Feridas e curativos - FGV Flashcards

1
Q

Pele: Quais são as Características?

A

Histologia: tecido epitelial (queratinócitos) e conjuntivo (fibroblastos e fibrócitos)
Maior órgão do corpo

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2
Q

Pele: Quais são as Camadas?

A

Epiderme
Derme
Subcutâneo (adiposo)

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3
Q

Pele: Quais são as Funções?

A
  • Proteger o corpo de ações do meio ambiente;
  • Evitar perda de líquido e evitar a entrada de substâncias ruins no organismo;
  • Regular a temperatura do corpo;
  • Garantir a sensibilidade através dos nervos da pele.
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4
Q

Conceitos de Feridas: Como é na Resolução 501/2015?

A

As feridas são modificações da pele ocasionadas por: traumas, processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. É o rompimento da estrutura
e do funcionamento anatômico normal, resultante de um processo patológico que se iniciou interna ou externamente no(s) órgão(s) envolvido(s).

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5
Q

Conceitos de Feridas: Como é no Manual da ANVISA?

A

Rompimento anormal da pele ou superfície do corpo.
Normalmente comprometem a pele, os tecidos moles e os músculos.

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6
Q

Conceitos: O que é Exsudato?

A

acúmulo de líquidos em uma ferida.

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7
Q

Conceitos: O que é Granulação?

A

formação de tecido conjuntivo e vários novos capilares em uma ferida

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8
Q

Conceitos: O que é Necrose?

A

degeneração de um tecido por morte de suas células. Apresenta aspecto amarelado ou enegrecido.

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9
Q

Conceitos: O que é Abscesso?

A

coleção de pus na derme e tecidos profundos adjacentes.

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10
Q

Conceitos: O que é Celulite?

A

inflamação dos tecidos indicando uma infecção local, caracterizada por vermelhidão, edema e sensibilidade.

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11
Q

Conceitos: O que é Cisalhamento?

A

deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes.

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12
Q

Conceitos: O que é Fricção?

A

atrito que causa traumatismo mecânico a pele

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13
Q

Conceitos: O que é Cicatrização?

A

é a cura de uma ferida por reparação ou regeneração dos tecidos afetados evoluindo em fases distintas.

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14
Q

Conceitos: O que é Deiscência?

A

Separação das bordas da ferida

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15
Q

Como é a cicatrização?

A

Contenção da hemorragia —–> Inflamatória —–> Proliferativa ——> Remodelamento ou maturação

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15
Q

Fases da Cicatrização: O que é a Fase de remodelamento ou de maturação (elasticidade)?

A
  • Deposição de colágeno de maneira organizada.
    O colágeno inicial (colágeno tipo III) é reabsorvido e um colágeno mais espesso é produzido e organizado ao longo das linhas de tensão. Estas mudanças se refletem em aumento da força tênsil da ferida.
  • Fibroblastos e leucócitos secretam colagenases que promovem a lise da matriz antiga
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15
Q

Fases da Cicatrização: O que é a Fase inflamatória (coagulação e limpeza)?

A
  • Inicia após a lesão.
  • Substâncias vasoconstritoras (tromboxana A2 e prostaglandinas pelas membranas)
  • Hemostasia: hemostasia (plaqueta e cascata de coagulação) – forma o coágulo
  • Vasodilatação: quimiotaxia (migração de neutrófilos e macrófagos para a ferida).
  • Sinais flogísticos
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16
Q

Fases da Cicatrização: O que é a Fase de proliferação ou de granulação (preenchimento e novos vasos)?

A
  • Início no 4º dia após a lesão e se estende aproximadamente até o término da segunda semana.
  • Angiogênese: formação de capilares formação de tecido de granulação: deposição de colágeno (fibroblastos e as células endoteliais)
  • Epitelização
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17
Q

Tipos de cicatrização: O que é a 1ª Intenção?

A

De maneira asséptica, com mín. de destruição tecidual e que são devidamente fechadas. Tecido de granulação não é visível

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18
Q

Tipos de cicatrização: O que é a 2ª intenção?

A

Feridas → bordas não foram aproximadas com perda excessiva de tecido

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19
Q

Tipos de cicatrização: O que é a 3ª intenção?

A

Aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após deiscência. O fechamento tardio ou por terceira intenção, as ferida é deixada abertas inicialmente, é feito debridamentos, antibioticoterapia, e após
alguns dias, é feito sutura, enxerto cutâneo ou retalhos, ou seja, não é fechada por si só

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20
Q

Lesão por pressão Estágio 1: Quais são as Características?

A

Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece

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20
Q

Lesão por pressão Estágio 3: Quais são as Características?

A

Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível.
Tecido de granulação e epíbole.
Podem ocorrer descolamento e túneis.
Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso

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20
Q

Lesão por pressão Estágio 2: Quais são as Características?

