Cirurgia Bariátrica Flashcards

1
Q

Qual a relação da obesidade com outras doenças?

A

A obesidade aumenta a gravidade e a incidência de algumas doenças, como a DM, NASH, distúrbios CV e o câncer (!!!).

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2
Q

Como o tto clínico tem ajudado no sucesso da obesidade mórbida?

A

Tem sido insatisfatório apenas com o uso de dieta, medicações e exercício físico.

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3
Q

Quais as etiologias da obesidade?

A

Primária (uma causa específica não pode ser identificada - 95%) ou secundária (identifica-se uma causa, como Cushing, SOP, distúrbios psiquiátricos - 5%).

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4
Q

Quais os hormônios envolvidos na fome e saciedade?

A

Orexígenos: grelina (produzida no corpo e fundo gástricos).

Anorexígenos: leptina, PYY, GLP-1, CCK.

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5
Q

Qual a relação da grelina com a obesidade?

A

Parece haver uma desregulação na liberação de grelina nos obesos, fazendo com que ela não reduza eficientemente após a refeição, diminuindo a sensação de saciedade.

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6
Q

Qual a classificação da obesidade?

A
Em graus pelo IMC:
Sobrepeso: ≥ 25.
I: ≥ 30 (leve).
II: ≥ 35 (moderada).
III: ≥ 40 (obesidade mórbida/grave).
Ainda no grau III: superobesos ≥ 50 e super-superobesos ≥ 60. Essa subclassificação pois eles tem maior índices de complicações da obesidade.
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7
Q

Quais as indicações da cirurgia bariátrica no Brasil (CFM 2016 2131/15)?

A

IMC > 40, IMC > 35 + comorbidades (HAS, DM, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono, etc) e IMC > 30 no DM 2 refratário atestado por 2 endocrinologistas. Além disso, deve haver falência na terapia clínica por pelo menos 2 anos, ausência de causas secundárias e estabilidade psicológica (não usar drogas ilícias e álcool por 6m, entender a cirurgia, entender que apenas a cirurgia não garantirá bons resultados e avaliação psicológica pré-op).

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8
Q

Qual a idade para realização da bariátrica?

A

A ideal é entre 18-65 anos (> 16 anos podem realizar com autorização).

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9
Q

Quais as técnicas de bariátrica aprovadas pelo CFM?

A

Banda gástrica ajustável, sleeve, by-pass gástrico em Y de Roux, Scopinaro e switch duodenal.

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10
Q

Como a cirurgia pode promover redução do peso do paciente?

A

Através de 2 mecanismos: restritivo (redução da quantidade que o paciente ingere através da diminuição do estômago) e disabsortivo (diminui a superfície de absorção). Existem procedimentos mistos.

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11
Q

Qual o mecanismo envolvido nas técnicas cirúrgicas preconizadas pelo CFM?

A

Restritiva: banda gástrica ajustável e sleeve.
Mista preponderando restritiva: by-pass gástrico.
Mista preponderando disabsorção: Scopinaro e switch duodenal.

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12
Q

Qual o problema das cirurgias puramente restritivas?

A

Que, apesar de o paciente não conseguir se alimentar muito, as bebidas altamente calóricas conseguem ser toleradas, podendo prejudicar a perda de peso e gerar insucesso da cirurgia.

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13
Q

Comente sobre a banda gástrica ajustável. Quais suas complicações?

A

Usa anel regulável que, se a pessoa comer demais, ela vomita. O anel é conectado a um fio que o paciente pode ajustar o anel como ele quiser. Complicações: deslocamento do anel e reganho de peso (o paciente ajusta o anel como quer).

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14
Q

Como é feita a sleeve?

A

Também chamada de gastrectomia vertical, sendo confeccionado um tubo vertical através da retirada da grande curvatura e do fundo gástrico. Passo uma sonda de Fouchet (SOG mais grossa) para não retirar demais o estômago, moldando o estômago.

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15
Q

O que ajuda a explicar o sucesso da sleeve?

A

Não só o componente restritivo mas também a remoção do corpo e fundo promovem uma diminuição importante na secreção de grelina, reduzindo a fome do paciente (perda ponderal até maior que o bypass gástrico em Y de Roux).

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16
Q

Quais as possíveis complicações da sleeve?

A

É a cirurgia com menor índice de complicações: fístula de His (é a deiscência da região do ângulo de His por conta de o esôfago não apresentar serosa e o estômago se dilatar facilmente) e aumenta DRGE.

17
Q

Qual o uso do balão intra-gástrico no tratamento da obesidade?

A

É reconhecido pelo CFM para abordar a obesidade, porém é usado masi como adjuvante para perda de peso de pacientes superobesos com comorbidades, sendo um método PROVISÓRIO. Pode complicar com obstrução intestinal alta, ruptura, migração e úlceras gástricas (recomendado usar IBP durante seu uso).

18
Q

Como é feito o by-pass gástrico em Y de Roux?

