TCE Flashcards

1
Q

Qual o objetivo principal do tratamento do TCE?

A

Prevenir a lesão cerebral secundária.

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2
Q

Como pode ser prevenida a lesão cerebral secundária no TCE?

A

Através da oxigenação adequada e manter PA suficiente para manter a perfusão cerebral.

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3
Q

Quais são informações essenciais para passar para o neurocirurgião após o TCE?

A

ECG, reação pupilar, SaO2 e PA, tratamentos para hipotensão ou hipóxia, uso de anticoagulante, idade, hora e mecanismo do trauma, TC, lesões associadas e déficit neurológico focal.

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4
Q

Por que pode ocorrer a lesão secundária ao cérebro após TCE?

A

Pois o TCE prejudica o mecanismo de autorregulação do fluxo cerebral, principalmente em relação à PAM. Outras formas de autorregulação (química) ocorrem em relação à PaO2 e PCO2. Ou seja, a lesão pode ocorrer por hipotensão, hipóxia, hipercapnia e hipocapnia iatrogênica.

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5
Q

Qual a relevância do TCE no trauma?

A

É responsável por pelo menos 50% das mortes decorrentes de trauma.

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6
Q

Quais as causas mais comuns de TCE?

A

Acidentes relacionados a atividade de transporte (moto, carro, atropelamento), quedas, agressões e atividades esportivas.

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7
Q

Qual a importância do couro cabeludo no TCE?

A

É uma importante fonte de sangramento pela sua grande irrigação, especialmente em crianças.

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8
Q

Qual a importância do osso temporal no TCE?

A

É o osso mais fino da abóboda craniana, sendo frequentemente fraturado e, além disso, é onde passa a a. meníngea média, havendo grandes chances de ruptura desse vaso.

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9
Q

Como é a avaliação inicial do paciente com TCE?

A

ABCDE. Lembrar que uma oxigenação e volemia adequada são fundamentais no paciente com TCE.

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10
Q

Como é o exame neurológico inicial no paciente com TCE?

A

ECG (seriada e comparativa, depois de exluir uso de álcool e drogas), avaliação da função pupilar e déficit motor lateralizado.

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11
Q

Comente sobre alterações na simetria das pupilas.

A

Qualquer assimetria maior que 1 mm já é um grande indicativo de possível lesão cerebral.

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12
Q

Como a lesão expansiva do hematoma epidural promove alteração pupilar?

A

Por produzir efeito de massa, o hematoma epidural promove herniação do úncus, havendo comprometimento do NC III (oculomotor) ipsilateral à lesão (midríase/anisocoria ipsilateral).

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13
Q

Quais achados sugerem herniação de úncus?

A

Rebaixamento do nível de consciência, anisocoria ipsilateral à lesão, déficit motor lateralizado contralateral à lesão (por compressão do pedúnculo cerebral ipsilateral, onde passam as fibras do trato corticoespinhal - 1° neurônio motor). Caso a herniação empurre o mesencéfalo e comprima o pedúndulo cerebral contralateral, o déficit motor lateralizado é ipsilateral à lesão e é chamado de Síndrome de Kernohan.

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14
Q

Quando um paciente apresenta TCE grave?

A

Alterações pupilares, ECG < 9, assimetria motora, fratura aberta/exposição de tecido encefálico, fratura de crânio com afundamento e queda maior que 3 pontos na ECG (independentemente da ECG prévia).

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15
Q

Qual exame diagnóstico é realizado no TCE e quanto é realizado?

A

TC, sendo realizado após estabilização hemodinâmica desse paciente. Deve ser repetida de forma seriada caso apareçam alterações neurológicas ou após 12 e 24h caso haja alteração na TC (contusão ou hematoma).

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16
Q

Quais achados indicam lesão de maior gravidade na TC?

A

Desvio da linha média, contusões e hematoma intracraniano.

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17
Q

Qual dado da linha média é frequentemente associado a drenagem cirúrgica imediata do hematoma?

A

> 5 mm.

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18
Q

Quando a radiografia de crânio vai ser empregada no TCE?

A

Quando houver trauma penetrante e suspeita de lesão em osso temporal.

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19
Q

Quais os tipos de TCE de acordo com a ECG? Imagem ECG.

A

TCE leve: 13-15. TCE moderado: 9-12. TCE grave: 3-8. Caso haja discordância entre os lados, usar a MELHOR resposta motora.

