Preparo Pré-Operatório - 19m Flashcards

1
Q

Qual o objetivo do preparo pré-operatório?

A

Identificar e quantificar a gravidade de uma doença do paciente que possa prejudicar a cirurgia ou a evolução pós-operatória do paciente, além de corrigi-la.

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2
Q

Quais os momentos da cirurgia?

A

Perioperatório (intraoperatório até 48h de PO) e PO tardio (48h até 30d de PO).

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3
Q

Qual a importância de quantificar o risco anestésico-cirúrgico?

A

Pois a cirurgia e a anestesia promovem estresses fisiológicos no paciente, e dependendo da gravidade de sua condição, maior a probabilidade de complicações perioperatórias (até o óbito).

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4
Q

Quais fatores aumentam o risco anestésico-cirúrgico?

A

Procedimento: > 4h, perda sg > 1500 mL, invasão de cavidades (peritoneal, pleural), anestesia geral/bloqueio neuraxial, cirurgia de emergência. Paciente: > 70a, doença CV, pulmonar, DM, renal ou hepática, baixa capacidade funcional e instabilidade CV ou respiratória.

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5
Q

Quais as principais formas de estimar o risco pré-operatório?

A

Através da estimativa dos riscos anestésico (ASA), CV e pulmonar.

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6
Q

Tabela ASA.

A

Sufixo E quando a cirurgia é de emergência.

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7
Q

Quais os escores para estimar o risco CV?

A

Os escores de Fleisher e cols e o índice de risco cardíaco revisado (IRCR).

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8
Q

Escore de Fleisher.

A
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9
Q

Como é usado o IRCR (índice de Lee)?

A

São 6 itens questionados ao paciente: coronariopatia, IC, DRC (Cr > 2), DM usuário de insulina, AVC/AIT, cirurgia de maior porte (vascular, aberta, intratorácica). Caso menos de 2 estejam presentes (1 ou 0), pode-se realizar a cx pois o risco de complicação CV é ínfimo. Caso ≥ 2, devo avaliar a capacidade funcional dele: ≥ 4 METs eu posso fazer a cirurgia; < 4 METs devo fazer um teste cardíaco não invasivo (ecocardiograma de stress ou cintilografia de stress), caso não haja cardiopatia, posso fazer a cx, caso haja, não posso fazer, pois antes devo estabilizar esse paciente.

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10
Q

O que é a capacidade funcional?

A

É o gasto diário do coração.

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11
Q

Quais as estratificações da capacidade funcional?

A

< 4 METs: apenas come, se veste, anda em volta da casa. 4-10 METs: sobe escadas, anda rápido, trabalho doméstico. > 10 METs: esportes (natação, tenis, …).

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12
Q

Por que é importante avaliar a capacidade funcional do paciente?

A

Pois para aguentar a cirurgia e a anestesia, o coração precisa gastar em torno de 4 METs, fazendo com que se o paciente não gasta isso diariamente pois não consegue, ele poderá não ser capaz de suportar a cirurgia e descompensar, aumentando o risco CV.

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13
Q

Quais condições CV que, se presentes, não me deixam operar o paciente?

A

Cardiopatia ativa (devo controlar antes de operar), como angina instável, ICC, arritmia grave e valvopatia grave.

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14
Q

Qual o checklist pré-operatório?

A

1) avaliar o risco cirúrgico (pois pode sobrepor o benefício dela). 2) exames PO. 3) medicações de uso crônico. 4) profilaxia com ATB.

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15
Q

Quais as principais complicações pulmonares no Pós-Op?

A

Atelectasia, infecções, insuf respiratória (VM > 48h ou intubação não programada), hipoxemia e exacerbação de uma DPOC.

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16
Q

Quais os FR para complicações pulmonares no Pós-Op?

A

Os mais importantes: ICC, apneia obstrutiva do sono, tabagismo, DPOC e idade > 60 anos; sítio onde a operação será realizada (quanto mais perto do diafragma, maior o risco).

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17
Q

Quais os parâmetros avaliados na espirometria (prova de função respiratória) e o que significa cada um?

A

Capacidade pulmonar total: volume de ar contido nos pulmões após uma inspiração máxima. Volume residual: volume que permanece nos pulmões após expiração forçada. Capacidade vital forçada: volume de ar expirado forçadamente após inspiraço máxima. Volume expiratório forçado no 1° segundo (VEF1): volume de ar expirado no 1° minuto da CVF. ìndice de Tiffenaud: relação entre o VEF1 e o CVF.

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18
Q

Quais parâmetros são usados para escolher quais exames pedir no pré-operatório?

