ONCOLOGIA Flashcards

1
Q

Qual é o MECANISMO DE AÇÃO da QT?

A

Os agentes quimioterápicos, através de diversos mecanismos, interferem na divisão celular, com o objetivo de destruir as células tumorais. O princípio básico é a sua toxicidade para as células que se dividem rápido, e são mais efetivos quanto maior for a taxa de replicação tumoral.

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2
Q

Qual é a VIA DE ADMINISTRAÇÃO da QT?

A

Geralmente é venosa, mas há outras formas de aplicação, como quimioterapia oral, intratecal, intraperitoneal, intravesical e intraarterial, a depender de cada caso.

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2
Q

COMO É REALIZADA A QT?

A

Pode ser feita com a aplicação de um ou mais quimioterápicos, a monoquimioterapia ou poliquimioterapia, respectivamente. A poliquimioterapia tem como objetivo atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e promover maior resposta por dose administrada.

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2
Q

Qual é o PERÍODO DE ADM da QT?

A

A quimioterapia é aplicada em ciclos periódicos, respeitando a recuperação das estruturas normais do organismo do paciente, como a medula óssea e a mucosa do trato digestivo. A dose geralmente é calculada através da superfície corporal do paciente, que leva em consideração o peso e a altura.

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3
Q

OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS MAIS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER INCLUEM: O que são os ALQUILANTES?

A

Eles se ligam ao DNA da célula tumoral de modo a impedir a separação das fitas do DNA, fenômeno este indispensável para a replicação. As principais drogas neste grupo são a mostarda nitrogenada, a ciclofosfamida, as nitrosuréias, a cisplatina/carboplatina e a ifosfamida.

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4
Q

OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS MAIS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER INCLUEM: O que são os ANTIMETABÓLITOS?

A

Eles inibem a síntese dos componentes essenciais do DNA e do RNA.
São ativos contra células que se encontram na fase de síntese do ciclo celular (fase S). Como exemplos temos 5-fluoruracil, metotrexato, pemetrexete, arabinosideo C.

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5
Q

OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS MAIS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER INCLUEM: O que são os ANTIBIÓTICOS ANTITUMORAIS?

A

São um grupo de substâncias que não atuam sobre uma fase específica do ciclo celular, mas interagem com DNA e inibem a síntese deste ácido ou de proteínas. Temos neste grupo a mitomicina C, actinomicina D, bleomicina, daunorrubicina, adriamicina, epirrubicina e mitoxantrona.

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5
Q

OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS MAIS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER INCLUEM: O que são os INIBIDORES MITÓTICOS?

A

Eles interrompem a mitose na metáfase devido a sua ação sobre a proteína tubulina, impedindo a migração dos cromossomos. Neste grupo estão incluídos os alcalóides da vinca (vincristina, vimblastina e vindesina), paclitaxel, docetaxel e etoposídeo.

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6
Q

OS AGENTES ANTINEOPLÁSICOS MAIS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DO CÂNCER INCLUEM: O que são os OUTROS que não estão agrupados nas classes?

A

Há ainda outros agentes que não podem ser agrupados em uma determinada classe farmacológica. Dentre eles temos a dacarbazina, a procarbazina, a L-asparaginase, e outros

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7
Q

PODEMOS AINDA CLASSIFICAR OS QUIMIOTERÁPICOS CONFORME SUA ATUAÇÃO SOBRE O CICLO CELULAR EM: O que são os Quimioterápicos que atuam ciclo inespecífico?

A

Atuam nas células que estão ou não no ciclo proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada

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8
Q

PODEMOS AINDA CLASSIFICAR OS QUIMIOTERÁPICOS CONFORME SUA ATUAÇÃO SOBRE O CICLO CELULAR EM: O que são os Quimioterápicos que atuam fase específica?

A

São aqueles que atuam somente nas células que se encontram em proliferação e em determinadas fases do ciclo celular, como, por exemplo:
o metotrexato (fase S),
o etoposídeo (fase G2) e a
vincristina (fase M).

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9
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: O que é a CURATIVA?

A

Quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, sem necessidade de outra modalidade terapêutica

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9
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: O que é a ADJUVANTE?

A

Quando se segue à cirurgia curativa, tem o objetivo de erradicar doença microscópica, diminuindo a incidência de metástases a distância. Sua indicação baseia-se no risco de recorrência da doença, reduzindo assim o risco de recidiva.

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9
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: O que é a NEOADJUVANTE OU PRÉVIA?

A

Quando indicada para se obter uma redução do tumor, com a intenção de uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Esta forma de tratamento fornece informações importantes sobre a biologia tumoral, pois pode-se avaliar a sensibilidade tumoral “in vivo” aos quimioterápicos

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10
Q

OBJETIVOS DO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: O que é a PALIATIVA?

A

Não tem finalidade curativa, é usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente.

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11
Q

O que é MIELOSSUPRESSÃO?

A

É uma diminuição da atividade da medula óssea que resulta em:
menos glóbulos vermelhos (anemia)
menos glóbulos brancos (neutropenia)
menos plaquetas (trombocitopenia)
Uma condição em que a atividade da medula óssea é diminuída, resultando em menor número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A mielossupressão é um efeito colateral de alguns tipos de tratamentos. Quando a mielossupressão é severa, é denominada mieloablação.

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12
Q

(FGV - ALE/TO - 2024) Entre as condições clínicas necessárias para a administração de quimioterápicos está
A) leucócitos > 4.000/mm3
B) neutrófilos < 2.000/mm3
C) plaquetas > 100.000/mm3
D) hemoglobina > 8g/dL.
E) ureia < 1,7mg/dL.

A

Letra: A

Esta questão requer do concurseiro conhecimento sobre os valores de referência de exames laboratoriais.
Veja:
Leucócitos (4.000-10.000)
Neutrófilos ( 2.000-7.000)
Plaquetas (150.000-400.000)
Hemoglobina (13,5+-1,5 (M) 15+-2 (H))
Ureia (16-40)
Somado a este conhecimento, é preciso ter noção dos efeitos colaterais dos quimioterápicos, onde o mais prejudicial é a capacidade de provocar a diminuição das células de defesa – os leucócitos, originando um quadro chamado de neutropenia. O paciente neutropênico fica mais suscetível a contrair infecções.
Logo, a resposta certa para a questão é a letra A, já que os leucócitos foram os únicos que estavam dentro dos valores de referência e também representam forte fator de proteção para a neutropenia.

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13
Q

O que é NEUTROPENIA?

A

A neutropenia é a primeira alteração importante a ser observada devido à curta meia vida dos neutrófilos, pois apresentam curta meia-vida de 6 a 10 horas. A trombocitopenia é a alteração seguinte, pois as plaquetas apresentam meia-vida de aproximadamente de 7 a 10 dias e a última alteração que é evidente é a anemia
devido ao fato de os eritrócitos possuírem meia-vida de 120 dias.
Um estado de neutropenia é definido pela Associação Americana de Doenças Infecciosas como uma contagem de neutrófilos de 500 células/mm3 ou uma contagem com expectativa de decrescer para este valor durante as próximas 48h. Leon e Pase já consideram neutropenia uma contagem total de neutrófilos menor que 1.000 células/mm3, constituindo alto risco para neutropenia febril uma contagem de neutrófilos menor que 500
células/mm3 e extremo risco neutrófilos menor que 100 células/mm3. Quando ocorre febre associada à neutropenia, tem-se uma urgência oncológica, a neutropenia febril.
* CONSEQUÊNCIAS: A neutropenia induzida tanto por doenças oncohematológicas
primárias e metastização de tumores para medula óssea como por toxicidade da terapêutica oncológica pode atrasar o tratamento, reduzir a dose de antineoplásico utilizada, além de aumentar o risco de infecção, a necessidade de hospitalização e os custos em saúde.

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13
Q

Como são as quimioterapias?

A
  • Quase todos os quimioterápicos são tóxicos à medula óssea;
  • A mielodepressão ou mielotoxicidade é o efeito colateral mais importante e o mais letal no tratamento quimioterápico;
  • Pacientes com tumores hematológicos têm um maior risco à toxicidade hematológica quando comparados com os que têm tumores sólidos;
  • É fator dose limitante e novo ciclo somente é administrado se houver a recuperação medular
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13
Q

O que é PERÍODO DE NADIR?