A

Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O tecido adiposo e tecidos profundos não
são visíveis.
Bolha ou flictena

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21
Lesão por pressão Estágio 4: Quais são as Características?
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular Exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
21
Quais são os conceitos da NPIAP 2016 sobre tipos de lesão?
National Pressure Injury Advisory Panel (NPIAP) - organização norte-americana, sem fins lucrativos, dedicada à prevenção e ao tratamento de lesões por pressão. Formado em 1986, o conselho diretor é multidisciplinar, composto de especialistas em lesões por pressão e líderes de diferentes áreas da saúde que compartilham o compromisso da organização. Em 2016, o NPUAP anunciou a mudança na terminologia Úlcera por Pressão para Lesão por Pressão e a atualização da nomenclatura dos estágios do sistema de classificação.
22
Lesão por pressão Estágio Suspeita de lesão profunda: Quais são as Características?
Profundidade Indeterminada. Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descolorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente resultantes de pressão e/ou cisalhamento.
22
Lesão por pressão Estágio Lesão Relacionada a Dispositivo Médico: Quais são as Características?
Apresenta o padrão ou forma do dispositivo
23
Lesão por pressão Estágio Lesão por Pressão em Membranas Mucosas: Quais são as Características?
histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser categorizadas.
24
Lesão por pressão Estágio Lesão por pressão: Quais são as Características?
É um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.
25
Lesão por pressão Estágio Lesão não classificável: Quais são as Características?
Crosta necrose impede visualizar a profundidade da ferida
26
(FGV – SES – Enfermagem – 2024) Relacione a forma pela qual uma ferida pode cicatrizar, que depende da quantidade de tecido lesado ou danificado e da presença ou não de infecção, listadas a seguir, às respectivas denominações. ( ) Tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. ( ) Tipo de cicatrização que ocorre quando há perda excessiva de tecido, com a presença ou não de infecção; as feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização. ( ) Tipo de cicatrização que aproxima as margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. 1. Primeira intenção. 2. Segunda intenção. 3. Terceira intenção
A) 1 – 2 – 3.
26
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Papaína e Colagenase?
2% - em granulação. Acima de 2% - desbridamento enzimático
26
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: AGE?
Promove: quimiotaxia e angiogênese. Granulação – mantém a umidade
27
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Alginato de cálcio?
Exsudação abundante com ou sem infecção, feridas cavitárias sanguinolentas
28
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Alginato com prata?
Bactericida e apresenta alta capacidade de absorção, hemostático.
29
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Carvão ativado e prata?
Feridas infectadas, fétidas e altamente exsudativas. Não utilizar em áreas de exposição óssea.
30
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Hidrocoloide?
Não utilizar como curativo secundário. Prevenção de lesão por pressão. Debridamento autolítico.
31
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Hidrogel?
Debridamento autolítico.
32
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Filme transparente?
Cobertura de cateter. Prevenção de lesão por pressão. Feridas secas.
33
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Sulfadiazina prata a 1%?
Queimadura
34
Qual é a AÇÃO da COBERTURA: Espumas de poliuretano?
Ferida com cicatrização por segunda intenção, níveis de exsudato moderados ou elevados
35
(FGV – SES – 2024) Com base nas orientações da ANVISA acerca da realização de curativos, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) Os curativos com dreno de Penrose ou tubular devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril ou com gaze estéril por 72 horas. ( ) Nas feridas com cicatrização por segunda intenção, os curativos devem ser totalmente oclusivos na primeira semana e, após esse período, devem ser mantidos abertos. ( ) Nos pacientes com fixador externo, deve-se limpar os locais de inserção dos pinos e a área periférica com álcool a 70% duas vezes ao dia.
D) V – F – F.
35
Classificação dos drenos: . Quanto a forma e ação: O que é o por Gravitação?
Gravitação: Utiliza-se cateteres de grosso calibre colocados na cavidade e conectados a bolsa coletora ou borracha de látex (ex. dreno de tórax)
35
Classificação dos drenos: . Quanto a forma e ação: O que é o por Capilaridade?
