Penicilinas Flashcards

1
Q

Quais os principais beta-lactâmicos?

A

→ Penicilinas
→ Cefalosporinas
→ Carbapanêmicos
→ Monobactâmicos

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2
Q

Quais as características comuns aos beta-lactâmicos?

A

Todos têm em comum o anel beta lactâmico, sendo diferenciados pela cadeia lateral responsável pelo espectro de ação. Além disso, compartilham do mesmo mecanismo bactericida por inibir a síntese da parede celular bacteriana formada por peptideoglicanos.

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3
Q

Qual o mecanismo de ação das penicilinas?

A

▪ Inibição da síntese da camada de peptideoglicanos da parede celular e lise osmótica – Ação Bactericida.
▪ A síntese de parede celular ocorre em 3 fases. As penicilinas agem na 3ª fase, reação de transpeptidação, onde ocorre a ligação cruzada das cadeias de mureína entre si.
▪ Como as transpeptidases (TPP) foram identificadas pela 1ª vez como as moléculas alvo para ação da PEN, são também chamadas de sítio de ligação da penicilina (Penicilin Bind Protein – PBP).
▪ As TPP não são todas iguais! Tipicamente, as bactérias possuem diversas TPP (PBPs) com especificidades diferentes e complementares para criar diferentes partes da parede celular.
▪ A E. coli possui 6 diversas TPP, algumas delas formam a metade cilíndrica da parede em forma de bastonete, enquanto outras formam suas partes hemisféricas.

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4
Q

Qual grupo de bactérias é mais sensível a penicilinas e por quê?

A

▪ A maior sensibilidade de bactérias GRAM + a penicilinas deve-se, em parte, a maior dependência do peptidioglicano para a constituição de sua parede celular, quando em comparação com bactérias gram negativas

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5
Q

Que fatores determinam ação e dos beta-lactâmicos?

A

▪ Como as TPP estão localizadas no espaço periplasmático entre a membrana citoplasmática e a parede celular, o espectro de ação do β-lactâmico é determinado por 2 fatores:
1) O grau com que ele penetra na membrana externa e na parede celular;
o Hidrofílicos: passam pelos poros da membrana dos GRAM –
Ampi, amoxi, ticar, piperaCILINA
o Hidrofóbicos: passam com dificuldade, logo, têm menor espectro
Oxaciclina “e familiares”; Penicilina G.
2) A sua capacidade de ligação à TPP específica no espaço periplasmático.
o Em geral, os β-lactâmicos têm ação contra várias transpeptidases.
o A Meticilina tem ação seletiva contra uma única transpeptidase do S. aureus.

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6
Q

Qual a relação entre beta-lactâmicos e germes intracelulares?

A

Bactérias intracelulares (ex. Chlamydia): Vivem no interior de células de mamíferos, logo, sofrem pouca ação de β-Lactâmicos, já que estas células não possuem mecanismo de captação deles.

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7
Q

Cite uns principais mecanismos de resistência?

A

Alteração de alvo
Bomba de efluxo
Diminuição da permeabilidade
Fármaco inativado

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8
Q

Como funciona a alteração de alvo como mecanismo de resistência?

A

Algumas GRAM + apresentam PBPs alteradas, exibindo menor afinidade à ligação com β-lactâmicos.
Ex: Staphylococcus aureus (MRSA); Streptococcus do grupo viridans; Streptococcus pneumoniae.

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9
Q

Como funciona a bomba de efluxo como mecanismo de resistência?

A

Algumas bactérias apresentam proteínas de membrana que promovem o bombeamento ativo de β-lactâmicos para fora da bactéria.
Ex: P. aeruginosas; E. coli, N. gonorrheae

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10
Q

Como funciona a diminuição da permeabilidade como mecanismo de resistência?

A

Diminuição da Permeabilidade ao Fármaco pela Ausência de Porinas
Ex: Gram – (Pseudomonas)

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11
Q

Como funciona a inativação de fármacos como mecanismo de resistência?

A

▪ GRAM + (estafilo): secretam penicilinases (β-lactamases) no meio extracelular em grande quantidade.
Ex: S. aureus, Bacillus sp., M. tuberculosis
▪ GRAM -: produzem menor quantidade de β -lactamases mas elas são retidas em pequena quantidade no espaço periplasmático (local mais adequado).
Ex: P. aeruginosa; E. coli; Proteus; Bacterioides sp.