A

Denomina-se nadir o período pós-quimioterapia, em que o número de leucócitos é o mais baixo desse período, que se verifica em torno entre 7 a 14 dias pós-quimioterapia.
(MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS EM ONCOLOGIA, 2022)

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14
Q

Quais são os quimioterápicos VESICANTES?

A
  • LIGANTES AO DNA:
    ANTRACICLINAS
    DOXORRUBICINA
    DAUNORRUBICINA
    EPIRRUBICINA
    IDARRUBICINA
  • ANTIBIÓTICOS TUMORAIS
    DACTINOMICINA
    MITOMICINA C
    MITOXANTRONA*
    NÃO LIGANTES AO DNA:
  • ALCALOIDES DA VINCA
    VINCRISTINA
    VIMBLASTINA
    VINDESINA
    VINORELBINA
  • TAXANOS
    DOCETAXEL
    PACLITACEL
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15
Q

EXTRAVASAMENTO DE QUIMIOTERÁPICOS: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

O extravasamento do quimioterápico é definido como infiltração
acidental da droga no tecido subcutâneo circunjacente e seus
efeitos tóxicos locais variam, podendo causar dor, necrose tissular
ou descamação do tecido. O potencial vesicante de uma droga, o
volume extravasado, o sítio de infiltração e o tempo de exposição
à droga serão fatores decisivos para determinar a extensão da
lesão.

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15
Q

EXTRAVASAMENTO DE QUIMIOTERÁPICOS: Quais são os FATORES DE RISCOS PARA O EXTRAVASAMENTO?

A
  • Clientes que não podem relatar os sintomas;
  • Clientes com enfermidades vasculares, diabetes, síndrome de Raynaud, etc…
  • Clientes idosos, devido à fragilidade vascular;
  • Clientes com infusão contínua por longo período;
  • Utilização de bombas de infusão;
  • Dispositivos inadequados;
  • Localização inadequada da punção.
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15
Q

Quais são os quimioterápicos NÃO VESICANTES?

A

ASPAGINASE
BLEOMICINA
BORTEZOMIBE
CLADRIBINA
CITARABINA
DECITABINA
FLUDARABINA
METOTREXATO
CICLOFOSFAMIDA
PEMETREXEDE
* ANTICORPOS MONOCLONAIS
CETUXIMABE
BEVACIZUMABE
PERTUZUMABE
RITUXUMABE
TRASTUZUMABE

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16
Q

Quais são os quimioterápicos IRRITANTES?

A

GENCITABINA
* AGENTES ALQUILANTES
CARMUSTINA
IFOSFAMIDA
DACARBAZINA
MELFALANO
* ANTRACICLINAS
DAUNORRUBICINA LIPOSSOMAL
DOXORRUBICINA LIPOSSOMAL
* INIBIDORES DA TOPOIOMERASE II
ETOPOSÍDEO
* ANTIMETABÓLITOS
FLUORURACILA
* DERIVADOS DA PLATINA
CARBOPLATINA
OXALIPLATINA
CISPLATINA*
* INIBIDORES DA TOPOIOMERASE I
IRINOTECANO
TOPOTECANO

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17
Q

EXTRAVASAMENTO DE QUIMIOTERÁPICOS: Quais são os SINAIS E SINTOMAS DO EXTRAVASAMENTO?

A
  • Diminuição ou parada total do fluxo de soro;
  • Queixa de queimação em volta da punção;
  • Dor tipo agulhada ou pontada;
  • Edema no local da punção;
  • Cessação do retorno venoso.
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18
Q

EXTRAVASAMENTO DE QUIMIOTERÁPICOS: Quais são as MEDIDAS DE PREVENÇÃO PARA EVITAR O EXTRAVASAMENTO?

A
  • Conhecer os quimioterápicos com potencial vesicante;
  • Ter habilidade na administração do medicamento;
  • Evitar administração de fármacos vesicantes em veia periférica puncionada com escalpe;
  • Observar permeabilidade e presença de sinais flogísticos em veias puncionadas há mais de 24 horas.
  • Evitar punções em veias dos membros inferiores, membros de aplicação de radioterapia, do mesmo lado de mastectomia ou lesões metastáticas, veias com múltiplas punções e em articulações;
  • Evitar a fossa antecubital;
  • Fixar a punção de maneira que permita a visualização do local da punção;
  • Administrar primeiro os quimioterápicos com MAIOR poder vesicante;
  • Observar constantemente a área puncionada;
  • Orientar o cliente a observar e relatar as anormalidades que poderão surgir;
  • Infundir 20ml de SF0,9% na veia puncionada, ao finalizar a administração do fármaco.
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19
Q

INTERVENÇÕES FRENTE AO EXTRAVASAMENTO DE QUIMIOTERÁPICOS: Quais são as AÇÕES: ENFERMEIRO/TÉCNICO DE ENFERMAGEM?

A
  • Interromper imediatamente a infusão do quimioterápico instalado, quando observar sinais e sintomas de extravasamento;
  • Não retirar a agulha;
  • Aspirar, pela agulha, a medicação extravasada residual o quanto puder;
  • Injetar o antídoto pela mesma agulha, conforme prescrição médica;
  • Injetar antídoto subcutâneo ou passar antídoto tópico conforme o protocolo ou prescrição médica;
  • Remover a agulha;
  • Evitar aplicar pressão no local suspeito de infiltração;
  • Cobrir levemente com um curativo estéril oclusivo;
  • Aplicar compressa aquecida conforme indicação ou compressas geladas conforme indicação;
    → Irritante e não vesicante: compressas geladas por 20 minutos, 4 vezes ao dia, por 24 horas (EXCETO OXALIPLATINA);
    → Vesicantes ligantes ao DNA: compressas geladas por 20 minutos, 4 vezes ao dia, por 24 horas
    → Vesicantes não ligantes ao DNA: compressas mornas por 20 minutos, 4 vezes por dia por 2 dias;
  • Orientar o cliente a manter o membro elevado por 48 horas;
  • Observar regularmente a presença de dor, eritema, rigidez ou necrose;
  • Documentar o tratamento do extravasamento: data, hora, local/dispositivo inserido, sequência de medicamentos, notificação do médico e tratamento de enfermagem
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20
Q

CICLOFOSFAMIDA: É IRRITANTE OU VESICANTE?

A

NÃO É VESICANTE.

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20
Q

CICLOFOSFAMIDA: Qual é o MECANISMO DE AÇÃO?

A

A ciclofosfamida é um medicamento antineoplásico, que atua se
ligando ao DNA das células tumorais após a ativação pelo fígado. É
um agente ciclo celular não específico, que permanece ativo em
todas as fases de divisão celular. Pode ser usado para tratamento de
diversas doenças oncológicas, dentre elas: leucemias e linfomas.

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21
Q

CICLOFOSFAMIDA: Qual é a TOXICIDADE?

A

As principais toxicidades são hematológicas (anemia, leucopenia, trombocitopenia); gastrointestinais (náuseas, vômitos, mucosite, diarreia, etc.); cistite hemorrágica, cistite não hemorrágica, hiperpigmentação na pele, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, cardiotoxicidade (altas doses), reações alérgicas em vias aéreas
superiores (coriza, lacrimejamento, espirros, congestão nasal).

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22
Q

CICLOFOSFAMIDA: Quais são os CUIDADOS DE ENFERMAGEM?

A
  • Avaliar e monitorar os resultados dos exames laboratoriais (níveis séricos de eletrólitos, plaquetas, leucócitos, hematócrito, hemoglobina, etc.).
  • Calcular a área de superfície corporal e conferir a dose prescrita.
  • Administrar ciclofosfamida no período da manhã, pois durante o dia as micções são mais frequentes.
  • Verificar os sinais vitais antes da administração.
  • Medir a diurese antes e depois da administração.
  • Diminuir a velocidade de infusão em caso de presença de sintomas, como coriza, lacrimejamento, espirros e congestão nasal.
  • Estimular e monitorar a hidratação oral. Orientar os pacientes adultos a ingerir de dois a quatro litros de líquidos no dia da administração e nos dois dias subsequentes.
  • Realizar a hiper hidratação venosa, conforme prescrição, para a prevenção da cistite hemorrágica
  • Orientar o paciente a aumentar o número de micções durante a administração da droga, para manter a bexiga vazia, de preferência de duas em duas horas.
  • Atentar para a presença de hematúria. Uso de fitas reagentes.
  • Administrar mesna, alopurinol e bicarbonato de sódio, conforme prescrição, para proteção da bexiga, quando utilizado em altas doses.
  • Orientar que a administração por via oral deve ser feita durante ou após as refeições.
  • Atentar para os sinais e os sintomas relacionados aos efeitos colaterais (náuseas, vômitos, reações alérgicas, etc.).
  • Orientar o paciente sobre as principais reações adversas.
  • Orientar o paciente sobre o risco de infecções e realização de cuidados para prevenção.
  • Orientar sobre a interação com outras medicações e desencorajar o uso de medicamentos sem a prescrição médica
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23
Q

Qual é o Grau de severidade de acordo com a Reação Infusional?

