Meningite Bacteriana Flashcards

1
Q

Meningite

A

Inflamação das meninges e que pode ser infecciosa ( bactérias, vírus, fungos e micobactérias) ou não infecciosa.

*Geralmente entra aracnoide e pia-máter (leptomeninges)

OBS: As fúngicas e por micobactérias são mais comuns em pacientes imunossuprimidos, HIV.

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Q

Principais agentes bacterianos em adultos

A

Pneumococos e Meningococos. Listeria Monocytogenes em imunossuprimidos. Também presente em extremos de idade.

  • Neisseria meningitdis ( diplococo gram -)
    -Streptococcus pneumoniae (Coco Gram + ) Tem cobertura vacinal
  • Haemophylus influenzae ( Bacilo Gram -) Tem cobertura vacinal
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3
Q

Como ocorre a transmissão da meningite?

A

Respiratória por gotículas.

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4
Q

Principais agentes virais

A

Enterovírus
Adenovírus
Herpes vírus

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5
Q

Definição de meningite bacteriana

A

Infecção purulenta das
meninges e do espaço subaracnoide. Esta condição está relacionada a
uma intensa reação inflamatória no sistema nervoso central, que se
manifesta como rebaixamento do nível de consciência, convulsões,
aumento da pressão intracraniana (PIC) e eventos isquêmicos.

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6
Q

Populações mais afetadas pela meningite bacteriana

A
  1. Crianças de um mês a 5 anos (90%). Porém, pode ocorrer em qualquer idade.
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7
Q

Fisiopatologia da meningite bacteriana

A
  1. Tem como evento inicial a
    colonização das vias aéreas superiores por germes patogênicos, em geral
    organismos capsulados como meningococo, pneumococo e hemófilo
    tipo B.
  2. Dependendo da virulência do microorganismo e da defesa do hospedeiro, pode ocorrer invasão do
    epitélio pelo agente e posterior disseminação para a corrente sanguínea.
  3. Micro-organismos alcançam o plexo coroide, invadem o
    espaço subaracnoide e se multiplicam no liquor. O liquor, por apresentar baixa concentração de imunoglobulinas e
    complemento, é um sítio favorável à multiplicação de bactérias.
  4. A lise bacteriana e a posterior liberação de elementos de sua parede
    celular induz inflamação intensa por produção de citocinas, principalmente TNF-alfa e IL-1. As células envolvidas na síntese destes mediadores são:
    leucócitos (presentes no liquor), células da micróglia, astrócitos e células
    endoteliais da microvasculatura
  5. Citocinas –> Alteram permeabilidade capilar –> Alltera BHE –> Edema vasogênico e permite o
    extravasamento de proteínas e leucócitos para o liquor, elementos que
    determinam a formação de um espesso exsudato.
  6. O exsudato pode bloquear a reabsorção liquórica pelas granulações
    aracnoideas, o que leva à hidrocefalia e ao edema cerebral do tipo
    intersticial.
  7. Perda da autorregulação cerebral
  8. o processo inflamatório no espaço subaracnoide pode acometer
    vasos sanguíneos por contiguidade (vasculite – principalmente nos
    vasos da base do crânio), ocasionando trombose e infarto cerebral
    isquêmico
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8
Q

Principais bactérias envolvidas na faixa do RN até 3 meses

A
  1. Streptococcus agalactiae (Grupo B)
  2. Listeria monocytogenes
  3. bactérias
    Gram-negativas entéricas, por exemplo: Escherichia coli (principal).
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9
Q

Principais bactérias envolvidas na faixa dos 3 meses até os 18 anos

A
  1. Neisseria meningitidis
  2. Streptococcus pneumoniae
  3. Haemophylus influenzae B
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10
Q

Principais bactérias envolvidas na faixa dos 18 anos até os 50 anos

A
  1. Streptococcus pneumoniae ( fica mais prevalente do que o meningococo)
  2. Neisseria meningtidis
  3. Haemophylus influenzae tipo B
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11
Q

Principais bactérias envolvidas acima dos 50 anos

A
  1. Streptococcus pneumoniae
  2. Listeria monocytogenes
  3. bacilos Gramnegativos entéricos, que voltam a ter importância estatística.
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12
Q

Qual é a mais letal e mais mórbido na meningite, o pneumococo ou meningococo?

