Doenças Transmissíveis - FGV Flashcards

1
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são as Características da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração; Reagudização de lesões antigas Dor espontânea nos nervos periféricos Aumento ou aparecimento de áreas hipo ou
anestésicas

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2
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são as Características da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e neurite.
As lesões preexistentes permanecem inalteradas.

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2
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Como é o Comprometimento sistêmico da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

É frequente; presença de febre, astenia, mialgias, náuseas (estado toxêmico) e dor articular

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3
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Qual a Causa da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Processo de hiper-reatividade imunológica, em resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento
bacilar)

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4
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Qual a Causa da Reação tipo 2 ou reação de eritema
nodoso hansênico?

A

Processo de hiper-reatividade imunológica, em resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento bacilar)

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5
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são os Fatores associados da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Edema de mãos e pés; aparecimento brusco de mão em garra e “pé caído”

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6
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Como é o Comprometimento sistêmico da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Não é frequente

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7
Q

Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são os Fatores associados da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

Edema de extremidades (irite, epistaxes, orquite, linfadenite, neurite); comprometimento gradual dos troncos nervosos

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8
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais como é o Início da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Antes do tratamento com poliquimioterapia (PQT) ou nos primeiros 6 meses do tratamento;

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8
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais como é o Início da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

Pode ser a primeira manifestação da doença

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8
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais quais são as Formas clínicas da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Paucibacilares

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9
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais quais são as Formas clínicas da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

Multibacilares

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10
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é a Evolução da Reação tipo 1 ou reação reversa?

A

Lenta; podem ocorrer sequelas neurológicas e complicações, como abcesso de nervo

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11
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é a Evolução da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

Rápida; o aspecto necrótico pode ser contínuo, durar meses e apresentar complicações graves

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12
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é o Tratamento da Reação tipo 1 ou reação reversa ?

A

Prednisona: 1mg/kg/dia ou
Dexametasona: 0,15mg/Kg/dia
(pacientes hipertensos e cardiopatas)

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13
Q

Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é o Tratamento da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?

A

Talidomida: 100 a 400mg/dia.
Esquema alternativo:
Prednisona: 1mg/kg/dia.
Pentoxifilina: 1.200mg/dia, 8/8h. Iniciar com 400mg/dia, com aumento de 400mg/semana.

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14
Q

Como é o Esquema único de tratamento da hanseníase do adulto?

A
  • Rifampicina: dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada
  • Clofazimina: dose mensal de 300mg (3 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada
  • Dapsona: dose mensal de 100mg (1 comprimido de 100mg) supervisionada e uma dose diária de
    100mg autoadministrada
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14
Q

Como é o Esquema único de tratamento da hanseníase da Criança?

A
  • Rifampicina: dose mensal de 450mg (1 cápsula de 150mg e 1 cápsula de 300mg) com administração
    supervisionada
  • Clofazimina: dose mensal de 150mg (3 cápsulas de 50mg) com administração supervisionada e uma
    dose de 50mg autoadministrada em dias alternados
  • Dapsona: dose mensal de 50mg (1 comprimido de 50mg) supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada
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15
Q

Quais são os EFEITOS ADVERSOS da RIFAMPICINA?

A

Cutâneos – Rubor de face e pescoço, Hepáticos –icterícia (suspenso se as transaminases e/ou bilirrubinas aumentarem mais de 2x o valor normal; Hematopoéticos – Trombocitopenia ou sangramentos anormais. Anemia hemolítica – Tremores, febre, náuseas, cefaleia e, às vezes,
choque, podendo também ocorrer icterícia leve; A coloração avermelhada da urina não deve
ser confundida com hematúria.

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16
Q

Quais são os EFEITOS ADVERSOS da CLOFAZIMINA?

A

Cutâneos – Ressecamento da pele, que pode evoluir para ictiose, alteração na coloração da
pele e suor. Nas pessoas de pele escura, a cor pode se acentuar; nas pessoas claras, a pele
pode ficar com uma coloração avermelhada ou adquirir um tom acinzentado, devido à
impregnação e ao ressecamento;
GI – Náusea, vômito, diminuição da peristalse e dor abdominal, devido ao depósito de cristais
de clofazimina nas submucosas e linfonodos intestinais, resultando na inflamação da porção
terminal do intestino delgado.

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17
Q

Quais são os EFEITOS ADVERSOS da DAPSONA?

A

Cutâneos – Síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa ou eritrodermia;
Hepáticos – Icterícia, dor abdominal, náusea e vômitos;
Anemia hemolítica – Tremores, febre, náuseas, cefaleia e às vezes choque, podendo também
ocorrer icterícia leve;
Metemoglobinemia – Cianose, dispneia, taquicardia, fadiga, desmaios, anorexia

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18
Q

Como é o TRATAMENTO HANSENÍASE?

