19) CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE - LEI N. 9.605/98 Flashcards

1
Q

A Constituição Federal estabelece a competência (CONCORRENTE) da União, aos Estados e aos Municípios o DEVER COMUM de proteger e legislar sobre o MEIO AMBIENTE, combater a poluição em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora. Cabendo à União estabelecer as normas gerais (art. 24, §1º), para fins de padronização nacional, e aos Estados e ao Distrito Federal suplementar a legislação federal (art. 24, §1º), consideradas as peculiaridades regionais. Em linha de princípio, admite-se que os Estados editem normas mais protetivas ao meio ambiente, com fundamento em suas peculiaridades regionais e na preponderância de seu interesse, conforme o caso. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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2
Q

A constituição federal previu 3 MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE CRIMINALIZAÇÃO em que as pessoas jurídicas podem figurar como sujeito ativo de crime, quais são eles?

A
  • 1) Crimes contra a ordem econômica e financeira;
  • 2) Crimes contra a economia popular;
  • 3) Crimes contra o meio ambiente;

O art. 173, § 5º, CF/88: A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

O art. 225, § 3º, CF/88: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou pessoas jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

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3
Q

Não é possível a desconsideração da personalidade jurídica para ressarcir prejuízos ambientais, ante a ausência de previsão legal que ampare tal medida. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

FALSO.
* Art. 4º PODERÁ ser DESCONSIDERADA A PESSOA JURÍDICA sempre que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

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4
Q

No Brasil, existe a responsabilidade penal das PJ por crimes ambientais (sujeito ativo)?

A

Preliminarmente, há que se considerar que esse tema é controvertido na doutrina, havendo 4 correntes sobre o tema que serão elencadas.

  • 1C - a pessoa jurídica não pode praticar crimes, tampouco ser responsabilizada penalmente. A CF/88 não previu a responsabilidade penal da pessoa jurídica, mas apenas sua responsabilidade administrativa.
  • 2C - (societas delinquere non potest – ficção jurídica de Savigny) a pessoa jurídica não pode praticar crimes nem ser responsabilizada penalmente. A sociedade é uma ficção jurídica, um ente virtual, desprovido de consciência e vontade. Para esta teoria a intenção do constituinte, ao estabelecer o art. 225, § 3º, CF/88, não foi, jamais, criar a responsabilidade penal da pessoa jurídica.
  • 3C - em regra apenas pessoa física pratica crime, entretanto, em crimes ambientais, havendo relação objetiva entre o autor do fato típico e ilícito e a empresa (infração cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da entidade), admite-se a reponsabilidade penal da pessoa jurídica. Logo, é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica, desde que em conjunto com uma pessoa física. TEORIA DE DUPLA IMPUTAÇÃO - Denomina-se este como modelo de responsabilização penal da pessoa jurídica por RICOCHETE, INDIRETO, SUBSEQUENTE, POR EMPRÉSTIMO ou POR REBOTE.
  • 4C - a pessoa jurídica, por se tratar de ente autônomo e distinto de seus membros, dotada de vontade própria, pode cometer crimes ambientais e sofrer pena, uma vez que a constituição autorizou a responsabilidade penal do ente coletivo. A pessoa jurídica pode ser punida penalmente por crimes ambientais ainda que não haja responsabilização de pessoas físicas. Deve haver adaptação do juízo de culpabilidade para adequá-lo as características da pessoa jurídica criminosa. É certo que a pessoa jurídica jamais será identifica a potencial consciência da ilicitude, mas o fato de a teoria tradicional do delito não se amoldar a pessoa jurídica não significa negar sua responsabilização penal, demandando novos critérios normativos.
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5
Q

Em se tratando de responsabilização criminal das PJ, existe a possibilidade de se punir uma pessoa jurídica de direito público?

