Complicações Operatórias - 19m Flashcards

1
Q

Quando podemos dizer que um indivíduo tem febre?

A

> 37,2 pela manhã ou >37,7 à tarde.

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2
Q

Qual a patogenia da febre?

A

A febre ocorre por um reajuste no termostato do corpo (hipotálamo). Quando ocorre por infecções, as bactérias liberam pirógenos exógenos que estimulam a liberação de pirógenos endógenos, culminando nessa alteração do hipotálamo, promovendo vasoconstrição periférica (por isso a pessoa sente frio), calafrios (abalos musculares para gerar calor) e termogênese não relacionada aos músculos.

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3
Q

O que é hiperexia e suas principais causas?

A

Ocorre quando a temperatura ultrapassa 41,5°, tendo como principal causa o AVCh. Outra causa é a infecção grave.

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4
Q

Qual a diferença entre hipertermia e febre?

A

Hipertermia é o aumento da temperatura corporal porém não decorrente do reajuste hipotalâmico, mas sim com uma geração de calor extensa que não consegue ser dissipada, como hipertermia maligna, heat stroke e drogas (iMAO, ADT, cocaína, …).

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5
Q

Quais as principais causas de febre per-operatória (intra-operatória)?

A

Infecções prévias, reação à droga ou à transfusão e hipertermia maligna.

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6
Q

Quais as principais causas de febre nas primerias 24-72h de PO?

A

Atelectasia (principal) e infecção necrosante da ferida cirúrgica (S. pyogenes e C. perfringens - bordas necróticas e crepitação na palpação da ferida).

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7
Q

Quando vou pensar em atelectasia?

A

Naquele paciente submetido à cirurgia (exemplo: abdominal) e faz hipoventilação, tendo como manifestação TÍPICA a febre em até 72h do PO.

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8
Q

Quais as principais causas de febre após 72h de PO?

A

ISC (S. aureus), ITU, pnm, parotidite supurativa, TVP e reação à droga.

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9
Q

Quando pensar em parotidite supurativa? Qual o agente etiológico?

A

Quando houver aumento da glândula, eritema local, leucocitose e febre. Os FR são idade avançada, homens, DM e desidratação. O principal agente é o S. aureus.

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10
Q

Quando pensar em infecção do trato urinário no PO?

A

Febre após 72h com 10^5 UFCs ou 10³ UFCs em caso de cateter.

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11
Q

O que é e por que ocorre a hipertermia maligna (HM)?

A

É uma desordem rara do MEE, hereditária, que ocorre pela exposição a determinados agentes anestésicos (halotano, succinilcolina, enflurano, sevoflurano e isoflurano), deflagrando a crise.

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12
Q

Explique como ocorre a crise de HM.

A

A exposição aos agentes citados promove uma brutal saída de Ca do retículo sarcoplasmático para o citoplasma do miócito, havendo uma contração muscular incessante que aumenta muito o metabolismo muscular, promovendo hipertermia, além de levar à rigidez muscular e distúrbios metabólicos.

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13
Q

Como os distúrbios metabólicos se desenvolvem na HM?

A

Essa contração incessante dos MEE promove maior demanda por O2 do que o organismo é capaz de fornecer, promovendo metabolismo anaeróbico com produção de lactato (acidose metabólica AG elevado), além de morte celular (rabdomiólise), promovendo hiperK, hiperP, mioglobinúria.

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14
Q

Qual o sinal mais precoce e confiável da HM? Comente sobre outros achados.

A

É o desenvolvimento de hipercapnia resistente ao aumento da ventilação minuto. Outros achados são rigidez do masseter, rigidez muscular generalizada (que, na presença de bloqueadores neuromusculares, é patognomônico de HM) e alterações ECG da hiperK.

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15
Q

Quando ocorre a HM?

A

Geralmente após 30 minutos da anestesia, mas pode ocorrer até 24h após a cirurgia.

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16
Q

Qual a conduta em HM?

A

Suspender a cx (caso não seja possível, trocar a droga anestésica), iniciar imediatamente o dantrolene (potente relaxante muscular), resfriamento, bicarbonato, …

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17
Q

Qual o mecanismo de ação do dantrolene?