A
  • Rifampicina: 600mg de forma mensal, sendo supervisionada. Possíveis reações: suor e urina avermelhados e a redução do efeito de medicamentos anticoncepcionais.
  • Dapsona: 100mg mensal, supervisionado + 100mg diária. Possíveis reações: a medicação apresenta diversas reações possíveis, dentre elas as alterações no ferro dentro da hemoglobina e alterações na pele.
  • Clofazimina: 300mg de forma mensal (supervisionada) e diária de 50mg (autoadministrada). Possíveis reações: coloração da pele um pouco mais bronzeada, sendo inclusive motivo de estigma.
    Paucibacilar: 6 meses (máximo 9m)
    Multibacilar: 12 meses (máximo 18 m).
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18
Q

Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase indeterminada?

A

Forma inicial; Evolui espontaneamente para a cura. Uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose.

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19
Q

Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase tuberculoide?

A

Forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade
(dormência). Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos. Podem ser encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.

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20
Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase dimorfa (ou borderline)?
Forma intermediária, imunidade intermediária, com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano. A variedade de lesões cutâneas é maior e estas apresentam-se como placas, nódulos eritêmato-acastanhados, em grande número, com tendência à simetria. Lesões pré-faveolares ou faveolares, sobrelevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos. O acometimento dos nervos é mais extenso, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
21
Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase virchowiana (lepromatosa)?
A imunidade celular é nula e o bacilo se multiplica com facilidade, maior gravidade, com anestesia dos pés e mãos. Favorece os traumatismos e feridas, que podem causar deformidades, atrofia muscular e edema das pernas. Placas infiltradas e nódulos (hansenomas), de coloração eritêmato-acastanhada ou ferruginosa. Infiltração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento e acentuação dos sulcos cutâneos. Acometimento da laringe (rouquidão), e de órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e testículos).
22
TUBERCULOSE: Qual é o Agente etiológico?
Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae.
23
TUBERCULOSE: Qual é a Incubação?
4-12 semanas
24
TUBERCULOSE: Qual é o Reservatório?
Ser humano. Possíveis: gado bovino, primatas e outros mamíferos
24
TUBERCULOSE: Qual o Modo de transmissão?
Inalação de aerossóis
24
TUBERCULOSE: Qual o Período de transmissibilidade?
Transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento
25
TUBERCULOSE: Quais são os Sintomas?
Tosse com duração de 3 semanas ou mais, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas sugestivos de TB (febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço)
26
TUBERCULOSE: Como é o Diagnóstico?
Baciloscopia (escarro) + RX tórax TRM-TB (amplificação de ácidos nucleicos utilizado para detecção de DNA do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas resistentes à rifampicina)
27
TUBERCULOSE: Qual a Indicação da o Diagnóstico?
Utilizada para diagnóstico de ILTB e pode também auxiliar o diagnóstico de tuberculose ativa em crianças
28
TUBERCULOSE: Qual é o Método do Diagnóstico?
Inoculação intradérmica de um derivado protéico purificado do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a esses antígenos. Técnica de aplicação (Mantoux)
29
TUBERCULOSE: Qual é a Contraindicação do Diagnóstico?
Não há evidências para utilização de PT como método auxiliar no diagnóstico de TB pulmonar ou extrapulmonar no adulto. Uma PT positiva não confirma o diagnóstico de TB ativa, assim como uma PT negativa não o exclui
30
TUBERCULOSE: Como é a Interpretação do Diagnóstico?
A prova tuberculínica reativa, isoladamente, indica apenas a presença de infecção e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença.
31
TUBERCULOSE: Como deve ser a Conservação Tuberculina (PPD-RT 23)?
Temperatura entre 2oC e 8oC
32
TUBERCULOSE: Qual é o Local da aplicação da Prova Tuberculina (PPD-RT 23)?
Via intradérmica, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo
33
TUBERCULOSE: Como dever ser a Leitura da Prova Tuberculina (PPD-RT 23)?
48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendida para 96 horas
34
TUBERCULOSE: Como dever ser a Interpretação da Prova Tuberculina (PPD-RT 23)?
Especificidade da PT é alta (97%, isto é, 3% de resultados falso-positivos). Sensibilidade da PT é de 77%, isto é, reações falso-negativas (indivíduo com PT negativa e com ILTB).
35
Quais são os medicamentos para tratar Tuberculose?
R – Rifampicina; H- Isoniazida; Z – Pirazinamina; E – Etambutol
36