A

o 1C - Há quem sustente que a omissão da Constituição e da Lei nº 9.605/98 em diferenciar, quanto à responsabilidade penal, as pessoas jurídicas de direito privado e de direito público não autoriza a conclusão de que ambas podem se submeter à pena criminal. Isto porque se trata de entes cuja natureza e propósitos não se confundem, e, por isso, não podem receber o mesmo tratamento, especialmente na esfera penal. Se o Estado não é um fim em si, mas atua com propósito que lhe transcende, não é possível que entidades públicas sejam equiparadas às privadas quando se trata de analisar suas finalidades.

o 2C - Em outro extremo se encontram aqueles que sustentam positivamente essa possibilidade porque as normas que disciplinam a responsabilidade penal da pessoa jurídica (Constituição Federal e Lei nº 9.605/98) não excepcionam quanto às de direito público, devendo ambas receber tratamento isonômico. Afinal, se a lei não impõe barreiras, é defeso ao intérprete fazê-lo. Ademais, se o Estado se lança em atividades por meio de pessoas jurídicas, nada impede que tais entidades venham a delinquir. Neste particular, aliás, pode-se afastar o argumento de que os dirigentes da entidade de direito público não agem em benefício ou interesse dela, pois muito comum a constituição de pessoas jurídicas pelo Estado com a finalidade de atuar na esfera econômica, disputando mercado com o setor privado.

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6
Q

Em se tratando de crimes cometido pela PJ, quais as consequências quando ela é dissolvida durante a apuração criminal?

A
  • O princípio da intranscendência da pena, previsto no art. 5º, XLV, da CR/1988, tem APLICAÇÃO ÀS PESSOAS JURÍDICAS. Afinal, se o direito penal brasileiro optou por permitir a responsabilização criminal dos entes coletivos, mesmo com suas peculiaridades decorrentes da ausência de um corpo biológico, não pode negar-lhes a aplicação de garantias fundamentais utilizando-se dessas mesmas peculiaridades como argumento. STJ. 3ª Seção. REsp 1.977.172-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/08/2022 (Info 746).
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7
Q

No que tange a dosimetria da pena, aplica-se subsidiariamente as circunstâncias previstas no Art. 59 do CP, em face das circunstâncias especiais do Art. 6 da lei de crimes ambientais (exceto na pena de multa): Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará, A gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente; Os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; A situação econômica do infrator, no caso de multa. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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8
Q

Em se tratando de crimes cometido pela PJ, QUAIS SÃO AS PENAS APLICÁVEIS?

A
  • Art. 21. As penas aplicáveis ISOLADA, CUMULATIVA ou ALTERNATIVAMENTE às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º (aplicados nos casos de crimes DOLOSOS ou CULPOSOS), são: I - MULTA; II - RESTRITIVAS DE DIREITOS; III - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE: * LIQUIDAÇÃO FORCADA:
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9
Q

Em se tratando de crimes cometido pela PJ, A PENA DE MULTA, se ineficaz, poderá ser aumentada até 3 vezes, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida e Prescreve em 5 anos. A PENA RESTRITIVAS DE DIREITOS, consiste em Suspensão parcial ou total de atividades; Interdição temporária; proibição de contratar com o Poder Público (10 anos). A PENA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE, consiste em Custeio de programas e de projetos ambientais; Execução de obras de recuperação de áreas degradadas; Manutenção de espaços públicos e a Contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. Por fim, tem-se a PENA DE LIQUIDAÇÃO FORCADA, onde . A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua LIQUIDAÇÃO FORÇADA, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL. (VERDADEIRO ou FALSO)?

A

VERDADEIRO

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10
Q

Em se tratando de Penas restritivas de direitos, essas são substitutivas, quando aplicada as PESSOAS FÍSICAS, consistentes elas em: Prestação de serviços à comunidade (tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação); Interdição temporária de direitos (são a proibição de o condenado contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de: 5 anos em dolosos e 3 anos em culposos); Suspensão parcial ou total de atividades (será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais); Prestação pecuniária e o Recolhimento domiciliar. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

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11
Q

São circunstâncias que ATENUAM a pena: (segunda fase da dosimetria da pena) o Baixo grau de instrução ou escolaridade do agente; Arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; Comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental; Colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

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12
Q

A lei de crimes ambientais, NÃO possui circunstâncias AGRAVANTES. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
* Art. 15. São circunstâncias que AGRAVAM a pena: I - Reincidência nos crimes de natureza ambiental; II - Ter o agente cometido a infração: a) para obter vantagem pecuniária; b) coagindo outrem para a execução material da infração; c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; d) concorrendo para danos à propriedade alheia; e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso; f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; g) em período de defeso à fauna; h) em domingos ou feriados (sábados não); i) à noite; j) em épocas de seca ou inundações; l) no interior do espaço territorial especialmente protegido; m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; n) mediante fraude ou abuso de confiança; o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental; p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes; r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

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13
Q

Nos crimes previstos na Lei de crimes ambientais, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 4 anos, diferentemente do Código Penal, em seu art. 77, prevê que a suspensão condicional da pena poderá ser suspensa quando a pena privativa de liberdade não for superior a 2 anos. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
* Art. 16. A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 anos.

