Ancilostomíase Flashcards
Ancilostomíase:
1) Agente etiológico
2) Fonte de Infecção
3) Forma de transmissão
4) Veículo de transmissão
5) Via de oenetração
1) Ancylostoma duodenalis e Necator americanus.
2) Humanos - quando defecam contaminam o solo com as fezes contendo o ovo. Ovo eclode, libera uma larva rabditóide que se transforma em uma larva filarióide.
3) Larvas (L3) - larva filarióide, penetra na pele do indivíduo.
4) Solo - geo-helmintos (parte do ciclo biológico ocorre no solo). Em alguns raros casos, pode ocorrer infecção por ingestão da larva em alimento contaminato.
5) Pele
Qual a parasitose do quadro clínico?
B.B.C, sexo feminino, 13 anos. Natural e procedente de Divinolândia de Minas, comparece à UBS com queixa de fraqueza, casaço e dificuldade de acompanhar as atividades esducatuvas na sua escola. Sintomas iniciados há 2 meses. Ectoscopia: prostrada, orientada, hidratada, hipocorada (++/++++), acianótica, anictérica, afebril. ACV: bulhar normorritmicas e normofonéticas em 2 tempos. Sopro sistólico em borda esternal inferior, grau II. AR: som claro pulmonar, ausência de ruído adventícios. AD: abdome plano, presença de ruídos hidroaereos, indolor à palpação superficial e profunda, ausência de massas ou vísceromegalias palpáveis. Exames laboratoriais: Hb 9,5 / VCM 76 / HCM 22.
Pontos importantes:
- Fraqueza, cansaço e dificuldade de acompanhar as atividades educativas na sua escola.
- Prostrada, hipocorada (++/++++).
- Sopro sistólico em borda esternal inferior, grau II - ralação com o processo anêmico.
- Presença de ruído hidroaereos.
- Hb 9,5 (baixa), VCM 76 (diminuído), HCM 22 (diminuído) - causa dos sinais e sintomas, corrobora para quadro de anemia microcítica hipocrômica.
Parasitose: ancilostomíase
Ovos da ancilostomíase
É embrionado e quando eclodido origina uma larva rabditoide que se transforma em larva filarioide.
A eclosão do ovo está relacionada com as condições climáticas do ambiente - climas tropical e subtropical locais de maior susceptibilidade de infecção da doença.
Obs: não é possível diferenciar a espécie (a.duodenale ou n.americanus) pela observação do ovo, devido a grande semelhança morfológica.
Ancilostomíase
1) Reino
2) Filo
3) Ordem
4) Família
5) Gêneros
6) Espécies
1) Animalia
2) Nematoda (parasitos em forma de fio - nêmatos - vermes cilíndricos e alongados e simetria bilateral.
3) Rhabditida
4) Ancylostomatidae - cápsula bucal:
A.duodenale: dentes na cápsula bucal
N.americanus: lâminas cortantes
5) Ancylostoma e Necator
6) Ancylostoma duodenalis
Necator americanus
Aspectos epidemiológicos da ancilostomíase:
- Muito frequente em zonas rurais com condições precárias de moradia e disposição inadequada das fezes, devido ao saneamento básico deficiente.
- Alta prevalência no mundo, principalmente em países de clima tropical e subtropical.
- Importante geo-helmintíase.
Como ocorre a transmissão da ancilostomíase?
Por penetração ativa da larva filarioide L3 na pele do indivíduo.
Larva filarioide é originada da eclosão do ovo, gerando uma larva rabditoide que se transforma na larva filarioide.
Pode ocorrer infecção pela ingesta de alimentos (apenas pelo A.duodenalis)
Necator americanus:
1) Descrição do verme adulto (fêmea e macho).
2) Apenas fêmea - verme adulto
3) Apenas macho - verme adulto
1) Parasitos cilíndricos, com cápsula bucal com 2 lâminas cortantes semilunares subventrais e 2 lâminas subdorsais - penetração e fixação do verme na mucosa do intestino (quadros importantes de anemia e alterações absortivas intestinais).
2) Possui extremidade anterior afilada. É um pouco maior que o macho.
3) Possui bolsa copuladora e espículos longos.
Ancylostoma duodenale:
1) Características do verme adulto (macho e fêmea).
2) Apenas macho - verme adulto
3) Apenas fêmea - verme adulto
1) Parasitos cilíndricos com cápsula bucal com 2 pares de dentes ventrais e na margem interna e 2 lancetas subventrais no fundo - penetração e fixação do verme na mucosa do intestino (quadros importantes de anemia e alterações absortivas intestinais).
2) Possuem bolsa copuladora bem desenvolvida, 2 espículos longos e gubernáculo.
3) Possuem uma extremidade anterior afilada. São um pouco maiores que os machos.