Chikungunya: Qual é o Agente etiológico?
vírus chikungunya (CHIKV) – família Togaviridae e gênero Alphavirus.
37
Chikungunya: Com ocorre a Transmissão?
picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que exclusivamente no intraparto de gestantes virêmicas e, muitas vezes, provoca infecção neonatal grave. Pode ocorrer transmissão por via transfusional, todavia é rara
37
Chikungunya: Quais são os Sintomas?
febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. O exantema normalmente é macular ou maculopapular, acomete cerca de metade dos doentes e surge, normalmente, do 2° ao 5°dia após o início da febre. Atinge principalmente o tronco e as extremidades (incluindo palmas e plantas), podendo atingir a face. O prurido (25%) e pode ser generalizado ou apenas localizado na região palmo-plantar. Pode ter dermatite esfoliativa, lesões vesículobolhosas, hiperpigmentação, fotossensibilidade, lesões simulando eritema nodoso e úlceras orais. Outros na fase aguda:dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite sem secreção, faringite, náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e neurite. As manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes nas crianças. Pode haver linfoadenomegalias cervical, retroauricular, inguinal associadas.
37
Chikungunya: Quais são as Fases?
aguda, subaguda e crônica
38
Chikungunya: Qual a Epidemiologia?
1° caso no Brasil – 2014 (transmissão autóctone).
39
Chikungunya: Qual é a Incubação?
intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de três a sete dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média dez dias.
40
Quais são as Formas distintas: Febre Amarela?
A febre amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: silvestre e urbano. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma nos dois ciclos. Febre Amarela Urbana (FAU) e Febre Amarela Silvestre (FAS), diferenciando- se uma da outra pela localização geográfica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro.
40
O que é HOSPEDEIRO?
HOSPEDEIRO é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si, pode ser definitivo ou intermediário.
40
O que é RESERVATÓRIO?
RESERVATÓRIO ou agente é qualquer ser vivo ou matéria inanimada onde vive e se multiplica um agente infeccioso, do qual depende para sobreviver, reproduz-se de tal maneira que possa ser transmitido a um hospedeiro suscetível.
41
Febre Amarela –Hospedeiro e Reservatórios: O que é o Ciclo silvestre?
Os primatas não humanos (PNHs) são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental. Reservatório - Vetor - culicídeos (mosquitos silvestres) implicadas na transmissão são Haemagogus janthinomys e Haemagogus leucocelaenus, além de diversas espécies do gênero Sabethes. Os mosquitos são considerados os verdadeiros reservatórios do vírus da febre amarela, pois, uma vez infectados, permanecem assim durante toda a vida.
42
Febre Amarela –Hospedeiro e Reservatórios: O que é o Ciclo urbano?
não registrado no Brasil desde 1942, o ser humano é o principal hospedeiro com importância epidemiológica, e as espécies de culicídeos (mosquitos vetores) implicadas na transmissão são do gênero Aedes, principalmente o Ae.aegypti, mantendo-se um ciclo homem-mosquito.
43
Febre Amarela qual é o Modo de Transmissão no Ciclo silvestre?
o ciclo de transmissão se processa entre o macaco infectado → mosquito silvestre → macaco sadio.
43
Febre Amarela qual é o Modo de Transmissão?
Não há transmissão de pessoa a pessoa. Apenas as fêmeas transmitem o vírus. Nos mosquitos, a transmissão também ocorre de forma vertical, na qual as fêmeas podem transferir o vírus para a sua prole, favorecendo a manutenção do vírus na natureza.
44
Febre Amarela qual é o Modo de Transmissão no Ciclo urbano?
a transmissão se faz através da picada do mosquito Ae. aegypti, no ciclo: homem infectado → Ae. aegypti → homem sadio.
45
Febre Amarela qual é o Quadro clínico?
O quadro típico tem evolução bifásica (período de infecção e de intoxicação), com início abrupto, febre alta e pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaleia intensa, mialgias, prostração, náuseas e vômitos, durando cerca de 3 dias, após os quais se observa remissão da febre e melhora dos sintomas, o que pode durar algumas horas ou, no máximo, 2 dias. O caso pode evoluir para cura ou para a forma grave (período de intoxicação), caracterizada pelo aumento da febre, diarreia e reaparecimento de vômitos com aspecto de borra de café, instalação de insuficiência hepática e renal. Surgem icterícia, manifestações hemorrágicas (hematêmese, melena, epistaxe, hematúria, sangramento vestibular e da cavidade oral, entre outras), oligúria, albuminúria e prostração intensa, comprometimento do sensório, que se expressa mediante obnubilação mental e torpor com evolução para coma.
46
O que é o sinal de Koplik?
Koplik - pontos vermelhos brilhantes com centro branco ou branco-azulado que podem se assemelhar a grãos de areia. Precedem o exantema generalizado e são patognomônicas do sarampo.
