Meningite bacteriana aguda Flashcards
O que é meningite bacteriana aguda?
Inflamação das meninges e dos vasos sanguíneos corticais.
Complicações precoces da meningite bacteriana aguda:
Edema cerebral, Hidrocefalia comunicante, vasculite infecciosa com AVE, trombose do seio dural, abscesso cerebral ou coleção subdural, perda auditiva
Complicações tardias da meningite bacteriana aguda:
Atraso do desenvolvimento ou déficits cognitivos, achados neurológicos focais que não perda auditiva, epilepsia
Etiologia: de meningite bacteriana aguda por idade:
RN - Streptococcus agalactie, Listeria monocytogenes, E. coli, Kelbsiella
2 meses - 18 anos: Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae
18 anos - 50 anos: Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae
Mais de 50 anos: Streptococus pneumoniae, Listeria monocytogenes, gram negativos
etiologia meningite bacteriana aguda em alguns casos de saúde:
Imunocomprometidos: Listeria monocytogenes e gram negativos
Ruptura dural, shunt líquor: Staphylococcus aureus, Estafilococs coagulase negativo, gram negativos.
Fratura base de crânio ou fístula liquórica: Pneumococo, H. influenzae, diversos Streptococcus
Principais fatores de risco para meningite pneumocócica:
Pneumonia por pneumococo, sinusite, otite média, alcoolismo, diabetes melitus, esplenectomia, hipergamaglobulinemia, deficiência do complemento, TCE com fratura de base de crânio ou fístula liquórica.
Manifestações clínicas da meningite bacteriana aguda:
A tríade clássica é: febre, cefaleia, rigidez no Cau. Pode haver sinais de irritação meníngea, que podem estar ausentes nos extremos de idade; pode haver crise convulsiva; pode haver púrpuras e petéquias em qualquer dos agentes etiológicos, embora seja mais comum na Neisseria meningitidis.
Manejo inicial em paciente com suspeita de meningite bacteriana aguda:
Colheita de hemocultura, começar antibiótico empírico em até 60 minutos, fazer TC ou RNM se houver indicação e proceder para PL se não houver contraindicações.
indicações para exame de imagem meningite bacteriana aguda:
Pacientes com mais de 60 anos 60 anos ou mais, depressão do nível de consciência, sinais neurológicos focais, papiledema, paciente imunodeprimido, TCE recente, história de lesões no sistema nervoso central, neoplasias, sinusite
Contra indicações punção lombar:
Hipertensão intracraniana, discrasia, suspeita de abscesso epidural , infecção local
Qual o principal a gente de meningite bacteriana aguda?
Brasil: Neisseria meningitidis
Mundo: Streptococcus pneumoniae
Como é o líquor normal?
O aspecto é de água de rocha, límpido, com com menos de cinco leucócitos, mais de 40 MG/dL de glicose ou 0,4 glicose SNC /sangue, proteínas maior que 50
Como é o líquor na meningite bacteriana aguda?
Aspecto Turvo e purulento, com mais de 100 e menos de 10 mil leucócitos predominantemente polimorfonucleares, hiperproteinorraquia de 100 a 500, glicose menor que 40 ou menor que 0,4 relação SNC/sangue
Como é o líquor na meningite viral?
Celularidade maior que 100 e raramente maior que 1000 com predomínio de mononucleares, leve hiperproteinorraquia, glicose geralmente normal
Como é o líquor na meningite tuberculosa?
Celularidade de 10 a 500 com predomínio linfocítico mononuclear, hiperproteinorraquia muito elevada 1000-3000, com glicose menor que 50 na maioria dos casos
Como é o líquor na meningite fúngica?
Celularidade de 5 a 500 com predomínio linfocítico mononuclear, leve hiperproteinorraquia 25-500, com glicose menor que 50 na maioria dos casos
Como tratar a meningite bacteriana aguda?
O antibiótico não pode ser atrasado pela espera da punção lombar deve ser feito em até 60 minutos, antes disso a hemocultura deve ser colhida além de antibiótico terapia deve ser acrescentar Aciclovir em todo caso de terapia empírica para cobrir meningite herpética também deve-se acrescentar Dexametasona dose de 0,15 MG/kg criança ou 10 mg endovenosa a cada 6 horas durante 4 dias, 20 minutos antes da primeira dose de antibiótico para diminuir o nível de citocinas inflamatórias
Prematuros e menores de 1 ano de idade devemos usar ampicilina + cefotaxime, deve-se evitar ceftriaxona devido ao risco de kernicterus
Crianças entre um e três meses deve se usar ampicilina mais cefotaxime ou ceftriaxona
Crianças imunocompetentes com mais de três meses e adultos com menos de 55 anos deve-se usar vancomicina + cefalosporina de terceira geração como cefotaxime ou ceftriaxona
adultos com mais de 55 anos e adultos de qualquer idade quando essa crônica debilitante ou alcoolismo deve se usar ampicilina (cobrir ListerIa monocytogenes) + cefotaxima ou ceftriaxona + vancomicina
Em casos de meningite hospitalar ou pós-traumática ou pós-operatória ou em pacientes neutropênicos ou com qualquer doença da imunidade celular deve se usar ampicilina + ceftazidime + vancomicina ou meropenem + vancomicina
Como fazer a profilaxia pós-exposição para H. influenzae?
Ripamficina
Quem recebe a a profilaxia pós-exposição para H. influenzae?
- Todos os residentes no domicílio exceto (as grávidas), se houver uma criança no domicílio que tenha tido contato com caso índice e criança: a) criança contactante com menos de 48 meses de idade e que não seja completamente imunizada para Haemophilus influenzae, b) criança contactante imunodeprimida independente do status demonização, c) criança contactante com menos de 12 meses de idade.
- O caso índice se ele ou ela não tiver recebido ceftriaxona ou cefotaxima
- Crianças em creche berçário que sejam contactantes de um caso índice Independentes da idade quando houver ocorrido dois ou mais casos de doença invasiva no prazo de 60 dias
Quem recebe a a profilaxia pós-exposição para N. meningitidis?
Contactantes domiciliares, pessoas que se alimentem ou durmam no mesmo lugar que o paciente índice; pessoas que tenham contato estreito com paciente índice, como compartilhar escova de dente, talheres, beijo nos sete dias antes do início da doença; profissionais de saúde contato direto com secreções orais do paciente, em ressuscitação, intubação ou aspiração dos 7 dias antes do início da doença; o caso o índice não tiver recebido ceftriaxona ou cafotaxima; contato em berçário ou creche nos sete dias antes do início da doença