a) Capilaridade: a saída das secreções se dá através da superfície externa do dreno (ex. penrose)
36
Classificação dos drenos: . Quanto a forma e ação: O que é o por Sucção?
Sucção: Geralmente utilizados em circunstâncias em que se prevê o acumulo de líquidos em grande quantidade, ou por períodos prolongados (ex. Dreno de tórax com pressão negativa ou sistema de drenagem Portovac)
37
O que é o Dreno de tórax?
Na cavidade torácica a pressão é menor que a do ar atmosférico, o que possibilita a entrada de ar. Sempre que o pulmão perde essa pressão negativa, seja por abertura do tórax devido à cirurgia, trauma ou por presença de ar, pus, ou sangue no tórax ocorrerá o colapso pulmonar.
37
Como cuidar das Feridas com dreno?
* Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico. * Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele. * Colocar outra gaze sob o dreno, protegendo-o * O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada curativo. Cortar o excesso e colocar alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada. * Nunca tocar diretamente no dreno. * O dreno tubular ou torácico exige troca de curativo extremamente rápido e curativo oclusivo para evitar que ocorra pneumotórax. Não deve apresentar dobras, para garantir uma boa drenagem. * Observar e anotar o volume e o aspecto do material drenado.
37
Quais são os Conceitos importantes de feridas?
* Exsudato – acúmulo de líquidos em uma ferida. * Granulação – formação de tecido conjuntivo e vários novos capilares em uma ferida. * Necrose – degeneração de um tecido por morte de suas células. Apresenta aspecto amarelado ou enegrecido. * Pus – fluido espesso composto por leucócitos, bactéria e debris celulares. * Escoriação – arranhões lineares na pele. * Estoma é a abertura cirúrgica que permite a comunicação entre um órgão interno e meio exterior. * Abrasão erosão da pele através de algum processo mecânico (fricção ou traumatismo). * Abscesso coleção de pus na derme e tecidos profundos adjacentes. * Celulite inflamação dos tecidos indicando uma infecção local, caracterizada por vermelhidão, edema e sensibilidade. * Cisalhamento deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes. * Fricção – atrito que causa traumatismo mecânico a pele. * Cicatrização é a cura de uma ferida por reparação ou regeneração dos tecidos afetados evoluindo em fases distintas. * Deiscência Separação das bordas da ferida.
38
Sistema RYB: O que é a cor RED?
- Formação de tecido de granulação (que é vermelho)
39
Sistema RYB: O que é a cor YELLOW?
- Esfacelo tecido de aparência mole (que é amarelo)
40
Sistema RYB: O que é a cor BLACK?
- Necrose tecido bem aderido no leito da ferida (que é preto)
41
ANVISA - CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: O que são as LIMPAS?
condições assépticas sem microrganismos. São feridas produzidas em ambiente cirúrgico, desde que não foram abertos sistemas digestório ou geniturinário. A probabilidade de infecção é baixa em torno de 1 a 5%.
41
ANVISA - CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: O que são as LIMPA – CONTAMINADA?
também conhecida como potencialmente contaminadas, são feridas cirúrgicas em que houve abertura do sistema digestório ou geniturinário, ou produzidas acidentalmente com arma branca. Lesão inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação significativa. O risco de infecção é de 3 a 11%.
42
ANVISA - CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: O que são as CONTAMINADAS?
apresentam reação inflamatória, ou tiveram contato com material contaminado, como fezes, poeira ou outro tipo de sujidade. São consideradas contaminadas também as feridas que já se passaram 6hs do ato que produziu a ferida (trauma e atendimento). O risco de infecção é de 10 a 17%
42
ANVISA - CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: O que são as INFECTADAS?
presença de agente infeccioso no local e lesão com evidência de intensa reação inflamatória e destruição de tecidos podendo haver secreção purulenta
43
(FGV – Funsaúde – 2021) Considerando as disposições do Cofen acerca da atuação do Enfermeiro no Cuidado aos pacientes com feridas, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa. ( ) Cabe ao Enfermeiro avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas. ( ) É vedado ao Enfermeiro indicar novas tecnologias de prevenção e tratamento a pessoas com feridas. ( ) O Enfermeiro tem autonomia para abertura de Clínica de Prevenção e Cuidado de pessoas com feridas.
A) V – F – V.
44