 Klebisiella pneumoniae e Escherichia coli podem produzir β-lactamases de espectro ampliado (ESBL) que os tornam resistentes à maioria dos β-lactâmicos.

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12
Q

Como classificar as penicilinas?

A
*1ª Geração - Naturais ou Benzilpenicilinas:
Penicilina G (cristalina) Penicilina G procaína Penicilina G benzatina Penicilina V
  • Penicilinase-resistente
    Meticilina
    Nafcilina
    Oxacilina

*2ª Geração ou Aminopenicilinas:
Ampicilinas
Amoxcilina

*3ª Geração ou Carboxipenicilinas:
Carbenicilina
Ticarcilina

*4ª Geração ou Ureidopenicilinas:
Piperacilina

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13
Q

Qual o espectro antimicrobiano das penicilinas de primeira geração/naturais/benzilpenicilinas?

A

Perceba que não entram no espectro de ação destas drogas o grande grupo dos bacilos Gram-negativos, patógenos comuns do TGI e vias urinárias.

COCOS:
Streptococcus pyogenes (beta hemolítico, grupo A)
Streptococcus agalactiae (grupo B)
Streptococcus spp dos grupos C, D (S.bovis)
G Streptococcus do grupo viridans (S. mitis, S. sanguis, S. salivarius e outros)
Streptococcus pneumoniae Enterococcus spp (penicilina + gentamicina)
BACILOS:
Corynebacterium diphteriae
Listeria monocytogenes
ESPIROQUETAS:
Lepstopira interrogans Treponema pallidum

COCOS:
Neisseria meningitidis Neisseria gonorrhoeae
BACTÉRIAS ANAERÓBIAS: Bacterioides, Veillonella, Fusobacterium, Peptococcus, Peptostreptococcus e outros.
Exceto B. fragilis e algumas cepas de Fusobacterium
Clostrídios e actinomicetos

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14
Q

Como é a absorção/biodisponibilidade das penicilinas?

A

o PENICILINA G (cristalina)
33% absorção no TGI. pH 2 – destrói rápido (idosos podem ter melhor absorção), daí surgem as penicilinas de depósito.
Absorção rápida e [ ] máxima em 30 – 60 minutos.
Alimento causa adsorção e prejuízos (usar 30 min antes ou 2 horas após)
o PENICILINA. G IM: [ ] máximas em 15 – 30 minutos, mas tem meia vida de 30 minutos. São as Penicilinas G de depósito por serem liberadas lentamente na corrente sanguínea, mantendo relativamente constante a concentração da penicilina por longos períodos
o PROCAÍNA: aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12 horas. níveis por até 4-5 dias.
o BENZATINA: mantém níveis por até 26 dias.
o PENICILINA V
Mais estável em meio ácido que a G.
[ ]s plasmáticas 2-5x maiores.

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15
Q

Como é a administração das penicilinas?

A

▪ Parenteral: Cristalina – EV
Benzatina e Procaína – IM
▪ Enteral (VO): Penicilina V

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16
Q

Como é a distribuição das penicilinas?

A

▪ Maioria dos tecidos exceto próstata e olho.
▪ Para líquor, preferir G Cristalina. Nas meningites penetra melhor na barreira HE.
▪ 60% de ligação às proteínas plasmáticas.

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17
Q

Como é a eliminação das penicilinas?

A

▪ Todos os β-lactâmicos têm eliminação renal: Secreção Tubular (90%) e FG (10%)
▪ A dose de penicilina deve ser ajustada em situação de insuficiência renal
OBS: Probenecida bloqueia a secreção tubular.

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18
Q

Quais os efeitos colaterais das penicilinas?

A
  • Hipersensibilidade
  • Efeitos irritativos no músculo (abcesso asséptico)
  • Efeitos irritativos nos vasos (flebite)
  • Efeitos tóxicos no SNC (convulsão; raros)
  • Intolerância digestivas (5% dos casos)
  • Reação de Jarish-HerxheimerReação de Jarish-Herxheimer
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19
Q

O que é reação de Reação de Jarish-Herxheimer?