A

É realizada uma secção do estômago, criando-se um “pouch” (bolsa) gástrico que é separado do restante do estômago. Esse pouch se comunica com uma alça mais distal de jejuno por uma anastomose e o restante do estômago (destacado desse pouch) se mantém em contato com uma alça duodenal e jejunal, em que é feita uma anastomose distal jejunojejunal.
*Fobi-Capella: usa um anel no pouch gástrico para restringir ainda mais. Não é mais usado hoje praticamente.

19
Q

Quais as vantagens do bypass?

A

É uma cirurgia com excelente resultado na melhora do DM 2 (quase que logo após a cirurgia ele já melhora os níveis glicêmicos).

20
Q

Quais as complicações possíveis do bypass gástrico?

A

Deiscência de anastomose (gastrojejunal é mais comum, sendo identificada pela saída de secreção SEM BILE; a jejunojejunal/enteroentérica SAI BILE), hérnia de Petersen (hérnia interna entre as 2 alças do Y de Roux por não fechamento do meso da região - tto cirúrgico sempre), deficiências nutricionais (p Fe, B12 e B1).

21
Q

Qual o posicionamento do CFM sobre o mini bypass gástrico?

A

É uma cirurgia experimental ainda. A vantagem é que apresenta 1 anastomose a menos (só tem a do pouch).

22
Q

Como é feita a cirurgia de Scopinaro?

A

Também chamada de derivação biliopancreática, é realizada uma hemigastrectomia horizontal com o estômago remanescente sendo anastomosado no íleo (gastroileostomia). O coto duodenal e todo o jejuno são excluídos do trânsito gástrico e “derramam” no canal comum por uma jejunoileostomia, onde há capacidade de absorção de nutrientes. É realizada, no mesmo tempo cirúrgico, uma colecistectomia profilática pois a perda de peso intensa aumenta muito o risco de colecistopatia calculosa (e a VB passa a ser inacessível endoscopicamente após a cirurgia).

23
Q

Quais as complicações da Scopinaro?

A

Úlcera de anastomose (o conteúdo gástrico cai direto no íleo sem a presença de piloro), desnutrição proteica importante, incapacidade de acessar VB endoscopicamente, hérnia de Petersen, deiscência de anastomose.

24
Q

Como é feita a cirurgia do switch duodenal?

A

É uma evolução da Scopinaro com preservação do piloro, não havendo úlcera de anastomose. É realizada uma hemigastrectomia vertical. Em um segundo tempo cirúrgico (geralmente), é realizada a abordagem definitiva com confecção de uma anastomose duodenoileal terminoterminal (porém mais longa que a Scopinaro, sendo menos disabsortiva) e outra jejunoileal. A alça comum é maior que a Scopinaro. Além disso, é realizada colecistectomia (idem Scipinaro) e uma APENDICECTOMIA.

25
Q

Quais as complicações do switch duodenal?

A

Deiscência de anastomose, hérnia de Petersen, desnutrição proteica e nutricional.

26
Q

Qual bariátrica escolher?

A

Hoje as mais usadas são a sleeve e o bypass. O bypass é preferível no paciente com DM 2 e com DRGE (pois a sleeve piora a DRGE, não podendo ser usada nesses pacientes). A sleeve é melhor para polipose familiar (tenho acesso ao estômago para rastreio), câncer gástrico ou tumor gástrico na família.

27
Q

Quando vou suspeitar que a bariátrica complicou com uma estenose? Como abordar esse paciente?

A

Quando o paciente está vomitando e com intolerância alimentar. A conduta é a EDA (ou esofagografia) para dx e a própria EDA já trata dilatando com balão. Caso não deu certo, a sleeve eu posso transformar em bypass e se for bypass eu reconstruo o bypass.

28
Q

Qual a conduta quando há formação de fístula na bariátrica?

A

Seja ela de his, gastrojejunal ou jejunojejunal, eu devo definir se ela é precoce (< 6s) ou tardia (> 6s). Se precoce, a conduta é EDA e stent fechando a fístula, podendo ou não dilatar. Se tardia, devo fazer a septotomia + dilatação.

29
Q

Qual a conduta na coledocolitíase no paciente com bypass?

A

Videolaparoscopia + exploração da via biliar (abri, tirar pedras, deixar um dreno de Kehr).

30
Q

Como abordar a hemorragia como complicação da bariátrica?

A

No geral é autolimitada, porém, se não for, realizar EDA.

31
Q

Por que ocorre, geralmente o reganho de peso após bariátrica e como manejar esse paciente?

A

Geralmente por uma dilatação do estômago remanescente. Pode ser abordado com EDA + uso de plasma de argônico para estenosar a dilatação.

32
Q

Qual a conduta em uma paciente obesa com DRGE grave porém que não quer realizar uma bariátrica?

A

Apesar de ela não querer realizar a bariátrica, O MELHOR TRATAMENTO PARA A DRGE É A BARIÁTRICA!!! Isso pois a obesidade contribui enormemente para a DRGE, fazendo com que uma fundoplicadura não seja suficiente para resolver o problema, mas o bypass sim.

33
Q

Quando suspeitar da deiscência de anastomose?

A

Paciente com febre, taquicardia, taquipneia no 3°-5° dia de pós-op com desconforto abdominal deve ser suspeitado.