(FGV – Funsaúde – 2021) Durante a avaliação de um paciente, o Enfermeiro fez o seguinte registro: flictemas na região do trocânter direito e lesão na região lombo sacra com presença de escara em toda sua extensão. Pelas características descritas trata-se, respectivamente, de lesões por pressão A) estágio 1 e estágio 4. B) estágio 3 e estágio 5. C) estágio 2 e estágio 4. D) estágio 2 e não classificável. E) estágio 3 e lesão tissular profunda.
Letra: D
45
(FGV – FUNSAUDE – 2021) Assinale a opção que indica parâmetros usados na escala Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH) para avaliar o processo de cicatrização das lesões por pressão. A) Coloração da pele e umidade. B) Profundidade e epitelização. C) Quantidade de tecido necrótico e descolamento. D) Tipo de tecido prevalente e quantidade de exsudato. E) Cicatrização das bordas e fibrose periférica.
Letra: B
46
(FGV – Câmara dos Deputados – 2023) A cicatrização de uma ferida ocorre por meio de um processo dinâmico, interdependente, contínuo e complexo, cuja finalidade é restaurar os tecidos lesados. Este processo é composto por três fases: inflamatória, proliferativa e de maturação. Sobre a fase proliferativa, assinale a afirmativa correta. A) Nessa fase ocorre o aumento da permeabilidade capilar e os vários fatores quimiotáticos facilitam a diapedese dos neutrófilos para o sítio inflamatório. B) Nessa fase ocorre a contração por movimento centrípeto em toda espessura ao redor da ferida, reduzindo a quantidade de cicatriz, diminuindo os fibroblastos e fazendo com que a densa rede de capilares regrida. C) Essa fase representa uma tentativa para limitar o dano, parando o sangramento, selando a superfície da ferida e removendo qualquer tecido necrótico, fragmentos estranhos ou bactérias presentes. D) É caracterizada pelo aumento da permeabilidade vascular, migração de células para a ferida por quimiotaxia, secreção de citocinas, fatores de crescimento e ativação da migração de células. E) Nessa fase inicia-se o reparo da ferida por meio da angiogênese, fibroplastia e epitalização; é caracterizada pela formação de tecido granuloso constituído por vasos capilares sanguíneos neoformados, tecido conjuntivo e leucócitos.
Letra: E A) Inflamatória B) Maturação C) Inflamatória/ homeostasia D) Inflamatória E) Proliferativa
47
O que é o DESBRIDAMENTO?
Desbridamento é um componente importante no gerenciamento da ferida e pode ser definido como o ato de remoção de material necrótico, tecido desvitalizado, crostas, tecido infectado, hiperqueratose, corpos estranhos, fragmentos de ossos, microorganismos ou qualquer outro tipo de carga biológica de uma ferida com o objetivo de promover a cicatrização da mesma. O conhecimento dos métodos disponiveis para desbridamento, vantagens, desvantagens e riscos é indispensavel para definir o que será mais eficiente e adequado para o tipo de ferida e as condições fisicas e emocionais da pessoa. Considerando uma abordagem global para cicatrização de feridas, o desbridamento não se restringe apenas ao leito da ferida e é considerado parte de um processo para criar meios para atingir objetivos clínicos como o aumento da qualidade de vida, redução de odores, melhora da microcirculação, normalização bioquímica, incluindo balanço das metaloproteinases da matriz, controle da umidade e estimulação das bordas da ferida, contribuindo para o desenvolvimento do tecido de granulação e de epitelização. * REMOVER TECIDOS INVIÁVEIS * REDUZIR A CARGA BACTERIANA * PRESERVAR TECIDOS VIÁVEIS * PREPARAR O LEITO DA LESÃO PARA CICATRIZAÇÃO
47
TIPOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO INICIAL?
O desbridamento inicial consiste na retirada de tecidos inviáveis aderidos ao leito e/ou na área periferida, incluindo o tecido queratinizado, por meio de métodos autolíticos, enzimáticos, biológicos, mecânicos ou instrumentais, abrangendo as bordas da ferida e a pele4,5,6,7 . Difere do ato de limpeza, responsável pela remoção de resíduos metabólicos soltos e sujidades5 . A remoção de hiperqueratose periferida está incluída nesta definição de desbridamento. Necessita ser repetido desde que os parâmetros clínicos persistam ou recorram7 . O leito da ferida pode estar coberto por esfacelo (Fig. 1), termo usado para descrever e documentar o tecido inviável de consistência macia, de coloração amarelada, formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno e leucócitos, microorganismos e materiais proteicos, podendo estar bem aderidos ou não ao leito da ferida1,4,6 . O tecido necrótico apresenta-se como uma crosta de consistência dura, seca, escura, denominada escara (Fig. 2 e 3), que pode ocorrer em úlceras de várias etiologias, portanto, escara não é sinônimo de lesão por pressão8 . São pré-requisitos indispensáveis para escolha do método mais adequado a avaliação integral, aceitação, compreensão e envolvimento da pessoa, familiares e cuidadores no planejamento e execução do tratamento. O consentimento livre e esclarecido deve ser assinado antes do início do tratamento, pelo paciente ou responsável, quando este não for capaz de tomar a decisão4,6,7 .
