C4NCR0 M0L3 Flashcards

1
Q
  1. Sobre a epidemiologia do Cancro mole:
A
  • Está comumente associada a outras DSTs
  • Mais comum em populações mais pobres e em regiões mais quentes – norte do país
  • 10% das pacientes são coinfectadas pelo HSV e pelo T. pallidum;
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2
Q
  1. Qual a forma de transmissão do cancro mole?
A

Transmitida pela via sexual, através da inoculação do Haemophilus ducreyi – um cocobacilo G- em soluções de continuidade causadas pelas microabrasões durante o ato sexual na pele e na mucosa. O risco de transmissão é de 80%.

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3
Q
  1. Qual a manifestação clinica do cancro mole?
A

Algumas pessoas podem desenvolver a forma assintomática. A forma sintomática é mais comum em homens.
As lesões surgem 3-7 dias após a infecção, e são pápulas dolorosas com halo eritematoso, dentro de 48h a pápula torna-se uma pústula, e depois sofre erosão e ulcera, geralmente as úlceras são múltiplas devido à autoinoculação, apresentam base amolecida, bordo irregular, contorno eritematoso e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico amarelado com odor fétido que, quando removido, revela tecido de granulação altamente
friável.
A localização determina os sintomas, como disúria, dor à defecação, sangramento retal, dispareunia e corrimento vaginal.
No homem, os locais mais acometidos são ofrênulo e o sulco balanoprepucial; na mulher, a fúrcula e a face interna dos pequenos e grandes lábios.
Ocorre adenopatia inguinal inflamatória (bubão inguinal) em até 50% dos casos, é geralmente (75%), quase exclusiva em homens, com tendência à supuração. No início é uma adenomegalia dolorosa, que evolui para flutuação e fistulização em metade dos casos, classicamente por orifício único, exteriorizando-se um pus cremoso de cor verde com sangue. A adenopatia aparece de sete a quatorze dias após a ulceração e forma um plastrão que adere à pele em superfície e profundidade. Pode evoluir para abscessos acompanhados de episódios febris e impossibilidade de deambulação. O cancro misto de Rollet é a denominação da associação de cancro mole com cancro duro (12 a 15% dos casos).

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4
Q
  1. Como é feito o diagnostico do cancro mole?
A

Não há nenhum exame com a sensibilidade adequada, mas o exame físico é sugestivo, deve-se suspeitar como o achado de ulcera genital dolorosa com adenopatia inguinal dolorosa, torna-se patognomonico na presença de supuração e em 10% dos casos pode estar associada a outra DST.
Bacterioscopia com coloração de Gram (70%): pode ser feita com o aspirado da punção do bulbão ou com o raspado das bordas da lesão. O achado são cocobacilos G- intracelulares dispostos em cadeias longase paralelas (paliçada).
Cultura (80%): é de difícil execução pois exige o preparado do ágar chocolate associado a ferroprotoporfirina derivada da Hb aquecido, permite a visualização da bactéria em pares ou em cadeias paralelas.
PCR: alta sensibilidade, alto custo.
O diagnostico presuntivo é feito na presença da maior qtdd possível desses achados:
-Presença de uma ou mais lesões ulceradas;
-Ausência de evidência do T. pallidum em exame de campo escuro ou teste sorológico
(este realizado após sete dias do aparecimento da lesão);
• Aspecto da úlcera e da linfadenopatia regional característicos do cancroide;
• Teste negativo (PCR, cultura) para herpesvírus na lesão ulcerada.

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5
Q

QUAL O TTO DO CANCRO MOLE?

A

Cuidados gerais

  • Higiene local rigorosa para evitar autoinoculação;
  • Tto do parceiro, mesmo se assintomático
  • Reavaliação em 3-7 dias para analisar se houve melhora da lesão e seguimento até involução completa das lesões;
  • O MS da saúde recomensa aspiração dos linfonodos com agulha de grosso calibre para alivio dos sintomas, e CI a incisão para drenagem, enquanto o CDC recomenda a incisão e drenagem em substituição à punção.
  • Lesões maiores podem exigir antibioticoterapia mais prolongada;
  • Excluir sífilis pela microscopia de campo escuro e por sorologia, no momento e 30 dias após;

Gestantes
1ª escolha: Azitromicina 1 g dose única VO;
OU
2ª escolha: Ceftriaxona

Demais pacientes
1ª escolha: Ciprofloxacina 500 mg dose única IM.