A

Ocorre em 70-90% dos pacientes com sífilis secundária, e, menos comumente, com outras formas de sífilis. Consiste em um quadro de febre, cefaléia, calafrios, artralgia e mialgia, em resposta uma grande liberação de endotoxinas a partir da ação bactericida efetiva inicial que ocorre entre 8-24 hs após a administração de penicilina G benzatina.

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20
Q

Quais as indicações de penicilina para pneumonia pneumocócica?

A

Penicilina V 500mg 6/6h 10 dias

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21
Q

Quais as indicações de penicilina para meningite menoingocócica?

A

Penicilina G cristalina 20-24 milhões UI 5 dias (97% sensível).

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22
Q

Quais as indicações de penicilina para faringite estreptocócica?

A

Penicilina V 500mg, VO: 6/6h 7-10 dias
Penicilina G procaína IM 600.000U 7-10 dias
Penicilina G benzatina IM 1.200.000U dose única

23
Q

Quais as indicações de penicilina para abcessos cerebrais?

A

Penicilina G cristalina 20.000.000U + Metronidazol

24
Q

Quais as indicações de penicilina para sífilis recente e latente até um ano?

A

Pen G benzatina 2.400.000U IM e repetir em 7 dias

25
Q

Quais as indicações de penicilina para sífilis após um ano e tardia?

A

Pen G benzatina 2.400.000U IM 1x/sem por 4 sem.

26
Q

Quais as indicações de uretrite gonocócica?

A

Penicilina G procaína 4.800.000U IM dose única + Probenecida

27
Q

Quais os principais usos profiláticos das penicilinas?

A

o Recidiva em febre reumática (1.200.000U benzetacil 1x/cada 21d)
▪ Profilaxia Primária: Pen G Benzatina (1ª escolha) ou Pen V ou Amoxcilina ou Ampicilina.
▪ Profilaxia Secundária: Pen G Benzatina (1ª escolha) ou Pen V
o Parceiros de sifilíticos
o Procedimentos cirúrgicos em pacientes com cardiopatia valvar

28
Q

O que são penicilinas semi-sintéticas?

A

Penicilinas Penicilinases Resistentes
▪ Os grandes representantes são a oxacilina e a meticilina. Reservados para cepas sensíveis de Staphylococcus aureus ou Streptococcus epidermidis.

29
Q

Quais os características da oxacilina?

A

→ Não apresenta boa absorção por VO
→ Espectro aumentado para S. aureus produtores de beta-lactamase
→ T1/2 de 30 min; eliminação por secreção tubular e pela bile.

30
Q

Quais os usos clínicos da oxacilina?

A
▪ Infecções por S. aureus produtores de penicilinases. Sua ação contra outros germes é menor que Penicilina G:
Infecções de pele
Osteomielites
Endocardite
Pneumonias estafilocócicas
Abscessos
31
Q

Quais as principais considerações com relação a resistência?

A

▪ O uso da oxaciclina está cada vez mais restrito. Nos últimos anos, vem aumentando a frequência de S. aureus resistentes a oxacilina (MRSA ou ORSA) comunitários, os chamados CA-MRSA.
▪ Mecanismo: alteração da PBP para PBP2A (não tem afinidade).
▪ Como a resistência é cruzada com outros beta-lactâmicos, o uso de cefalosporinas de 1ª geração como terapia empírica para infecções de pele (principalmente cefalexina) deve ser repensado.
▪ Outras opções úteis para o CA-MRSA (em tratamento ambulatorial): cotrimoxazol (sulfametoxazol + trimetoprima) e clindamicina.

32
Q

O que são penicilinas de 2ª geração/aminopenicilinas/penicilinas de espectro ampliado?

A

→ O grupo amino na cadeia lateral confere carga positiva que aumenta a difusão através dos canais de porina – espectro ampliado para bacilos GRAM negativos – mas não confere resistência às beta-lactamases

33
Q

Quais os características da ampicilina?

A

→ Boa concentração no líquor

→ Estável em meio ácido, logo, tem boa absorção por VO, mas alimentos podem causar retardo ou diminuição da absorção.

34
Q

Quais os características da amoxicilina?

A

→ Ótima absorção VO. Alimento não influencia.
→ Causa menos diarreia
→ Concentração sanguínea máxima em 2 hrs e cerca de 2 a 2,5 vezes maior que a ampicilina
→ Boa concentração em secreção brônquica, seios nasais, ouvido médio e bile.
→ Alcança níveis no LCR inferiores à ampicilina.
Menos eficaz que ampicilina contra shigelose.