47
O que são as FERIDAS CRÔNICAS E COMPLEXAS?
As feridas crônicas e complexas constituem um desafio para os profissionais e grande problema de saúde pública, apesar de não quantificadas. Envelhecimento da população, com conseqüente aumento de prevalência de doenças crônicas, diagnostico tardio das complicações, falta ou inexistência de controle dos fatores de risco, recursos humanos, estrutura física adequada e de tecnologias para o tratamento constituem elevados ônus sociais e econômicos. A cicatrização de feridas é um processo complexo desenvolvido em quatro fases: hemostase, inflamatória, proliferativa e remodelação, que se sobrepõem. Baixa perfusão sanguínea, trauma/pressão, presença de corpos estranhos, células senescentes e microorganismos no leito da ferida são alguns dos fatores que prolongam/impedem o processo de regeneração celular por ocasionar a permanência em qualquer uma das fases. Portanto, as características do tecido presente no leito da ferida desempenham papel muito importante na evolução do processo de cicatrização e o reconhecimento e descrição destas são partes essenciais de uma boa avaliação. O tecido inviável ou deficiente atrasa a cicatrização, proporciona meio adequado para crescimento de microorganismos, prolonga a resposta inflamatória e cria barreira para formação do tecido de granulação e epiteização2,3. Além de ser fator predisponente para formação de biofilmes. Os biofilmes podem estar presentes no leito da ferida, no exsudato, no esfacelo e no tecido necrótico. São altamente resistentes aos tratamentos antimicrobianos e são compostos por 10 a 20% de microrganismos envolvidos por uma matriz tridimensional denominada substancia polimérica extracelular (EPS) que perfazem os 80 a 90% restantes. As EPS são formadas por proteínas, polissacarídeos, íons aniônicos e catiônicos, DNA extracelular e diversos micro e macro componentes. A avaliação constante do leito e das margens da ferida é indispensável para o sucesso do tratamento. O conceito do “Preparo do Leito da Ferida - Wound Bed Preparation (WBP)” consiste na abordagem sistematizada das barreiras que retardam ou impedem a cicatrização de feridas crônicas. O acrônimo TIME (T – tecido: inviáveis ou deficientes, I – infecção/inflamação, M – umidade em desequilíbrio e E – margem da ferida que não avança ou apresenta espaço morto) foi desenvolvido por especialistas para sistematizar a observação das características do leito, sua relação com anormalidades locais e sistêmicas e auxiliar na escolha da conduta mais adequada 3,4. Tem início (T) com a eliminação de tecidos inviáveis/senescentes, por meio da utilização de soluções para limpeza e desbridamento.
48
TIPOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO DE MANUTENÇÃO?
O desbridamento de manutenção caracteriza-se pela contínua remoção da carga celular composta por fibroblastos envelhecidos, queratinócitos, materiais de matriz celular, não visíveis a olho nu e que necessitam ser permanentemente removidos para viabilizar a cicatrização5,6,7. Alguns tipos de feridas apresentam nova formação de esfacelos após desbridamentos, de causa ainda desconhecida, supostamente, devido a reação do organismo a presença de biofilme, necessitando de remoção constante. O desbridamento de manutenção deve ser realizado, mesmo em face de um leito aparentemente saudável, se a ferida não está mostrando evidência de cicatrização6
49
TIPOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO DE HIPERQUERATOSE?
Hiperqueratose é um espessamento da camada córnea da pele, resultado de excessiva proliferação de células produtoras de queratina sobre a superfície da pele que contribui para o aumento da espessura da epiderme e da derme. A hiperqueratose do membro inferior ocorre com frequência em pessoas com linfedema, hipertensão venosa e eczemas. Apresenta-se como um tecido escamoso, seco e vermelho, com manchas marrons ou cinza, podendo evoluir com fissuras e feridas (Fig. 4). O uso de emolientes para higienização e umectação diária e, semanalmente, quando em terapia compressiva, são medidas preventivas. Estabelecida a hiperqueratose, após a aplicação de creme emoliente deve-se retitar suavemente o tecido descamativo. A hiperqueratose plantar (calos e calosidades) tem como causa o atrito e a pressão, são comuns nas bordas e na pele adjacente das úlceras neuropáticas e requerem desbridamento instrumental cortante após aplicação de solução emoliente7,9 (Fig. 5 e 6)
50
QUANDO DESBRIDAR?
