Acesso Venoso Central Flashcards

1
Q

O que é um AVC?

A

É um cateter inserido cuja extremidade atinja a VCS ou VCI, independentemente do local de inserção (pode ser de inserção periférica - PICC - ou de inserção central - CICC, como VJI, VF e VSc).

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2
Q

Qual a técnica se passagem de um CVC pela técnica de Seldinger?

A

Preparar a pele > cobrir o paciente > identificar marcos anatômicos > fazer o botão anestésico (lidocaína 1% ou bupivacaína) > canular a veia com a agulha introdutora padrão > inserir o fio guia de ponta J pela agulha de acesso até a marcação no fio > remover a agulha enquanto controlo o fio guia > passar o dilatador (cuidando para não perder o fio guia) > passar o cateter pelo fio guia > retirar o fio guia > aspirar sangue de cada lúmen e enxaguar com solução salina > prender o cateter > confirmar a posição por rx tórax.

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3
Q

Devo usar antimicrobianos tópicos no CVC?

A

Não, pois não houve redução na taxa de infecção, mas sim um aumento na taxa de resistência e colonização por cândida.

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4
Q

Quando e como confirmar a posição do CVC?

A

Devo sempre confirmar, exceto se for um cateter femoral. Pode ser feita com rx tórax ou fluoroscopia.

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5
Q

Como retirar o CVC?

A

Posição supina, fazer a remoção durante a expiração (evitar passagem de ar pelo orifício para dentro dos vasos - embolia gasosa). Deve-se aplicar pressão firme por pelo menos 3 minutos no local.

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6
Q

Quais as consequências do aumento no lúmen dos CVCs?

A

Quanto maior o n° de lúmens, menor é a taxa máxima de infusão, maior a taxa de trombose do cateter e de infecção da corrente sanguínea.

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7
Q

Qual a diferença dos PICCs para os cateteres centrais de inserção central?

A

PICCs: inserção em veias periféricas de MMSS (basílica, cefálica ou braquial), sendo mais fácil a inserção, menos complicação da inserção e melhor tolerância do paciente. Acredita-se que são mais trombogênicos que os CICCs pelo menor lúmen das veias cateterizadas.
CICCs: jugular, femoral e subclávia, sendo geralmente para acesso temporário.
*Não há diferença na taxa de infecção, porém a TVP é mais comum nos PICCs.

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8
Q

Quando so PICCs devem ser evitados?

A

DRC (maior risco de TVP e estenose do vaso).

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9
Q

Quais os usos do CVC?

A

Monitorização hemodinâmica, administração de fluidos e medicamentos e NPT.

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10
Q

Quais as vantagens e desvantagens de cada local de acesso do CICC?

A

Jugular interna: menor risco de pneumotórax. Caso haja formação de um hematoma que possa comprometer a via aérea, é mais fácil de realizar a compressão.

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11
Q

Qual a diferença do AVC pela subclávia direita e pela esquerda?

A

A esquerda permite um melhor posicionamento da ponta do catéter, porém apresenta maior risco de pneumotórax (pelo ápice pulmonar estar mais alto que o direito) e de lesão do ducto torácico, porém a subclávia direita está mais relacionada ao mau posicionamento e trauma do vaso.

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12
Q

Quais as diferenças entre o CVC jugular interno e o subclávio?

A

O subclávio está associado a um menor número de infecção, mas uma maior taxa de falha de inserção e pneumotórax. O subclávio deve ser evitado em coagulopatas pela dificuldade de compressão caso haja formação de um hematoma.

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13
Q

Qual a diferença do CVC femoral para os outros?

A

Está ralacionado a um maior n° de TVP e infecções do cateter, também não permitindo a deambulação.

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14
Q

Quais os principais AVCs para curto prazo (dias)?

A

Os CICCs não tunelizados. Os PICCs também podem ser usados.

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15
Q

Quais as principais complicações relacionadas aos AVCs?

A

Imediatas: sangramento, punção arterial, arritmia, embolia aérea, lesão do ducto torácico (SC ou J esquerdas), mau posicionamento e pneumotórax/hemotórax.
Tardias: infecção, trombose, TEP, estenose venosa, mau funcionamento, migração de cateter, perfuração miocárdica.

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16
Q

Quais as diferenças de complicações de acordo com o sítio do CICC?

A

O CVC na SC está relacionado com maiores complicações mecânicas, porém menos relacionado a infecções e trombose sintomática.

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17
Q

Qual a diferença na incidência de pneumotórax pelo CVC de acordo com os sítios de punção?

A

É a principal causa de pneumotórax iatrogênico.
JI: baixa taxa de pneumotórax (< 0,1%).
SC: maior taxa de pneumotórax (2,3%).