A
  • Rubor transitório, rash cutâneo, febre <38C 1 – Leve
  • Rash cutâneo, rubor, urticaria, dispneia, febre >38C 2 - Moderada
  • Broncoespasmo com ou sem urticaria, angioedema, hipotensão. 3 – Grave
  • Anafilaxia 4 - Ameaçadora da vida
  • Morte 5 – Morte relacionada a reação alérgica
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24
Q

CÂNCER DE MAMA: Quais são as CAUSAS?

A

O câncer de mama não tem causa única. Diversos fatores foram e continuam a ser estudados para compreender sua relação com o risco de desenvolver a doença. Atualmente, crescem as pesquisas
que relacionam os fatores de risco por subtipos de câncer de mama (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020).

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25
Q

CÂNCER DE MAMA: Quais são os FATORES DE RISCO?

A
  • Idade - o risco aumenta com o avançar da idade. Antes de 35 anos, a incidência de câncer mama é muito rara, aumentando progressivamente, a partir de então. Mulheres a partir dos 50 anos têm maior risco de desenvolver câncer de mama, em razão do acúmulo de exposições a diversos fatores de risco ao longo da vida e
    das alterações biológicas provenientes do envelhecimento.
  • Fatores comportamentais e ambientais – sobrepeso e obesidade após a menopausa; ingestão de bebida alcoólica; exposição à radiação ionizante, presente em exames ou tratamentos que usam raios-X, tais como mamografia, tomografia e radioterapia. Por isso, são tão importantes o controle da qualidade dos equipamentos e a prescrição criteriosa de exames. Com relação a esse tipo de exposição, são consideradas como de alto risco para desenvolvimento de câncer de mama mulheres com histórico de radioterapia supradiafragmática para tratamento de linfoma
  • Hereditariedade – presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1 e BRCA2 (“gene Breast Cancer”), transmitidos na família. As mulheres com essa predisposição genética têm risco
    elevado para desenvolver o câncer de mama. Diferentemente do senso comum, o câncer de mama hereditário responde por apenas de 5 a 10% dos casos e nem todo histórico de câncer de mama na família significa que há alto risco de câncer familial. Mulheres com histórico de câncer de ovário, ou vários casos de câncer de mama
    em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem e em parentes de primeiro grau, ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição hereditária e devem ser avaliadas individualmente sobre a possibilidade de risco elevado para a doença.
  • Fatores endócrinos e história reprodutiva – a exposição ao hormônio estrogênio, produzido pelo corpo (endógeno) ou ingerido na forma de medicamentos (exógeno), aumenta o risco de câncer de mama. Algumas situações da vida reprodutiva da mulher aumentam essa exposição, tais como:
    1. menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos);
    2. menopausa tardia (após os 55 anos);
    3. nuliparidade;
    4. primeira gravidez após os 30 anos;
    5. uso recente de terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos;
    6. uso recente de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona).
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26
Q

Como é a PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA?

A
  • Com relação ao uso de anticoncepcionais orais, as maiores evidências são relativas a formulações mais antigas e de maior dosagem hormonal. Contudo, estudos com produtos de uso contemporâneo (de 1995 a 2014) começam a surgir e vêm mostrando um padrão similar de risco, que reduz após dez anos de interrupção do uso (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020).
  • O aleitamento materno reduz o risco de câncer de mama e deve ser socialmente estimulado por meio de informação e políticas públicas de proteção à mulher (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2020; WILD, WEIDERPASS, STEWART, 2020).
  • A prevenção primária do câncer de mama envolve reduzir a exposição a fatores de risco modificáveis e promover fatores de proteção. Controlar o peso corporal, fazer atividade física regularmente e evitar bebidas alcoólicas são, além do aleitamento materno, as medidas recomendadas. Por meio desses fatores, estima-se para o Brasil uma margem possível de redução de 28% dos casos novos de câncer de mama (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2020).
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27
Q

Como é o RASTREAMENTO para DETECÇÃO PRECOCE?

A
  • Atualmente, a mamografia é considerada o exame padrão para o rastreamento. Mesmo com suas limitações, esse método é ainda o mais efetivo para detectar lesões não palpáveis, principalmente na faixa etária e
    periodicidade recomendadas
  • A recomendação do INCA é que a mamografia de rastreamento seja oferecida às mulheres de 50 a 69 anos, uma vez a cada dois anos.
  • Em relação à idade do exame, antes dos 50 anos, de modo geral, as mamas têm mais tecido glandular e menos gordura (em geral, são mais densas), diminuindo a acurácia da mamografia para visualizar alterações e
    identificar lesões suspeitas de câncer. Isso pode gerar resultados incorretos (falsos-positivos e falsos-negativos). Após os 70 anos, há maior risco de se encontrar um câncer que não evoluiria a ponto de causar prejuízos à saúde da mulher (sobrediagnóstico). O tratamento desse tipo de câncer expõe a mulher a riscos e a danos desnecessários (NELSON et al., 2016)
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28
Q

Como é o RASTREAMENTO de MULHERES DE GRUPO DE RISCO AUMENTADO para DETECÇÃO PRECOCE?

A

Para mulheres pertencentes a grupos com risco aumentado para desenvolvimento de Câncer de mama, recomenda-se mamografia anual a partir dos 35 anos de idade.
São considerados grupos de risco:
*Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
*Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
*Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
*Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.

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29
Q

CÂNCER DE MAMA: Como deve ser o DIAGNÓSTICO PRECOCE?

A

O diagnóstico precoce é uma das estratégias para a detecção precoce do câncer, direcionada a indivíduos com sinais e/ou sintomas suspeitos, visando a identificar o câncer no estágio mais inicial possível (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).

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30
Q

CÂNCER DE MAMA: Quais são os SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA?

A

O sintoma mais comum de câncer de mama é o nódulo fixo, geralmente indolor, duro e irregular. Essa é a forma como a doença se apresenta na maioria dos casos em que é percebida pela mulher.
Qualquer nódulo diferente da nodulação normal da mama, em mulheres com 50 anos ou mais deve ser investigado, bem como os que persistirem por mais de um ciclo menstrual em mulheres com mais de 30 anos.
* Nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho em mulheres adultas de qualquer idade.
* Descarga papilar sanguinolenta unilateral.
* Lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos.
* Presença de linfadenopatia axilar.
* Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja.
* Retração na pele da mama.
* Mudança no formato do mamilo.
* Tumoração palpável unilateral em homens com mais de 50 anos.

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31
Q

CÂNCER DE MAMA: Como é o AUTOEXAME DAS MAMAS?

A
  • Não é mais recomendado como estratégia de detecção precoce, pois ensaios clínicos mostraram que o ensino do autoexame das mamas não reduziu a mortalidade e as mulheres continuavam a descobrir o tumor elas mesmas, mas geralmente de forma casual e não necessariamente na rotina de autoexame.
  • breast awareness: que significa estar consciente e alerta para a saúde das mamas
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32
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Quais são as CARACTERÍSTICAS?

A

O câncer do colo do útero desenvolve-se na parte inferior do útero, chamada colo, que fica no fundo da vagina. Cerca de 90% ocorre na chamada zona de transformação, que é a região do colo uterino onde o epitélio colunar foi e/ou está sendo substituído pelo novo epitélio escamoso metaplásico. Nessa região, acontece uma adaptação do epitélio colunar que, geralmente localizado dentro do canal endocervical, ao ser exposto a determinadas condições fisiológicas da mulher, sofre um processo de transformação.

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33
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Quais são os PRINCIPAIS TIPOS HISTOLÓGICOS?