A

Idade do paciente, tipo de cirurgia e alterações evidenciadas na história/EF (patologias de base).

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19
Q

Quais exames pré-operatórios devem ser solicitados de acordo com a idade do paciente?

A

< 45: nenhum. 45-54: ECG para homens. 55-70: ECG + HMG. > 70: ECG + HMG + eletrólitos + glicemia + função renal (Ur e Cr).

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20
Q

Qual exame deve ser pedido quando o paciente é tabagista?

A

O ECG, independentemente da idade.

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21
Q

Qual exame deve ser pedido quando a paciente é mulher em idade fértil?

A

b-hCG na manhã da cirurgia.

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22
Q

Quais exames devem ser pedidos de acordo com a comorbidade do paciente?

A

Ex: coagulograma para hepatopatas.

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23
Q

De acordo com a cirurgia a ser realizada, quando vou pedir coagulograma?

A

Cx que irá sangrar mais que 2L, neurocirurgia, cirurgias cardíacas ou torácicas.

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24
Q

De acordo com a cirurgia a ser realizada, quando vou pedir rx de tórax?

A

Cx cardíacas ou torácicas.

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25
Q

Em quais situações se justifica a realização de exames de “rotina” no pré-op?

A

Em cx de emergência e em portador de retardo mental.

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26
Q

Quais medicações de uso crônico devem ser mantidas até mesmo no dia da cirurgia?

A

Corticoides (risco de insuficiência suprarrenal caso retirada abrupta), anti-hipertensivos (alguns autores falam para não tomar IECA/BRA no dia da cx) e insulina.

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27
Q

Qual a peculiaridade do uso crônico de corticoides e a cirurgia?

A

A cirurgia (como qualquer trauma), promove uma resposta a esse trauma, que inclui a liberação de cortisol. Caso o paciente use os glicocorticoides em doses que inibam o eixo HHA, não haverá essa resposta do organismo, fazendo com que eu tenha que mimetizar a adrenal do paciente –> dar hidrocortisona EV durante a cirurgia e até 24-48h de PO.

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28
Q

Por que devo manter a insulina e os anti-hipertensivos?

A

Pois operar alguem com hipertensão significa sangrar mais e alguem com hiperglicemia significa maior risco de infecção.

29
Q

Qual a glicemia que eu tolero no paciente para operá-lo?

A

Até 180 mg/dl.

30
Q

Qual a peculiaridade em relação à dose da insulina?

A

Como o paciente irá ficar de jejum antes da cirurgia, devo ajustar a dose da insulina: NPH para 1/2 a 2/3 da dose e a glargina para 1/2 da dose.

31
Q

Quais medicações eu devo suspender antes da cx e por quanto tempo antes?

A

Anti-diabéticos orais (metformina, sulfonilureias, tiazolidinedionas, liraglutida, exenatide) no dia da cirurgia (ele toma a última dose na noite anterior à cx). iSGLT-2 3-4d antes. Acarbose 24h antes. AINEs 1-3d (interferem na coagulação). Antiagregantes plaquetários (AAS) 7-10 dias antes, EXCETO EM coronariopatas (exceto em neurocirurgia). Novos anticoagulantes orais (rivaroxaban e dabigatran) por 24-48h antes. Cumarínicos (warfarin) por 4-5d antes.

32
Q

Qual a peculiaridade da retirada do warfarin no pré-operatório?

A

O warfarin é uma droga que apresenta seu mecanismo anticoagulante por alterar o INR (a pessoa está anticoagulada por ele quando o INR está entre 2-3). Eu devo suspender o warfarin para trazer o INR do paciente para o mais próximo do normal (1), sendo que eu já posso operá-lo quando ≤ 1,5.

33
Q

Qual a minha conduta em pacientes que usam o warfarin porém apresentam uma condição que não podem deixar de ser anticoagulados? Quais são essas condições?

A

As condições são: valva metálica, tromboembolismo recente e embolia arterial. Nesses casos, eu devo fazer uma anticoagulação de ponte, em que eu suspendo o warfarin e inicio heparinização plena (em doses anticoagulantes), podendo ser a HNF ou a HPBM. Porém, quando eu faço isso, eu devo suspender a HNF 6h antes da cirurgia e a HBPM 24h antes.

34
Q

Qual minha conduta em paciente que usa warfarin ou heparina e precisa de uma cirurgia de emergência?

A

Warfarin: infundir plasma fresco 15-20 ml/kg (1h para fazer efeito) e vitamina K (demora mais para fazer efeito, mas é bom para o PO). Heparina (NF): sulfato de protamina.

Caso a cirurgia seja eletiva e o INR do paciente esteja > 1,5 mesmo com a retirada adequada do warfarin, eu posso adm vitamina K.