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18
Q

O que pode evidenciar pneumotórax pelo CVC?

A

A presença de ar na aspiração da seringa, sinais e sintomas de desconforto respiratório. Pode evoluir rapidamente com pneumotórax hipertensivo, principalmente em pacientes em VM.

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19
Q

Quando pode ocorrer a embolia gasosa pelo CVC?

A

Na inserção, durante o uso ou no momento da remoção. É uma complicação rara mas potencialmente fatal.

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20
Q

O que aumenta o risco de entrada de ar pelo CVC?

A

Posição vertical, hipovolemia e inspiração durante a inserção do cateter (posição de Trendelemburg reduz esse risco significativamente).

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21
Q

Qual a conduta na embolia gasosa?

A

Trendelemburg + decúbito lateral esquerdo = prender o ar ápice do VD. O2 a 100% está relacionado com maior taxa de absorção desse ar.

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22
Q

Qual o problema da punção inadvertida ao tentar passar um CVC?

A

Apesar de não promover grande sangramento, está relacionada com a formação de um hematoma expansivo que pode comprimir as estruturas adjacentes, como obstrução das VAs. Além disso, pode haver formação de pseudoaneurisma, trombose arterial, hx e AVCi.

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23
Q

Qual a conduta em caso de punção inadvertida da artéria?

A

Retirar imediatamente a agulha e realizar compressão local por pelo menos 15 minutos para prevenir a formação do hematoma.

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24
Q

Qual a conduta se for a artéria for canulada pela agulha?

A

Se for na femora, pode-se retirar e pressionar. Se for na subclávia ou carótida, deixar a agulha na artéria e contatar imediatamente o cx vascular.

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25
Q

Como o CVC pode infectar?

A

No local de saída do cateter ou sistêmica.

26
Q

Quais as manifestações da infecção local do CVC?

A

Inflamação no local de inserção, havendo eritema, crostas e exsudato na região. A maioria dessas infecções não estão associadas a bacteremia.

27
Q

Quais os microrganismos na infecção local de CVC e qual a conduta?

A

Principalmente os estafilococos, respondendo bem a medidas locais, como ATB tópicos (mupirocina). A remoção do cateter geralmente não é necessária. A remoção estará indicada se houver piora ou refratariedade às medidas locais. Se agravar ou aumentar o exsudato: ATB sistêmico.

28
Q

Quais as manifestações da infecção sistêmica pelo CVC?

A

Febre, calafrios (estas são as mais sensíveis), mal-estar, instabilidade hemodinâmica, etc.

29
Q

Qual a conduta em suspeita de infecção sistêmica pelo CVC?

A

Colher HMC (dx se mesmo microrganismo na HMC do cateter e de outro sítio periférico). O tratamento inicial é com ATB empírico, trocando de acordo com a HMC e antibiograma. Devo remover o CVC.

30
Q

Como o CVC promove estenose da veia?

A

Por ele produzir uma lesão na parede do vaso, fazendo com que, após a cura, haja a formação da estenose.

31
Q

Qual a incidência da estenose de veia central relacionada ao CVC?

A

20-40%, estando mais relacionada com a inserção em JI e SC.

32
Q

Qual o QC da estenose de veia central por CVC?

A

A maioria é assintomático, mas pode haver edema de membros superiores, dor e colaterais. O dx é por USG duplex.

33
Q

Qual o tto da estenose de veia central por CVC?

A

Observação se assintomático. Angioplastia se sintomas.

34
Q

Quais os sintomas de trombose venosa por CVC?

A

Dor e edema de extremidades são frequentes, porém muitos são assintomáticos.

35
Q

Qual a conduta na TV por CVC?

A

Após dx com USG, a conduta é anticoagulação com protocolo de TVP. Não devo remover o cateter ou fazer anticoagulação profilática.

36
Q

O que é o mau funcionamento do cateter?

A

É quando ele não permite o fluxo adequado.

37
Q

Quais as causas do mau funcionamento do CVC?

A

Obstrução mecânica (torção, sutura apertada, empurrado contra a parede do vaso) ou trombótica.

38
Q

Quais as indicações para remoção imediata do CVC?

A

Sepse, instabilidade hemodinâmica, baxcteremia persistente apesar de 72h de ATB específico, infecção metastática, tromboflebite supurativa da veia de acesso e infecção do túnel do cateter.

39
Q

O que pode causar e quais são as arritmias relacionadas ao CVC?

A

A presença do fio guia no coração direito, sendo o bloqueio de ramo e as disritmias ventriculares as principais.

40
Q

Como as arritmias relacionadas ao CVC podem ser evitadas?

A

Pela inserção < 16 cm do fio guia.

41
Q

Quais as relações anatômicas da VJI?