2ª Escolha: Ciprofloxacina 500 mg 12/12h por 3 dias VO (contraindicado para gestantes, lactentes e crianças);

3ª escolha: alguns citam a Doxiciclina

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6
Q
  1. Qual a etiologia e a patogenia do linfogranuloma venereo?
A

Causado pela Chlamydia trachomatis, bactéria Gram-negativa intracelular,apresenta os sorotipos L1, L2 e L3. A doença é três vezes mais frequente em mulheres do que em homens, é também mais comuns em homens que fazem sexo com homem e mulheres que fazem sexo anal.
Afeta, predominantemente, o sistema retículo-histiocitário, preferencialmente os linfonodos inguinais e ilíacos. A disseminação ocorre primariamente pela via linfática.

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7
Q
  1. Qual o quadro clinico do linfogranuloma venereo?
A

A doença costuma aparecer de 3-21 dias após a infecção, é uma doença com potencial de disseminação sistêmica e pode se tornar crônica, costuma causar dano em três tempos: erosão da pele, adenite e fibrose com destruição tecidual. Apresenta 3 fases:

Lesão de inoculação: a lesão inicial é indolor e corresponde a uma pápula, vesícula, pústula ou ulceração isolada na fúrcula que desaparece sem sequela.Depois pode evoluir de forma insidiosa e formar uma úlcera não dolorosa e de curta duração, sendo frequentemente não percebida. No homem, aparece com mais frequência no sulco coronal, frênulo e prepúcio, na mulher, ocorre na parede vaginal posterior e fúrcula. Pode haver formação de úlcera crônica na fúrcula, com fundo granulomatoso e friável, conhecida como síndrome de Clémont-Simon.
Disseminação linfática regional - Adenite: Nessa fase podem causar adenite superficial ou bubões, os quais podem fistulizar externamente com descarga purulenta, a fistula pode permanecer por períodos prolongados, fecha-se um trajeto e surge um novo, sendo comparado a um bico de regador, pois pode drenar por múltiplos orifícios, a adenite pode surgir de 4 dias a 06 semanas após a lesão inicial. No homem a adenopatia costuma ser inguinal e unilateral, na mulher a adenopatia é variável e depende do local da inoculação.
O acometimento do reto pode levar à proctite e à proctite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite e linfadenopatia regional.
Os sintomas gerais incluem febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo.

Fibrose com destruição tecidual: surge após alguns meses de supuração do linfonodo e cursa com obstrução crônica dos vasos linfáticos, causando edema da genitália externa e estenose por fibrose de vagina e reto. Pode também causar proctocolite, inflamação perirretal, perianal, fistulas, estenoses de reto, de vagina e de bexiga. A obstrução linfática crônica na mulher acarreta a elefantíase genital (na mulher – estiomeno vulvar de Huguier).

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8
Q
  1. Como é feito o diagnóstico do linfogranuloma venereo?
A

O diagnóstico é geralmente clinico e deve ser considerado em todos os casos de adenite inguinal, elefantíase genital, estenose uretral ou retal.
Os testes diagnósticos:
A FEBRASGO orienta o diagnostico através da cultura em células McCoy ou HeLa ou por técnicas de PCR.
- Teste de fixação do complemento ou Elisa: Devem ser feitas duas dosagens com intervalo de duas semanas. O teste torna-se positivo após quatro semanas de infecção. Um aumento de quatro vezes nos títulos de anticorpos tem valor diagnóstico. Além disso, altos títulos (> 1:64) também são sugestivos de infecção atual. O título do teste de fixação do complemento não tem associaçãocom o grau de comportamento clínico da doença. Este teste também se apresenta positivo em casos de uretrite, cervicite, conjuntivite e psitacose, causados por outros subtipos de clamídia.
- Reação em cadeia polimerase (PCR): Amplifica
as sequências de DNA de clamídia, é a técnica mais precisa no diagnóstico de infecção
por clamídia. Tem alto custo.
- Teste de microimunofluorescência
- Teste da intradermorreação de Frei: É um teste cutâneo em que são inoculados antígenos derivados da clamídia com surgimento de nodulação de mais de 5 mm, com halo eritematoso após 48 horas da inoculação. É reativo na presença de todos os sorotipos de clamídia e apresenta baixa especificidade e sensibilidade
.- Exame histopatológico: O exame do material obtido de secreções ou tecidos infectados não é específico, mas é sugestivo.
- Cultura: Utiliza-se o meio de McCoy ou de HeLa 229. O isolamento da clamídia é feito a partir do aspirado do linfonodo e de material obtido da uretra e da endocérvice. É um procedimento dispendioso e demorado.
- Métodos radiológicos: A linfografia e o enema opaco avaliam a extensão e o envolvimento linfonodal e fazem diagnóstico diferencial com outras doenças, como o câncer.