A

Promove o fechamento de canais de Ca. Por isso eu devo evitar usar bloqueadores do canal de cálcio, pois reduzem a eficácia do dantrolene e não são suficientes para controlar essa condição.

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18
Q

Qual a definição de hipotermia?

A

Temperatura corporal central < 35°.

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19
Q

O que é a temperatura corporal central?

A

Não é a oral, axilar nem retal, mas sim por dispositivos especiais de cateter na artéria pulmonar, membrana timpânica, esôfago, reto, …

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20
Q

Como o organismo tenta combater a hipotermia?

A

Liberação de hormônios (cortisol, catecolaminas, T4) e vasoconstrição periférica.

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21
Q

Quais as consequências da hipotermia?

A

Disfunção plaquetária e de fatores de coagulação, propensão à infecção, prejuízo na cicatrização. A hipotermia grave (TCC < 28°) promove o surgimento das ondas J de Osborne no ECG.

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22
Q

Em quais cirurgias vou me preocupar com a ocorrência da hipotermia?

A

Cx prolongadas, com área operada constantemente exposta, reposição volêmica com fluidos não aquecidos previamente

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23
Q

Como tratar a hipotermia?

A

Leve: assegurar VA (IOT) e fazer cristaloides aquecidos caso hipotensão. Moderada (28-32): reaquecimento externo com cobertores térmicos e forced air warming devices. Grave (< 28): reaquecimento interno ativo com irrigação pleural ou peritoneal com soluções aquecidas, hemodiálise e, se necessário, circulação extracorpórea.

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24
Q

Quais os planos da ferida operatória?

A

Pele, TCS, aponeurose e músculos e o órgão alvo da cirurgia (ou cavidade).

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25
Q

Qual a complicação mais benigna da ferida operatória (FO) e o que é?

A

O seroma, sendo o acúmulo de soro e linfa no TCS, ocorrendo principalmente em cx que manuseiam os linfonodos.

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26
Q

Quais as manifestações do seroma?

A

Abaulamento sem dor, sem sinais flogísticos e pode haver drenagem de líquido claro.

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27
Q

Qual o tto do seroma?

A

Como o próprio organismo reabsorve, pode-se aguardar a reabsorção. Porém quando muito volumoso, posso aspirar e fazer curativo compressivo.

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28
Q

O que é o hematoma na FO?

A

É o acúmulo de sangue e coágulos sob a ferida no TCS.

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29
Q

Por que ocorre o hematoma?

A

Por hemostasia inadequada (falha de técnica ou coagulopatia).

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30
Q

Os hematomas são mais preocupantes que os seromas? Explique.

A

Sim, pois há a possibilidade de infecção secundária.

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31
Q

Quais as manifestações do hematoma?

A

Coleção arroxeada, podendo ser dolorosa e drenar conteúdo vinho-avermelhado.

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32
Q

Qual o tto do hematoma?

A

Se volumoso, tratar com abertura da região, limpeza e ressutura.

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33
Q

O que é a deiscência aponeurótica?

A

É a abertura dos folhetos musculoaponeuróticos (deiscência da ferida operatória).

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34
Q

Quais as manifestações da deiscência aponeurótica? Quando ocorrem?

A

Dor local, abaulamento, saída de secreção sero-sanguinolenta (água de carne), sendo chamada de eventração. Pode ocorrer evisceração (casos graves), e hérnias incisionais. Geralmente ocorrem entre o 4°-14° dia de PO, porém podem estar presentes desde o 1° dia.

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35
Q

Quais fatores aumentam o risco de deiscência aponeurótica?

A

Cx emergência, má técnica, dificuldade cicatricial, IDADE AVANÇADA, aumento da PIA, INFECÇÃO DA FERIDA, HEMATOMA, seroma, GC, OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO, CÂNCER, USO DE CORTICOIDE.

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36
Q

Qual o tto da deiscência aponeurótica?

A

Reoperação (evisceração é emergência cirúrgica - manter compressas umedecidas com solução salina nas alças expostas até encaminha ao CC).

