Rickettsia, Coxiella Flashcards

1
Q

Características gerais de Rickettsia e Coxiella

A
  • aeróbias
  • pequenas
  • gram negativas (vêem-se mal)
  • DNA e RNA
    -ribossomas
    -divisão binária
  • inibição por
    antibióticos
  • parasitas intracelulares obrigatórios
  • instáveis fora da célula (exc. Coxiella)
  • parasitas intracelulares
    obrigatórios (parasitas
    energéticos)
  • colorações: Giemsa, Gimenez, Machiavelo
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2
Q

Rickettsia: Quadros clínicos

A

Grupo exantemático:
R. rickettsi- febre das montanhas rochosas
R. acari- rickettsialpox
R. conorii- febre escaro-nodular

Grupo do tifo:
R. prowazekii- tifo epidémico; doença de Brill-Zinsser
R. typhi- tifo murino (endémico)

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3
Q

Rickettsia conorii

A

Febre escaro-nodular: febre da carraça. Cursa com febre,escara e adenopatia cervical, exantema

Escara: ferida no local da mordida com eventual necrose.
Exantema máculo nodular no corpo todo

Carraça do cão (ixodídeo):
Rhipicephalus sanguineus (carraça) é vector- transmite a doença ao hospedeiro; 
 e reservtório-nicho/sítio onde se multiplica mais) com transmissão vertical
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4
Q

Rickettsia conorii: epidemiologia

A

20000 casos/ano (?)
Mortalidade – 2.5% (idosos,
cirrose, alcoolismo, diabetes, IR) mais associada aos grupos de risco

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5
Q

Ricekttsia conorii: sasonalidade

A

Carraças adultas na Primavera, mais fáceis de ver (são maiores)
Estadios mais precoces são mais pequenos, mais
difíceis de visualizar, mas transmitem igualmente.
Maior prevalência da Febre da carraça durante o verão.
Duração da transmissão da carraça: 6h

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6
Q

Rickettsia prowazekii- tifo epidémico

A

Tifo epidémico
doença rara, com alteração do estado de consciência, febre, exantema, torpor.

Associada a :Guerra, campos refugiados,
prisões, sem-abrigo…

Reservatório: homem
Vector: piolho humano
(Pediculus humanus humanus)

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7
Q

Rickettsia prowazekii

Doença Brill-zinsser

A

Doença Brill-zinsser (tifo esporádico)

Febre, exantema.
Antecedentes de tifo

Recorrência em doentes que tiveram tifo epidémico previamente mas com quadros mais ligeiros

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8
Q

Rickettsia typhi

A

Tifo endémico
(murino): menos frequente

Febre, cefaleias,
exantema

Reservatório: roedores
Vector: pulga do rato
(Xenopsylla cheopsis)
Não é necessário haver contacto com o reservatório: as pulgas conseguem saltar vários metros

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9
Q

Rickettsia: diagnóstico

A

R. conorii, R. prowazekii, R. typhi: —-IFI (rotina…)

  • Culturas celulares (acabam por não se fazer por ser difícil de isolar), PCR (sangue, escara)
  • Detecção por IF nas células endoteliais ( mais coum, serologia também)

Pesquisa de AC: demoram uma semana ou mais a aparecer. Se for negativa: tratar e repetir passado uma semana.

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10
Q

Coxiella burnetii: reservatório e via de transmissão

A
Reservatório: mamíferos, pássaros, carraças… Muito relacionado com a altura do parto dos animais
Via aérea (esporos…) sobretudo,
via digestiva (produtos lácteos) (não é uma bactéria esporulada)
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11
Q

Febre Q aguda

A

Agente: Coxiella burnetti

Manifesta-se por:
-Febre, cefaleias, alterações
gastrintestinais
alteração da função
hepática (se houver um quadro assim e não for hepatite, pesquisar Coxiella)
-Febre, cefaleias,
Pericardite, miocardite (menos frequente)
-Febre, cefaleias,
pneumonia (raro)
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12
Q

Febre Q crónica

A

Agente: Coxiella Burnetti

Manifesta-se por:
Endocardite (rara mas muito grave, mortal)
Infeções vasculares de enxertos e aneurismas
Hepatite granulomatosa crónica
Encefalite
Osteomielite/osteo-artrite
Infeção pulmonar

Mais rara e grave que Febre Q aguda

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13
Q

Tratamento de Febre q crónica

A

Doxiciclina+Cloroquina (antimalárico: altera o pH dos lisossomas e permite o funcionamento das tetraciclinas)

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14
Q

Coxiella: diagnóstico de Febre Q aguda

A
  • IFI (fase II: Negativo para fase I e positivo para fase II)
  • Culturas celulares, PCR, Serologia

Fase II: AC aparecem rapidamente
Fase I: AC só aparecem após estimulação crónica

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15
Q

Coxiella: diagnóstico de Febre Q crónica

A
  • IFI (fase I: positivo para fase I e II)
  • Culturas celulares, PCR, Serologia

Fase II: AC aparecem rapidamente
Fase I: AC só aparecem após estimulação crónica

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16
Q

Rickettsia, Coxiella:

tratamento

A
R. conorii, R. prowazekii, R. typhi,
Coxiella burnetii (febre Q aguda):
- tetraciclinas (++ doxiciclina)
- fluoroquinolonas
-cotrimoxazol (grávidas, crianças)
Coxiella burnetii (febre Q crónica):
- doxiciclina + cloroquina (≥18 meses)
17
Q

Quais são as espécies mais importantes do género Rickettsia?

A
  • Conorii (lembrar: C de carraça)
  • Acari
  • Ricketsii (lembrar: R de Rocky mountains)
  • Prowazekii
  • Typhi