Síndrome ictérica II Flashcards

Vias biliares

1
Q

Colecistite aguda - critérios diagnósticos de Tokyo

A

A. Sinais de inflamação local (Murphy +, dor em QSD, massa palpável)
B. Sinais de inflamação sistêmica (leucocitose, febre, PCR elevada)
C. Imagem compatível
- USG típica com Murphy ultrassonográfico, espessamento de parede > 4mm, vesícula distendida > 4cm, cálculo encarcerado e líquido pericolecístico
- TC, RNM ou cintilografia

Suspeita: A + B
Definitivo: A + B + C

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2
Q

Colecistite aguda - classificação

A

Grau III (grave):
- Hipotensão com necessidade de droga
- Rebaixamento do nível de consciência
- Relação PaO2/FiO2 < 300
- Oligúria, creatinina > 2
- Plaquetopenia < 100.000
Grau II (moderada)
- Leucócitos > 18.000
- Massa palpável e dolorosa em QSD
- Evolução > 72h
- Sinais de complicação local
Grau I (leve): sem critério para moderada ou grave

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3
Q

Colecistite aguda - tratamento

A

Grau I: CVL
Grau II: CVL em centro especializado
Grau III: estabilização + cirurgia por cirurgião experiente
Risco proibitivo: manejo conservador + colecistostomia

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4
Q

Colelitíase - fatores de risco para cálculo de colesterol (14)

A
  • Obesidade
  • Dieta gordurosa
  • Perda ponderal rápida
  • Parentes de primeiro grau
  • Gravidez
  • Multiparidade
  • Sexo feminino
  • Aumento da idade
  • Drogas (ceftriaxona, estrogênio, octreotide)
  • Clofibrato
  • NPT
  • Etnicidade (índios americanos PIMA e escandinavos)
  • Doença ileal
  • Hipomotilidade da vesícula
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5
Q

Colelitíase - fatores de risco para cálculo pigmentado preto (4)

A
  • Hemólise crônica (anemia falciforme, esferocitose, talassemias)
  • Fibrose cística
  • Cirrose hepática
  • Doença ileal
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6
Q

Colelitíase - fatores de risco para cálculo pigmentado castanho

A
  • Estase biliar (doença obstrutiva prévia ou cisto biliar congênito)
  • Doença de Caroli
  • Colangite bacteriana crônica + parasitose (asiáticos)
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7
Q

Indicação de colecistectomia na colelitíase assintomática (6)

A
  • Vesícula em porcelana
  • Cálculos associados a pólipos
  • Cálculos > 2,5-3cm
  • Vesícula com anomalia congênita
  • Anemias hemolíticas
  • Portadores de um longo ducto após a junção do colédoco e ducto pancreático
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8
Q

Tríade de Charcot

A

Icterícia + febre com calafrios + dor no HCD

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9
Q

Pêntade de Reynolds

A

tríade + hipotensão + confusão mental

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10
Q

Sinal de Courvoisier-Terrier

A

Vesícula biliar distendida, palpável e indolor

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11
Q

Elemento que divide o fígado em direito e esquerdo

A

Veia porta (linha de Cantlie)

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12
Q

Visão crítica (Strasberg) - passos

A
  1. Dissecção do tecido fibroso e da gordura na região do trígono de Calot
  2. Dissecção da porção inferior da vesícula biliar do seu leito, expondo a placa cística
  3. Identificação de duas estruturas, e apenas duas (ducto cístico e artéria cística), chegando até a vesícula
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13
Q

Trígono de Calot

A

Ducto hepático comum, ducto cístico e borda hepática inferior

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14
Q

Risco para coledocolitíase

A

Risco intermediário
1. Idade > 55 anos
2. Colédoco dilatado
3. Bioquímica hepática alterada

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15
Q

Colangite aguda não grave - clínica e tratamento

A

Tríade de Charcot (icterícia, febre com calafrios, dor em HCD)
Tratamento: ATB + drenagem eletiva

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16
Q

Colangite aguda grave - clínica e tratamento

A

Pêntade de Reynolds (tríade + confusão mental + hipotensão)
Tratamento: ATB + drenagem imediata

17
Q

Colangite aguda - critérios de Tokyo

A

Diagnóstico suspeito: 1 sinal inflamatório sistêmico + colestase ou 1 achado de imagem (A + B ou C)
Diagnóstico definitivo: 1 sinal inflamatório sistêmico + colestase + 1 achado de imagem (A + B + C)