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37
Q

Qual medida pode ser feita no paciente que já apresentou deiscência aponeurótica ou evisceração?

A

Os pontos subtotais pare fechamento da parede abdominal (pontos capinotados).

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38
Q

O que é a infecção do sítio cirúrgico (ISC), também chamada de infecção da ferida operatória?

A

É uma infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados em até 30d a 1 ano (próteses) após a cirurgia.

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39
Q

Quais os tipos de ISC? Explique cada uma.

A

Superficial: somente a pele e/ou TCS, sendo limitada pela fáscia muscular. Profunda: envolve a camada musculoaponeurótica, poupando órgãos e cavidades. De órgãos ou cavidades: qualquer região manipulada durante a operação (empiema pleural, abcesso subfrênico, …).

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40
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC superficial?

A

Manifestações: dor, flogose, febre e pus. Tto: retirar os pontos, drenar e lavar com SF. Não preciso fazer ATB em um primeiro momento (apenas se não melhorar).

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41
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC profunda?

A

Manifestações: dor, febre, flogose e pus. Pode haver fasciíte necrosante (gravíssimo, crepitação da ferida). Tto: abrir os pontos, lavar com SF e fazer ATB.

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42
Q

Quais as manifestações e o tto da ISC de órgãos ou cavidades?

A

Manifestações: febre, distensão, toxemia. Tto: ATB + drenagem. Posso ter que reoperar.

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43
Q

Quais fatores aumentam o risco de ISC?

A

DM, desnutrição, idade avançada, obesidade, IMSP, infecção remota coexistente, tempo prolongado de cx (a chance dobra a cada hora de cirurgia).

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44
Q

Quais as principais complicações GI?

A

Deiscência de anastomose, fístulas e obstrução intestinal.

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45
Q

O que é a deiscência de anastomose GI?

A

É uma descontinuidade parcial em algum ponto de uma anastomose GI.

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46
Q

Quais as consequências da deiscência de anastomose GI?

A

Extravasamento do conteúdo das alças para o peritôneo (peritonite difusa), formação de físculas (enterocutâneas, enterovaginais, enterovesicais), abcessos intra-abdominais e deiscência de ferida operatória.

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47
Q

Quais as manifestações da deiscência de anastomose GI?

A

Taquicardia inexplicada (manifestação extremamente importante, especialmente após bariátrica), leucocitose e aumento de PCR. Pode haver febre, sinais de peritonite, sepse, íleo paralítico.

48
Q

Quais os FR para deiscência de anastomose GI?

A

.

49
Q

Qual a conduta e o tto da deiscência de anastomose GI?

A

A conduta é uma TC para confirmar.

Dieta zero (para promover repouso intestinal), explorar cirurgicamente a região caso peritonite, hx intra-abdominal ou deiscência aponeurótica com evisceração. NÃO deve ser feita uma nova sutura no local, pois outra deiscência ocorrerá invariavelmente. Pode ser feita uma colostomia protetora.

50
Q

O que são as fístulas GI?

A

Fístulas são uma comunicação entre 2 estruturas, sendo que uma delas sempre é uma víscera oca. As GI podem ser entre 2 órgãos ou entre 1 órgão digestivo e uma estrutura não relacionada (pele, bexiga, vagina),

51
Q

Quais as causas de fístulas GI?

A

As principais são iatrogênicas: deiscência de anastomose, lesão inadvertida do intestino não percebida pelo cirurgião.

52
Q

Qual condição está frequentemente associada às fístulas GI? Qual o QC da fístula?

A

A sepse.

Podem estar presentes várias alterações, mas uma importante é a TAQUICARDIA, podendo ter leucocitose, febre e manifestações abdominais.

53
Q

Quais condições favorecem a ocorrência de fístulas GI espontâneas ou pela simples manipulação de alças?

A

A doença de Crohn e a enterite por radioterapia (enterite actínica).

54
Q

Quais os tipos de fístulas GI de acordo com o local para onde vai o conteúdo?

A

Internas ou externas (pele).

55
Q

Quais os tipos de fístulas GI de acordo com a fisiologia?

