MI0M4T053 UT3R1N4 Flashcards
- Qual o conceito de miomatose?
Tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero com estroma de tecido conjuntivo em proporções variáveis podem incidir no corpo e no colo uterino;
- Qual a epidemiologia da miomatose?
Responde por 95% dos tumores benignos do trato genital feminino;
- Qual a classificação dos miomas uterinos?
Subseroso: abaixo da camada serosa;
Intramural: inserido no miométrio;
Submucosos: são os intracavitários, dentro da cavidade uterina, utilizamos o termo submucoso para classificar em relação a camada uterina;
Intracavitário: estão pediculados fixos em alguma porção do endométrio e pendem dentro da cavidade uterina ou até da vagina (pediculados caídos);
- Qual a patogenia da miomatose uterina, fatores de risco e fatores de proteção?
O mioma é um tumor benigno, que possui mais receptores de estrogênio, seu crescimento é estrogênio dependente, logo, fatores que aumentam a exposição ao estrogênio estão associados a miomatose, são eles:
Menarca precoce: antes dos 11 anos;
Nuliparidade
Obesidade: pela conversão periférica causando constante exposição ao estrogênio;
Outros fts envolvidos na patogênese são o excesso de aromatase, com maior síntese de estrogênio;
-Herança genética – Antecedentes familiares;
-Raça Negra;
-Álcool;
São fatores de proteção condições anti-estrogênicas:
Tabagismo: efeito anti-estrogênico; Primiparidade precoce: o excesso de progesterona durante a gravidez contrarregula o estrogênio; Anticoncepcional oral;
Obs.: Os miomas tem também mais receptores de progesterona, logo o que se acreditava no passado, que mioma poderia ser tratado com progesterona não é mais válido, a progesterona pode diminuir o sangramento uterino anormal mas não causa regressão do tamanho do mioma.
- Quais as manifestações clínicas da miomatose uterina?
- A a esmagadora maioria das pacientes é assintomática, com diagnóstico acidental através de USG transvaginal de rotina;
Mioma subseroso: se volumoso pode causar efeito compressivo, porém o subseroso é geralmente mais assintomatico e causa menor volume de sangramento; - Intramural: mais associados a cólica (dismenorreia) e sangramento uterino anormal, especialmente aqueles de maior volume que conforme crescem podem abaular o endométrio, apresentando componente submucoso;
- Submucoso: mas associado ao sangramento uterino anormal, associados a infertilidade pois mimetizam a ação do DIU, como obstaculo a implantação embrionária;
- Sobre a degeneração de miomas:
Hialina: a mais comum;
Cística: degeneração e liquefação do mioma que origina conteúdo cístico;
Rubra, Carnosa ou vermelha: mais comum na gravidez;
Calcificação
Necrose
Sarcomatosa- especialmente na pós menopausa;
- Como fazer a investigação diagnóstica da miomatose uterina?
-Exame físico: pode constatar aumento do volume abdominal;
-USG transvaginal: é geralmente o exame de escolha na ginecologia devido ao fácil acesso e baixo custo. Está indicado em mulheres que já iniciaram a vida sexual. O mioma é visto na USG transvaginal como nódulo hipoecóico, que BASTA COMO DIAGNÓSTICO.
-Histeroscopia: permite a visualização de miomas intracavitários, como exemplo o submucoso.
Obs. o mioma submucoso pode ter penetração na porção intramural, o que pode interferir no tratamento e ressecção via videolaparoscopia.
RNM: não deve ser solicitado de rotina é um exame com função de auxiliar na decisão terapêutica por que permite visualizar a presença do bioma e sua localização e extensão para estudo da programação cirúrgica;
Laparoscopia: quando utilizada para tratamento de gravidez ectópica ou outras afecções pode surpreender a presença de mioma, especialmente subseroso e intramural.
- Qual o tratamento da miomatose?
São opções:
Expectante: em pacientes assintomáticas;
PACIENTE COM SINTOMA E DESEJO DE ENGRAVIDAR:
Miomectomia: pacientes assintomáticas com, desejo de engravidar;
A miomectomia pode ser feita por via
Laparotômica: para miomas muito volumosos, intramurais profundos, miomas múltiplos e útero volumoso (>16 semanas);
Laparoscopica: miomas subserosos, pequenos/poucos e útero< 16 semanas;
Obs.: pacientes que realizaram miomectomia por via laparotômica ou laparoscópicao em caso de gravidez, o parto deve ser realizado pela via cesariana devido a fragilidade miometrial que pode dispor a rotura uterina;
Histeroscópica: bem indicado em casos de mioma intramural com componente submucoso, tendo maior porção intracavitária do que intramural;
PACIENTE COM SINTOMA, SEM DESEJO DE ENGRAVIDAR
Obs: isso deve ser discutido porque há pacientes que não querem engravidar, mas desejam manter o útero.
A histerectomia pode ser total com ressecção de útero e colo uterino ou subtotal com manutenção do colo uterino. A histerectomia pode ser feita por via laparotômica laparoscópica ou via vaginal:
Via laparotômica: útero volumoso, > de 16 semanas (Pffanestiel)
Via laparoscópica: útero menor de 14 semanas, até 350 cm3.
