Retroviridae Flashcards
Classificação dos Retrovirus quanto à sua replicação e morfologia?
RNA positivos
Vírus com revestimento
Simetria complexa
Taxonomia dos Retrovírus
Existem dois géneros dentro da família:
> LENTIVÍRUS
Espécie: VIH
> DELTARETROVÍRUS
Espécies: HTLV 1 e 2
Replicação: etapas?
1 ENTRADA 2 DECAPSIDAÇÃO DO VÍRÃO 3 TRANSCRIÇÃO REVERSA 4 INTEGRAÇÃO 5 TRANSCRIÇÃO 6 ENCAPSIDAÇÃO 7 GEMULAÇÃO
VIH: O que significa HAART?
Highly Active Anti Retroviral Therapy
Vias de transmissão VIH?
>Relações sexuais não protegidas com parceiro infetado >Partilha de seringas >Transmissão vertical (quase eliminada) >Transmissão através de produtos hematológicos
VIH NÃO se transmite através de:
Aperto de mão, contactos sociais, trabalho de equipa,
comida e talheres, tosse e espirros, picadas de insetos, pelo
uso de casas de banho, piscinas ou beijos.
Para que células tem tropismos o VIH?
Linfócitos T CD4+
O material genético do VIH é integrado no genoma da célula hospedeira?
Sim
VIH: História natural
- Transmissão de VIH
- Infecção aguda por VIH (cerca de 12 semanas):
- rápida replicação viral;
- redução gradual do número de linfócitos T CD4+;
- 50-70% apresentam sintomas que mimetizam mononucleose infecciosa;
- febre, cefaleia, anorexia, fadiga, linfadenopatia e exantema;
- 20% desenvolve meningite assética - Seroconversão (após 12 semanas)
- Fase assintomática (até 10 anos) acompanhada, ou não, de linfadenopatias generalizadas
persistentes (sem sinais/sintomas de relevo) - Infecção sintomática
- SIDA (doenças definidoras de sida, ou menos de 200
linfócitos T CD4+/mm3
) - Infecção VIH avançada, caracterizada por contagem de linfócitos T CD4+ inferiores a 50/mm3
Critérios de definição de SIDA
> doenças definidoras de sida, segundo a classificação de 1993 do CDC
OU
> menos de 200
linfócitos T CD4+/mm3
Critérios de definição de infecção por VIH avançada
caracterizada por contagem de linfócitos T CD4+ inferiores a 50/mm3
Sistema de classificação do CDC: categorias clínicas
A) Assintomática ou infecção VIH aguda ou linfadenopatias generalizadas persistentes (LGP) B)Sintomática (nem A nem B) C)Doença definidora de SIDA
Sistema de classificação do CDC: contagem de linfócitos
Vários “níveis”:
≥500 células/mm3
(≥29%)
200-499
células/mm3
(14-28%)
<200 células/mm3
(<14%)
Sistema de classificação do CDC: categorias em que há SIDA
A3
B3
C1, C2, C3
> Ou têm uma doença definidora de SIDA ou têm menos que 200 linfócitos
Condições sintomáticas definidoras da categoria B
a) São atribuíveis à infecção por VIH ou indiciam um defeito na imunidade
mediada por células
OU
b) São considerados como tendo um curso clínico ou tratamento que é
complicado pela infecção por VIH
Infeção Oportunista (IO)
o Reativação de uma infeção latente ou aquisição de uma nova infeção
o Frequentemente causada por microorganismos com baixa virulência
intrínseca
o Normalmente, os agentes etiológicos foram adquiridos anos antes,
mas mantiveram-se latentes enquanto a resposta imuntária se
mantinha intata
o Muitas vezes conseguem-se isolar estes microorganismos antes do
aparecimento de sintomatologia
• Antes da era HAART (Highly Active Antiretroviral Therapy), as IO eram a
principal causa de morbilidade e mortalidade na população de infectados por
VIH
• Apesar desta melhoria, as IO persistem como causa importante de morbilidade e
mortalidade:
o Muitos doentes desconhecem o seu estado serológico e a IO é a primeira
manifestação da infecção por VIH
o Alguns doentes não tomam a TARVc por motivos psicossociais ou económicos
o Alguns doentes cumprem a TARVc, mas não apresentam resposta imunológica e
virológica adequada devido a factores associados à adesão, farmacocinética, ou
factores biológicos inexplicáveis
IO & Contagem Linfócitos TCD4+
• >300/mm3
o Linfadenopatia
o Pneumonias
o TB
• <200/mm3 o Esofagite o Candidose vaginal o Pneumonia por Pneumocystis jiroveci o Criptococose o Criptosporidiose o Sarcoma de Kaposi o Linfoma
• <100/mm3
o Toxoplasmose
o Herpes zoster
o Leucoencefalopatia multifocal progressiva
o Infecção por CMV
o Infecção por Mycobacterium avium complex
IO’s mais frequentes
• Infecções Pulmonares
o Pneumonia por Pneumocystis jiroveci
o Pneumonias bacterianas recorrentes
o Micobactérias (será abordado noutra aula)
• Infecções Orofaríngeas, Esofágicas e Gástricas o Candidose o Tricoleucoplasia oral o Úlceras da mucosa oral/esofágica o Esofagite (diagnóstico diferencial)
•Infecções Intestinais e do Sistema Hepato-Biliar o Diarreia (diagnóstico diferencial) o Colangiopatia associada a SIDA
• Infecções do Sistema Nervoso Central o Demência associada a VIH o Toxoplasmose cerebral o Linfoma primário do CNS o Leucoencefalopatia multifocal progressiva
• Infecções Mucoutâneas o Infecção crónica por Herpes simplex o Herpes zoster (zona) o Molluscum contagiosum
• Infecções Multiorgânicas o Infecção por CMV de qualquer órgão (excepto figado, baço ou gânglio) o Sarcoma de Kaposi
Profilaxia primária e
secundária das IO
Como se faz a detecção precoce de HIV?
RATREIO: Serologia: ensaio imunoenzimático 4ª geração para HIV1 e 2 (janela imunológica: 2-8 semanas/ média 1 mês / mas 3% até 6 meses)
Só 2-8 semanas após o contacto é que pode ficar positivo
Repte-se passado 1 a 6 meses se for negativo no 1º mês.
CONFIRMAÇÃO:
feita por Western Blott ou LIA (Line-Immuno assay)
O rastreio de HIV faz-se por rotina em que populações?
a) dadores de sangue;
b) doentes em diálise;
c) dadores e receptores de órgãos transplantados;
d) doentes oncológicos.
Nos primeiros 18 meses de vida, quais os métodos de pesquisa adequados?
Quais os não adequados?
Os métodos MOLECULARES
Os métodos de pesquisa de anticorpos não se devem fazer (passagem de AC da mãe)
Para que serve a monitorização da carga viral?
Para determinar a probabilidade de evolução para SIDA: quanto maior, mais probabilidade
A carga viral deve negativar com o tratamento.
Como se monitoriza o tratamento?
Através da quantificação da CARGA VIRAL e da contagem de LINFÓCITOS T CD4+
TARVc
> Deve iniciar-se logo no momento do diagnóstico
• Se se considerar o tratamento da primo-infeção aguda, o doente deve ser
preferencialmente incluído num ensaio clínico.
• Alguns especialistas recomendam o tratamento como um instrumento para prevenir a
transmissão do VIH.
• O tratamento deve ser para toda a vida.
• Monitorizar cuidadosamente no caso de interrupção do tratamento.