A

Alto débito (> 500), médio (200-500) ou baixo débito (< 200 ml/24h). O principal local de alto débito é o íleo.

56
Q

Como as fístulas enterocutâneas se manifestam?

A

Secreção entérica pelo dreno ou pela incisão cirúrgica. Nas fístulas de ID proximal, pode haver grande perda de líquido e eletrólitos

57
Q

Quais os distúrbios hidroeletrolíticos mais comuns nas fístulas enterocutâneas?

A

Depende do conteúdo da fístula: 1. Gastroduodenais: perda de K e H -> hipocalemia e alcalose metabólica, além da desidratação por perda de Na (hiponatremia por ADH).

58
Q

Qual a HN das fístulas GI?

A

A maioria se fecha espontaneamente, mas alguns pacientes necessitam de tratamento específico.

59
Q

Qual o tto das fístulas GI?

A

Reposição hídrita, correção dos eletrólitos, ATB para sepse, dieta zero e suporte nutricional, somatostatina (reduz secreções GI). A ferida operatória deve ser aberta e drenada.

60
Q

Quais condições afetam o fechamento espontâneo das fístulas GI?

A
61
Q

Quais fístulas GI necessitam de tto cirúrgico?

A

Aquelas que não fecham espontaneamente.

62
Q

Qual alteração intestinal é comum após a manipulação de alças ou a abordagem cirúrgica delas?

A

A atonia intestinal do pós-operatório, ocorrendo no segmento distal à ressecção e anastomose, por exemplo. A resposta metabólica e endócrina ao trauma contribuem para isso.

63
Q

Quais os tipos de obstrução intestinal precoce do PO e até quando ocorrem?

A

Podem ser funcionais ou mecânicas, ocorrendo em até 30 dias do PO.

64
Q

Quais as obstruções intestinais precoces do PO funcionais?

A

Íleo pós-operatório e íleo adinâmico (paralítico). *IMPORTANTE: apesar de os nomes serem “íleo”, se referem a todo o TGI.

65
Q

Explique o íleo pós-operatório.

A

Não há fator precipitante e a adinamia se resolve em 2-4 dias. Faz parte, provavelmente, de uma resposta normal à anestesia e à cirurgia.

66
Q

Explique o íleo adinâmico.

A

Também chamado de íleo paralítico, é uma obstrução intestinal que se resolve mais tardiamente e existem distúrbios precipitantes, como pancreatite, infecção intra-abdominal, hx, anormalidades eletrolíticas, cx prolongada, pneumonia, hipoK, medicações.

67
Q

Qual a principal causa de obstrução mecânica no PO?

A

As bridas (aderências).

68
Q

Qual a importância das bridas?

A

São a principal causa de obstrução intestinal mecânica fora do período pós-operatório.

69
Q

Quais as manifestações de obstrução intestinal?

A

Vômitos, distensão abdominal e cólica. Quando é de delgado (alta), os vômitos são biliosos, enquanto que quando é baixa (ileal) são fecaloides.

70
Q

Como diferenciar íleo de obstrução mecânica?

A

A principal forma é pela TC.

71
Q

Como prevenir a obstrução intestinal no PO?

A

Técnica correta, pouco manuseio das alças, manter eletrólitos normais, cuidar com opiáceos.

72
Q

Qual o tto das obstruções intestinais?

A

Funcional: eritromicina?, hidratação venosa, correção hidroeletrolítica, suspender opiáceos, … Mecânica: abordagem cirúrgica.

73
Q

Quando a hipertensão PO é mais frequente?

A

No pós-anestésico imediato.

74
Q

Quais as possíveis complicações de um paciente hipertenso no perioperatório?

A

Rotura de anastomoses vascularees e precipitação de emergência hipertensiva.

75
Q

Por que ocorre a hipertensão durante o ato operatório?

A

Sobrecarga de volume, laringoscopia, tração visceral, hipotermina, hipóxia e dor importante (analgesia inadequada) –> ativação do SNAS.

76
Q

Qual a melhor maneira de evitar paroxismos hipertensivos no perioperatório?

A

O controle da PA pré-operatório em indivíduos hipertensos.

