AF3CÇÕ35 B3N1GN45 D45 M4M45: C1ST0S M4STA4LG1A E DERR4M3 PAP1L4R Flashcards
- Conceitue: Mastodinea, mastalgia (cíclica e acíclica), mastalgia extramamária e ingurgitamento:
Mastodínea: sensibilidade mamária pré-menstrual;
Mastalgia: dor mamária, pode ser cíclica, acíclica ou extramamária.
Mastalgia cíclica: tem interferência do ciclo menstrual e tipicamente se manifesta na fase lútea tardia. Início geralmente na 3a década de vida.
Mastalgia acíclica: não possui associação com o ciclo menstrual. Início na 4a década de vida.
Mastalgia extramamária: tem origem na parede torácica ou em outros sítios.
Ingurgitamento: sensação de desconforto, de peso e plenitude nas mamas.
32. Compare a mastalgia cíclica com a mastalgia acíclica em relação a: Idade da paciente Variação com ciclo menstrual Localização Tipo Achados ao exame físico
Mastalgia cíclica
Idade da paciente - 3a década de vida
Variação com ciclo menstrual : sim
Localização: bilateral e difusa
Tipo: sensação de peso e hipersensibilidade.
Achados ao exame físico: inespecífico e pobre.
Mastalgia acíclica
Idade da paciente: 4a década de vida
Variação com ciclo menstrual: Não
Localização: unilateral e localizada, mas pode ser bilateral (ex. atletas).
Tipo: dor em queimação ou pontada.
Achados ao exame físico: pode apresentar alteração.
- Quais as possíveis causas da mastalgia cíclica e da mastalgia acíclica?
Mastalgia cíclica:
-alterações funcionais benignas das mamas;
Mastalgia acíclica: ectasia ductal, adenose esclerosante, mastite.
Mastalgia extramamária -Síndrome de Tietze (inflamação da articulação costocondral);
- Doença de Mondor: tromboflebite de veias superficiais do tórax e da parte superior do abdômen.
- Nevralgia intercostal causada por contratura muscular;
- Quais os fatores predisponentes para a mastalgia?
35. Como definir a intensidade da mastalgia como leve moderada e grave?
- Quais os fatores predisponentes para a mastalgia?
- Estresse: aumenta a liberação de serotonina, diminuindo a dopamina, o que aumenta a prolactina causando dor mamária cíclica;
- Tabagismo;
- Retenção hídrica -Ingestão de cafeína ou metilxantina
- Atividades diárias
- Uso de medicamentos: antidepressivos e ansiolíticos; - Como definir a intensidade da mastalgia como leve moderada e grave?
É importante graduar a mastalgia porque isso irá guiar a proposta terapêutica.
Mastalgia leve: não interfere na qualidade de vida (sono, relações sexuais) e nas atividades diárias (trabalho).
Mastalgia moderada: interfere na qualidade de vida (sono, relações sexuais), mas não interfere nas atividades diárias (trabalho);
Mastalgia grave: interfere na qualidade de vida e nas atividades diárias;
- Como fazer avaliação diagnóstica da mastalgia?
Anamnese e exame físico: servirão como bússola para avaliar a necessidade de exames complementares;
Exames de imagem: mamografia e ultrassonografia - é necessário considerar a possibilidade de câncer de mama, nos casos de investigação indicamos ultrassonografia para pacientes jovens e mamografia para pacientes com mais idade (idade igual o maior a 40 anos). A mamografia não está bem indicada para pacientes jovens, visto que elas possuem alta densidade no parênquima mamário.
Quais as considerações necessárias em relação ao tratamento da mastalgia: medidas comportamentais e medicamentosa, com e sem evidência científica?
Na grande maioria das vezes a conduta é expectante bastando orientar à paciente que se trata de doença benigna;
Orientar sobre a sustentação mecânica da mama;
-Avaliar necessidade de tratamento medicamentoso se:
-Sintomas por mais de 6 meses
-Alteração das atividades diárias ou da qualidade de vida;
Quanto ao tratamento medicamentoso, ele não será capaz de excluir completamente a mastalgia, ele deve ser utilizado por um tempo limitado para alívio dos sintomas.