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9
Q
  1. Qual o tto do Linfogranuloma venéreo?
A

Casos sintomáticos
Doxiciclina 100 mg 12/12h vo por 21 dias.
OU
Azitromicina 1 g, uma vez/semana, por três semanas provavelmente é efetivo,
apesar da falta de dados, e deve ser utilizada na gestação.

Gestantes
Azitromicina 1 g, uma vez/semana
Parceiro sintomático – devem receber o mesmo tto do caso índice

Parceiro assintomático
Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única
OU
Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, 2x/ dia, por 7 dias

Obs.: Os antibióticos não têm efeito dramático na remissão da adenopatia nem revertem sequelas, como a estenose retal.

Obs 2.: Os pacientes devem ser acompanhados, com retorno em 03 semanas, se não houver resposta clínica ou sorológica após três semanas de tratamento, este deverá ser reiniciado com outro medicamento. A terapêutica adequada é associada ao declínio terapêutico dos anticorpos.

Sobre os bubões: se eles se tornarem flutuantes:

  • Aspiração cirúrgica com agulha grossa, não devendo ser incisados (MS);
  • Incisão cirúrgica (CDC)
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10
Q
  1. Qual a definição, o agente etiológico e as formas de transmissão da donovanose?
A

É uma doença crônica progressiva, de baixo contágio, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis ou Donovania granulomatis, uma bactéria da flora intestinal que apresenta a forma jovem extracelular e uma forma madura intracelular. Acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. Sua transmissão ocorre pela via sexual, por contaminação fecal ou autoinoculação. Pode ser encontrada em crianças, jovens inativos sexualmente, é rara em profissionais do sexo, rara em parceiros de casos-índice e não possui período de incubação definido. A região genital é afetada em 90% dos casos e a inguinal em 10%. A lesão primária pode ocorrer na vulva, na vagina ou na cérvice e, apresentar-se como pápulas indolores ou úlceras necrosantes com bordas friáveis. A adenopatia inguinal usualmente está ausente.

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11
Q
  1. Qual o quadro clinico da Donovanose?
A

Inicialmente, apresenta-se como uma pápula ou nódulo indolor, única ou múltipla, de localização subcutânea, geralmente nos lábios ou no introito vaginal. A lesão evolui para ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granulomatoso, vermelho-viva e friável (sangramento fácil ao toque), que evolui lentamente para lesão vegetante ou ulcerovegetante. Por autoinoculação, vão surgindo lesões satélites que se unem, alcançando grandes áreas. Não cursa normalmente com adenite, somente pseudobubões (granulações subcutâneas) quase sempre unilaterais, e que podem ser confundidos com aumento linfonodal. São encontrados na região inguinal, em geral unilaterais, e são causados por granulações subcutâneas devido à inflamação local. A obstrução linfática pode levar à forma elefantiásica na mulher, esta sequela pode exigir correção cirúrgica. Os locais mais acometidos na mulher são dobras e região perianal, como os lábios menores, região perineal, e às vezes, colo e trato genital superior. A cura é incomum na ausência de tratamento. A lesão evolui para extensa destruição tecidual com cicatrizes retráteis, deformidades cutâneas e estase linfática.

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12
Q
  1. Como fechar o diagnóstico de donovanose?
A

Realizado através da identificação dos corpúsculos de Donovan em esfregaço com coloração de Wright, Giemsa ou Leishman ou histopatológico, os corpúsculos de Donovan são bactérias no interior dos macrófagos encontrados em raspados de tecido ou em material de biópsia.

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13
Q
  1. Qual o tto da Donovanose?
A

TTO clínico
Doxiciclina 100 mg 12/12h vo por 21 dias ou até o desaparecimento completo das lesões

TTO alternativo
 Azitromicina 1 g VO 1x/semana por pelo menos três semanas ou até cicatrizar
as lesões;
 Ciprofloxacina 750 mg, VO, de 12/12 horas, por pelo menos três semanas ou
até cicatrizar as lesões;
 Sulfametoxazol/trimetoprim (800 mg e 160 mg) VO 12/12h por pelo menos três
semanas ou até cicatrizar as lesões.

