Paracoccidioidomicose Flashcards

1
Q

Agente etiológico da Paracoccidioidomicose

A

Paracoccidioides braziliensis. Presente em regiões rurais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Epidemiologia da Paracoccidioidomicose

A
  • Muito presente na América do Sul, principalmente em regiões rurais do Brasil.
  • Mais comum entre os 40-60 anos, com 14:1 no sexo masculino e relacionado com atividades agrícolas. Essa prevalência maior em homens se deve à presença de receptores de estrógenos nas formas infectantes, que atuam inibindo a transformação desses em leveduras. Depois do climatério as proporções vão ficando mais iguais.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a fisiopatologia?

A
  1. Inalação
  2. Formação de Granuloma e adenopatia
  3. Disseminação hematogênica

OBS: A doença pode ficar na forma latente e reativar no futuro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual a forma de transmissão?

A

Inalação do fungo em atividades agrícolas. Não há passagem interpessoal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

A forma aguda atinge mais qual população?

A

Pré-púberes, em proporção igual de sexo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais as formas clínicas da paracoccidioidomicose?

A
  • Juvenil (aguda/subaguda): Adolescentes.
  • Crônica: 30-60 anos
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual o quadro clínico da paracoccidioidomicose juvenil?

A

Vai até os 30 anos. Geralmente, ocorre em adolescentes por conta de resposta autoimune ainda não tão bem maturada.
* Juvenil: Adenomegalia (pode ter fistulização) generalizada, hepatoesplenomegalia, febre, adinamia, perda de peso.

  • Adenopatia interna com massas palpáveis abdominais. Pode promover icterícia por conta da adenopatia acometer o hilo hepático. Pode dificultar a drenagem linfática do intestino, provocando enteropatia perdedora de proteínas (hipoalbuminemia e anasarca) e ascite quilosa.
  • -Envolvimento de adrenais: Hiperpigmentação, anorexia, sintomas gastrointestinais, hipotensão, hipoglicemias e distúrbios hidroeletrolíticos.
  • Osteomielite pode ser comum e envolvimento osteoarticular.

OBS: A adenopatia é principalmente cervical.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual a micose profunda mais comum do Brasil?

A

Paracoccidioidomicose

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os locais mais acometidos?

A
  • Gânglios
  • Pulmões
  • Mucosa labial e bucal
  • Faringe
  • Traqueal
  • Pele
  • Fígado
  • Baço
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual o quadro clínico da paracoccidioidomicose crônica?

A

Principal lugar é o pulmão.
* Lesões mucosa labial, oral, traqueia, esôfago.
* Pode ter adenopatia, principalmente inguinal e cervical.
* Lesões de pele polimórficas, vegetantes, úlceras, pápulas, placas.
* SNC: Cefaleia progressivas, convulsões, déficit motor de progressão lenta.
* Pode evoluir para uma forma disseminada.
* Comprometimento de adrenal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da forma juvenil da paracoccidioidomicose?

A
  • TB ganglionar
  • Linfoma
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que determina a evolução da infecção pelo paracoco para a
forma aguda ou crônica?

A

A resposta imune mais eficaz no controle do paracoco é aquela
mediada pelos linfócitos Th-1, com secreção de IFN-gama, IL-2 e IL12, citocinas importantes na ativação de macrófagos e formação de granulomas. Com isso, a infecção é contida, e o paciente se torna
um portador crônico não doente do paracoco…
…Todavia, alguns pacientes, por motivos constitucionais ou outras
condições relacionadas à redução da imunidade celular (alcoolismo,
desnutrição), apresentam uma resposta imune predominantemente
do tipo Th2, com altos níveis circulantes de IL-4, IL-5 (que induzem eosinofilia) e IL-10 (que inibe a ativação de macrófagos e a
formação de granulomas). Se este perfil for encontrado já no
momento da infecção, teremos a forma aguda; se este perfil se
desenvolver após um longo período de infecção controlada, haverá reativação da paracoccidioidomicose, resultando em sua forma crônica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como é feito o diagnóstico?

A
  • Pesquisa direta do fungo
  • Cultura: Aspirado linfonodal, escarro ou raspado de lesões cutâneas. Se negativos, pode-se fazer histológico.
  • Sorologia: Alta especificidade e sensibilidade ( ELISA). Além disso, serve para controle de cura. Como alguns pacientes podem manter baixos títulos de anticorpos circulantes mesmo após a cura, é interessante confirmar o diagnóstico através da
    demonstração direta do fungo, diante da positividade de uma
    sorologia. Também pode-se usar imunodifusão (mais comum), imunoblot.
  • Radiografia de tórax: Principalmente na forma crônica, em que há acometimento pulmonar.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O que é visto no exame de sangue da paracoccioidomicose?

A

O exame de sangue inespecífico apresenta poucas alterações, em geral compatíveis com “doença crônica”, como anemia e aumento do VHS.
Eosinofilia costuma estar presente nas formas agudas, e monocitose
pode ser encontrada nas formas crônicas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

O que é visto na radiografia?

A

A doença cursa caracteristicamente com infiltrado
pulmonar bilateral simétrico peri-hilar, acometendo predominantemente os terços médios.
* Cavitário, com pequenas cavitações irregulares e confluentes
* Alveolar, de distribuição simétrica peri-hilar (“asa de morcego”);
* Infiltrado micronodular: com nódulos de diferentes tamanhos, ao contrário da tuberculose miliar e da histoplasmose miliar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da forma crônica e como distinguí-las?

A

TB pulmonar.

Além disso, a associação com lesões orais fala mais a respeito da paracoccidioidomicose. Na TB precisa de precaução de aerossóis, enquanto na paracoccidioidomicose não.

17
Q

Qual a diferença da forma moderada e grave na juvenil?

A
18
Q

Qual o tratamento da doença?

A
  • Itraconazol, porém pode-se usar cetoconazol (mais barato, no entanto, mais efeitos adversos como a hepatotoxicidade).
  • SMX-TMP
  • Anfotericina B (situações mais graves e disseminadas)

OBS: O regime de tratamento com itraconazol, cetoconazol e SMX-TMP é geralmente longo (6-12 meses).

19
Q

Qual o aspecto do fungo na pesquisa direta?

A

Aspecto em roda de leme.

20
Q

Quais as principais complicações?

A
  • Fibrose pulmonar
  • Doença de Addison
  • Microstomia
  • Traqueostomia
  • Má-absorção intestinal