Entre os fármacos descritos estão:
A grande maioria das drogas não tem evidência científica de eficácia e aquelas drogas com evidência científica se reservam aos casos graves de mastalgia, contudo tem muitos efeitos adversos, são elas:
-Tamoxifeno: droga mais eficaz;
-Danazol: único liberado pela FDA para tratamento da mastalgia;
Essas drogas estão indicadas nas seguintes situações:
-Sintomas por mais de 6 meses;
-Alteração de atividades diárias ou da qualidade de vida;
Drogas sem evidência científica:
Vitamina A
Vitamina E
Metilxantinas
- Qual o conceito de alterações funcionais benignas das mamas?
As alterações funcionais benignas incluem 3 espectros clínicos que se associam em graus variados, são eles: dor mamária cíclica, adensamentos e cistos.
Dessa forma, uma paciente pode apresentar cisto e mastalgia enquanto uma outra paciente pode apresentar adensamento e cisto sem queixar-se de mastalgia, ou seja, as manifestações clínicas se correlacionam em grau variado.
Mastalgia: dor mamária cíclica com relação com ciclo menstrual.
Adensamentos: área de endurecimento bem localizado bidimencional.
Cistos:
- Quais os achados ao exame físico dos cistos mamários?
- Inespecífico em relação a dor;
- Os cistos geralmente se localizam nas regiões mais centrais das mamas;
- O cisto é um tumor móvel firme-elástico e indolor;
- Na presença de um cisto mamário pode eventualmente ocorrer descarga papilar seroesverdeada, multiductal, bilateral - não faz parte dos achados comuns as alterações funcionais benignas das mamas, porém podem ocorrer.
- Quais os achados ultrassonográficos dos cistos mamários?
É uma imagem anecóica: pretinha por dentro;
Bem delimitada;
O diâmetro lateral é maior do que o diâmetro vertical;
Tem reforço acústico posterior (sombra acústica);
Cápsula ecogenica;
- Qual a tríade clássica das alterações funcionais benignas das mamas?
-Mastalgia cíclica
-Adensamento
-Cisto
Obs.: a descarga papilar pode ser encontrada eventualmente, uni ou bilateral, mas não faz parte da tríade;
- Qual a abordagem das alterações funcionais benignas das mamas para cada alteração da tríade?
- Mastalgia:
- Excluir câncer;
- Tranquilizar e orientar;
- Medicar o mínimo;
- Adensamentos:
- Excluir câncer;
- Não requer tratamento - muitas vezes é um adensamento simétrico;
- Cistos:
- Excluir câncer;
- PAAF ou Tratamento cirúrgico;
- Quando indicar PAAF (punção aspirativa por agulha fina - procedimento ambulatorial) ou tratamento cirúrgico?
PAAF: não é indicada para todos os cistos, mas sim para cistos dolorosos ou volumosos;
-Acompanhamento ultrassonográfico: na presença de múltiplos cistos, se o USG me mostra claramente achados de benignidade, não é necessário apuncionar, opta-se pelo acompanhamento por USG;
TRATAMENTO CIRURGICO:
- Cistos com recidivas;
- Cisto com massa residual pós punção;
- Achado de liquido sanguinolento após a punção do cisto;
- Quais outros nomes podem ser empregados para designar descarga papilar?
São eles: descarga papilar, derrame papilar ou telorragia;
- Qual o conceito de descarga papilar, derrame papilar ou telorragia?
- Qual a diferença entre descarga papilar fisiológica e descarga papilar patológica?
- Qual o conceito de descarga papilar, derrame papilar ou telorragia?
É a saída de secreção pela papila fora do ciclo gravídico-puerperal e do período de lactação.
Representa 7 a 10% das queixas nos ambulatórios de mastologia;
95% dos derrames papilares tem causa benigna; - Qual a diferença entre descarga papilar fisiológica e descarga papilar patológica?