35
Q

Quais as indicações gerais das penicilinas de 2ª geração?

A

▪ Tratamento de infecções causadas por bactérias produtoras de β-lactamase (exceto estafilococos).
→ Infecções de VAS: sinusite, otite média, bronquite aguda e epiglotite …
→ ITU: E. coli, Enterococcus
→ Infecção por Salmonella e Shigella
→ Mordida

36
Q

Quais as principais considerações com relação aos inibidores de beta-lactamases?

A

• Ligam-se às β-lactamases, inativando-as, impedindo assim a destruição dos antibióticos β-lactâmicos que são substratos dessas enzimas.
• Exemplo: Ácido Clavulânico, Sulbactam, Tazobactam
• São alternativa para o tratamento de infecções causadas por germes produtores de beta-lactamase, como: H. influenza, E. coli, Proteus mirabilis
• Associações:
Amoxicilina + Clavulanato: Clavulin®
Ampicilina + Sulbactam: Unasyn®

37
Q

Quais as principais considerações com relação ao ácido clavulânico?

A

→ Produzido pelo Streptomyces clavuligerus.
→ Pouca atividade antimicrobiana intrínseca.
→ Inibidor “suicida”: liga-se irreversivelmente.
→ Administração: via oral (boa absorção) e parenteral.
→ Combinação com amoxicilina (via oral) e com ticarcilina (parenteral).

38
Q

Quais as principais considerações com relação ao sulbactam?

A

→ Disponível para uso oral ou parenteral com ampicilina;
→ A dose deve ser ajustada em doentes renais.
→ Boa atividade contra cocos Gram-positivos, incluindo cepas produtoras de β-lactamase de S. aureus, aeróbios gram-negativos (mas não Pseudomonas) e anaeróbios.
→ Eficaz nas infecções intra-abdominais e pélvicas mistas.
→ Parece estar relacionada a menor incidência de diarréia que o clavulanato

39
Q

Quais as principais considerações com relação ao tazobactam?

A

→ Inibidor sulfônico do ácido penicilânico da βlactamase.
→ Pouca atividade contra β-lactamases cromossômicas induzíveis das Enterobacteriaceae.
→ Boa atividade contra muitas β-lactamases codificadas por plasmídios.
→ Combinação com a piperacilina em preparação parenteral.

40
Q

Quais as principais considerações com relação as penicilinas de 3ª geração/antipsedomonas/carboxipenicilinas?

A

→ O grupo carboxila na cadeia lateral confere carga positiva que diminui a difusão através dos canais de porina mas confere resistência às beta lactamases.
▪ Ativas contra Pseudomonas aeruginosa.
▪ São drogas de alto custo

41
Q

Quais as principais considerações com relação as carbenicilinas?

A

Menos eficaz contra GRAM + que a ampicilina.

42
Q

Quais as principais considerações com relação a ticarcilina?

A

→ Disponível associado ao clavulanato (Ticarcilina + Clavulanato = Timentin®)
→ Espectro de ação: Proteus indol positivos, Acinetobacter e Pseudomonas aeruginosa.
→ Apresentam sinergismo com aminoglicosídeos.
→ Efeitos colaterais específicos: disfunção plaquetária, neurotoxicidade, sobrecarga de sódio.

43
Q

Quais as principais considerações com relação as penicilinas de 4ª geração/ureidopenicilinas/antipeseudomonas?

A

→ Possui carga negativa e positiva nas cadeias laterais. A ligação de uma molécula de ureia à cadeia confere espectro ampliado e menor toxicidade

44
Q

Quais as principais considerações com relação a piperacilina?

A

Potência contra P. aeruginosa 35 a 100 vezes maior que as carboxipenicilina (3ª geração) e Klebsiella pneumoniae e enterococos.
Pode ser inativada pela beta-lactamase. Alternativa: Piperacilina + Tazobactam: Tazocin®
Resistência de P. aeruginosa: cerca de 8%.
É eliminada por via renal e hepática (através da bile), sendo esta última em grau considerável.
Opções de tratamento para:
a. Pneumonia de repetição dos portadores de fibrose cística (geralmente causado por Pseudomonas spp.)
b. Tratamento das pneumonias em pacientes internados em instituições para idosos, alcoólatras ou desnutridos (geralmente causas por bacilos GRAM -)
c. Pneumonia associada à assistência à saúde.