Ciclo biológico da ancilostomíase:
- Monoxênico
1º Penetração da larva filarioide L3 na pele do indivíduo.
2º Larva atinge a corrente sanguínea, migra para os pulmões, é direcionada para a porção respiratória (pode ser expectorada, mas normalmente é deglutida).
3º Quando a larva é deglutida ela se desenvolve nos vermes adultos no intestino delgado.
4º Ocorre a cópula dos vermes adultos no intestino delgado.
5º Fêmea libera os ovos que são liberados nas fezes.
6º No ambiente, em condições adequadas - temperatura (entre 20 e 30°C), umidade alta (em torno de 70 a 90%) e solo arenoso ou argiloso - ocorre eclosão do ovo em cerca de 12 a 24 horas, originando a larva L1 (rabditoide)
7º Larva sofre transformações até atingir a forma de L3 (filarioide), dando continuidade ao ciclo biológico.
Quantos dias após a infecção da ancilostomíase é possível observar a presença de ovos nas fezes do indivíduo?
1) N. Americanus
2) A. Duodelanes
1) 42 a 60 dias
2) 35 a 60 dias
Quais as fases da infecção que interferem nas manifestações clínicas da ancilostomíase (4)?
- Penetração dérmica das larvas (entre dedos)
- Passagem transpulmonar - pode gerar sinais e sintomas agudos respiratórios.
- Sintomas gastrointestinais agudos
Obs: essas 3 primeiras fases são agudas. Normalmente a fase agua se apresenta assintomática. - Comprometimento nutricional crônico
Obs: Normalmente o estágio crônico é aquele que aparece manifestações clínica.
Formas clínicas agudas da ancilostomíase:
1)
2)
3) Manifestações mais crônicas
1) Assintomática
2) Sintomática;
1ª Cutânea: erupções papulovesiculares, pruriginosas e eritematosas - avermelhadas na região da penetração, apresentando coceira.
2ª Respiratória - cilco de Loss - (geralmente assintomática) - quando tem sintomas são eles:
- Tosse leve
- Irritação na faringe
- Febre baixa
- Síndrome de Loeffler (mais raro): tosse seca, sibilância e infiltrados pulmonares migratórios.
3ª Intestinal: cólica abdominal, náuseas, vômitos, diarréia, dos epigástrica, flatulência (principalmente na primeira infecção).
Quando a infecção é mais forte (maior parasitemia): diarréia sanguinolenta e hemorragia gastrointestinal - causadas pela adesão do parasito à mucosa intestinal.
3) - Anemia - vermes ingerem o sangue da mucosa intestinal. Anemia ferropriva (devido a dificuldade de absorção, pela a mucosa, de ferro, mas também de outras vitaminas como a B12).
- Desnutrição hipoproteica - deficiência de absorção proteica, de vitaminas e de minerais.
- Anemia microcítica e hipocrômica.
- Pode evoluir para uma anemia macrocítica, principalmente devido a uma má absorção de vitamina B12.
- Astenia, indisposição, diminuição do apetite.
- Maior cronicidade: geofagia para tentar suprir os minerais que faltam.
Diagnóstico da ancilostomíase:
1) Clínico
2) Laboratoriais
1) É difícil, pois os sinais gastrointestinais não são específicos. Assim, é importante observar o histórico de contato com solo contaminado ou eosinofilia sem explicação.
Observação de sintomas: sintomas cutâneos, respiratórios, intestinais.
2) Clínico laboratorial: realização de hemograma para identificação de anemia e qual tipo de anemia.
Parasitológico (direto): exame parasitológico de fezes (EPF) com encontro de ovos do parasito nas fezes. Utiliza-se o HPJ (qualitativo) ou o Kato-Katz (quantitativo).
Pode-se realizar a coprocultura: cultura das vezes em ambiente adequado e desenvolvimento do embrião do ovo para a larva.
Tratamento farmacológico da ancilostomíase:
- Albendazol: larvicida e vermicida (eficácia de cerca de 100%)
- Mebendazol (eficácia de cerca de 95%)
Obs: esses dois medicamentos possuem contraindicação na gravidez, devido a sua ação teratogênica. - O pomoato de pirantel é a droga de escolha para o tratamento de gestantes.
Obs: essa doença na gestação pode acarretar nascimento de criança com baixo peso.
Obs: O tratamento de sinais e sintomas também é interessante. Ex: indivíduo com anemia ferropriva - pode dar reposição de ferro.
Profilaxia da ancilostomíase
- Medidas de educação em saúde.
- Alimentação.
- Saneamento básico.
- Evitar possíveis fontes de infecção
- Ingerir vegetais cozidos e lavar bem e desinfetar verduras cruas.
- Usar calçados.
- Higiene pessoal.
- Higiene na manipulação de alimentos.
- Tratamento em massa das populações.
- Testes de controle na verificação da cura
- Algumas vacinas estão em estudo.