Via vaginal: útero menor de 300 cm3, e com mobilidade uterina;
*A escolha da técnica também varia com a habilidade do cirurgião;
PACIENTE QUE NÃO QUER ENGRAVIDAR, MAS NÃO QUER TIRAR O ÚTERO
Embolização: causa isquemia irreversível há risco de endometrite que manifesta-se com quadro de dor, por isso a escolha da embolização como método terapêutico deve ser avaliada caso a caso, geralmente indicado para pacientes com múltiplos miomas e desejo de preservar o útero - mesmo assim com muita cautela;
Ablação de endométrio: causa destruição do endométrio é raramente utilizada para tratamento de mioma. Pode ser utilizado para mioma submucoso, mioma pouco volumoso e resolução de sangramento uterino anormal, é geralmente escolha para tratamento do controle de sangramento e não exclusivamente do mioma, pode realizar no mesmo tempo destruição do endométrio para controle de sangramento e ressecção do mioma;
Medicamentoso: Indicações:
-redução do volume do mioma até a cirurgia;
Controle da anemia, melhorando os índices hematimétricos antes da cirurgia para reduzir o risco de necessidade da hemotransfusão;
Pré menopausa: já que após a menopausa a tendência é a melhora do mioma, com a redução dos níveis de estrogênio circulantes;
Risco cirúrgico elevado;
Opções de medicamentos:
Análogo de gnrh: utilizado por 30 a 45 dias para surtir efeito com regressão da lesão para cirurgia;
Danazol e gestrinona: tem efeito hipoestrogenico e androgênico, o danazol não reduz o mioma e a gestrinona reduz o mioma definitivamente.
Progesterona: (Acetato de medroxiprogesterona ou SIU de Levonorgestrel) proporciona redução do sangramento e tem baixo custo;
Obs.: o SIU não é indicado para paciente com mioma submucoso porque a distorção anatômico irá expulsar o DIU;
Tratamento para PACIENTE COM SINTOMA E DESEJO DE ENGRAVIDAR:
PACIENTE COM SINTOMA E DESEJO DE ENGRAVIDAR:
Miomectomia: pacientes assintomáticas com, desejo de engravidar;
A miomectomia pode ser feita por via
Laparotômica: para miomas muito volumosos, intramurais profundos, miomas múltiplos e útero volumoso (>16 semanas);
Laparoscopica: miomas subserosos, pequenos/poucos e útero< 16 semanas;
Obs.: pacientes que realizaram miomectomia por via laparotômica ou laparoscópicao em caso de gravidez, o parto deve ser realizado pela via cesariana devido a fragilidade miometrial que pode dispor a rotura uterina;
Histeroscópica: bem indicado em casos de mioma intramural com componente submucoso, tendo maior porção intracavitária do que intramural;
PACIENTE COM SINTOMA, SEM DESEJO DE ENGRAVIDAR
PACIENTE COM SINTOMA, SEM DESEJO DE ENGRAVIDAR
Obs: isso deve ser discutido porque há pacientes que não querem engravidar, mas desejam manter o útero.
A histerectomia pode ser total com ressecção de útero e colo uterino ou subtotal com manutenção do colo uterino. A histerectomia pode ser feita por via laparotômica laparoscópica ou via vaginal:
Via laparotômica: útero volumoso, > de 16 semanas (Pffanestiel)
Via laparoscópica: útero menor de 14 semanas, até 350 cm3.
Via vaginal: útero menor de 300 cm3, e com mobilidade uterina;
*A escolha da técnica também varia com a habilidade do cirurgião;
PACIENTE QUE NÃO QUER ENGRAVIDAR, MAS NÃO QUER TIRAR O ÚTERO
PACIENTE QUE NÃO QUER ENGRAVIDAR, MAS NÃO QUER TIRAR O ÚTERO
Embolização: causa isquemia irreversível há risco de endometrite que manifesta-se com quadro de dor, por isso a escolha da embolização como método terapêutico deve ser avaliada caso a caso, geralmente indicado para pacientes com múltiplos miomas e desejo de preservar o útero - mesmo assim com muita cautela;
Ablação de endométrio: causa destruição do endométrio é raramente utilizada para tratamento de mioma. Pode ser utilizado para mioma submucoso, mioma pouco volumoso e resolução de sangramento uterino anormal, é geralmente escolha para tratamento do controle de sangramento e não exclusivamente do mioma, pode realizar no mesmo tempo destruição do endométrio para controle de sangramento e ressecção do mioma;
Medicamentoso: Indicações:
-redução do volume do mioma até a cirurgia;
Controle da anemia, melhorando os índices hematimétricos antes da cirurgia para reduzir o risco de necessidade da hemotransfusão;
Pré menopausa: já que após a menopausa a tendência é a melhora do mioma, com a redução dos níveis de estrogênio circulantes;
Risco cirúrgico elevado;
Opções de medicamentos:
Análogo de gnrh: utilizado por 30 a 45 dias para surtir efeito com regressão da lesão para cirurgia;
Danazol e gestrinona: tem efeito hipoestrogenico e androgênico, o danazol não reduz o mioma e a gestrinona reduz o mioma definitivamente.
Progesterona: (Acetato de medroxiprogesterona ou SIU de Levonorgestrel) proporciona redução do sangramento e tem baixo custo;
Obs.: o SIU não é indicado para paciente com mioma submucoso porque a distorção anatômico irá expulsar o DIU;