45
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Pneumonias

A

▪ Streptococcus pneumoniae é o agente mais frequente das pneumonias adquiridas na comunidade.
▪ Droga de escolha: as penicilinas permanecem como opção para tratar estas infecções, porém as penicilinas não têm atividade contra agentes intracelulares (atípicos) e devem ser avaliadas com cuidado em regiões com alta resistência à penicilina.
▪ Outros agentes frequentes: H. influenzae é um dos agentes mais frequentes de pneumonia em idosos e crianças menores de 4 anos. A resistência deste microrganismo às penicilinas varia entre 5 a 30%, conforme a localidade.

46
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Otites e Sinusites

A

▪ Agentes usuais: nas crianças menores de 5 anos, os agentes usuais são Streptococcus pneumoniae e H. influenzae.
▪ Opção: aminopenicilinas geralmente em combinação com ácido clavulânico.

47
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Em processos crônicos

A

A cultura de secreções é importante, podendo estar presentes os estafilococos, bacilos gram-negativos e anaeróbios. Neste caso, devem ser usadas penicilinas com atividade anti-estafilocócica e anti-pseudomonas.

48
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Em pacientes diabéticos

A

Com a cronificação dos processos infecciosos, surge a Pseudomonas spp., como agente frequente, sendo necessário o uso de penicilinas anti-pseudomonas.

49
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Faringites e epiglotites

A

▪ Agente mais frequente: em pacientes não neutropênicos, o agente mais frequente deste tipo de infecção é o S. pyogenes (Streptococcus ß-hemolítico, do grupo A).
▪ Drogas de escolha: as penicilinas G e V ou aminopenicilinas. O uso de ampicilina com inibidor de beta-lactamase ou cefalosporina de terceira geração está indicado.
▪ H. influenzae: nas epiglotites, em crianças e às vezes nos adultos jovens, o H. influenzae é o microrganismo envolvido e pode desencadear bacteremia, sendo neste caso tratadas como infecções potencialmente graves, com terapêutica parenteral.

50
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Infecções cutâneas

A

▪ Estreptococo: a maioria destas infecções é causada por estreptococos, em particular as infecções superficiais.
▪ Estafilococo: algumas infecções cutâneas, as mais profundas, que surgem em pacientes diabéticos e as da região da face pós-trauma, são devidas ao estafilococo. Neste caso, deve-se utilizar penicilinas resistentes às penicilinases: oxacilina é a terapêutica mais recomendada.

51
Q

Indicações Clínicas das Penicilinas: Meningites Bacterianas

A

▪ Agentes causadores mais freqüentes: N. meningitides, S pneumoniae e H. influenzae.
▪ Drogas de escolha: penicilina cristalina em altas doses é uma boa opção terapêutica de germes sensíveis.

52
Q

Quais os tipos de reação alérgica?

A

1) IMEDIATA
▪ São as mais perigosas
▪ São reações mediadas por IgE; em cerca de 95% dos casos são dirigidas contra os determinantes antigênicos menores da penicilina.
▪ Os sintomas seguem a liberação de histamina pelos mastócitos e basófilos.

2) ACELERADA
▪ Em geral, não põem a vida em perigo, a menos que ocorra edema de laringe e asfixia.
▪ São decorrentes de anticorpos contra o determinante antigênico principal da penicilina em 95% dos casos.

3) TARDIAS
▪ São as mais frequentes
▪ Aparecem dias a semanas após o início da terapia com a penicilina, sendo a erupção morbiliforme a manifestação mais comum.
▪ Pode-se ainda observar: urticária associada a artralgia, ou associada ao angioedema e à doença do soro.

OBS: Os testes cutâneos para alergia à penicilina são úteis somente para reações imediatas.

53
Q

Quais as principais interações medicamentosas das penicilinas?

A

▪ Neomicina oral reduz a absorção da Penicilina V
▪ Ampicilina:
o com anovulatórios provoca hemorragia de escape e falha de ação anovulatória, com chance de gravidez.
o com Alopurinol ou que apresentem hiperuricemia, tornam-se mais predispostos aos exantemas.
o Causa biodisponibilidade reduzida do Atenolol.