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14
Q

Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista na Lei nº 9.099/95, independerá da prévia composição do dano ambiental. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
* Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099 (Transação penal)  somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia COMPOSIÇÃO DO DANO AMBIENTAL, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

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15
Q

Tício perseguiu espécime da fauna silvestre em rota migratória em desacordo com a autorização concedida por autoridade competente, sendo crime e podendo ter sua pena A pena é aumentada 1/2, se o crime é praticado: Contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; Em período proibido à caça; Durante a noite; Com abuso de licença; Em unidade de conservação; Com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa, bem como, a pena é aumentada até o 3X, se o crime decorre do Exercício de caça profissional. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO.
* Art. 29. Matar, PERSEGUIR, caçar, APANHAR, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de 6 meses a 1 ano, e multa.

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16
Q

Constitui crime contra a FAUNA, Praticar ato de abuso, MAUS-TRATOS, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Bem como, Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. Ademais, qualifica-se, Quando se tratar de CÃO ou GATO, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Sendo por fim, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3, se ocorre morte do animal. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

17
Q

No caso dos autos, foram encontrados com os acusados “diversos petrechos proibidos na pesca, a exemplo de equipamentos de mergulho proibidos, compressor, além da constatação da existência, na embarcação, de lagostas vermelhas com tamanho inferior ao permitido, comprovando a pesca ilegal”. Entretanto, apesar de ser um crime contra a FAUNA, é insignificante a conduta de pescar em época proibida, e com petrechos proibidos para pesca (tarrafa, além de varas de pescar), ainda que pequena a quantidade de peixes apreendidos. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
* Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena - detenção de 1 ano a 3 anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

  • Não é insignificante a conduta de pescar em época proibida, e com petrechos proibidos para pesca (tarrafa, além de varas de pescar), ainda que pequena a quantidade de peixes apreendidos. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.888.707/RN, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020.
18
Q

Não é crime contra a FAUNA (excludentes da ilicitude), o abate de animal, quando realizado: Em estado de necessidade, para saciar a FOME do agente ou de sua família; Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, DESDE QUE legal e expressamente autorizado pela autoridade competente e Por ser NOCIVO O ANIMAL, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

19
Q

Em se tratando dos crimes contra a FLORA, constitui crime Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de 1 a 3 anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Ademais, configura Causa de diminuição se o crime for cometido com dolo eventual, a pena será reduzida à 1/2. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - for culposo;

20
Q

Em se tratando dos crimes contra a FLORA, constitui crime Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena - reclusão, de 2 a 4 anos, e multa. Contudo, constitui Causa de diminuição se o crime é culposo. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - Privilegiado - a pena é de detenção de 6 meses a 2 ano, e multa

21
Q

Em se tratando dos crimes contra a FLORA, O delito de CAUSAR DANOS EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO, pode ser absorvido pelo delito de CONSTRUIR EM SOLO QUE, POR SEU VALOR ECOLÓGICO, NÃO É EDIFICÁVEL (art. 64 da Lei nº 9.605/98). Para analisar a possibilidade de absorção do crime do art. 40 da Lei nº 9.605/98 pelo do art. 64, não é relevante a diversidade de bens jurídicos protegidos por cada tipo incriminador; tampouco impede a consunção o fato de que o crime absorvido tenha pena maior do que a do crime continente, como se vê na própria Súmula 17/STJ. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

22
Q

Em se tratando dos crimes contra a FLORA, Fabricar, vender, transportar ou soltar BALÕES que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano: Pena - detenção de 1 a 3 anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Sendo esse crime material e de perigo concreto. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - FORMAL

23
Q

Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente é crime contra a FLORA. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

24
Q

Nos crimes contra a FLORA, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se: Do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; O crime é cometido: a) no período de queda das sementes; b) no período de formação de vegetações; c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração; d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

25
Q

Nos crimes contra o MEIO AMBIENTE, constitui-se crime, CAUSAR POLUIÇÃO de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Contudo, não há a previsão de crime culposo de poluição. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - § 1º Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e multa.

o O delito previsto na primeira parte do art. 54 da Lei nº 9.605/98 possui NATUREZA FORMAL, sendo suficiente a potencialidade de danos à saúde humana para configuração da conduta delitiva, não se exigindo, portanto, a realização de perícia. STJ. 3ª Seção. EREsp 1.417.279-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/04/2018. (Info 624)

o O poluidor deve não só devolver a natureza a seu estado anterior, mas reparar os prejuízos experimentados no interregno, pela indisponibilidade dos serviços e recursos ambientais nesse período. STJ. 2ª Turma. REsp 1845200-SC, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/8/2022 (Info Especial 8).