A

Os principais tipos histológicos são: o carcinoma epidermoide, tipo mais comum e que acomete o epitélio escamoso (representa de 80% a 85% dos casos) e o adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o
epitélio glandular (cerca de 10% a 25% dos casos) (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020).

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34
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Como é a HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA?

A

O câncer do colo do útero possui história natural bem conhecida e tem como causa básica a infecção pelo papilomavírus humano (HPV).
Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, que estão relacionados à origem de lesões benignas como verrugas e papilomas laríngeos (HPV não oncogênico ou de baixo risco); a lesões precursoras; e a vários
tipos de câncer (HPV oncogênico ou de alto risco), como do colo do útero, e menos frequentemente ânus, vagina e pênis

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35
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Quais são os TIPOS DE HPV DE BAIXO RISCO ONCOGÊNICO?

A

De baixo risco, são os tipos 6, 11, 40, 42, 43, 54, 61, 70, 72, 81, CP6 108, os quais desenvolvem os condilomas e lesões de baixo grau.

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36
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: Quais são os TIPOS DE HPV DE ALTO RISCO ONCOGÊNICO?

A

Os de alto risco são os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82.

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37
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: TODO MUNDO QUE TEM HPV VAI TER CCU?

A

Apenas a infecção pelo HPV não é suficiente para o desenvolvimento do câncer, sendo necessário que haja uma infecção persistente por um tipo oncogênico, além da influência de outros fatores para iniciar as
alterações celulares. Sendo assim, o HPV é considerado um fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Na maioria das mulheres, a resposta imunológica ajuda
a eliminar a infecção por HPV de 12 a 24 meses. O risco de desenvolver o câncer do colo do útero é de cerca de 30% se as lesões precursoras não forem tratadas (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020)

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38
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COMO SE DESENVOLVE O CCU?

A

As alterações nas células cervicais podem progredir para o câncer, mas essa evolução ocorre geralmente de forma lenta, podendo durar de 10 a 20 anos aproximadamente, passando por um longo período como lesões precursoras (neoplasia intraepitelial cervical [NIC] II e III, também chamadas de lesão de alto grau), que são assintomáticas.
Essas lesões, quando tratadas adequadamente, são curáveis na quase totalidade dos casos. Na Figura 15, é apresentado um esquema com a modificação celular após a infeção pelo vírus HPV até a progressão para o câncer do colo do útero.

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39
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: COMO AS ALTERAÇÕES CELULARES NO COLO DO ÚTERO PODEM SEM IDENTIFICADAS?

A

As alterações celulares no colo do útero podem ser identificadas por meio do exame citopatológico, ainda na fase pré-clínica. Nessa fase, as medidas de prevenção secundária, como a identificação das lesões
precursoras por meio do rastreamento, da confirmação diagnóstica e do tratamento, tornam-se efetivas ao inibir a progressão da doença, com medidas mais simples, em nível ambulatorial

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40
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO SÃO?

A
  • A infecção pelo HPV já está bem estabelecida como o principal fator de risco. Contudo, fatores ligados à imunidade e à genética parecem influenciar os mecanismos que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a progressão para lesões precursoras ou câncer. No entanto, ressalta-se que o câncer do colo do útero é uma evolução rara em mulheres com infecção por HPV e as bases biológicas desse processo ainda não são claramente compreendidas (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020).
  • A idade é um fator importante porque a maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride espontaneamente, ao passo que, acima dessa idade, a persistência é mais frequente.
  • O tabagismo aumenta o risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero por diminuir células do componente de defesa do epitélio cervical, o que pode facilitar as infecções virais e favorecer o processo de carcinogênese (INTERNATIONAL COLLABORATIONS OF EDPIDEMIOLOGICAL STUDIES OF CERVICAL CANCER et al., 2006).
  • O uso de anticoncepcionais orais é um fator de risco controverso, uma vez que, tradicionalmente, o câncer do colo do útero não tem sido considerado como hormônio-dependente tal qual os cânceres de mama e endométrio. No entanto, alguns hormônios na composição de certos contraceptivos parecem aumentar a oncogênese do HPV, interferindo na regressão espontânea das lesões causadas pelo vírus.
41
Q

Como é a Detecção precoce do câncer do colo do útero?

A

O principal método para a detecção precoce do câncer do colo do útero é o rastreamento, pois possibilita identificar lesões precursoras que podem ser detectadas e tratadas adequadamente, impedindo sua progressão para o câncer.
O método atual de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico, que deve ser oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, que já tiveram atividade sexual. A priorização dessa faixa etária como a população-alvo do rastreamento justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2016). A idade para a realização
do exame baseia-se na história natural do câncer do colo do útero, conforme ilustrado pela Figura 16.

42
Q

Quais são os SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA na A INFECÇÃO PELO HPV E AS LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER SÃO ASSINTOMÁTICAS, MAS NOS CASOS EM QUE AS LESÕES PRECURSORAS NÃO TENHAM REMISSÃO ESPONTÂNEA NEM SEJAM DETECTADAS E TRATADAS, A PROGRESSÃO PODERÁ LEVAR AO CÂNCER, QUANDO ENTÃO, SURGIRÃO SINAIS E SINTOMAS?

A

*Sangramento vaginal (espontâneo, após a relação sexual ou esforço físico).
* Corrimento vaginal (às vezes fétido).
* Dor na região pélvica, que pode estar associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
* Perda de peso.

42
Q

Como é o Câncer de reto?

A
  • Pacientes diagnosticados com estádio I devem ser examinados com toque retal e CEA a cada 3 a 4 meses nos 2 primeiros anos e, posteriormente, a cada 6 meses.
    Sigmoidoscopia a cada 6 a 12 meses, caso tenha sido tratado com excisão local, e colonoscopia em 1 ano e no 4 ano.TC anualmente.
  • Pacientes com estádio II e III devem fazer exame clínico e dosagem do CEA a cada 3 a 4 meses nos 2 primeiros anos e, posteriormente, a cada 6 meses. Colonoscopia 1 anos após a ressecção e, caso normal, deve ser repetida a cada 3 a 5 anos. TC anualmente.
42
Q

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: SITUAÇÕES ESPECIAIS: RECOMENDAÇÕES DIFERENTES DE RASTREAMENTO?

A
  • Mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou imunodeprimidas devem realizar o exame logo após iniciar a vida sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral.
  • Mulheres que realizaram histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero não devem ser incluídas no rastreamento.
  • Mulheres grávidas devem seguir a rotina normal do rastreamento.
  • Mulheres que nunca tiveram relação sexual não correm risco de câncer do colo do útero, por não terem sido expostas ao fator de risco necessário para essa doença: a infecção por tipos oncogênicos do HPV.
    Segundo a OMS, com uma cobertura de rastreamento da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2016; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002)
    A vacinação contra o HPV é um dos grandes aliados para o controle dessa doença, atuando diretamente na prevenção primária, ou seja, evita a infecção pelo vírus. Contudo, mesmo as mulheres vacinadas, quando chegarem na faixa etária recomendada para o rastreamento, devem realizar o exame citopatológico, pois a vacina protege contra os principias tipos de vírus oncogênicos, mas não contra todos.
43
Q

Como é o Câncer de cólon?

A
  • Pacientes diagnosticados com estádio I devem repetir a colonoscopia em 1 ano e, posteriormente, a cada 3 a 5 anos, caso não haja presença de pólipo (caso contrário, o exame deve ser repetido anualmente).
  • Pacientes com estádio II e III, a colonoscopia segue as mesmas indicações do estádio I.
    Exame clínico e CEA (antígeno carcinoembrionário) devem ser realizados a cada 3 meses nos 2 primeiros anos e, depois, anualmente. Exames de imagem a cada 6 meses por 2 anos e anualmente até 5 anos.
  • Pacientes com instabilidade de microssatélites, é indicado exame clínico a cada 3 a 6 meses por 2 anos e a cada 6 a 12 meses até 5 anos.
  • Pacientes com síndrome de Lynch, as colonoscopias devem ser realizadas anualmente
44
Q

. (FGV - Prefeitura de Cuiabá - MT - 2015) A respeito das ações de rastreamento do câncer de colo do útero, analise as afirmativas a seguir.
I. A amostra ectocervical deve ser colocada na metade inferior da lâmina, no sentido longitudinal.
II. Para coleta na endocérvice, deve-se recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360°, percorrendo todo o contorno do orifício cervical.]
III. Na fixação com álcool a 96%, considerada a melhor para os esfregaços citológicos, a lâmina deve ser colocada dentro do frasco com álcool em quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto.
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta
C) se somente a afirmativa III estiver correta.
D) se somente a afirmativa I e II estiverem corretas.
E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

44
Q

CÂNCER DE PRÓSTATA: Quais são os OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO CONHECIDOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE PRÓSTATA SÃO (WILD; WEIDERPASS; STEWART, 2020)?