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20
Q

Comente sobre a ECG-P.

A

É a adição da avaliação das pupilas na ECG, sendo que eu retiro pontos da ECG caso alterada a reatividade da pupila: 2 pupilas reativas = 0 pontos; 1 pupila não reativa = 1 ponto retirado; 2 pupilas não reativas = 2 pontos tirados da ECG.

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21
Q

Qual o singificado clínico da fratura de crânio?

A

Não apresenta correlação direta com a gravidade do TCE, mas esses pacientes apresenta um risco maior de hematoma intracraniano.

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22
Q

Quais os tipos de fratura de crânio? Comente sobre o tratamento de cada uma.

A

Linear simples: s/ cirurgia, avaliar por radiografia. Afundamento: tratar a lesão cerebral subjacente (se houver). Abertas: rompimento da dura e comunicação da massa encefálica com o meio externo. Desbridar e suturar a dura. Base de Crânio: sinal de battle (equimose retro-auricular), rinorreia, otorreia, sinal do guaxinim, disfunção dos 7° e 8° NC (paralisia facial e perda da audição).

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23
Q

Como são produzidas as lesões cerebrais difusas e quais são elas?

A

São produzidas pela desaceleração súbita do SNC dentro do crânio. Concussão e lesão axonal difusa.

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24
Q

Qual o QC da concussão cerebral?

A

Perda TRANSITÓRIA da função neurológica (amnésia, confusão ou perda da consciência), sendo um distúrbio NÃO FOCAL. Caso haja perda da consciência, ele deve recuperá-la antes de 6h para ser concussão.

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25
Q

Quais os tipos de concussão?

A

Leve: sem perda da consciência mas sim de alguma função neurológica. Clássica: perda da consciência por menos de 6h.

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26
Q

Por que ocorrem mais comumente as lesões difusas no cérebro e quais seus achados na TC?

A

Por agreção hipóxico-isquêmica pelo choque prolongado ou apneia.

Os achados de TC podem ser normais, edema cerebral difuso (perda da distinção habitual entre tecido cinza e branco) ou hemorragias pontilhadas em todos os hemisférios cerebrais, principalmente nos limites entre substância cinzenta e branca (LAD).

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27
Q

O que é a LAD?

A

É uma lesão anatomopatológica em que houve ruptura dos axônios.

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28
Q

Qual o QC da LAD?

A

Perda da consciência por mais de 6h.

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29
Q

Como ocorre a LAD?

A

Ocorre através da aceleração rotacional da cabeça, em que o encéfalo gira sobre o tronco encefálico, rompendo os axônios que comunicam essas 2 estruturas.

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30
Q

Quais os tipos de LAD? Explique cada tipo.

A

LAD grave: coma por mais de 24h e há sinal de envolvimento de tronco encefálico (descerebração, por ex). LAD moderada: coma por mais de 24h porém sem sinais de envolvimento do tronco. LAD leve: coma entre 6-24h.

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31
Q

Como confirmar o Dx de LAD?

A

Através da TC sem lesões expansivas ou HIC.

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32
Q

Qual o melhor exame para detectar as lesões axonais da LAD? Qual o achado no exame?

A

RNM: hipersinal no esplênio do corpo caloso.

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33
Q

Quais as lesões focais e qual a mais encontrada? E as difusas?

A

Focais: hematomas subdural (p), epidural e intraparenquimatoso.

Difusas: concussão, contusão, LAD e lesão hipóxica isquêmica.

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34
Q

Qual população está mais suscetível ao hematoma subdural? Justifique.

A

Idosos e alcóolatras, pois há atrofia cerebral nesses pacientes, fazendo com que as veias que são rompidas na formação do hematoma subdural (bridging veins) fiquem esticadas e mais suscetíveis à rotura.

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35
Q

O que promove a formação do hematoma subdural?

A

É formado pela rotura de veias que comunicam a aracnoide à dura máter (bridging veins).

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36
Q

Quais os possíveis achados no hematoma subdural?

A

Alteração no nível de consciência, déficit motor lateralizado, anisocoria, posturas patológicas e arritmia respiratória, além do desenvolvimento de HIC (tríade de Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia).

37
Q

Qual a importância da presença de tríade de Cushing?

A

Relacionada a HIC grave e prestes a ter uma herniação transtentorial.