Antes de proceder o desbridamento é necessário que o profissional avalie: * A PESSOA: - CONDIÇÕES CLÍNICAS - DOENÇAS DE BASE - PERFUSÃO SANGUÍNEA - CONDIÇÃO MENTAL E EMOCIONAL * A NECROSE - TIPO - QUANTIDADE - ADERÊNCIA
51
QUANDO NÃO DESBRIDAR?
- DOENTE EM FASE TERMINAL - ESCARA ESTÁVEL NO CALCANHAR - ESCARA SECA EM MEMBROS ISQUÊMICOS - TERAPIA ANTICOAGULANTE E DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS O desbridamento de escaras não é recomendado quando a pessoa encontra-se em fase terminal, sem condições clinicas para a cicatrização e em escaras estáveis no calcanhar (seca, aderente, intacta, sem eritema ou flutuação) porque servem como “cobertura biológica natural (Fig. 7). É imprescindível a avaliação vascular, antes do desbridamento de úlceras de membros inferiores para descartar possível insuficiência arterial, e na presença de baixa perfusão ou ausência, a recomendação é efetuar limpeza, aplicar antissépticos, cobrir com gaze seca e observar sinais de infecção enquanto aguarda a revascularização. Contra-indicações relativas incluem a terapia anticoagulante e distúrbios hemorrágicos.
51
O que é o DESBRIDAMENTO AUTOLÍTICO?
Trata-se de método seletivo e seguro que consiste em promover meio úmido e manutenção da temperatura em torno de 37º, proporcionando ambiente adequado para que as enzimas presentes no leito da ferida e os macrófagos realizem a lise e fagocitose do tecido necrótico. A escolha deve atender ao tipo de tecido a ser desbridado e a quantidade de exsudato: hidrogéis para fornecer umidade, hidrocolóides em presença de pequeno/médio exsudato, alginatos, hidrofibras, fibras hidro-desbridantes e espumas para controle do excesso de exsudato; coberturas impregnadas com antissépticos para controle microbiano. Dependendo da cobertura utilizada pode ter como desvantagem o aumento do odor, crescimento bacteriano, vazamento, ocasionando, por vezes a maceração das bordas da lesão, sendo necessário proteger a pele com um creme de barreira. Desbridamento autolitico pode ser utilizado em feridas infectadas, apenas se a infecção estiver sob controle. O método autolítico pode ser associado ao instrumental, para facilitar a retirada dos tecidos inviáveis. - MICROAMBIENTE ÚMIDO: QUEBRA NATURAL DO TECIDO NECRÓTICO ---> AÇÃO DE ENZIMAS LISOSSÔMICAS ENDÓGENAS ------> ATIVIDADE MACROFÁGICA ----> LIQUEFAÇÃO DE DETRITOS -----> SEPARAÇÃO DO TECIDO VIÁVEL DO INVIÁVEL
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Quais são os MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO?
Produtos para desbridamento autolítico podem ser encontrados em formulações com propriedades diferentes e serem definidos nos seguintes grupos: Hidrogéis, ou coberturas à base de hidrogel, são tridimensionais, homopolímeros reticulados ou copolímeros, saturado com água. A proporção de água em coberturas de hidrogel pode variar de 30% a 90%. Agentes de formação de gel diferentes, como carboximetilcelulose, podem ser incorporados aos hidrogéis, assim como alginato e propilenoglicol. Hidrocolóides são compostos de carboximetilcelulose, gelatina, pectina e elastômeros que se transformam em um gel quando o exsudado é absorvido. Espumas hidrofílicas, hidropolímeros ou hidrocelulares, tem como principal função o controle da umidade no leito da ferida. Quando adicionadas a substancias surfactantes e umectantes promovem desbridamento autolitico. Hidrofibras, incluindo fibras de carboximetilcelulose, que se transformam em gel quando entram em contato com o fluido da ferida, facilitando assim a remoção de tecidos não-viáveis. São altamente absorventes e tem como opção também apresentações impregnadas com prata. Fibras hidrodesbridantes (ou fibras poliabsorventes), são compostas por polímeros de poliacrilato de amônia envoltas em um núcleo acrílico. Ao gelificar em contato com o exsudato, elas possuem afinidade as estruturas moleculares que compõe o esfacelo e promovem um efeito desbridante. Esta composição promove coesão e resistência necessária para garantir a remoção do curativo em uma só peça após a gelificação. A absorção vertical do exsudato nas fibras hidrodesbridantes, sem difusão para as laterais, protege a pele das bordas da ferida e impede a maceração. As fibras hidrodesbridantes são associadas a matriz cicatrizante TLC, composta por uma camada de carboximetilcelulose distribuídas sob a forma de partículas lipofílicas, quando em contato com o exsudato, forma um gel lipido-colóide que favorece a manutenção de um ambiente úmido “ideal” para a ferida, promove a multiplicação dos fibroblastos e a cicatrização, e permite a retirada do curativo de maneira atraumática, evitando sangramento e dor. Iodo Cadexômero, foi introduzido em 1980 como uma alternativa ao PVP-I. Promove liberação controlada de iodo elementar a 