35
Q

Devo suspender fitoterápicos antes da cirurgia? Explique.

A

Sim, pois podem interferir na coagulação do paciente e produzir um maior sangramento. Gingko biloba: 36h Alho: 7d. Ginseng: 7d.

36
Q

Quais as consequências da tricotomia?

A

A tricotomia aumenta o risco de infecção do sítio cirúrgico (ISC).

37
Q

O que aumenta o risco de ISC pela tricotomia? Como diminuir esse risco?

A

A tricotomia por lâmina e quando é realizada no dia anterior à cirurgia. Portanto, se for realizada a tricotomia, deve ser feita logo antes da incisão e sem lâmina.

38
Q

Comente sobre a alergia ao látex durante o ato operatório.

A

O látex está presente nas luvas dos cirurgiões e a alergia a essa substância pode provocar desde urticárias até choque anafilático. Essa alergia deve ser questionada na anamnese pré-op. A alergia a alguns alimentos está relacionada a alergia ao látex por antígenos compartilhados: kiwi, banana, abacate, pêssego, uva, tomate, papaia, mandioca. Nesses pacientes, a luva deve ser sem látex.

39
Q

Quando deve ser feito o cateterismo gástrico e vesical?

A

Gástrico: cx emergência, esvaziamento gástrico prejudicado (estenose de piloro, oclusão intestinal) - evitar broncoaspiração. Vesical: cirurgias pélvicas/vias urinárias, monitorar perfusão tecidual.

40
Q

Qual o objetivo da antibióticoprofilaxia?

A

Reduzir a probabilidade de ISC.

41
Q

Como decidir a necessidade do uso da antibióticoprofilaxia?

A

Pela classificação da cirurgia quanto a seu grau de contaminação bacteriana.

42
Q

Quais pacientes se beneficiam do uso da antibióticoprofilaxia?

A

Aqueles sujeitos a risco de ISC ou com baixo risco porém com alta morbimortalidade caso a ISC venha a ocorrer.

43
Q

Quais os tipos de cirurgia de acordo com o grau de contaminação bacteriana?

A

Limpa: não penetram em nenhum trato (biliar, GU, GI, respiratório). Potencialmente contaminada: penetram, mas de forma controlada, sem inflamação no local. Contaminada: penetram sem controle, tendo inflamação, porém sem pus. O trauma recente também é (< 6h). Infectada: “ite” supurada, trauma antigo (> 6h) ou contaminação fecal.

44
Q

Qual a recomendação para a cirurgia limpa?

A

Não precisam de ATB, exceto em caso de uso de materiais sintéticos (próteses ortopédicas, telas para hérnias inguinais), de incisão em osso e em casos que se houver infecção, será uma catástrofe (cardíacas, neurocx e vascular de grandes vasos abdominais e periféricos.

45
Q

Quais os principais germes que infectam a cirurgia limpa? Qual ATB usar?

A

Os germes da pele (infecção exógena): S. aureus, epidermidis. Usar as cefalosporinas de 1a geração (cefazolina).

46
Q

Qual a recomendação para a cirurgia limpa-contaminada (potencialmente contaminada) e contaminada?

A

ATB sempre. Em íleo terminal e reto, usar ATB para BGN e anaeróbios (cefoxitina, fluoroquinolona, metronidazol, aminoglicosídeo). Para as outras regiões: cefazolina.

47
Q

Qual a diferença do objetivo do ATB nas cirurgias limpa, potencialmente contaminada e contaminada para a infectada?

A

Nas 3 primeiras, não há infecção, portanto o objetivo é a PROFILAXIA, enquanto que na infectada, o objetivo é o TRATAMENTO. Isso é importante pois irá nortear por quanto tempo o paciente receberá o ATB.

48
Q

Quando devo repetir a dose do ATB?

A

Em casos de cirurgia prolongada (2x a meia-vida da droga) ou em casos de sangramento agudo (pois ele perdeu sangue e ATB).

49
Q

Por quanto tempo manter o ATB?

A

Como já dito antes, depende do tipo de contaminação da cirurgia. No caso da infectada, como o objetivo é a antibioticoterapia, o tratamento se extenderá além do perioperatório. Já nas outras 3, geralmente é restrito ao perioperatório.

50
Q

Quais os fatores relevantes na avaliação nutricional e por que é importante?

A

Perda de peso (> 10%/6m ou > 5%/1m), IMC, anorexia, edema, ferretina, albumina, pré-albumina. São importantes pois a desnutrição afeta significativamente a imunidade do paciente, aumentando o risco de infecção.