Fisiológica:
- É provocada pela expressão dos ductos que causa ejeção da descarga pela areola;
- Multiductal
- Bilateral;
- Multicolorida: seroesverdeada ou amarelo esverdeada
- Esporádica
Patológica
- Descarga espontânea;
- Uniductal;
- Unilateral;
- Aquosa ou sanguinolenta;
- Abundante e persistente;
Obs.: Para avaliar para descarga papilar é multiductal ou uniductal faz-se inicialmente a ordenha da mama nos quatro quadrantes e depois a expressão da papila para avaliação;
- Conceitue galactorreia e pseudoderrame:
Galactorréia: secreção láctea normalmente bilateral, de aspecto leitoso;
Pseudoderrame: secreções que drenam a partir de mamilos invertidos, lesões eczematoides, infecções nas glândulas sebáceas de Montgomery, erosões traumáticas;
- Qual o aspecto da descarga papilar proveniente de AFBM, carcinoma, papiloma intraductal, ectasia ductal?
O aspectos da descarga papilar pode-se alterar de acordo com a acepção de base.
Alterações funcionais benignas das mamas: derrame seroesverdeado;
Ectasia ductal: derrame amarelo-esverdeado e espesso;
Papiloma intraductal: sanguinolenta (50%) serossanguinolenta (50%);
Carcinoma: derrame em água de rocha ou sanguinolento;
- Quais os DD possíveis na presença de derrame de coloração esverdeada?
- AFBM;
- Ectasia ductal;
- Mastite;
- Quais os DD possíveis na presença de derrame de coloração sanguinolenta?
- Carcinoma;
- Papiloma intraductal;
- Quais os DD possíveis na presença de derrame de coloração purulenta?
-Mastite
**Gravidez: pode haver descarga papilar sanguinolenta devido a intensa mitose e proliferação de ductos lactíferos;
**Mastite: descarga purulenta;
**Algumas literaturas não consideram descarga papilar.
- Quais os possíveis derrames papilares no período gravídico e puerperal?
Algumas literaturas excluem as descargas que ocorrem no período gravídico e puerperal (mastite), devido ao conceito de descarga papilar (fora do ciclo gravídico-puerperal e do período de lactação), porém nesses períodos podem ocorrer algumas descargas, tais como:
Gravidez: pode haver descarga papilar sanguinolenta devido a intensa mitose e proliferação de ductos lactíferos;
Mastite: descarga purulenta;
- Quais as principais causas de descarga papilar, por frequência?
1o Papiloma intraductal
2o Carcinoma intraductal ou ductal in situ;
- Qual a abordagem diagnóstica da descarga papilar?
-Anamnese: investigar uso de fármacos e fatores de risco para câncer de mama;
-Exame físico
Verificar se é um derrame ou pseudoderrame;
-Se é espontâneo ou provocado;
-Coloração;
-Presença de nódulo: havendo nódulo e identificar suas características, voltando agora a atenção para o nódulo + derrame;
Verificar características do derrame: uni ou multiductal, uni ou bilateral, persistente ou intermitente;
Obs.: se o derrame papilar for fisiológico não há necessidade de investigação complementar ou terapia;
2o Exames complementares;
- Citopatologia do derrame: não acrescenta muito a investigação mas é uma possibilidade;
- Mamografia: exame padrão para excluir nódulos, microcalcificações outros achados;
- USG da mama: complementar à MMG;
- Biopsia cirúrgica: está indicada nos casos de descarga patológica principalmente se acompanhada de nódulo;
Qual o tratamento da descarga papilar?
FISIOLÓGICA: orientações, não requer investigação ou tratamento;
GALACTORREIA:
Farmacológica: identificar e suspender o agente causador;
MICROADENOMA: bromocriptina ou cabergolina;
MACROADENOMA: considerar possibilidade de tratamento cirúrgico;
DESCARGA PATOLÓGICA: Biópsia cirúrgica;
FLUXOGRAMA:
Derrame papilar
+
Anamnese + Exame físico + MMG ou USG (pacientes jovens)
ALTERADO:
LInvestigar como nódulo ou conforme alteração na mamografia ou ultrassonografia;
FLUXOGRAMA: Derrame papilar \+ Anamnese + Exame físico + MMG ou USG NORMAL
Se derrame: multiductal, bilateral, provocado e multicolorido: TRANQUILIZAR E ORIENTAR PACIENTE;
Se derrame: uniductal, unilateral, espontâneo, água de rocha ou serosanguinolento: BIÓPSIA CIRÚRGICA;