38
Q

Qual exame é usado na avaliação do hematoma subdural? Qual o achado nesse exame sugere esse hematoma?

A

TC. Coleção hiperdensa em crescente (acompanhando a concavidade da calota craniana). Pode haver edema e desvio de linha média (DLM).

39
Q

Qual a conduta em hematoma subdural?

A

DLM > 5mm: craniotomia ampla.

40
Q

Qual o prognóstico do hematoma subdural?

A

É sombrio, principlamente por poder haver lesões parenquimatosas associadas, como LAD grave e hematoma intraparenquimatoso.

41
Q

Como ocorre o hematoma epidural?

A

Ocorre pela ruptura de ramos da artéria meníngea média (mais raramente lesão de seio venoso sagital, veia meníngea média e veias diploicas).

42
Q

É comum ter lesões associadas ao córtex subjacente no hematoma epidural?

A

Não, elas são mais comuns no hematoma subdural.

43
Q

Qual a relevância do hematoma epidural ser de origem arterial (na grande maioria das vezes)?

A

Faz com que ele se instale imediatamente e continue a evoluir progressivamente, podendo alcançar grandes volumes em pouco tempo.

44
Q

Qual o QC do hematoma epidural?

A

Perda da consciência após o TCE (concussão), recuperando após um tempo (intervalo lúcido). Quando o sangue que está acumulando atinge um volume considerável, há degeneração do quadro com piora súbita da consciência, podendo evoluir com hérnia de úncus. Alguns pacientes podem não ter a perda de consciência.

45
Q

Qual o exame de escolha na avaliação do hematoma epidural e qual o achado?

A

TC: coleção hiperdensa biconvexa. Pode ter edema, DLM, apagamento das cisternas e dos ventrículos.

46
Q

Qual a conduta no hematoma epidural?

A

Sintomático com DLM > 5: craniotomia. Assintomático com DLM > 15 mm: craniotomia.

47
Q

O que é a contusão cerebral?

A

É um comprometimento da superfície do cérebro (córtex e subcórtex) com graus variados de hemorragia petequial, edema e destruição de tecido.

48
Q

Por que ocorre a contusão cerebral?

A

Ocorre por desaceleração do encéfalo no crânio, muitas vezes havendo o mecanismo de golpe e contra-golpe.

49
Q

Qual o QC da contusão cerebral?

A

Déficit neurológico em graus variados.

50
Q

Quais as complicações da contusão cerebral?

A

Cicatrizes corticais, favorecendo o aparecimento de epilepsia pós-traumática, e efeito de massa - implica em necessidade de TCs seriadas para avaliar mudança no padrão de lesão 24h após a TC inicial.

51
Q

Qual o prognóstico do TCE leve?

A

A grande maioria se recupera sem sequelas ou outras complicações, porém cerca de 3% apresentam piora inesperada que resulta em disfunção neurológica grave.

52
Q

Devo fazer TC em todo TCE leve? Explique.

A

Não, devo seguir as indicações da Canadian head CT rule, associado ao uso de anticoagulantes.

53
Q

Qual a conduta no TCE leve após realização da TC?

A

Caso haja alteração na TC, neurologicamente anormal ou sintomas -> neurocirurgião. Caso não haja alterações e esse paciente esteja assintomático e alerta, eu reavalio ele por algumas horas e, caso tudo esteja normal -> alta. Orientar atenção para voltar à emergência (próxima questão).

54
Q

Quais manifestações indicam piora do estado mental no paciente com TCE leve?

A

Cefaleia, declínio do estado mental ou déficit neurológico nas primeiras 24h após o trauma.

55
Q

Quais orientações devem ser dadas ao paciente com TCE leve para retornar imediatamente ao serviço de emergência?

A

Sonolência ou dificuldade crescente de acordar o doente, náusea/vômito, convulsões ou espasmo, cefaleia intensa, fraqueza, confusão, alteração pupilar, pulso muito rápido ou lento, padrão respiratório incomum.

Outras orientações: evitar álcool por 3 dias, evitar AAS, evitar sedativo ou analgésico mais forte que paracetamol por 24h.

56
Q

Como o paciente com TCE leve está quando chega à emergência?

A

Pode haver desorientação, amnesia ou perda transitória da consciência, porém estão alertas e falando normalmente quando chegam à emergência.

57
Q

Como o paciente com TCE moderado está quando chega à emergência?