A

Pneumococo. Ele determina quadros de maior gravidade, com maior chance de sequelas e de letalidade. O Haemophyllus também é menos letal, porém deixa mais sequelas do que o meningococo.

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13
Q

Principal sequela da infecção por Haemophylus

A

Surdez neurossensorial

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14
Q

Fatores de risco para a meningite pneumococa

A
  • sinusite/otite
    média aguda ou crônica
  • Alcoolismo
  • Diabetes
  • Esplenectomia
  • hipogamaglobulinemia
  • trauma cranioencefálico com fratura de base de crânio e fístula liquórica
  • Anemia falciforme
  • Deficiência de LCR
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15
Q

Fatores de risco para a meningite meningocócica

A

Deficiência do sistema
complemento

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16
Q

Principais agentes bacterianos nos idosos

A
  1. Pneumococo
  2. Listeria monocytogenes
17
Q

Quais os pacientes mais acometidos pela Listeria?

A

Idosos, imunossuprimidos e grávidas (26ª-30ª semana por queda na imunidade).

18
Q

Quais os principais agentes bacterianos após procedimentos neurocirúrgicos?

A

Staphylococcus aureus e o Staphylococcus epidermidis

19
Q

Quais os principais agentes bacterianos após punção lombar?

A

S. aureus e Pseudomonas aeruginosa.

20
Q

Quais as síndromes envolvidas nas apresentações clínicas das meningites bacterianas agudas?

A

(1) síndrome toxêmica;
(2) síndrome de
irritação meníngea;
(3) síndrome de hipertensão intracraniana

OBS: A presença de duas delas ao mesmo tempo é muito sugestiva do diagnóstico.

Crianças pequenas, em particular nos lactentes, os sinais e sintomas de irritação meníngea podem estar AUSENTES em
até 50% dos casos.

21
Q

Quais as características da Sd. toxêmica?

A

febre alta, mal-estar geral, prostração e,
eventualmente, agitação psicomotora.
Sinal de Faget pode estar presente.
Em 40-60% das meningites
meningocócicas, um rash cutâneo hemorrágico, marcado pelo
surgimento de petéquias e equimoses disseminadas

22
Q

Quais os sinais que podem evidenciar a Sd. de irritação meníngea?

A
  1. Rigidez de nuca: paciente em decúbito
    dorsal tenta-se fletir seu pescoço.
    Há dificuldade na manobra devido
    à contratura reflexa da musculatura cervical posterior.
  2. Kernig: Há duas formas de se pesquisar
    este sinal: (1) Com o paciente em decúbito dorsal eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia. Ocorre flexão da perna sobre a coxa, e desta sobre a bacia; (2) Com o paciente em decúbito dorsal fletese a coxa sobre o quadril e o joelho sobre a coxa. Quando o examinador tenta estender a perna, o paciente refere dor.
  3. Brudzinski: Flexão involuntária da perna
    sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se tentar fletir a cabeça.
  4. Sinal do desconforto lombar: O paciente em decúbito dorsal
    flexiona um joelho. O examinador coloca sua mão na região plantar ipsilateral, exercendo resistência, e pede ao paciente que empurre com força. O sinal é positivo
    quando o paciente refere uma sensação de “choque elétrico” na região lombar.
23
Q

Quais as características da Sd. de Hipertensão intracraniana?