47
O que é o Sinal de Romaña?
Sinal de Romaña é um edema inflamatório bipalpebral, associado a conjuntivite, dacriadenite e aumento ganglionar préauricular, ocorre em 10 a 20% dos casos agudos de doença de Chagas, sendo sinal patognomônico desta doença.
47
O que é o Sinal de Kernig positivo?
✓Sinal de Kernig positivo: deitado com a coxa em flexão sobre o abdome, ele não consegue estender a perna por completo.
48
O que é o Sinal de Brudzinski positivo?
✓ Sinal de Brudzinski positivo: um indicador mais sensível de irritação meníngea do que o sinal de Kernig, a flexão do pescoço produz flexão dos joelhos e dos quadris.
49
O que é o sinal de Lewinson?
✓Lewinson - Avalia se toca o tórax com o mento sem abrir a boca.
50
Prevenção combinada HIV: O que são as Intervenções biomédicas?
Redução do risco de exposição, mediante intervenção na interação entre o HIV e a pessoa passível de infecção. 1. intervenções biomédicas clássicas, que empregam métodos de barreira física ao vírus, já largamente utilizados no Brasil. Ex. uso de preservativos internos e externos e de gel lubrificante. 2. intervenções biomédicas baseadas no uso de antirretrovirais (ARV) – Ex. tratamento para todas as pessoas que vivem com HIV, além da(PEP e da PrEP. 3. intervenções biomédicas apoiadas na utilização de testes para diagnóstico oportuno. Ex. testes rápidos e o autoteste.
50
Prevenção combinada HIV: O que são as Intervenções comportamentais?
São ações que contribuem para o aumento da informação e da percepção do risco de exposição ao HIV e para sua consequente redução, mediante incentivos a mudanças de comportamento por parte da pessoa e da comunidade ou grupo social em que ela está inserida. Ex: estímulo ao uso de preservativos internos e externos; acolhimento e aconselhamento sobre HIV, aids e outras ISTs; incentivo à testagem; adesão às intervenções biomédicas; vinculação e retenção nos serviços de saúde; redução de danos para as pessoas que usam álcool e outras drogas; e estratégias de comunicação e educação entre pares.
51
Prevenção combinada HIV: O que são as Intervenções estruturais?
são ações voltadas aos fatores e condições socioculturais que influenciam diretamente a vulnerabilidade de indivíduos ou grupos sociais específicos ao HIV, envolvendo preconceito, estigma, discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e garantias fundamentais à dignidade humana. Ex: ações de enfrentamento a racismo, sexismo, LGBTQIAPN+fobia e demais preconceitos; promoção e defesa dos direitos humanos; campanhas educativas e de conscientização.
52
Quais são as CARACTERÍSTICAS dos Corrimento por causas Fisiológica?
Sem odor, muco esbranquiçado, sem sintomas
53
Quais são as CARACTERÍSTICAS dos Corrimento por Vaginose?
Odor de peixe depois da relação sexual, corrimento acinzentado ou amarelado
53
Quais são as CARACTERÍSTICAS dos Corrimento por Candida?
Prurido e irritação Coloração esbranquiçado e grumoso (nata) Leve odor
54
Quais são as CARACTERÍSTICAS dos Corrimento por causas de Infecção por espécies de Trichomonas?
Irritação e odor fétido Corrimento intenso, espumoso amarelo esverdeado
54
Quais são as Manifestações clínicas do HPV?
As lesões da infecção pelo HPV são polimórficas;quando pontiagudas, denominamse condiloma acuminado. Variam de um a vários milímetros, podendo atingir alguns centímetros. Costumam ser únicas ou múltiplas, achatadas ou papulosas, mas sempre papilomatosas. Por essa razão, a superfície apresenta-se fosca, aveludada ou semelhante à da couve-flor. Apresentam-se da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas.Emgeralsão assintomáticas, maspodemser pruriginosas, dolorosas, friáveis ou sangrantes. As verrugas anogenitais resultam quase exclusivamente de tipos não oncogênicos de HPV.
55
O que é a Sífilis congênita?
O bebê que nasce de forma precoce normalmente tem hepatomegalia (aumento do fígado), icterícia, corrimento nasal (rinite sifílica), linfadenopatia generalizada e deformidades ósseas. A sífilis congênita tardia manifesta-se depois de 2 anos de idade: tíbia em lâmina de sabre, articulação de Clutton, fronte olímpica, nariz em sela, molares em amora, incisivos de Hutchinson (com deformidades).
56
Influenza: Qual é o Reservatório?
O homem, suínos, equinos, focas e aves
56
Influenza – Qual é o Agente etiológico?
*O vírus influenza, pertencente à família Ortomixiviridae, possui RNA de hélice única e se subdivide em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C.
57
Influenza: Qual é o Modo de transmissão?
dentro da mesma espécie, exceto entre os suínos, cujas células possuem receptores para os vírus humanos e aviários. Transmissão direta (pessoa a pessoa) é mais comum e ocorre por meio de gotículas. Eventualmente, aerossol. Transmissão indireta: por meio do contato com as secreções de outros doentes.
58
Influenza: Qual o Período de incubação?
Em geral, de 1 a 4 dias.
59
Influenza: Qual é o Período de transmissibilidade?