77
Q

Qual a conduta em pacientes que se mantenham com níveis críticos de PA no perioperatório e quais níveis são esses?

A

PA > 180/110, devendo ser realizada medicação de meia-vida curta, parenteral (esmolol, labetalol, nitroglicerina ou nitroprussiato de sódio).

78
Q

O que é a emergência hipertensiva?

A

É uma crise hipertensiva em que há PA muito elevada, ocasionando alguma disfunção orgânica aguda: encefalopatia, AVC, angina instável, IAM, IRA.

79
Q

Qual a conduta em pacientes com HAS 2ária?

A

Devo sempre tratas a doença de base antes de qualquer cirurgia eletiva.

80
Q

Qual a principal causa de óbito em idosos após cirurgia não cardíaca?

A

O IAM.

81
Q

Quando ocorre mais comumente o IAM PO?

A

Em até 48h de PO (geralmente).

82
Q

Qual a importância do IAM no PO?

A

Apesar de diversas técnicas novas em relação ao manejo do IAM, o IAM PO ainda possui mortalidade de 30%.

83
Q

Após quanto tempo de IAM eu posso fazer uma cx eletiva?

A

4-6 semanas.

84
Q

Qual a diferença do IAM PO para o IAM sem associação com a cx?

A

O IAM PO é mais grave e mais SILENCIOSO.

85
Q

Como se manifestam os IAM PO?

A

Taquicardia, dispneia, hipotensão, insuficiência respiratória, alteração da consciência e glicemia de difícil controle em diabéticos. A maioria não tem supra de ST. As troponinas cardioespecíficas obrigatoriamente se elevam.

86
Q

Qual a importância das complicações respiratórias no PO?

A

Ocorre em 25% dos pacientes em PO e 25% dos óbitos em cx ocorrem por elas.

87
Q

Por que as complicações respiratórias tendem a ocorrer?

A

Por diminuição na capacidade residual funcional (CRF - por distensão abdominal, obesidade, DPOC, posição supina e diminuição da contratilidade diafragmática pela anestesia geral) e da capacidade vital (CV).

88
Q

Qual a relação da espirometria com as complicações respiratórias?

A

Um valor do volume expiratório forçado no 1° segundo (VEF1) > 2L indica que provavelmente não haverá problemas. Porém quando < 50% disso, maior a incidência de complicações pulmonares.

89
Q

Em quais pacientes eu vou fazer a espirometria pré-op?

A

Alta carga tabágica, necessidade de O2 contínuo (ex: DPOC), ressecção pulmonar, incapacidade de subir 1 lance de escadas, idosos desnutridos e asmáticos.

90
Q

Qual a complicação pulmonar mais frequente? Por que ocorre?

A

Atelectasia. Ocorre por um colapso alveolar segmentar.

91
Q

Qual o QC da atelectasia?

A

Discreto, com febre e pode haver desconforto respiratório (é a causa mais comum de febre em até 72h de PO).

92
Q

Por devemos ter cuidado com a atelectasia?

A

Pois prejudica a drenagem da secreções do parênquima acometido, aumentando o risco de crescimento bacteriano e pnm.

93
Q

Como prevenir a atelectasia?

A

Incentivar ele a tossir e respirar fundo. Além disso, conduzir bem a cx e fazer uma analgesia adequada no PO (reduz a hipoventilação).

94
Q

Qual o tto da atelectasia?

A

Além ads medidas profiláticas, VPP não invasiva e fisioterapia respiratória.

95
Q

Comente sobre a pnm no PO.

A

Aquela que se desenvolve de uma atelectasia costuma ocorrer no 5° dia de PO, devendo ser tratada de forma agressiva com ATB parenterais e culturas.

96
Q

O que é a broncoaspiração?

A

É a aspiração de conteúdo gástrico para a árvore traqueobrônquica. O baixo pH gástrico promove uma queimadura química da VA e inflamação aguda (sd de Mendelson).

97
Q

Quais fatores predispõem à broncoaspiração?

A

Rebaixamento do NC com reflexoos laríngeos prejudicados, relaxamento inadequado do EEI, ausência de jejum no pré-op, obstrução intestinal, trauma, gastroparesia diabética e cx de urgência, além de sonda nasogástrica.