A
  • Cefaleia holocraniana intensa, náuseas, vômitos, fotofobia e, muitas vezes, confusão mental. Em geral os vômitos são precedidos por náuseas, mas, classicamente, podem ocorrer vômitos “em jato” sem náuseas antecedentes.
  • Crises convulsivas em 30-40%
  • Quando focais, podem indicar a ocorrência de lesões vasculares (vasculite) complicadas por trombose e infarto isquêmico do parênquima cerebral.
24
Q

Diagnóstico de meningite bacteriana

A

Punção lombar (raquicentese - região lombar, entre L1 e S1, sendo mais indicados os espaços L3-L4, L4-L5 ou L5-S1.). No entanto, na presença de rebaixamento do nível de consciência, com deficits focais novos e/ou
papiledema, muitos autores recomendam um exame de neuroimagem antes da punção. Caso se opte por esta conduta, a primeira dose do antibiótico intravenoso deve ser ministrada antes do transporte para a radiologia, e após coleta de hemoculturas.
Neuroimagem: RNM > TC
Hemoculturas e biópsias cutâneas: Em casos de meningite associada à meningococcemia, as hemoculturas
costumam ser positivas e a biópsia de lesões petequiais costuma revelar
o micro-organismo, inclusive de forma rápida pelo método de Gram.

25
Q

Qual a única contraindicação absoluta à punção lombar?

A

Infecção no local da punção (piodermite)

26
Q

Como é a avaliação do LCR?

A
  • Pressão de abertura: Deve ser medida com o paciente em decúbito lateral. Em adultos a pressão normal situa-se abaixo de 18 cmH2O. Na meningite bacteriana,
    os valores estão acima de 18 cmH2 O em 90% dos casos.
  • Coloração: O aumento de células causa turvação. Os neutrófilos degenerados geralmente o tornam turvo e de aspecto purulento. Pode ter coloração branco-leitosa ou ligeiramente xantocrômica (Xantocromia é uma coloração derivada, primariamente, dos pigmentos de bilirrubina). Xantocromia verdadeira encontra-se associada à
    hemorragia subaracnoidea, em que o LCR não se torna límpido após centrifugação, pois é devido à lise de hemácias por período superior a quatro horas. No acidente de punção, o LCR, inicialmente
    xantocrômico, torna-se límpido após centrifugação.
  • Contagem de células: O liquor normal apresenta até 4 células/mm3 , sendo constituído de linfócitos e monócitos. Em casos de meningite bacteriana, a contagem
    celular é maior do que 500 células, com predomínio de neutrófilos (> 70%).
  • Bioquímico:
    1. O valor da glicose no LCR é maior do que 2/3 do
    valor do sangue. Um método mais confiável de avaliar a glicose do
    liquor é relacioná-la à do soro (glicose liquórica/glicose do soro). Em
    meningites bacterianas ocorre hipoglicorraquia, representada por
    glicose inferior a 40 mg/dl ou por uma relação inferior a 0,40, este
    último método sendo mais confiável.
    2. Em meningites bacterianas as proteínas excedem o valor de 45 mg/dl (normal até 30 mg/dl). A quantidade de proteínas varia com a idade, sendo maior nas primeiras semanas de vida e na velhice. Varia, também, com o local da punção.
  • Aglutinação pelo látex: A pesquisa de antígenos bacterianos poderá ser processada pela técnica de aglutinação pelo látex ou contraimunoeletroforese, sendo a primeira mais comumente utilizada. Ambas nos fornecem resultados rápidos. O látex apresenta especificidade de 95 a 100% na meningite por pneumococo e meningococo. No entanto, são pouco sensíveis.
  • Microbiológico: Usado para detectar bactérias. Os mais utilizados são a bacterioscopia pelo Gram e a cultura. Se
    disponível, também podemos empregar a pesquisa de ácidos nucleicos por meio da técnica de PCR (reação em cadeia da polimerase). Esta última possui como vantagem o fato de não sofrer influência do uso recente de antibióticos, pelo menos em relação às primeiras doses do
    tratamento (isto é, se o paciente recebeu antibióticos antes da punção lombar, o Gram e a cultura podem não revelar a presença de bactérias, porém a PCR ainda pode firmar o diagnóstico ao demonstrar a
    existência de fragmentos do material genético do patógeno).
27
Q

Tratamento da meningite bacteriana

A

A aplicação da dose inicial de antibiótico na suspeita da MBA, embora altere um pouco a sensibilidade dos métodos diagnósticos, diminui enormemente a morbiletalidade da doença. ATB empírica.