A
  • Idade – AUMENTO na sexta década de vida.
  • Hereditariedade – homens que possuem familiares de primeiro grau, pai e irmão, que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos possuem maior risco.
  • Obesidade – o efeito da gordura corporal, avaliada por índice de massa corporal, circunferência da cintura e relação cintura-quadril, sobre o aumento do risco tem sido observado apenas para cânceres de próstata avançados, de alto grau e fatais, indicando uma associação com pior prognóstico.
  • Doenças metabólicas, drogas e fatores dietéticos, bem como fatores ocupacionais e ambientais, porém, em geral, as evidências ainda não são conclusivas
  • A população negra tem sido considerada de maior risco para o desenvolvimento desse câncer com base em estudos que demonstram maiores taxas de incidências em afrodescendentes, principalmente na população norte-americana?????
45
Q

CÂNCER DE PRÓSTATA: OS PRINCIPAIS DANOS DA BIÓPSIA INCLUEM?

A
  • Hematúria e infecção, podendo, em alguns casos, resultar em internação hospitalar e, bem mais raramente, evoluir para óbito
  • Possibilidade de danos psicológicos
46
Q

CÂNCER DE PRÓSTATA: Como é a DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA?

A

Tema extensamente estudado e causa de debates entre especialistas da área, uma vez que estudos demonstram desequilíbrio entre os possíveis riscos e benefícios na realização de exames para o rastreamento desse câncer.
- Os malefícios associados a esses tratamentos incluem comprometimento da qualidade de vida do homem em decorrência da disfunção sexual erétil, incontinência urinária, retite actínica (relacionada à radioterapia), além do impacto psicológico de um diagnóstico de câncer

47
Q

CÂNCER DE PRÓSTATA: Como é a RECOMENDAÇÃO DE RASTREAMENTO?

A

Considerando as melhores evidências disponíveis, concluiu-se que, de acordo com o balanço entre benefícios e riscos, não é recomendado o rastreamento do câncer de próstata e, caso o homem deseje realizar esses exames, essa prática deve ser uma decisão compartilhada entre ele e o profissional de saúde, após este conhecer todas as consequências do rastreamento para sua saúde

48
Q

CÂNCER DE PRÓSTATA: Quais são os SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA (INESPECÍFICOS)?

A
  • Dificuldade de urinar.
  • Demora em iniciar ou finalizar o jato urinário.
  • Diminuição do jato urinário.
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite.
  • Presença de sangue na urina.
49
Q

EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Uma emergência oncológica é uma condição aguda que é causada pelo câncer ou pelo seu tratamento, requerendo uma rápida intervenção para evitar a morte ou dano permanente severo.

50
Q

EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS: PODEM SER CLASSIFICADOS COMO?

A
  • Estruturais e obstrutivas (ex. síndrome da veia cava superior, compressão medular, aumento da pressão intracraniana, obstrução da via aérea etc.);
  • Metabólicos ou hormonais (ex. hipercalcemia, secreção inapropriada da hormona antidiurética);
  • Relacionado ao tratamento (ex. síndrome de lise tumoral, reacção anafilática relacionada aos agentes terapêuticos).
  • Podem também ser classificados por órgão específico atingido (tabela 1)
  • Uma emergência oncológica é uma condição aguda que é causada pelo câncer ou pelo seu tratamento, requerendo uma rápida intervenção para evitar a morte ou dano permanente severo.
51
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Definida como a hipercalcemia (cálcio total > 10.5 mg/dL) em pacientes com condições oncológicas predisponentes;
Ocorre em 10% a 20% dos pacientes oncológicos durante a evolução da doença;
A ocorrência de hipercalcemia é um sinal de mau prognóstico, com mortalidade de cerca de 50% em um mês.

52
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: AS PRINCIPAIS CAUSAS SÃO?

A
  • Secreção de Proteína Relacionada ao Paratormônio - PTHrP (80%);
  • Metástases osteolíticas (20%);
  • Secreção de Paratormônio - PTH (ex: hiperparatireoidismo primário, reposição de cálcio, uso de diuréticos tiazídicos).
53
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: Qual é o QUADRO
CLÍNICO?

A

A maior parte dos pacientes com hipercalcemia da malignidade são assintomáticos. O quadro clínico depende também da velocidade de instalação, gravidade da hipercalcemia, função cognitiva prévia, idade, função renal e uso concomitante de sedativos.

54
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: OS SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS SÃO?

A
  • Náuseas e vômitos;
  • Confusão mental;
  • Rebaixamento do nível de consciência (obnubilação, torpor ou coma);
  • Constipação intestinal;
  • Poliúria e desidratação, podendo ocorrer lesão renal aguda prérenal;
  • Hiporexia;
  • Dor abdominal.
55
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: Como é feito o DIAGNÓSTICO?

A

Quadro clínico compatível, em paciente com condição predisponente e dosagem sérica de cálcio acima do limite
superior da normalidade.

56
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: Quais são as NEOPLASIAS QUE MAIS COMUMENTE CAUSAM HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE?

A
  • Mama;
  • Pulmão;
  • Mieloma múltiplo; e
  • Carcinomas espinocelulares em geral.
57
Q

HIPERCALCEMIA SECUNDÁRIA AO TUMOR OU HIPERCALCEMIA DA MALIGNIDADE: Qual é a CLASSIFICAÇÃO?

58
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Qual é DEFINIÇÃO?

A

Condição clínica decorrente da excessiva liberação de conteúdos intracelulares (eletrólitos e produtos do metabolismo dos ácidos nucleicos) na circulação sistêmica, secundária à lise maciça de células tumorais, espontânea ou causada pelo tratamento oncológico (em geral, relacionada ao início de terapia citotóxica antitumoral)

59
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Quais são as CONSEQUÊNCIAS?

A
  • Hipercalemia,
  • Hiperfosfatemia,
  • Hipocalcemia,
  • Hiperuricemia e
  • Acidose metabólica.
    Esses distúrbios eletrolíticos e metabólicos podem produzir efeitos clínicos tóxicos, incluindo insuficiência renal, arritmias cardíacas, convulsões e morte por falência múltipla de órgãos.
59
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Qual é o QUADRO CLÍNICO?

A
  • Náuseas, vômitos, astenia;
  • Lesão renal aguda;
  • Arritmias secundárias à hipercalemia e à hipocalcemia;
  • Convulsões e tetania (secundárias à hipocalcemia);
  • Calcificação ectópica;
  • Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS).
60
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Quais são os EXAMES COMPLEMENTARES?

A
  • Função renal;
  • Dosagens séricas de: ácido úrico, cálcio, fósforo, potássio; e
  • Medir diurese de 24 horas para balanço.
61
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Como é o DIAGNÓSTICO?

A

É baseado no quadro clínico e laboratorial referidos acima e na observação dos fatores de risco para desenvolvimento de SLT. A incidência da SLT varia amplamente conforme o tipo de neoplasia, da terapia citotóxica usada e da adoção de adequada estratégia preventiva.
Aparece em geral, após o início do tratamento com agentes citotóxicos, principalmente com a quimioterapia. No entanto, também pode ocorrer espontaneamente na ausência de tratamento em tumores com grande volume celular

61
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS?

62
Q

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT): O que é o CLASSIFICAÇÃO DE CAIRO-BISHOP PARA SÍNDROME DA LISE TUMORAL?

A
  • SLT laboratorial é definida como uma mudança de 25% acima ou abaixo dos valores laboratoriais basais, como acima descritos, para dois ou mais valores séricos das medidas de ácido úrico, potássio, fósforo e cálcio dentro de três dias antes ou sete dias após o início do tratamento da neoplasia (ou quimioterápico).
  • SLT Clínica é definida como a presença dos critérios para SLT laboratorial associada a qualquer um ou mais de um dos critérios clínicos acima mencionados. G.
  • OBS: é válido ressaltar que apenas uma minoria dos pacientes com SLT laboratorial desenvolve SLT clínica.
63
Q

NEUTROPENIA FEBRIL: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Manifestação comum de defeitos da medula óssea associados à redução de eritrócitos e plaquetas, tendo como possíveis causas as anemia aplásica, leucemia, mielodisplasia, anemia megaloblástica, os tratamentos quimioterápicos, dentre outras.