98
Q

Qual o QC da broncoaspiração?

A

Vômitos seguidos de dispneia, sibilância torácica e tosse. Podem estar presentes estertores crepitantes e infiltrado bilateral, sendo comum hipoxemia.

99
Q

Qual o tto da broncoaspiração?

A

Suporte ventilatório (IOT + VM), então aspirar a VA, podendo ou não iniciar ATB. GC não são eficazes.

100
Q

Qual a principal complicação da broncoaspiração?

A

A infecção 2ária.

101
Q

Quais as principais causas de edema pulmonar no PO?

A

Adm excessiva de volume e disfunção ventricular E por IAM de parede anterior.

102
Q

Qual o tto do edema pulmonar no PO?

A

Diuréticos, suporte ventilatório e vasodilatadores. Caso sem resposta: IOT + VM, sendo recomendada a monitorização hemodinâmica invasiva com cateter de Swan-Ganz –> PAOP (pressão de oclusão da artéria pulmonar) > 18 mmHg é regra.

103
Q

Qual a definição de SDRA?

A

É uma insuficiência respiratória hipoxêmica acompanhada de infiltrados radiológicos bilaterais. A SDRA, obrigatoriamente, não pode ser consequência de IC ou sobrecarga de volume.

104
Q

Quais as principais condições que promovem SDRA?

A

Broncoaspiração do conteúdo gástrico, pneumonia, contusão pulmonar, politrauma, pancreatite, exposição à CEC, transfusões múltiplas, sepse, lesão por inalação e quase-afogamento.

105
Q

Qual a patogenia da SDRA?

A

Há dano à célula endotelial do capilar alveolar e lesão das células epiteliais alveolares (pnmcitos I) –> aumento da permeabilidade capilar e prejuízo na produção de surfactante (necrose de pnm II) –> edema alveolar e intersticial, colapso alveolar e hipoxemia.

106
Q

Qual o QC da SDRA?

A

Dispneia de rápida instalação e intensa, 12-48h após o insulto inicial, taquipneia, respiração ruidosa, retrações torácicas e estertores. A radiografia mostra infiltrado bilateral difuso.

107
Q

Qual o tto da SDRA?

A

Suporte respiratório (IOT + VM), intervir na condição de base.

108
Q

O termo tromboembolismo venoso se refere a que?

A

À TVP e ao TEP.

109
Q

Quais os principais FR para doença tromboembólica em pacientes cirúrgicos?

A
110
Q

Qual o QC do TEP?

A

Muito variável e depende do local de alojamento do êmbolo (quanto mais proximal, pior o prognóstico) –> taquipneia e dispneia transitórias, quadros graves de hipoxemia importante, choque obstrutivo, …

111
Q

Comente sobre o d-dímero. Devo solicitá-lo?

A

O d-dímero, sendo um produto da degradação de fibrina, sendo que quando elevado indica um trombo que foi recentemente formado. Porém, como as cirurgias aumentam esse valor, é desnecessária sua solicitação nesses casos.

112
Q

Qual o primeiro exame a ser pedido na suspeita de TEP no PO?

A

A TC helicoidal de tórax com contraste.

113
Q

Qual o tto do TEP?

A

Heparinização sistêmica e/ou anticoagulantes orais (HNF ou HBPM + cumarínico, podendo ou não usar os anticoagulantes orais). Trombólise caso TEP maciço (os que desenvolvem choque). Porém, a cirurgia é CI absoluta à trombólise, sendo feita então a angiografia pulmonar com embolectomia.

114
Q

Quando deve ser iniciada, se necessária, a profilaxia para TEP?

A

Imediatamente antes ou logo após a cirurgia, sendo mantida até a alta hospitalar, quando o pcte já estiver deambulando.

115
Q

Quais cirurgias o paciente deve ser mantido com heparina no PO de forma prolongada (4-6 semanas)?

A

Cirurgias ortopédicas com alto risco para TEP (artroplastia do quadril) e grandes cirurgias oncológicas abdominais.