51
Q

Quando devo fazer transfusão de hc no pré-operatório? E no pós-op?

A

Apenas quando hb ≤ 7 (seja criança ou adulto). No pós-op, quando hb ≤ 8 ou sintomas de anemia.

52
Q

Qual nível de plaquetas impede a realização de qualquer tipo de cirurgia?

A

≤ 50 mil.

53
Q

Qual anestésico é preferível em pacientes cardiopatas?

A

Deve-se preferir pelos regionais (raqui ou peridural), pois os inalatórios (halotano) promovem depressão miocárdica e vasodilatação, podendo descompensar a cardiopatia do paciente.

54
Q

Qual a relação da PA com a cirurgia?

A

IECA/BRA não devem ser retirados, porém diuréticos sim (volto eles apenas no PO com o paciente ingerindo líquidos). PA < 180/110 não eleva o risco operatório. Cx de emergência com PA maior que isso, devo usar agentes de rápida ação para reduzir essa PA.

55
Q

Qual a relação das estatinas com a cirurgia?

A

Devo mantê-las. Caso o paciente não use estatinas e for submetido a cx vascular, devo introduzir elas até 30 dias de PO.

56
Q

Após quanto tempo de cirurgia de revascularização miocárdica pode-se realizar uma cirurgia não cardíaca?

A

Esse é aquele paciente com IRCR ≥ 2 que foi submetido a avaliação do MET e o dele é < 4. Após 4-6 semanas.

57
Q

Quanto tempo após IAM pode-se realizar uma cirurgia não cardíaca?

A

4-6 semanas.

58
Q

Quais os principais problemas dos DRC em relação à cirurgia?

A

Elevada incidência de isquemia miocárdica, desnutrição, propensão à hiperK, excreção de analgésicos opioides e anestésicos dificultada, maior frequência de complicações hemorrágicas e pobre controle da PA.

59
Q

Quais hepatopatias contraindicam cirurgias eletivas?

A

Hepatites alcólica, crônica e viral aguda, insuficiência hepática fulminante, cirrose classe C de Child-Pugh, coagulopatia grave e complicações graves extra-hepáticas (IRA, cardiomiopatia, IC, hipoxemia).

60
Q

Qual o principal preditor de risco em pacientes cirróticos?

A

A classificação de Child-Pugh. *Outro parâmetro é o MELD, que quando < 10, toleram bem os procedimentos e > 15 não toleram.

61
Q

Quais as conclusões da análise do MELD e Child-Pugh?

A

-Não realizar cirurgia eletiva caso MELD > 15 ou CP C. -MELD 10-15 e CP B só não toleram cardíacas e ressecções hepáticas extensas. -MELD < 10 e CP A toleram bem todas as cirurgias.

62
Q

Qual a importância da ascite na cirurgia?

A

Deve ser corrigida, pois está associada a maior deiscência da ferida operatória e de hérnias umbilicais - repouso, dieta pobre em Na e diuréticos; caso refratário: paracentese.

63
Q

Como deve ser feito o jejum pré-operatório?

A

Sólidos: 6-8h. Leite não-humano: 6h. Leite materno: 4h. Líquidos claros (água, glicose): 2h.

64
Q

Como avaliar a necessidade de realizar ou não profilaxia antitrombótica no pós-operatório?

A

Através do escore de Caprini.

65
Q

Explique a pontuação do escore de Caprini

A

1 ponto: IMC > 25, ACO, 41-60 anos, gravidez, veias varicosas.

2 pontos: 61-74 anos, cirurgia > 45 minutos, confinamento no leito > 3 dias, malignidade.

3 pontos: ≥ 75 anos, hx/HF TEV, trombofilias.

4 pontos: AVC < 1 mês, cirurgias ortopédicas (p joelho e quadril), TRM < 1 mês.

66
Q

Qual a classificação do risco de acordo com a pontuação de Caprini e a conduta para cada grau?

A

Muito baixo (0): deambulação precoce.

Baixo (1-2): compressor pneumático intermitente até começar a deambular.

Moderado (3-4): anterior ou heparina em baixas doses.

Alto (≥ 5): hepatina em baixas doses + dispositivos mecânicos.

67
Q

Qual a peculiaridade da conduta para cirurgias ortopédicas?

A

Pela alta incidência de TEV no pós-op, sempre utiliza-se dispositivos mecânicos associados a heparina profilática (pref HBPM).

68
Q

Caso o paciente use cumarínico no pré-operatório para uma cirurgia, quando retornar ele após a cirurgia?

A

Como ele leva cerca de 48h para apresentar efeito, pode ser iniciado no dia seguinte à cirurgia sem que o risco de sangramento esteja aumentado.