64
Q

NEUTROPENIA FEBRIL: Como é o QUADRO CLÍNICO E ANAMNESE?

A

Caracterizado pela pobreza de sinais e sintomas, devendo ser obtida anamnese detalhada das características da febre, dor, sintomas cutâneos, respiratórios, geniturinários, orofaríngeos e gastrointestinais;
* Horário e duração da febre;
* Doença de base, data e tipo da quimioterapia realizada;
* Presença de cateter venoso central;
* Uso de antibioticoterapia e antivirais profiláticos;
* Presença de internação recente (se possível informar data, qual hospital).

65
Q

NEUTROPENIA FEBRIL: Quais são os EXAMES COMPLEMENTARES?

A
  • Culturas de sangue periférico e central para bactérias e fungos;
  • Urocultura;
  • Culturas de outros sítios suspeitos;
  • Hemograma completo;
  • Urina rotina (EAS);
  • Ureia e Creatinina;
  • Sódio e Potássio;
  • Aminotransferases (TGO, TGP);
  • Bilirrubinas; TP (Tempo de Protrombina) e TTPA (Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada);
  • Lactato;
  • Proteína C Reativa;
  • Tipagem sanguínea; e
  • Triagem de anticorpos.
  • Radiografia de Tórax: se baixo risco para infecções fúngicas;
  • Tomografia de Tórax e de Seios da Face (Alta Resolução, sem contraste): se alto risco para Infecções fúngicas.
66
Q

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (SVCS): Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Conjunto de sinais e sintomas causados pela obstrução do fluxo da veia
cava superior, que pode ser determinado por invasão tumoral,
compressão extrínseca ou trombose.

67
Q

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (SVCS): Quais são as CAUSAS?

A
  • Causas neoplásicas: na maior parte das vezes (até 90%) é determinada por neoplasias (tumores mais comuns causadores de SVCS: câncer de pulmão, linfoma não-Hodgkin, tumor germinativo de mediastino,
    timoma);
  • Causas não-neoplásicas mais comuns: mediastinite fibrosante, trombose relacionada à presença de dispositivos vasculares totalmente implantáveis.
68
Q

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (SVCS): Como é o QUADRO CLÍNICO?

A

A severidade do quadro clínico é dependente do grau e da velocidade de instalação da obstrução da veia cava superior, e os principais sinais e sintomas associados são:
* Edema facial, tórax superior e de membros superiores;
* Distensão de vasos venosos do pescoço e tórax superior com circulação colateral visível;
* Pletora facial, dispneia, tosse, estridor, síncope, cefaleia, tonturas, confusão, rouquidão, edema de vias aéreas superiores, edema cerebral.
* Cada sinal e sintoma, os efeitos dos edemas cerebral ou laríngeo e os efeitos na função cardíaca devem ser considerados decorrentes da síndrome da veia cava superior. Sintomas causados por outros fatores (ex: paralisia de cordas vocais, comprometimentos da árvore traqueobrônquica ou cardíaco como resultados do efeito de massa), devem ser considerados efeito de massa sobre outros órgãos e não como síndrome da veia cava superior.

69
Q

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR (SVCS): Como é o DIAGNÓSTICO?

A
  • O exame físico é usualmente característico para o diagnóstico sindrômico. Mais comumente os pacientes já possuem diagnóstico prévio de neoplasia conhecida.
  • O exame complementar inicial é a Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax com contraste para determinar etiologia da SVCS;
  • Sempre afastar a presença de trombose, pois é causa potencialmente reversível;
  • De acordo com os achados na TC de tórax, avaliar realização de exame complementar específico para determinar etiologia da neoplasia (ex: broncoscopia, mediastinoscopia, biópsia transtorácica, etc)
70
Q

SÍNDROME DA COMPRESSÃO MEDULAR (SCM): Qual é a DEFINIÇÃO?

A
  • Compressão do espaço epidural por massa tumoral, geralmente extradural e de origem metastática.
  • Os tumores cujos quadros usualmente correm com a SCM são os de mama (29%), pulmão (17%) e próstata (14%). Além desses, linfomas, tumores de células renais e mielomas múltiplos também são causas
    comuns da síndrome.
  • Pode ser a manifestação inicial de uma neoplasia em até 20% dos pacientes.
70
Q

SÍNDROME DA COMPRESSÃO MEDULAR (SCM): Como é a CLASSIFICAÇÃO DA DOR?

A
  • Dor localizada: geralmente é o primeiro sintoma, de característica constante, localizada no dorso, sem piora com movimento, sem alívio ao deitar, causada por estiramento periosteal;
  • Dor espinhal axial: dor que piora com os movimentos e melhora com repouso, causada por instabilidade, colapso vertebral e/ou deformidade espinhal;
  • Dor radicular: constante, piora com movimentos, segue distribuição radicular, associada à paresias e alterações de sensibilidade, causada por compressão radicular.
  • Paresia com síndrome de 1⁰ ou 2⁰ neurônio motor;
  • Disautonomias (ex. incontinência urinária ou fecal): ocorrem em quadros mais tardios, marcador de mau prognóstico.
70
Q

SÍNDROME DA COMPRESSÃO MEDULAR (SCM): Qual é o QUADRO CLÍNICO TÍPICO?

A
  • O quadro clínico típico se dá com alterações sensoriais, motoras e autonômicas de níveis variáveis, as quais se mostram nas formas de fraqueza muscular, parestesia e, não raramente, acometimento esfincteriano. Além disso, a quase totalidade dos pacientes refere dor no momento do diagnóstico, sendo essa a principal queixa (95% dos pacientes). O tempo médio entre sintomas e diagnóstico é de 2 meses.
71
Q

SÍNDROME DA COMPRESSÃO MEDULAR (SCM): Como deve ser o DIAGNÓSTICO?

A
  • Quadro clínico de SCM associado a exame de imagem demonstrando compressão dural. Considerar “compressão subclínica” se imagem compatível sem manifestação clínica de SCM;
  • A história, os exames físico e de imagens são essenciais para estabelecer o diagnóstico e conduzir o tratamento mais adequado;
  • A dor nas costas se faz presente em 95% dos casos no momento do diagnóstico e, portanto, deve ser sempre valorizada;
  • A duração da dor costuma variar entre semanas e meses e pode ser seguida de fraqueza, perda sensitiva e alteração esfincteriana;
  • O exame físico deve incluir avaliações da força, da sensibilidade, dos reflexos e da função esfincteriana.
  • Síndrome de cauda equina: início súbito de retenção urinária,
    incontinência fecal, anestesia em sela (perineal), dor radicular (perna) frequentemente bilateral, perda da contração voluntária do esfíncter retal.
72
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Quais são as CAUSAS ONCOLÓGICAS MAIS FREQUENTES?

A

Pacientes com tumores de sistema nervoso central (SNC) e em pacientes metastáticos com tumores primários de mama, pulmão, melanoma ou decorrente de infiltração de linfomas ou leucemias.

73
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Condição neurológica associada ao aumento da pressão intracraniana (PIC), notadamente quando a pressão liquórica é superior a 15 mmHg (Carlotti, 1998).

73
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Quais são os MECANISMOS COMPENSATÓRIOS?

A

Mecanismos compensatórios são desencadeados nos quadros iniciais, porém em estados avançados ocorre um desequilíbrio na dinâmica do fluxo liquórico que determina o desenvolvimento da HIC.
O aumento da PIC está associado à elevada morbimortalidade por interferir no fluxo sanguíneo cerebral e causar herniações cerebrais à montante, requerendo assim tratamento adequado e célere (Pater, 2014; Barbosa, 2003).

74
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Como é a CLASSIFICAÇÃO?

A
  1. Hipertensão intracraniana parenquimatosa
  2. Hipertensão intracraniana vascular
  3. Hipertensão intracraniana causada por desordem na dinâmica do líquido cefalorraquidiano (LCR) e
  4. Hipertensão intracraniana idiopática.
75
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Como é a APRESENTAÇÃO CLÍNICA?