  • Idade < 3 meses: Ampicilina + ceftriaxona
    (ou cefotaxima)
  • ** Idade 3 meses a 18 anos**: Ceftriaxona (ou cefotaxima). Acrescentar vancomicina nas regiões onde > 2% dos pneumococos apresentam alta resistência à penicilina.
  • 18-50 anos: Ceftriaxona (ou cefotaxima). Acrescentar vancomicina nas regiões
    onde > 2% dos pneumococos apresentam
    alta resistência à penicilina.
  • Idade > 50 anos ou adultos de qualquer idade portadores de alcoolismo ou outras doenças debilitantes: Ampicilina + ceftriaxona (ou cefotaxima). Acrescentar vancomicina nas regiões onde > 2% dos pneumococos apresentam alta resistência à penicilina.
  • Meningite intra-hospitalar, meningite pós-trauma ou pós-neurocirurgia, pacientes neutropênicos ou pacientes
    com distúrbio na imunidade celular
    : Ampicilina + ceftazidima + vancomicina.

A antibioticoterapia é ministrada por via intravenosa, por um período de 7-14 dias, ou até mais, dependendo da evolução clínica e da etiologia.

Existe a terapia específica para cada agente:

  • N. meningitdis: Penicilina G cristalina ou ampicilina;
  • Haemophylus influenzae: ceftriaxone
  • S. pneumoniae: Penicilina G cristalina
  • Estafilococo: Vancomicina
  • Enterobactérias: Ceftriaxone
  • P. aeruginosa: ceftazidima
  • L. monocytogenes: Ampicilina
  • Glicocorticoides para todos os casos ainda sem isolamento bacteriano, porém os principais benefícios são observados em Haemophylus e pneumococo. deve ser iniciado 15-30 minutos antes do início da antibioticoterapia ou, no máximo, junto com a 1 a dose do antibiótico (pois a morte dos micro-organismos por efeito da medicação costuma agravar ainda mais o processo inflamatório no espaço subaracnoide). Seu início > 6h após início do tratamento antimicrobiano é inútil. dexametasona 10 mg IV 6/6 horas por quatro dias.
    OBS: Se utilizarmos a dexametasona para a meningite por pneumococo resistente à penicilina, a rifampicina deve ser acrescentada ao esquema, uma vez que os glicocorticoides diminuem a penetração da vancomicina no sistema nervoso central.

Outras medidas:

  • Isolamento respiratório por 24 horas
  • Hidratação com solução isosmolar evitando a hiper-hidratação, o que agravará o edema cerebral e a Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético
  • Elevar a cabeceira da cama
  • Manitol: promove diurese osmótica e melhora o edema cerebral nos pacientes com HIC. É empregado em dose de ataque de 0,5 a 1,0 g/kg EV e manutenção de 0,25 g/kg a cada 4/4 horas.
  • Diazepam para o tratamento das convulsões e hidantoína ou fenobarbital para o controle.
  • Ventilação mecânica: presença de coma ou arritmias respiratórias.

Uma nova punção lombar após 72h de tratamento é classicamente
indicada para avaliar a evolução das alterações inflamatórias do liquor,
bem como para demonstrar a esterilização do mesmo. Em casos de respostas insatisfatórias podem ser feitas punções seriadas.

28
Q

Quais as medidas de precaução para o paciente com meningite?

A
  • Precaução respiratória contra gotículas (partículas de
    diâmetro > 5 micra) durante as primeiras 24h de ATB.
  • Distância mínima entre dois pacientes > 1 metro. A porta pode permanecer aberta e não são necessários sistemas de filtragem do ar ambiente.
  • Máscara cirúrgica para quem se aproximar do paciente a uma distância < 1 metro.
  • O transporte intra-hospitalar do paciente deve ser limitado ao mínimo indispensável. Quando o transporte for
    necessário, o paciente deve usar máscara cirúrgica.
29
Q

Como é o prognóstico com o tratamento antibiótico?