A. Sinais inflamatórios sistêmicos
Febre e/ou calafrios
Achados laboratoriais de resposta inflamatória

B. Colestase
Icterícia
Laboratório evidenciando alteração na função hepática

C. Imagem
Dilatação das vias biliares
Evidência de obstrução (cálculo, estenose)

18
Q

Síndrome de Mirizzi - classificação de Csends

A

Tipo I: sem fístula
Tipo II: fístula ⅓ do hepático comum
Tipo III: fístula ⅔ do hepático comum
Tipo IV: toda a circunferência
Tipo Va: qualquer tipo de fístula colecistoentérica sem íleo biliar
Tipo Vb: qualquer tipo de fístula colecistoentérica com íleo biliar

19
Q

Síndrome de Mirizzi - classificação e tratamento

A

Tipo I: obstrução sem fístula - colecistectomia + colangiografia
Tipo II: fístula até 1/3 da circunferência - rafia primária + dreno de Kehr
Tipo III: fístula até 2/3 da circunferência - coledocoplastia
Tipo IV: fístula de toda circunferência: coledocoplastia ou derivação biliodigestiva
Tipo V: fístula colecistoentérica sem íleo biliar (Va) ou com íleo biliar (Vb) - enterotomia para retirada do cálculo / colecistectomia / enterorrafia ou enterectomia do segmento acometido

20
Q

Colangite biliar primária - fisiopatologia e epidemiologia

A
  • Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta
  • Mulher 30-60 anos / doenças autoimunes (Sjögren) / ↑IgM
21
Q

Colangite ou cirrose biliar primária - diagnóstico

A
  • Fosfatase alcalina elevada
  • Anticorpo antimitocôndria
  • Histopatológico: proliferação dos canalículos biliares e diminuição dos ductos biliares
22
Q

Tumor de Klatskin - Classificação de Bismuth

A

Tipo I: hepático comum
Tipo II: junção dos hepáticos
Tipo IIIa: hepático direito
Tipo IIIb: hepático esquerdo
Tipo IV: ambos os hepáticos

23
Q

Cisto de via biliar - classificação de Todani

A

I: dilatação extra-hepática fusiforme
II: dilatação extra-hepática diverticular
III: dilatação extra-hepática intraduodenal ou coledococele
IVa múltiplas dilatações intra e extra-hepáticas
IVb: múltiplas dilatações extra-hepáticas
V: múltiplas dilatações intra-hepáticas ou doença de Caroli

24
Q

Cisto de via biliar - tratamento

A

I, II e IV → Ressecção da via biliar extra + colecistectomia → anastomose biliodigestiva
III (baixo risco) → Esfincterotomia endoscópica (CPRE)
V → Hepatectomia parcial se restrito; Transplante hepático se difuso

25
Q

Lesão iatrogênica de via biliar - classificação de Strasberg

A

Tipo A : vazamento de bile do coto do ducto cístico ou pequenos ductos biliares na fossa da vesícula biliar (ducto de Luschka)

tipo B : oclusão de parte da árvore biliar, ducto(s) hepático(s) direito(s) comumente aberrantes

tipo C : vazamento de bile do ducto setorial posterior direito dividido

tipo D : vazamento de bile do ducto biliar principal

tipo E : lesão do ducto hepático principal; classificado de acordo com o nível da lesão

E1: lesão >2 cm abaixo da confluência

E2: lesão <2 cm abaixo da confluência

E3: lesão na confluência com comunicação preservada entre os ductos esquerdo e direito

E4: lesão acima ou na confluência biliar sem comunicação entre os ductos esquerdo e direito

E5: lesão do ducto hepático direito aberrante, bem como do ducto principal

26
Q

Lesão iatrogênica de via biliar - tratamento

A

Intraoperatório

Ducto principal
- < 30% da circunferência: Dreno de Kehr
- > 30%: biliodigestiva

Ducto secundário
- < 3 mm: ligadura
- > 3 mm: biliodigestiva

Pós-operatório

  • Fístula ducto cístico: drenagem percutânea + CPRE
  • Fístula trans-hepática: biliodigestiva
  • Estenose cicatricial: CPRE com prótese ou biliodigestiva
27
Q

Colangite biliar primária - clínica e diagnóstico

A
  • Colestase: prurido (mais precoce), icterícia, hiperpigmentação cutânea, xantelasma
  • FA aumentada sem dilatação das vias biliares à USG
  • Disabsorção: esteatorreia, menor absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K)
  • Coagulopatia
  • Dor óssea, fratura

Diagnóstico:
- Anticorpo antimitocôndria
- Biópsia (confirmação, estadiamento)

28
Q

Pólipos de vesícula - indicação de cirurgia

A
  • Sintomáticos
  • Associado a colelitíase
  • Idade > 50-60 anos
  • Diâmetro > 1cm
  • Adenomatosos
  • Crescimento documentado em USG seriada