A

A HIC apresenta sinais e sintomas inespecíficos, fato que pode contribuir com atrasos no diagnóstico. O quadro clínico da HIC é composto por déficits neurológicos, que podem variar de efeitos compressivos generalizados até sintomas focais, caso haja efeito de massa localizado.
Esse quadro é mais frequente em pacientes com câncer metastático avançado, primários de mama, pulmão, melanoma ou decorrente de infiltração por linfomas e leucemias. Apesar de raro, pode ser a primeira
manifestação do câncer, até mesmo quando há ausência de doença sistêmica detectável;

76
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Quais são os SINTOMAS MAIS FREQUENTES?

A
  • O sintoma mais referido é a cefaleia, que pode estar presente em cerca de 41% a 71% dos casos de pacientes com metástases cerebrais. No entanto, esse sintoma pode ser raro nos extremos da idade, ou seja, crianças menores de 04 anos de idade e idosos com mais de 75 anos de idade;
  • A cefaleia é semelhante ao tipo tensional, caracterizada por dor em aperto nas regiões frontal, parietal, temporal e/ou occipital, e que não responde a analgésicos comuns. Como o decúbito dorsal em
    leito plano reduz o retorno venoso cerebral, a dor de cabeça é mais referida durante a noite e no início da manhã, devido ao aumento dos níveis de dióxido de carbono no sangue arterial;
  • Associado à cefaleia, pode-se apresentar quadro de vômito em jato, não acompanhado de náusea. Esses sinais são decorrentes da presença de edema cerebral peri-tumoral, piorando o quadro de HIC;
    Evolutivamente, pode haver redução do estado de consciência, desde sonolência ao coma, ou sinais/sintomas inespecíficos, como alteração de humor, inquietação, fraqueza e descoordenação motora; Rigidez
    nucal pode estar presente, caso haja irritação das meninges cerebrais associada ou não à carcinomatose meníngea; O papiledema é um sinal frequente, observado em 50% dos pacientes. Esse achado é indicativo
    de aumento da PIC, que nas causas tumorais tende a ser correlacionada com modificações na secreção ou reabsorção do líquor, que culmina na hidrocefalia. O exame de fundo de olho (fundoscopia) é indispensável.
    Anteriormente ao papiledema, pode ser visualizada no disco óptico a redução da pulsação venosa, seguida do surgimento de pontos hemorrágicos. Os sintomas referidos pelos pacientes podem ser alteração do campo visual e cegueira temporária;
77
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Quais são as COMPILICAÇÕES DA HIC?

A

Podem ser observados acidente cerebral isquêmico agudo, convulsões em até 15% dos pacientes, hemorragia no foco tumoral e alterações disautonômicas, como perda de controle sobre o esfíncter da bexiga. Em
casos mais graves pode haver a manifestação da tríade de Cushing, caracterizada por aumento reflexo da pressão arterial, bradicardia, respiração irregular ou apneia, decorrente por exemplo de isquemia ou compressão do tronco cerebral, com elevada capacidade de levar ao óbito

78
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Como é o DIAGNÓSTICO?

A

Exames de imagem (TC, RNM)
Fundoscopia
Punção Lombar (quando não há compartimentalização)

78
Q

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Como é o PROGNÓSTICO?

A

O prognóstico para pacientes com atraso no tratamento é reservado.

79
Q

MUCOSITE: Qual é a DEFINIÇÃO?

A

Surgimento de lesões inflamatórias e/ou ulceradas na cavidade oral ou trato gastrointestinal provenientes de infecções, deficiência imunológica ou algumas medicações.

79
Q

MUCOSITE: Quais são os SINAIS E SINTOMAS?

A

Desconforto e dor, afeta a capacidade de deglutição e fala e consequentemente a qualidade de vida do paciente

80
Q

MUCOSITE: Quais são as REPERCUSSÕES?

A

O surgimento desse tipo de lesão na cavidade oral e trato gastrointestinal é um dos principais desafios para continuidade da abordagem terapêutica e prevenção de complicações em pacientes com câncer, muitos deles necessitam suspender o tratamento até que seja restabelecida condições clínicas para o retorno, portanto, os
profissionais inseridos no cuidado devem estar aptos em realizar principalmente a identificação de grupos de risco, prevenção e plano de cuidados orais para estes pacientes.

81
Q

Como é a PREVENÇÃO E CUIDADOS COM CAVIDADE ORAL?

A
  • Realizar triagem de pacientes com risco de complicações orais.
  • Monitorar pacientes com risco de mucosite.
  • Orientar no início do tratamento de forma verbal e escrita como manter a higiene bucal.
  • Encaminhar para avaliação no odontólogo antes do início do tratamento.
  • Orientar sobre a importância de parar de fumar e se necessário dispor recursos que auxiliem o paciente.
  • Incentivar a ingestão de líquidos.
  • Evitar alimentos açucarados e muito condimentados.
  • Fio dental: ao menos uma vez ao dia com indicação após avaliação do dentista. Evitar o uso de fio dental nas seguintes condições: dor e sangramento, contagem de plaquetas menos que 50.000 mm3. Atenção aos pacientes com câncer de cabeça e pescoço o uso de fio dental está contraindicado.
  • Escovação: escovar duas a quatro vezes ao dia. A escova deve ter cerdas macias e de nylon e o creme dental com flúor de sabor neutro, não abrasivo. Os movimentos devem ser delicados durante a escovação. Escovar a língua de trás para frente. A escova deve ser limpa com água corrente e deve secar ao ar.
  • Enxaguantes bucais: podem ser utilizados após a escovação desde que não contenha substâncias que irritem a mucosa. O enxaguante caseiro feito com Bicarbonato de sódio – ¼ a ½ colher de chá diluído em 250 ml de água filtrada pode ser utilizado para enxague bucal.
  • Lábios: utilizar lubrificantes solúveis em água (ex: lanolina) para proteger os lábios e a cavidade oral, pode ser utilizado em pacientes submetidos a oxigenoterapia para prevenir ressecamento de mucosa e lábios. Os lubrificantes a base de óleo estão contraindicados pelo risco de aspiração e por facilitarem o acúmulo de patógenos.
  • Dentaduras: remover para realizar a higiene bucal, realizar escovação da dentadura após as refeições e enxague com soluções antibacterianas, não utilizar se estiver frouxa ou desconfortável.
81
Q

Qual é a CLASSIFICAÇÃO DA MUCOSITE (OMS)?

A

GRAU CARACTERÍSTICAS
0 SEM ALTERAÇÕES
I DOR E ERITEMA
II DOR, ERITEMA E ÚLCERAS DIETA SÓLIDA TOLERADA
III DOR, ERITEMA E ÚLCERAS SOMENTE DIETA LÍQUIDA TOLERADA
IV DOR, ERITEMA E ÚLCERAS NENHUM TIPO DE DIETA ORAL TOLERADA

81
Q

Quais são as PRINCIPAIS INTERVENÇÕES da MUCOSITE (OMS)?

A
  • Realizar avaliação e classificar a gravidade das lesões.
  • Mensurar a gravidade dos sintomas associados (ex: dor).
  • Avaliar necessidade do uso de medicações para os sintomas associados junto à equipe médica (ex: analgésicos).
  • Orientar sobre o uso de medicação analgésica tópica que pode ser indicada por um dentista ou médico.
  • Avaliar necessidade de mudança em via de administração de medicações (ex: de via oral para parenteral).
  • Observar a capacidade de deglutição e junto ao nutricionista propor mudança de textura dos alimentos e cuidados durante as refeições.
  • Propor adaptações para higiene oral que causem menos desconforto.
  • Orientar sinais e sintomas de complicações provenientes da mucosite.
  • Evitar medicações pela via oral que possam causar desconforto (ex: xaropes).
  • Mucosite com ulceração: Aplicar vitamina E (cápsulas oleaginosas) sobre as lesões. Perfurar cápsula e utilizar cotonete para auxiliar a aplicação
  • Dor durante as refeições: diluir xilocaína 10% spray (em torno de 15 borrifadas) em 30 ml de água. O paciente deve bochechar e engolir a solução 10 minutos antes das refeições.
  • Laser: é uma das alternativas para regressão das lesões principalmente à partir de mucosite grau II.
  • Chá de camomila: realizar bochechos para aliviar desconforto da mucosa oral.
82
Q

RESOLUÇÃO COFEN Nº 569/2018: O que é?