A

A resposta ao tratamento antimicrobiano corretamente instituído costuma ser RÁPIDA, havendo melhora da confusão mental nas primeiras seis horas de terapia.
A febre também costuma melhorar já
nas primeiras 6-12h.
Os sinais e sintomas da síndrome de irritação meníngea, por outro lado, levam de três a cinco dias para desaparecer. Eventualmente, na doença meningocócica, a febre se mantém ou
reaparece após alguns dias, devido ao surgimento de um quadro de
artrite reativa. Nesta situação, não é indicado manter ou reintroduzir o
antibiótico: o tratamento é feito apenas com as drogas antiinflamatórias habitualmente empregadas nestes quadros.

Quando nos defrontamos com febre de evolução prolongada, devemos
afastar COMPLICAÇÕES DA MENINGITE.

30
Q

Quais as complicações da meningite?

A
  1. Coma
  2. Choque séptico
  3. Comprometimento de pares cranianos.
  4. SIADH: A hiponatremia do quadro piora o edema.
  5. Efusão subdural estéril: Lactentes. USG de crânio diagnostica.
  6. Empiema subdural
  7. Ventriculite: Mais comum em Lactentes. USG observa isso.
  8. Hidrocefalia: pode surgir durante o episódio de meningite ou após a
    resolução do processo infeccioso. É importante o acompanhamento
    ambulatorial de crianças, através de medidas seriadas do perímetro
    cefálico.
  9. Surdez, epilepsia, cegueira, retardo psicomotor, déficit intelectual.
31
Q

O choque séptico é mais relacionado ao pneumococo ou meningococo?

A

Meningococo

32
Q

Quais os pares cranianos que mais podem ser acometidos na meningite bacteriana?

A

VII e VIII

33
Q

Qual a profilaxia da meningite?

A
  • Vacinação: Meningo C, Pentavalente

Pessoas próximas, profissionais de saúde contactantes próximos dos doentes. As drogas escolhidas são rifampicina, ceftriaxone

Para crianças:

  • Criança com vacinação completa: não fazer a quimioprofilaxia.
  • Criança com vacinação incompleta: completar.
    a. < 1 ano: começar e/ou completar a vacinação + a
    quimioprofilaxia.
    b. > 1 ano até 5 anos: 1 dose + quimioprofilaxia.
  • Adultos e/ou contatos domiciliares em ambiente onde existam as
    crianças com menos de quatro anos, além do caso índice, vacinadas –
    não fazer quimioprofilaxia.
    ● Adulto e/ou contato domiciliar em ambiente onde existam as
    crianças < 4 anos, além do caso índice, NÃO vacinadas – fazer
    quimioprofilaxia .
34
Q

Quais os marcadores de mau prognóstico das meningites bacterianas?

A
  1. Rebaixamento do nível de consciência à admissão hospitalar;
  2. Convulsões dentro de 24 horas da admissão hospitalar*;
  3. Extremos das idades (crianças e adultos > 50 anos);
  4. Sinais de aumento da pressão intracraniana;
  5. Choque ou necessidade de ventilação mecânica;
  6. Atraso no início da terapia;
  7. Liquor com glicose < 40 mg/dl ou PTN > 300 mg/d
35
Q

Quais as etiologias da meningite?

A
  • Bacterianas
  • Virais
  • Fúngicas
  • Micobactérias
36
Q

Em que situações se faz um exame de imagem antes da punção lombar?

A

Presença de rebaixamento do nível de consciência, com deficits focais novos e/ou
papiledema, muitos autores recomendam um exame de neuroimagem antes da punção. Caso se opte por esta conduta, a primeira dose do antibiótico intravenoso deve ser ministrada antes do transporte para a radiologia, e após coleta de hemoculturas.

37
Q

Em que momento deve ser feito o corticoide?

A

Deve ser iniciado 15-30 minutos antes do início da antibioticoterapia ou, no máximo, junto com a 1 a dose do antibiótico (pois a morte dos micro-organismos por efeito da medicação costuma agravar ainda mais o processo inflamatório no espaço subaracnoide). Seu início > 6h após início do tratamento antimicrobiano é inútil. dexametasona 10 mg IV 6/6 horas por quatro dias.