0,9% com reduzida citotoxicidade, encapsulado em microesfera de amido modificado e polietileno glicol. Indicado para desbridamento e agente anti-séptico, controla o exsudato e exerce ação antimicrobiana. A dose total recomendada não deve exceder 150g por semana e o tratamento não deve ultrapassar 90 dias. Não devem ser utilizados em pessoas com sensibilidade ao iodo, doença de Hashimoto, e distúrbios da tireoide. Coberturas à base de mel exercem efeito osmótico que atrai linfa ao leito da ferida, produzindo o ambiente úmido. O mel tem propriedade anti-bacteriana. Deve ser evitado em pessoas com sensibilidade a picadas de abelhas e produtos a base de mel. Algumas coberturas combinam características autolíticas, de absorção e antimicrobiana no processo de desbridamento e podem incluir alginato de cálcio, polímeros hidratados, polietileno glicol, lipidocoloides, hidrocoloides, entre outros. * VANTAGENS: - Método seletivo de fácil aplicação. - Pode reduzir custos devido a necessidade de menos trocas. * DESVANTAGENS: - Hidrogéis: uso excessivo ou em uma ferida altamente exsudativa, pode levar a maceração da pele peri-ferida, o que prejudica a função de barreira protetora da pele, proporcionando uma porta de entrada para as infecções causadas por bactérias ou fungos. - Antimicrobianos podem ocasionar dermatite, citotoxicidade, resistência bacteriana e retardo da cicatrização.
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O que é o DESBRIDAMENTO BIOLÓGICO?
O desbridamento biológico (Maggot-terapia) consiste na utilização larvas esterilizadas colocadas no leito da ferida. Estas secretam enzimas que liquefazem o tecido necrótico e o ingerem, limpando assim a ferida. * LARVAS DE MOSCAS: Lucilia sericata * LARVAS SECRETAM ENZIMAS PROTEOLÍTICAS: Liquefação dos detritos * LARVAS INGEREM: Separação do tecido viável/inviável
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO ENZIMÁTICO?
O desbridamento enzimático é semelhante ao autolítico por utilizar enzimas, neste caso enzimas exógenas. A escolha da enzima deve ser baseada no tipo de tecido presente e no pH da pele, como não é uma prática comum, é importante que a seleção da enzima a ser utilizada, seja por aquelas que atuem em vários tipos de tecidos e em pHs variados. A colagenase é uma enzima muito utilizada no desbridamento enzimático, obtida da bactéria clostridium histolyticum, mais efetiva em pH entre 6 a 8 e sua ação é decompor as fibras de colágeno, responsáveis pela adesão do tecido necrótico ao leito da lesão. A fibrinolisina, obtida do plasma bovino é específica para degradar a fibrina e age em pH de 7 a 8 10,11. A papaína, muito utilizada no Brasil é composta por 17 diferentes aminoácidos e por enzimas proteolíticas e peroxidases, atua em pH de 3 a 12 e, em temperaturas entre 20º a 50º. É enconrada em forma de pó, gel ou pasta. Em pó deve ser diluída imediatamente antes da execução do curativo e age por 20 minutos e, em gel ou pasta por 24 horas. Em escaras pode ser utilizado o gel em concentração entre 10 a 15% e cobertas por filme transparente para manter a umidade, para esfacelos a concentração deve ser de 6 a 10%, com controle adequado do exsudato10,11,19 . As enzimas podem ser inativadas por agentes de limpeza, na presença de metais pesados e antibióticos. - ENZIMAS EXÓGENAS: Remoção enzimática do tecido necrótico - DESPRENDIMENTO DO TECIDO:
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o
Trata-se de método não seletivo, pois retira também o tecido viável. Pode ser realizado com a utilização das seguintes técnicas Fricção: realizada com gazes ou esponjas umedecidas em soluções de limpeza; Úmido-seco: consiste em cobrir a ferida com gaze seca, aguardar que esta fique aderida ao leito para retirá-la. Irrigação: realizada com soro morno em jato. Hidroterapia: realizada em tanques com turbilhonamento. - TÉCNICAS: Fricção/ úmido seco/ irrigação/ hidroterapia - REMOÇÃO DE TECIDOS E CORPOS ESTRANHOS
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL CONSERVADOR?
É um método seletivo e tem como objetivo a retirada do tecido necrótico com abordagem conservadora, isto é, acima do tecido viável4,10. Deve ser realizado em ambiente iluminado, em posição confortável, observando-se constantemente as condições do doente, os fatores de risco envolvidos e o procedimento deve ser interrompido quando há sangramento excessivo. Tem como vantagens: ser seletivo, remover quantidade maior de tecido necrótico, possibilidade de ser associado a outros métodos como o autolítico ou o enzimático4,10. Como desbridamento instrumental não faz parte da formação do enfermeiro na graduação é imprescindível que busque a capacitação ou especialização. * Remoção seletiva de tecidos necrosados. * Realizados com instrumentos cortantes. * Realizada acima do tecido viável. * Não deve ocasionar dor e sangramento. * Realizado apenas por médicos e enfermeiros especializados/ capacitados.