24 e 48 horas antes do início dos sintomas, porém em quantidades mais baixas do que durante o período sintomático. Nesse período, o pico da excreção viral ocorre principalmente entre as primeiras 24 até 72 horas do início da doença, e declina até níveis não detectáveis por volta do 5º dia, após o início dos sintomas.
60
Influenza: Qual é a Suscetibilidade e a imunidade?
Suscetibilidade é geral. Imunidade: adquirida a partir da infecção natural ou pela vacinação (vírus homólogos)
61
Influenza: Quais são as Manifestações clínicas?
febre, tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração.
62
Influenza – tipos A:
Mais suscetível às variações antigênicas. Sofre alterações em sua estrutura genômica, o que contribui para a existência de diversos subtipos. Maioria das epidemias de influenza. Classificados - tipos de proteínas que se localizam em sua superfície: 1.Hemaglutinina (H): associada à infecção das células do trato respiratório superior, onde o vírus se multiplica 2. Neuraminidase (N): facilita a saída das partículas virais do interior das células infectadas. Infecta o homem, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. Ex. H1N1, H3N2 H7N9 e H5N1 – gripes aviárias
62
Influenza – tipos B:
Infecta exclusivamente humanos; Sofre menos variações antigênicas e, por isso, está associado com epidemias mais localizadas. Victoria e Yamagata.
63
Influenza – tipos C:
Infecta humanos e suínos. Antigenicamente estável, provoca doença subclínica e não ocasiona epidemias
64
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Qual é a Descrição da doença?
Riquetsioses no Brasil, é uma doença infecciosa febril aguda causada por riquétsias transmitidas por carrapatos, de gravidade variável.
64
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Qual é a Epidemiologia?
A doença acomete a população economicamente ativa (20 a 49 anos), principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais domésticos e/ou silvestres ou ambiente de mata. Mês de maior incidência é em out. A letalidade sem tratamento, pode chegar a 80% .
65
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Qual é o Agente etiológico?
Bactéria Gram-negativa intracelular obrigatória: Rickettsia rickettsii, Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica
66
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Qual é o Reservatório?
Os equídeos, roedores, como a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), e marsupiais, como o gambá (Didelphis sp), têm importante participação no ciclo de transmissão da febre maculosa, e há estudos recentes sobre o envolvimento desses animais como amplificadores de riquétsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados
67
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Quais são os Vetores?
Carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (A. cajennense), A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, qualquer espécie de carrapato pode ser um potencial reservatório de riquétsias
68
Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): como deve ser a Notificação?
Imediata nas 3 instâncias e investigação em 48 horas. Um caso é surto. Encerramento: 60 dias
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Febre maculosa - Rickettsia rickettsii (bactéria): Qual é a Incubação?
2 a 14 dias.
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Febre maculosa: Quais são os Sinais e Sintomas?
Febre (39ºC); cefaleia; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; edema e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas; paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória; manifestações hemorrágicas, como petéquias e sangramento muco-cutâneo, digestivo e pulmonar.
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Febre maculosa: Quais são as Complicações?
O exantema vai se transformando em petequial e, depois, em hemorrágico, constituído principalmente por equimoses ou sufusões, pode evoluir para necrose, edema de MMII; hepatoesplenomegalia; manifestações renais com azotemia pré-renal caracterizada por oligúria e IRA; manifestações GI (náusea, vômito, dor abdominal e diarreia); pulmonares (tosse, edema pulmonar, infiltrado alveolar com pneumonia intersticial e derrame pleural; neurológicas graves, como déficit neurológico, meningite e/ou meningoencefalite com líquor claro; hemorrágicas, como petéquias e sangramento muco-cutâneo, digestivo e pulmonar. Se não tratado, o paciente pode evoluir para um estágio de torpor e confusão mental, com frequentes alterações psicomotoras, chegando ao coma profundo. Icterícia e convulsões podem ocorrer em fase mais avançada da doença.
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Febre maculosa: Como ocorre a Transmissão?
Picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Nos carrapatos transovariana e permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses
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Febre maculosa: Como é a Susceptibilidade e imunidade?
A suscetibilidade é universal e a imunidade adquirida possivelmente é duradoura contra reinfecção
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Febre maculosa: Quais são os Cuidados?
Remover o carrapato da pele com uma pinça. Antisséptico. Coloque o carrapato no álcool ou jogue no vaso sanitário
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Febre maculosa: Como é o Diagnóstico?
Epidemiológico. Laboratorial: Reação de imunofluorescência indireta – Rifi; Pesquisa direta da riquétsia (Imunohistoquímica, Técnicas de biologia molecular, isolamento da riquétsia). Exames inespecíficos e complementares.
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Febre maculosa: Como é o Tratamento?
Iniciar o ATB imediatamente na suspeita de febre maculosa. Quando a terapêutica apropriada é iniciada nos primeiros 5 dias da doença, a febre tende a desaparecer entre 24 e 72 horas após o início da terapia, e a evolução tende a ser benigna. A terapêutica é empregada rotineiramente por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias após o término da febre. Não é recomendada a antibioticoterapia profilática para indivíduos assintomáticos que tenham sido recentemente picados por carrapatos, uma vez que dados da literatura apontam que tal conduta poderia, entre outras consequências, prolongar o período de incubação da doença. A doxiciclina, na apresentação para uso endovenoso, e o cloranfenicol, na apresentação líquida para uso oral, são disponibilizados exclusivamente pelo MS, por meio do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica, conforme Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename Doxiciclina (1ª opção) e Cloranfenicol (2ª opção)
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Doença - Febre maculosa - Diagnóstico o que é a Reação de imunofluorescência indireta – Rifi?
Método sorológico mais utilizado para o diagnóstico das riquetsioses (padrão-ouro). Em geral, os anticorpos são detectados a partir do 7° até o 10° dia de doença. Os anticorpos IgM podem apresentar reação cruzada com outras doenças (dengue, leptospirose, entre outras), portanto devem ser analisados com critério. Já os anticorpos IgG aparecem pouco tempo depois dos IgM, e são os mais específicos e indicados para interpretação diagnóstica. O diagnóstico laboratorial por Rifi é estabelecido pelo aparecimento de anticorpos específicos, que aumentam em título com a evolução da doença, no soro de pacientes. Deve-se coletar a primeira amostra de soro nos primeiros dias da doença (fase aguda), e a segunda amostra de 14 a 21 dias após a primeira coleta. A presença de aumento de 4 vezes nos títulos de anticorpos, observado em amostras pareadas de soro, é o requisito para confirmação diagnóstica pela sorologia.
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Doença - Febre maculosa - Diagnóstico o que é a Pesquisa direta da riquétsia?
* Imuno-histoquímica: realizada em amostras de tecidos obtidas em biopsia de lesões de pele de pacientes infectados. A imuno-histoquímica em lesões vasculíticas de pele é considerada o método mais sensível para a confirmação de febre maculosa na fase inicial da doença. * Técnicas de biologia molecular: reação em cadeia da polimerase (PCR), realizada em amostras de sangue, coágulos formados após centrifugação do sangue coletado, tecido de biópsia ou necrópsia. As técnicas de biologia molecular possibilitam melhor e mais adequada caracterização dos 2 grupos de riquétsias: o grupo febre maculosa, no qual estão incluídas R. rickettsii, R. parkeri, R. africae, complexo R. conorii. * Isolamento: cultura com isolamento da riquétsia e o método diagnóstico ideal. Deve ser realizado sob condições de biossegurança NB3. O isolamento do agente etiológico é feito a partir do sangue (coágulo) ou de fragmentos de tecidos (pele e pulmão obtidos por biópsia) ou de órgãos (pulmão, baço, fígado obtidos por necrópsia), além do carrapato retirado do paciente.
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Doença - Febre maculosa - Diagnóstico: Como são os Exames inespecíficos e complementares?
* Hemograma: anemia e a plaquetopenia são achados comuns e auxiliam na suspeita diagnóstica. Os leucócitos podem apresentar desvio à esquerda. * Enzimas: creatinoquinase (CK), desidrogenase lática (LDH), aminotransferases (ALT/TGP e AST/TGO) e bilirrubinas (BT) estão geralmente aumentadas.
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Doença - Febre maculosa - Diagnóstico: Como é o Diferencial?
eptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, meningoencefalite, malária e pneumonia por Mycoplasma pneumoniae. Embora o exantema seja um importante e fundamental achado clínico, sua presença não deve ser considerada a única condição para fortalecer a suspeita diagnóstica.
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Doença - Febre maculosa: DEFINIÇÃO DE CASO: O que é Caso Suspeito?
Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia, mialgia e que tenha relatado história de picada de carrapatos, e/ou tenha tido contato com animais domésticos e/ou silvestres, e/ou tenha frequentado área de transmissão de febre maculosa, nos últimos 15 dias. Indivíduo que apresente febre de início súbito, cefaleia e mialgia, seguidas de aparecimento de exantema maculopapular, entre o 2° e o 5°dias de evolução, e/ou manifestações hemorrágicas
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Doença - Febre maculosa: DEFINIÇÃO DE CASO: O que é Confirmado?
Critério laboratorial: Indivíduo cujos sinais, sintomas e antecedentes epidemiológicos atendem à definição de caso suspeito e no qual a infecção por riquétsias do grupo febre maculosa tenha sido confirmada laboratorialmente em uma das provas diagnósticas: * Rifi: quando houver soroconversão dos títulos de Rifi IgG, entendida como: primeira amostra de soro (fase aguda) não reagente e segunda amostra (colhida 14 a 21 dias após) com título ≥128; ou aumento de, no mínimo, quatro vezes os títulos obtidos em relação à primeira amostra, coletada com intervalo de 14 a 21 dias. * Imuno-histoquímica: reagente para antígenos específicos de Rickettsia sp. * Técnicas de biologia molecular: PCR detectável para o grupo febre maculosa. * Isolamento: identificação do agente etiológico em cultura. Critério clínico-epidemiológico: Todo caso suspeito, associado a antecedentes epidemiológicos (descritos na definição de caso suspeito), que tenha vínculo com casos confirmados laboratorialmente e que: não tenha coletado material para exames laboratoriais específicos; ou tenha resultado não reagente na Rifi IgG com amostra única coletada antes do 7°dia de doença; ou tenha uma amostra única coletada em qualquer dia de doença com Rifi IgG reagente ou indeterminado com título ≥128; ou tenha apenas 2 amostras, coletada com intervalo de 14 a 21 em relação 1ª amostra, com aumento de títulos inferior a 4x; ou a investigação oportuna do LPI detecte a circulação de rickettsia patogênica em vetores
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Doença - Febre maculosa: Vigilância epidemiológica: Quais são os Objetivos?
* Evitar o contato da população com potenciais vetores. * Realizar o controle vetoria
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Doença - Febre maculosa: Vigilância epidemiológica: Quais são as Ações?
Os banhos com carrapaticidas deverão levar em conta a epidemiologia das fases parasitárias e não parasitárias, o que permitirá diminuir o número de banhos/ano e a diminuição dessas fases. Em equinos, os banhos deverão ser realizados com intervalos de, no máximo, dez dias, na época compreendida entre abril e outubro. Esse período se refere ao período larval e de ninfas, estágios mais sensíveis aos produtos químicos. Informar a população sobre a circulação sazonal do carrapato, como forma educativa e preventiva. Orientar a população sobre como se proteger, adotando o uso de barreiras físicas quando for se expor a áreas com possibilidade de presença de carrapatos, conforme descrito a seguir: usar roupas claras e com mangas compridas, para facilitar a visualização de carrapatos; usar calças compridas, inserindo a parte inferior por dentro de botas, preferencialmente de cano longo e vedadas com fita adesiva de dupla-face; examinar o próprio corpo a cada três horas, a fim de verificar a presença de carrapatos. Quanto mais rápido forem retirados, menor a chance de infecção; ` retirar os carrapatos (caso sejam encontrados no corpo), preferencialmente com auxílio de uma pinça (de sobrancelhas ou pinça cirúrgica auxiliar); ` não esmagar o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com lesões. Locais públicos conhecidamente infestados por carrapatos devem, por meio de placas, informar seus frequentadores sobre a presença de carrapatos e as formas de proteção. A limpeza e a capina de lotes não construídos e a limpeza de áreas públicas, com cobertura vegetal, devem ser planejadas. Para o controle em áreas de ocorrência de foco, a equipe de zoonoses deve ser acionada.
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Como é o TRATAMENTO da Febre Maculosa?