Não havendo melhora após os primeiros dias de terapia com ciprofloxacina ou eritromicina está indicada:
Gentamicina 1 mg/kg IV 8/8 horas por pelo menos três semanas ou até a cicatrização das lesões

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14
Q

Observações sobre o tto da donovanose:

A

Observações
Obs.: Segundo o MS não é necessário o tto dos parceiros sexuais, já o CDC recomenda o exame clinico aos parceiros dos últimos 60 dias;

Obs. 2: O critério de cura é clínico, baseado no desaparecimento
da lesão.

Obs. 3: Não há evidências de riscos para a gestante
ou para a gravidez e não há relato de infecção
congênita resultante de infecção intrauterina ou
anteparto para o feto.

Obs. 4: Carcinoma é uma complicação de 0,25% dos casos;
Gestação
Eritromicina
Azitromicina

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15
Q

Sobre os diferentes vírus Herpes simples:

A
HERPES SIMPLES VÍRUS
Tipo	Doença
HSV 1	Herpes não genital ou extragenital
HSV 2	Herpes genital ou perigenital
HSV 3	Herpes zoster
HSV 4	EBV  e Linfoma de Burkit
HSV 5	Citomegalo
HSV 6	Roseola infantum
HSV 8	Sarcoma de Kaposi
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16
Q

Sobre a latência do virus HS:

A

O HSV tem a capacidade de se manter em latência e quando ativado causa doença clínica ou subclínica. O HSV 1, 2 e 3 permanecem em latência nos gânglios sensitivos paravertebrais. HSV 1 e 2 são ainda encontrados nos gânglios sacrais e trigeminais.

17
Q

Sobre a clínica da doença pelo virus HSV:

A

Clínica
O quadro inicia-se com leve parestesia, fisgada, ardor ou dor, seguida de edema e surgimento de vesículas agrupadas em forma de cachos de uva, sobre base eritematosa, em torno de orifícios como a vulva, ânus e a boca, as feridas se tornam depois exulceradas e crostosas e involuem em cinco dias, e todo o processo cessa em 02 semanas, podendo restar alguma hipercromia ou hipocromia residual. A disseminação da doença se dá seguindo trajetos nervosos. Não é raro a infecção genital por HSV 1 e perioral por HSV 2, quando ocorre essa inversão a doença costuma ser menos recorrente.

18
Q

Sobre o contagio do virus HSV:

A

O contágio pode se dar mesmo na ausência de lesão e a infecção pode estar presente mesmo na ausência de sinais e sintomas.
A inoculação do vírus ou priminfecção é assintomática e inaparente em 90% dos casos, necessitando de sorologia para confirmação, mas pode também ser sintomática onde após 5 dias de incubação manifesta-se com febre, prostração e adenopatia localizada.
O HSV é ainda capaz de causar quadros benignos: gengivoestomatite (mucosa oral), vulvovaginite, balanite, ceratoconjuntivite, panarício herpético, VAS (rinite, faringite e tonsilite) e quadros mais graves como a meningoencefalite.

19
Q

Sobre a recidiva do herpes:

A

A doença é geralmente recidivante e as causas da recidiva podem ser: ansiedade, febre, exposição solar, trauma local e menstruação. A frequência da recidiva varia de pessoa para pessoa e também varia em uma mesma pessoa ao longo do tempo, tendendo a ter episódios mais espaçadas em pessoas com maior tempo de infecção.
O HSV é também capaz de causar o eritema polimorfo, que predomina nas extremidades, poupa mucosas e pode seguir ou não o quadro agudo da herpes 1 ou 2.

20
Q

Sobre a manifestação clínica do herpes em homem e mulher:

A

Na mulher
Pode ocorrer vulvovaginite extremamente dolorosa, cistite e uretrite, levando até a parestesia de bexiga, que pode necessitar de sondagem de alívio.

No homem
Pode acometer todo o pênis, porem costuma ser menos dolorosa.

Outros sistemas
Se adquirida pelo sexo anal, pode causar proctite e tenesmo.
Na faringe posterior pode causar exulceração

21
Q

Sobre o panarício herpetico

A

Panarício herpético: devemos suspeitar quando há recorrência e dor desproporcional a inflamação. Pode acometer crianças que chupam o dedo, por autoinoculação de lesões orais e periorais, ou por manipulação da genitália e ainda em dentistas.
Imunodeprimido: lesões persistentes, ulceradas e vegetantes.

22
Q

Sobre o diagnostico da herpes:

A

Diagnostico
É clínico, mas se necessitar de histiologia, optar por lesões mais recentes, que demonstrarão cesiculas intraepidérmicas, queratina marginalizada e inclusões intranucleares.
Na presença de herpes simples sistêmico (encefalite, necrose de fígado, baço e pâncreas ), suspeitar de linfoma, leucemia ou imunodepressão.