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL?
No desbridamento instrumental são utilizados instrumentais cortantes (bisturi e tesoura)4,6,10. Procedimento realizado exclusivamente por médicos e enfermeiros, exige dos profissionais competência, conhecimento das estruturas anatômicas e dos riscos, segurança e habilidade para sua realização, bem como critérios de avaliação. Contra-indicações: insuficiência arterial e as coagulopatias. Riscos: hemorragia, lesão de tendões e ossos. - REQUISITOS: * DOMÍNIO PARA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO: Conhecimento das estruturas anatômicas. Conhecimento dos riscos. Critérios de avaliação. * CONHECIMENTO DAS CONTRAINDICAÇÕES: Insuficiencia arterial. Oxigenação tecidual deficiente. Coagulação alterada/ risco de hemorragia. Riscos de lesão óssea/ tendões
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DESBRIDAMENTO: O que é a TÉCNICA DE COVER?
Uma das abordagens da escara se realiza por meio do deslocamento de uma das bordas da crosta, utilizando uma lâmina de bisturi (Fig. 9), a seguir pinçá-la e tracioná-la prosseguindo com o corte paralelo ao leito da ferida de forma a descolar toda escara (técnica de Cover). - Descolar a borda da escara utilizando uma lâmina de bisturi; - Pinçá-la e tracioná-la - Cortá-la paralelamente ao leito
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DESBRIDAMENTO: O que é a TÉCNICA DE SQUARE?
Outra técnica, mais simples e segura, consiste em realizar incisões paralelas em toda crosta (técnica de Square), formando quadradinhos e posteriormente pinçá-los e cortá-los um a um - Incisões paralelas no sentido vertical e horizontal - Cortar cada quadradinho paralelamente ao leito
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL CONSERVADOR + DESBRIDAMENTO AUTOLITICO/ENZIMÁTICO?
Quando a escara estiver muito seca e dura ou o esfacelo estiver muito aderido ao leito da ferida, a associação do método autolítico ou enzimático facilitará a remoção, por meio do método instrumental conservador
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MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO: O que é o DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO?
O método instrumental cirúrgico consiste na excisão ou ressecção de toda área necrótica, incluindo parte do tecido viável, na tentativa de transformar feridas crônicas em agudas, e deve ser executada por cirurgião experiente4,6,10. Tem como grande vantagem a rapidez da retirada do tecido desvitalizado e como desvantagens o custo elevado, o risco anestésico, risco de sangramentos e infecção. - EXCISÃO DE TODA NECROSE E DA MARGEM VIÁVEL - DEVE SER REALIZADO POR CIRURGIÃO EXPERIENTE - TIPO DE ANESTESIA DE ACORDO COM A REGIÃO, TAMANHO E PROFUNDIDADE DA LESÃO
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O que é ESFACELO SECO ADERIDO?
* DESBRIDAMENTO INICIAL - OBJETIVO: Fornecer umidade, desprender o esfacelo aderido ao leito. - TECNOLOGIA: Hidrogel/ enzimas exógenas * DESBRIDAMENTO DE MANUTENÇÃO - OBJETIVO: Controlar a umidade e remover tecidos inviáveis presentes no leito e na área periferida. - TECNOLOGIA: Fibras hidro-desbridantes/ fibras poliabsorventes, hidrofibras, espumas e iodo cadexômero
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O que é ESCARA?
* DESBRIDAMENTO INICIAL - OBJETIVO: Remover o tecido necrótico seco e aderido ao leito da ferida. - TECNOLOGIA: Hidrogel, enzimas exógenas e instrumental cortante. * DESBRIDAMENTO DE MANUTENÇÃO - OBJETIVO: Controlar a umidade e remover tecidos inviáveis presentes no leito e na área periferida. - TECNOLOGIA: Fibras hidro-desbridantes/ fibras poliabsorventes, hidrofibras, espumas e iodo cadexômero
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O que é o ESFACELO ÚMIDO?
* DESBRIDAMENTO INICIAL - OBJETIVO: Controlar a umidade, remover esfacelo. - TECNOLOGIA: Fibras hidro-desbridantes/ fibras poliabsorventes, hidrofibras, espumas e iodo cadexômero. * DESBRIDAMENTO DE MANUTENÇÃO - OBJETIVO: Controlar a umidade e remover tecidos inviáveis presentes no leito e na área periferida. - TECNOLOGIA: Fibras hidro-desbridantes/ fibras poliabsorventes, hidrofibras, espumas e iodo cadexômero
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O que é HIPERQUERATOSE?
* OBJETIVO: Manter a pele saudável. * MEDIDAS PROFILÁTICAS: Umectação diária. * TECNOLOGIA: Retirar com delicadeza o tecido descamativo, após aplicação de creme emoliente. * HIPERQUERATOSE PERI-FERIDA NEUROPÁTICA: Desbridamento instrumental após aplicação de solução emoliente.