A

Confusos ou sonolentos e com déficit neurológico focal, geralmente.

58
Q

Qual a conduta no TCE moderado?

A

Estabilizar pelo ABCDE, realizar TC e avaliação do neurocirurgião imediatamente. Hospitalizar todos em UTI e realizar exames neurológicos frequentes nas primeiras 12-24h. Além disso, TC nova em 12-24h caso TC inicial alterada ou deterioração neurológica.

59
Q

Quais condições afetam negativamente a evolução de um paciente com TCE grave?

A

Instabilidade hemodinâmica, hipoxemia e retenção de CO2, podendo agravar MUITO o prognóstico.

60
Q

Qual a conduta no TCE grave?

A

Estabilização cardiopulmonar imediata, IOT + VM com FiO2 100%, manter SaO2> 98% e PaCO2 em 35 mmHg. Posso fazer solução salina hipertônica (3%), pois diminui a HIC e leva a uma perfusão cerebral melhor, além do fato de ser uma boa opção em pacientes hipovolêmicos.

61
Q

Durante a reanimação de um TCE grave, qual a CD caso a PAS não consiga ser elevada para > 100 mmHg?

A

A prioridade passa a ser a definição da causa da hipotensão e não mais a avaliação neurológica, por exemplo realizar um FAST.

62
Q

Qual a CD no TCE grave com PAS > 100 e sinais de herniação cerebral (pupilas anisocóricas, resposta motora assimétrica).

A

Realização de TC para procurar lesões com efeito de massa.

63
Q

Qual a PCO2 alvo no paciente com TCE grave e em IOT?

A

PCO2 ~ 35 mmHg.

64
Q

Qual a relevância da avaliação neurológica no paciente hipotenso?

A

Não deve ser levada em consideração. Deve-se estabilizar o paciente antes de realizar a avaliação neurológica.

65
Q

Por que ocorre elevação da PIC após trauma?

A

Logo após o trauma, há perda da autorregulação cerebrovascular, fazendo com que o cérebro não reaja mais às alterações de PAM. Portanto, o aumento de PAM que o paciente tem após o trauma já é capaz de aumentar a PIC (excesso de fluxo). Além disso, pode haver lesões expansivas e aumento da permeabilidade da BHE contribuindo para isso também.

66
Q

O que é a doutrina de Monro-Kelly?

A

O volume do conteúdo do crânio permanece constante, portanto em lesão expansiva, começa a sair líquor e sangue venoso, mantendo a PIC constante. Porém, chega a um limite da saída dessas substâncias e há, então, aumento da PIC. A próxima substância a sair nessa situação é a massa encefálica.

67
Q

Quando está indicada a monitorização da PIC? Como é feita essa monitorização?

A

Em TCE grave e pacientes com alterações na TC, servindo como alvo terapêutico. É feita através da inserção de um catéter no ventrículo (ventriculostomia). Caso haja aumento da PIC, pode-se retirar líquor por esse catéter.

68
Q

Comente sobre a pressão de perfusão cerebral (PPC).

A

PPC = PAM - PIC. O ideal é manter a PPC > 60 mmHg.

69
Q

Qual exame pode me evidenciar um cérebro isquêmico? Explique.

A

A saturação venosa jugular SvjO2, pois um cérebro isquêmico extrai mais O2, diminuindo a saturação na jugular.

70
Q

Qual a PAM alvo no TCE?

A

≥ 100 para 50-69 anos e ≥ 110 para 15-49 e > 70

71
Q

Qual o objetivo e quais são as condutas gerais no tto do TCE?

A

O objetivo é evitar lesões secundárias à hipoxemia e isquemia. As condutas são: IOT + VM; Ventriculostomia; PAM adequada; Cabeceira 30°; Bloqueador neuromuscular (se PIC se manter elevada); Solução salina hipertônica (preferência em relação ao manitol em paciente hipotenso); Manitol hipertônico (devo fazer apenas em pacientes normotensos; para hipotensos eu faço salina hipertônica) ou outro diurético (se PIC se manter elevada); Hiperventilação (idem); Barbitúricos (PIC refratária - são deletérios em paciente hipotenso, só faço em último caso); Fenitoína (diminui convulsão pós traumática precoce - 1s - sem alteração de mortalidade).

DEVO LEMBRAR DE MANTER A PCC > 60 NO TCE GRAVE (posso usar vasopressores para isso).