A

Aprova o Regulamento Técnico da Atuação dos Profissionais de Enfermagem em Quimioterapia Antineoplásica

82
Q

RESOLUÇÃO COFEN Nº 569/2018: Quais são os OBJETIVOS ESPECÍFICO?

A
  • Assegurar a qualidade da assistência prestada pelos profissionais de Enfermagem aos pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico em ambientes hospitalar e ambulatorial;
  • Promover a humanização do atendimento a pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico;
  • Normatizar a consulta de Enfermagem a pacientes submetidos ao tratamento com quimioterápico antineoplásico;
  • Assegurar a observância dos requisitos básicos de biossegurança para os profissionais de Enfermagem que trabalham com quimioterapia antineoplásica com fins terapêuticos;
  • Normatizar os serviços de quimioterapia, conforme a Portaria MS/SAS Nº 3.535/98, acompanhando a evolução tecnológica de padrões internacionais de biossegurança;
  • Obedecer às normas de segurança do paciente conforme a RDC ANVISA Nº 36/2013; e
  • Assegurar controle trimestral das doenças ocupacionais através de protocolo inserido ao PCMSO.
83
Q

RESOLUÇÃO COFEN Nº 569/2018: Qual é o OBJETIVO GERAL?

A

Regulamentar a atuação dos Profissionais de Enfermagem nos serviços de quimioterapia antineoplásica.

83
Q

RESOLUÇÃO COFEN Nº 569/2018: Quais são as COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO ENFERMEIRO EM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA?

A
  • Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de Enfermagem, em pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico, categorizando-o como um serviço de alta complexidade;
  • Elaborar protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e minimização dos efeitos colaterais;
  • Realizar consulta de enfermagem baseada na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);
  • Ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e protocolo terapêutico; (NR) * Promover acesso venoso totalmente implantável;
  • Promover e difundir medidas de prevenção de riscos e agravos através da educação dos pacientes e familiares;
  • Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia antineoplásica de forma setorizada e global;
  • Proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem atuantes na área;
  • Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material e da disposição da área física, necessários à assistência integral aos clientes;
  • Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material e da disposição da área física, necessários à assistência integral aos clientes;
  • Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins, desenvolvendo estudos investigacionais e de pesquisa;
  • Registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de Enfermagem no prontuário do paciente e demais documentos, ressaltando os indicadores de desempenho e de qualidade, interpretando e melhorando a utilização dos mesmos;
  • Formular/atualizar manuais técnicos operacionais para equipe de Enfermagem nos diversos setores de atuação;
  • Formular e implantar manuais educativos aos pacientes e familiares, adequando-os à sua realidade social;
  • Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individual, coletiva e ambiental, que permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e emergenciais, visando interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou ambiental;
  • Participar da elaboração de protocolos institucionais; e
  • Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes à área de atuação.
84
Q

RESOLUÇÃO COFEN Nº 569/2018: Quais são as COMPETÊNCIAS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA?

A
  • Executar ações de Enfermagem a pacientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico, sob a supervisão e prescrição do Enfermeiro;
  • Conhecer e cumprir os protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e minimização dos efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico;
  • Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia antineoplásica de forma setorizada e global;
  • Participar da integração da equipe multiprofissional, procurando garantir uma assistência integral ao paciente e familiares;
  • Registrar informações pertinentes à assistência de Enfermagem no prontuário do paciente e demais documentos;
  • Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individual, coletiva e ambiental, que permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e emergenciais, visando interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam causar algum dano físico ou ambiental;
  • Participar de programas de orientação e educação de pacientes e familiares com enfoque na prevenção de riscos e agravos, objetivando a melhoria de qualidade de vida do cliente; e
  • Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes à área de atuação.
85
Q

NR-32: A CABINE de preparo quimioterápicos DEVE?

A

a) estar em funcionamento no mínimo por 30 minutos antes do início do trabalho de manipulação e permanecer ligada por 30 minutos após a conclusão do trabalho;
b) ser submetida periodicamente a manutenções e trocas de filtros absolutos e pré-filtros de acordo com um programa escrito, que obedeça às especificações do fabricante, e que deve estar à disposição da inspeção do trabalho;
c) possuir relatório das manutenções, que deve ser mantido a disposição da fiscalização do trabalho;
d) ter etiquetas afixadas em locais visíveis com as datas da última e da próxima manutenção;
e) ser submetida a processo de limpeza, descontaminação e desinfecção, nas paredes laterais internas e superfície de trabalho, antes do início das atividades;
f) ter a sua superfície de trabalho submetida aos procedimentos de limpeza ao final das atividades e no caso de ocorrência de acidentes com derramamentos e respingos

86
Q

NR-32: A SALA DE PREPARO DEVE SER DOTADA DE CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLASSE
II B2 E NA SUA INSTALAÇÃO DEVEM SER PREVISTOS, NO MÍNIMO:

A

a) suprimento de ar necessário ao seu funcionamento;
b) local e posicionamento, de forma a evitar a formação de turbulência aérea.

87
Q

(FGV - TJ/PI - 2015) Pacientes com neoplasias e/ou que necessitem de quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia devem tomar algumas vacinas após o tratamento. Dentre essas, está a vacina contra:
A) hepatite B;
B) varicela;
C) doença hepática crônica;
D) tríplice viral;
E) meningococo C.

A

Letra: A e E

Não pode virus vivo

88
Q

O que é BI-RADS nos exames de mama?

A

O BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) é um sistema de padronização utilizado para classificar as alterações encontradas em exames mamários de imagem, como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética.
A escala varia de 0 a 6 e não corresponde a um diagnóstico, mas sim a uma descrição que representa o risco de o achado ser um câncer de mama, orientando a conduta médica após o exame.
Uma eventual confirmação do câncer de mama só é feita depois de uma biópsia, ou seja, quando se retira um fragmento do nódulo ou lesão e este material é analisado em laboratório para concluir se é realmente um câncer.

89
Q

O que é o BI-RADS 0?

A

Há um achado, mas não foi possível caracterizá-lo (ele é incompleto ou inconclusivo), sendo então necessária uma avaliação adicional para maiores esclarecimentos por meio de outros exames de imagem.

90
Q

O que é o BI-RADS 3?

A

Provavelmente trata-se de um achado benigno (98% de chance de benignidade). Nesse caso, é recomendado repetir o exame em intervalos semestrais.

90
Q

O que é o BI-RADS 1?

A

Não há nenhum achado, o exame é considerado normal e recomenda-se manter o rastreamento de rotina.

90
Q

O que é o BI-RADS 2?

A

Há um achado benigno, como a presença de cicatrizes cirúrgicas ou de próteses de silicone, sendo recomendado a manutenção dos exames de rastreamento.

91
Q

O que é o BI-RADS 4?

A

Achado suspeito, que deve ser submetida a biópsia.

91
Q

O que é o BI-RADS 5?

A

Achado altamente suspeito de malignidade (com 95% de chance de ser câncer), devendo este ser submetido a biópsia

92
Q

BI-RADS 0 é preocupante?

A

Na maioria das vezes, não. Mas os exames complementares são necessários para que a classificação correta e o melhor diagnóstico sejam estabelecidos.

92
Q

O que é o BI-RADS 6?

A

Nesse caso, já há um diagnóstico de câncer. O BI-RADS 6 é definido quando a paciente ainda não operou, mas realiza o exame para conferir, por exemplo, se o tumor diminuiu após sessões de quimioterapia ou para que a cirurgia seja planejada.

93
Q

BI-RADS 2 pode virar câncer?

A

Não. Achados Bi-Rads 2 são 100% benignos e não viram câncer.

94
Q

Nódulo BI-RADS pode sumir?

A

Nódulos verdadeiros não somem espontaneamente. O que ocorre é que às vezes existem ilhotas de gordura que simulam nódulos – e esses podem desaparecer em exames futuros.

95
Q

Quando o resultado da mamografia é preocupante?

A

Quando o resultado for Bi-Rads 4 ou 5. Nos casos de Bi-Rads 3, a avaliação da mamografia deve ser feita por um médico especialista, no caso por um mastologista, para avaliar os históricos pessoal e familiar e exames anteriores da paciente. Então, é traçada a melhor conduta para o caso.
Quando o resultado for Bi-Rads 0, é muito importante a realização de um exame de imagem complementar para se chegar a um diagnóstico.