A

Seu diâmetro aumenta conforme mais próxima do tórax. Sai do crânio posterior à a. carótida interna, porém torna-se anterior e lateral a ela entre as cabeças do ECM. Nesta região, está a 1-1,5 cm da superfície da pele.

42
Q

Como deve ser a preparação da pele para o CVC na VJI?

A

Antissepsia da pele de todo o pescoço e do tórax acima do mamilo, pois caso o plano inicial de cateterizar a VJI falhe, pode-se tentar a subclávia.

43
Q

Qual o posicionamento do paciente para o CVC na VJI?

A

Posição de Trendelemburg (quando tolerada - aumenta chance de sucesso e reduz risco de embolia gasosa). A cabeça pode ser girada até 45° ou manter-se em posição neutra. Mais que isso pode favorecer a sobreposição da carótida sobre a VJI.

44
Q

Por que a JID é melhor para CVC do que a JIE?

A

Maior diâmetro, caminho mais direto para a VCS (menor risco de caminho errado ou “looping”), cúpula pulmonar direita é mais baixa que a esquerda (menor risco de pneumotórax), ausência de ducto torácico

45
Q

Imagem USG veia e artéria.

A

.

46
Q

Imagem CVC na VJI.

A

.

47
Q

Qual a conduta caso a artéria carótida seja puncionada no CVC de VJI?

A

Devo retirar a agulha imediatamente e aplicar pressão no local por 5-10 minutos

48
Q

Qual conduta antes de realizar um CVC na VJI sem USG?

A

Sempre usar uma agulha de busca para localizar corretamente a VJI.

49
Q

Quais as vias de acesso da VJI?

A

Central, anterior e posterior.

50
Q

Qual a técnica de CVC da VJI de forma central?

A

Insiro a agulha no vértice superior do triângulo formado pela clavícula e os ventres do ECM, inserindo a agulha lateralmente à pulsação da carótida em um ângulo de 30-45° em relação à pele, direciono a agulha em direção ao mamilo ipsilateral. Se o sangue não for aspirado em 2,5 cm de profundidade, retirar a agulha lentamente e observando se retorna sangue. Se a primeira passagem falhar, retirar a agulha totalmente e angular 10° medialmente.

51
Q

Qual a técnica de CVC da VJI de forma posterior?

A

Insiro a agulha ao longo da borda posterior do ECM na junção do terço médio com o inferior do músculo, avançando anteromedialmente em direção à fúrcula.

52
Q

Qual a técnica de CVC da VJI de forma anterior?

A

Palpar o trajeto da carótida, introduzir a agulha 5 cm acima do esterno (ponto médio da borda anterior do ECM) e direcionar a agulha lateralmente à carótida em direção ao mamilo ipsilateral.

53
Q

Quais as pistas da punção arterial inadvertida no CVC de VJI?

A

Sangramento pulsátil, de alta pressão e vermelho vivo.

54
Q

Como deve ser a passagem do fio guia no CVC? Qual a distância percorrida por ele na VJI?

A

Sempre de forma suave e facilmente, sem resistência. Deve percorrer não mais do que 18 cm, que é a distância até a junção átrio-caval (colocar o fio guia dentro do coração por promover arritmias e perfurações).

55
Q

O que fazer caso o fio guia encontra resistência?

A

Pode-se tentar girar ele, mas nunca forçar contra a resistência. Se manter a resistência, eu retiro ele e aspiro para verificar se está mesmo na veia.

56
Q

Qual a conduta caso a retirada do fio guia apresente resistência?

A

Não devo forçar, pois pode romper o fio guia e embolizá-lo. A conduta correta é a remoção de todos os equipamentos junto com o fio guia.

57
Q

Como deve ser a passagem do dilatador?

A

Nunca deve ser junto com o fio guia. Eu devo travar o fio guia e passar o dilatador, pelo risco de lesão da parede do vaso. Só deve ser avançado até a VJI (cerca de 3-4 cm).

58
Q

Como deve ser a passagem do cateter pelo fio guia? Qual a profundidade?

A

Primeiro devo remover o fio guia até que a ponta dele saia pela extremidade do cateter, para, então, inserir o cateter. A profundidade deve ser de 16-18 cm para a JID (20 cm para JIE).

59
Q

Qual a conduta após inserção do cateter?

A

Confirmar função adequada por aspiração de sangue em cada lúmen e lavagem de cada porta com solução salina.

60
Q

Como deve ser confirmada a posição do catéter de VJI? Qual a posição ideal?

A

Rx tórax, USG, fluoroscopia e ecoTE. A melhor posição é na porção inferior da VCS, antes de entrar no AD (antes da bifurcação da traqueia e carina).