23
Q

Sobre o tto da herpes:

A

Tratamento
-Lavar as lesões com água e sabão
-Antissépticos nos surtos esporádicos
-Aciclovir: venoso > oral > tópico
-Psicoterapia
-Lesões genitais: uso de antissépticos ou sabonetes
-Na primo-infecção muito dolorosa em mulheres: Xilocaína a 5%
-Abstenção de relações sexuais durante os surtos
-Cesariana em gestantes infectadas
-Em casos crônicos (maior de 03 semanas de evolução, fazer antiviral com maior dose e por mais tempo)
Erupção variceliforme de Kaposi
Ocorre na criança geralmente, e é uma complicação do pênfigo foliáceo ou de atopia, onde outros vírus, o herpes ou a vacina contra o herpes causa a complicação.

24
Q

Sobre a verruga genital/ condiloma acuminado:

A

É a IST mais frequente.
As cepas mais relacionadas a lesões genitais são o HPV 6 e o HPV 11, transmitidas sexualmente, e aquelas mais relacionados ao carcinoma epidermóide de colo uterino por verruga de longa duração são as cepas HPV 16 e 18.

25
Q

Sobre as manifestações clínicas da verruga genital/ condiloma acuminado:

A

O condiloma acuminado é popularmente chamado de crista de galo e apresenta verrugas isoladas ou agrupadas, com superfície úmida, ceratósicas, sendo sésseis ou verruga vulgar símile. Podem apresentar-se na área genital, perigenital, uretral, retal ou vaginal. Durante a gestação o condiloma tende a aumentar de volume, podendo até mesmo obstruir o canal de parto, e causar complicações graves, mas tendem a involuir após o parto.
Até os 4 anos de idade devemos considerar a possibilidade do vírus ter sido transmitido pela passagem no canal de parto, por autoinoculação, ou transmitida por cuidadores. Acima dessa idade, lesões de HPV na infância pode ser um indicativo de abuso sexual.

26
Q

Sobre a histopatologia da verruga genital/ condiloma acuminado:

A

Histopatologia:
As lesões apresentam hiperceratose, paraceratose, acantose e papilomatose, que variam de acordo com a lesão clínica, são também vistas figuras de coiloscitose.

27
Q

Sobre o tto da verruga genital/ condiloma acuminado:

A

Tratamento
Como o vírus não lisa as células epiteliais, o vírus encontra-se protegido em seu interior, não sendo destruído pela imunidade celular ou humoral, logo o tratamento visa gerar uma reação inflamatória que ative essa resposta e deixe o vírus vulnerável.
Tópico – Composições contendo:
-Ácido salicílico
-Dinitroclorobenzeno
-Solução de Podofilina de 10-30%: usada em lesões recentes de mucosa e submucosa – sem sucesso para a pele. Aplica-se sobre a lesão com tempo de ação de 4h, remove-se a pomada e repete-se a aplicação dentro de 5 dias, até a lesão desaparecer, depois de desaparecida, fazer mais uma aplicação. É CI na gestação e pode causar atipia transitória na célula, não sendo recomendada citologia depois de tratamento prévio com Podofilina. Feito pelo medico.
-Solução alcoolica ou creme de Podofilotoxina a 0,5%: aplicar 2x/dia por 3dias / semana por 04 semanas, pode ser aplicada em casa pelo paciente.
-Ácido tricloroacético 30-70% : com intervalos de 7 dias, indicado em casos não responsivos a Podofilina, especialmente em lesões penianas, pode ser usado na gravidez.
-5 fluorouracila: irritante tópico de ação antitumoral.
-Crioterapia com nitrogênio líquido: indicados para lesões genitais maiores.
-Laser de CO2 ou ND: indicados para lesões genitais maiores.
-Cirurgia: lesões gigantes refratárias a terapêuticas prévias e suspeita de lesão maligna.
-Eletrocirurgia: destruição pelo calor
Interferon gama intralesional: previne recidivas após laserterapia ou crioterapia.

28
Q

Sobre vacinas contra a verruga genital/ condiloma acuminado:

A

-Vacina
1. Vacina quadrivalente (6, 11, 16, 18) via IM, dada em 0, 2 e 6 meses: indicada para meninas a partir de 9 anos e demais preferencialmente antes do início da vida sexual.
2. Vacina bivalente (16 e 18)
.