 02 (proliferativa e secretora)
Histologicamente há três camadas no endométrio:
Profunda ou Basal: Não responde funcionalmente aos hormônios Ovarianos
Média ou esponjosa: Ocupa a maior parte da espessura do endométrio e reage intensamente aos estímulos hormonais.
Superficial ou compacta: Inclui a região do colo das glândulas bem como o epitélio superficial.
Do ponto de vista morfofuncional o endométrio pode ser:
Camada funcional ou decídua funcional: compreende 2/3 superiores do endométrio, porção cíclica que se prepara para a implantação do embrião em fase de blastocisto. Ela é composta por duas camadas: camada esponjosa (mais profunda) e camada compacta (superficial);
Camada decídua ou camada basal
A decídua (camada) basal, terço inferior do endométrio, sofre pouca variação ao longo do ciclo menstrual e é responsável pela regeneração do endométrio após a menstruação
- Sobre o ciclo menstrual: olhando no espectro do ciclo uterino ovariano, esse pode ser dividido em três fases (proliferativa, menstrual e secretora) ou em 02 (proliferativa e secretora), fale sobre o endométrio menstrual, proliferativo e secretor:
Fases do ciclo uterino:
Endométrio menstrual: Caracteriza-se por uma ruptura irregular do endométrio, na ausência de implantação embrionária. Esta sequência de eventos ocorre devido ao término da vida funcional do corpo lúteo, o que ocasiona a redução da produção de estrogênio e progesterona o que ocasiona reações vasomotoras, isquemia tecidual, ruptura de lisossomos e liberação de enzimas proteolíticas. Durante o fluxo menstrual ocorre também maior síntese de PGF2 alfa que causa vasoespasmo e isquemia adicional e contrações miometriais. Estas contrações podem servir para expelir fisicamente o tecido
endometrial que descama do útero. A camada basal do endométrio permanece intacta, e pode assim iniciar a reparação da camada funcional.
Endométrio proliferativo: Corresponde à fase folicular no ovário. Após três a quatro dias de menstruação, o endométrio inicia sua regeneração, e cresce rapidamente em resposta ao estímulo estrogênico. No início, as glândulas endometrias são pequenas, tubulares e curtas. No final desta fase, tornam-se alongadas e tortuosas, e ocorre aumento das células ciliadas e microvilosas, o que será importante para fase seguinte, a fase proliferativa. O estroma é denso. Corresponde à fase folicular no ovário. Após três a quatro dias de menstruação, o endométrio inicia sua regeneração, e cresce rapidamente em resposta ao estímulo estrogênico. No início, as glândulas endometrias são pequenas, tubulares e curtas. No final desta fase, tornam-se alongadas e tortuosas. O estroma é denso.
Endométrio secretor: corresponde à fase lútea no ovário, predomina a ação da progesterona, produzida pelo corpo lúteo, os vasos se tornam ainda mais espiralados e as glândulas ficam mais dilatadas e tortuosas. O estroma permanece inalterado até o sétimo dia após a ovulação, quando se inicia edema progressivo do tecido. Nesse mesmo período, a atividade secretora das glândulas costuma ser máxima e o endométrio já se encontra preparado para a implantação do blastocisto.
Sobre as alterações do muco cervical ao longo do ciclo menstrual:
Expressão de receptores hormonais no endométrio: a expressão de receptores de estrogênio aumenta na fase proliferativa, enquanto que os de progesterona aumentam na fase ovulatória.
Efeitos em outros órgãos:
Muco cervical:
Sob efeito do estrogênio
O muco cervical, produzido pelo epitélio glandular da endocérvice sofre variações de acordo com a secreção hormonal.
Sob efeito do estrogênio ele fica mais fluido, semelhante a clara do ovo e filante (elástico).
A partir do 8º dia do ciclo e especialmente no período periovulatório o muco adquire a capacidade de formar cristais, o que se deve ao aumento de mucina e de cloreto de sódio no muco, por efeito do estrogênio. A cristalização típica em folha de samambaia é característica, quando se notam, ao exame microscópico, cristais apresentando três ramificações ou formações dendríticas terciárias.
Após a ovulação, este fenômeno deixa de ser observado em virtude da produção de progesterona pelo corpo lúteo.
Sob efeito da progesterona
O muco apresenta-se espesso, turvo e perde a distensibilidade.Diz-se que nessa fase o muco estpa viscoso, pois viscosidade diz respeito a diminuição da propriedade de movimento, o muco cervical viscoso possui maior resistência à movimentação de suas moléculas.
Sobre as camadas da vagina:
Vagina: No epitélio vaginal o estrogênio possui ação proliferativa e a progesterona, além de proliferação celular, apresenta poder de descamação. A vagina apresenta quatro camadas celulares mais importantes: basal, parabasal, intermediária e superficial. No epitélio vaginal o estrogênio possui ação proliferativa e a progesterona, além de proliferação celular, apresenta poder de descamação.
A vagina apresenta quatro camadas celulares mais importantes: basal, parabasal, intermediária e superficial.