72
Q

Comente sobre a hiperventilação no TCE.

A

É uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo que a queda na PCO2 diminui a PIC, há vasoconstrição cerebral e piora a isquemia cerebral. Portanto deve ser realizada por curtos períodos e apenas quando tudo não deu certo para controlar a PIC.

73
Q

Comente sobre outras medidas realizadas no TCE grave em UTI.

A

pH gástrico adequado, manter PA adequada, corrigir eletrólitos, glicemia etc, manter coagulação, tromboprofilaxia, …

74
Q

Quando vou iniciar o procedimento para determinar ME?

A

Preguiça

75
Q

Quais exames devem ser realizados para confirmar ME?

A

Preguiça

76
Q

Qual o prognóstico do TCE leve?

A

A grande maioria se recupera sem sequelas ou outras complicações, porém cerca de 3% apresentam piora inesperada que resulta em disfunção neurológica grave.

77
Q

Durante a reanimação de um TCE grave, qual a CD caso a PAS não consiga ser elevada para > 100 mmHg?

A

A prioridade passa a ser a definição da causa da hipotensão e não mais a avaliação neurológica, por exemplo realizar um FAST.

78
Q

Como deve ser a utilização de sedativos, analgésicos e BNM no paciente com TCE?

A

Preferencialemente doses baixas e drogas de ação curta ou com antídotos, para que as drogas não mascarem ou sejam confundidas com a degeneração neurológica.

Deve-se optar por opioides em doses baixas (reversão com naloxone) e sedativos d eação curta, como o midazolam (reversão com o flumazenil).

79
Q

Explique quando realizar a TC no paciente com TCE.

A

Deve ser sempre realizado uma vez estabilizada a hemodinâmica do paciente, devendo ser repetida em 24h caso haja alteração no estado clínico do doente (imediatamente), uso de anticoagulantes, alterações na TC inicial, > 65 anos.

80
Q

Qual solução não deve ser usada no doente com TCE para reanimação e por quê?

A

O soro glicosado, pois a hiperglicemia é prejudicial ao cérebro lesado. Prefere-se a salina isotônica ou o RL.

81
Q

Qual o tratamento para pacientes com o uso dos seguintes anticoagulantes/antiplaquetários: AAS, warfarin, HNF, HBPM, rivaroxabana.

A

AAS: plaquetas. Considerar acetato de desmopressina.

Warfarin: plasma fresco congelado, vitamina K, complexo protrombínico.

HNF: protamina.

HBPM: protamina.

Rivaroxabana: n/a. Talvez haja benefício no complexo protrombínico.

82
Q

Qual o principal uso da hiperventilação no TCE?

A

Como ela produz vasoconstrição cerebral, é capaz de reduzir a PIC, porém caso seja usada por período prolongado irá lesar o cérebro. Portanto, são indicados pequenos períodos de hiperventilação (PCO2 25-30) em pacientes com déficit neurológico agudo até que outras medidas terapêuticas sejam iniciadas, como no hematoma intracraniano enquanto ainda não foi feita a craniotomia.

83
Q

Quando o manitol não deve ser usado e por quê?

A

Em pacientes hipotensos, pois não é capaz de reduzir a PIC em hipotensos e é um diurético potente, podendo piorar a hipotensão e promover mais lesão cerebral secundária.

84
Q

Qual situação é forte indicação do manitol? Qual a dose?

A

No paciente com deterioração neurológica aguda (anisocoria pupilar, hemiparesia ou perda da consicência) no paciente normotenso. A dose habitual é 1g/kg em bolus (5 minutos) e deve ser encaminhado imediatamente para a TC.

85
Q

Quando prefere-se a salina hipertônica em relação ao manitol?

A

Quando o paciente apresenta a deterioração neurológica porém está hipotenso

86
Q

Quais fatores mais ligados à epilepsia pós-traumática no TCE?

A

Convulsões na primeira semana do trauma, hematoma intracraniano e fratura com afundamento.

87
Q

Qual anticonvulsivante e dose é usado na convulsão após o TCE?

A

Fenitoína 1g EV de ataque (não mais que 50 mg/min) com dose de manutenção de 100 mg/8 horas.

88
Q

Quando usar ATB profilático no TCE?

A

Quando houver ferimento penetrante, fratura exposta e fístula liquórica.