26
Q

Nos crimes contra o MEIO AMBIENTE, constitui-se crime Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. E Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de 1/6 a 1/3. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

27
Q

Nos crimes contra o MEIO AMBIENTE, constitui-se nesses crime, causa de aumento De 1/6 a 1/3, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral; De 1/3 até 1/2, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem; Até o dobro, se resultar a morte de outrem. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

28
Q

Nos crimes contra o ORDENAMENTO URBANO e o PATRIMÔNIO CULTURAL, constitui-se Destruir, inutilizar ou deteriorar: Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa - Bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; Arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Não havendo previsão de crime de dano culposo, tal qual no CP. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - Parágrafo único: Se o crime for culposo, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção, sem prejuízo da multa.

29
Q

Nos crimes contra o ORDENAMENTO URBANO e o PATRIMÔNIO CULTURAL, constitui-se Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

30
Q

Nos crimes contra o ORDENAMENTO URBANO e o PATRIMÔNIO CULTURAL, constitui-se Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida: Pena - detenção, de 5 meses a 1 ano, e multa. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

31
Q

Nos crimes contra o ORDENAMENTO URBANO e o PATRIMÔNIO CULTURAL, constitui-se crime PICHAR ou por outro meio conspurcar EDIFICAÇÃO ou MONUMENTO URBANO ou RUAL. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO - * Art. 65. PICHAR ou por outro meio conspurcar EDIFICAÇÃO ou MONUMENTO URBANO: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.

  • QUALIFICA - § 1° Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano de detenção e multa.
  • Consentimento do ofendido  § 2° Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.
32
Q

Nos crimes contra a ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL, constitui-se crime Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa. Especial ao crime de falsidade ideológica do CP. Embora o tipo penal guarde semelhança com o crime de falsidade ideológica (art. 299), aplica-se aqui o princípio da especialidade, segundo o qual, a norma especial prevalece sobre a norma geral. Como as regras previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) são específicas, devem prevalecer sobre as regras gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

VERDADEIRO

33
Q

Nos crimes contra a ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL, constitui-se em todas as modalidades apenas previsto com detenção. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
* Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.

34
Q

Nos crimes contra a ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL, constitui-se de crimes NÃO CULPOSOS. (VERDADEIRO ou FALSO).

A

FALSO.
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais - Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 3 meses a 1 ano de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação - Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três 3 a 1 ano, sem prejuízo da multa.

Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão - § 1º° Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 1 a 3 anos.

35
Q

A Lei de Crimes Ambientais, consolida em um único diploma as infrações administrativas e os delitos ambientais, de modo a dar efetividade ao mandamento constitucional de proteção do meio ambiente (CF, art. 225). Constitui-se de um DIREITO FUNDAMENTAL DE ………, dessa norma constitucional, surge a lei 9.605/98 em cumprimento a esse mandado constitucional de criminalização, seguindo uma moderna tendência de ……… DO DIREITO PENAL, tendo como bem jurídico violado a coletividade, tratando-se de um crime vago, pois protege bens jurídicos difusos e coletivos, não se limitando apenas a bens jurídicos materiais e individuais. Ademais, o DIREITO AO MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO é ………., …………… e impõe ao Estado e à coletividade obrigações de fazer e não fazer. Nesse sentido, o Poder Judiciário, na sua atuação de controle, deve respeitar os princípios da ………. e …………, de modo que, em caso de conflito normativo, há de prevalecer a norma mais restritiva, ou seja, a que melhor proteja o meio ambiente. Por fim, CLASSIFICA-SE como um CRIME PLÁSTICO (abrangem condutas que, no passado, configuravam um indiferente penal).

A

1) DE 3ª GERAÇÃO.

2) ESPIRITUALIZAÇÃO DO DIREITO PENAL;

3) INDISPONÍVEL e INALIENÁVEL;

4) PRECAUÇÃO e PREVENÇÃO.