O sucesso do tratamento, com consequente redução da letalidade potencialmente associada à febre maculosa, está diretamente relacionado à precocidade de sua introdução e à especificidade do antimicrobiano prescrito. As evidências clínicas, microbiológicas e epidemiológicas estabelecem que a doxiciclina é o antimicrobiano de escolha para terapêutica de todos os casos suspeitos de infecção pela Rickettsia rickettsii e de outras riquetsioses, independentemente da faixa etária e da gravidade da doença. Na impossibilidade de utilização da doxiciclina, oral ou injetável, preconiza- -se o cloranfenicol como droga alternativa (CHAPMAN et al., 2006; MACDOUGALL, 2006; SEXTON; MCCLAIN, 2012). Em geral, quando a terapêutica apropriada é iniciada nos primeiros cinco dias da doença, a febre tende a desaparecer entre 24 e 72 horas após o início da terapia, e a evolução tende a ser benigna. A terapêutica é empregada rotineiramente por um período de sete dias, devendo ser mantida por três dias após o término da febre. O esquema terapêutico indicado está apresentado no Quadro 2 (CHAPMAN et al., 2006) A partir da suspeita de febre maculosa, a terapêutica com antibióticos deve ser iniciada imediatamente, não se devendo esperar a confirmação laboratorial do caso. Não é recomendada a antibioticoterapia profilática para indivíduos assintomáticos que tenham sido recentemente picados por carrapatos, uma vez que dados da literatura apontam que tal conduta poderia, entre outras consequências, prolongar o período de incubação da doença.
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Qual a Antibioticoterapia recomendada para o tratamento da da Febre Maculosa?
Adultos * Doxiciclina: Dose de 100 mg, de 12 em 12 horas, por via oral ou endovenosa, a depender da gravidade do caso, devendo ser mantida por 3 dias após o término da febre. Sempre que possível, a doxiciclina deve ser priorizada. * Cloranfenicol: Dose de 500 mg, de 6 em 6 horas, por via oral, devendo ser mantida por 3 dias após o término da febre. Em casos graves, recomenda-se 1 g, por via endovenosa, a cada 6 horas, até a recuperação da consciência e melhora do quadro clínico geral, mantendo-seo medicamento por mais de 7 dias, por via oral, na dose de 500 mg, de 6 em 6 horas. CRIANÇAS - Para crianças com peso inferior a 45 kg, a dose recomendada é de 2,2 mg/kg, de 12 em 12 horas, por via oral ou endovenosa, a depender da gravidade do caso, devendo ser mantida por 3 dias após o término da febre. Doxiciclina Sempre que possível, seu uso deve ser priorizado (CALE; McCARTHY, 1997; CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2000; PURVIS; EDWARDS, 2000; CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2009; WOODS, 2013). * Cloranfenicol: Dose de 50 mg a 100 mg/kg/dia, de 6 em 6 horas, até a recuperação da consciência e melhora do quadro clínico geral, nunca ultrapassando 2 g por dia, por via oral ou endovenosa, dependendo das condições do paciente.
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Monkeypox: Qual é o Agente etiológico?
Vírus DNA. Vírus varicela-zóster (VVZ), família Herpesviridae (CDC, 2020).
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Monkeypox: Quem é o Reservatório?
O ser humano.
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Monkeypox: O que é a VARICELA?
VARICELA - Infecção viral primária febril, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de aspecto maculopapular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular, evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas secas não infecciosas, em 3 a 7 dias. A principal característica clínica é o polimorfismo acompanhadas de prurido
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Monkeypox: Qual é a Incubação?
De 10 a 21 dias após o contato. Mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo após imunização passiva.
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Monkeypox: Qual é o Modo de transmissão?
Pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas
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Monkeypox: Qual é o Período de transmissibilidade?
Varia de um a dois dias antes do aparecimento do exantema e estende-se até que todas as lesões estejam em fase de crosta.
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Monkeypox: Qual é a Suscetibilidade e imunidade?
A suscetibilidade é universal. A infecção confere imunidade permanente. A imunidade passiva transferida para o feto - proteção até 4 a 6 meses de vida extrauterina
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Períodos da varicela: O que é o Período prodrômico?
inicia-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e vômito, podendo durar de horas até 3 dias. Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, sendo o exantema o primeiro sinal da doença. Em crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna, com início repentino, apresentando febre moderada durante 2-3 dias, sintomas generalizados inespecíficos e erupção cutânea pápulo-vesicular que se inicia na face, no couro cabeludo ou no tronco (distribuição centrípeta).
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Períodos da varicela: O que é o Período exantemático?
as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Tendem a surgir mais nas partes cobertas do corpo, podendo aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas membranas mucosas da boca e das vias aéreas superiores. Polimorfismo regional característico da varicela: lesões em diversos estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas),
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Monkeypox: Quais são os Sintomas?
Lesões cutâneas tipo papulovesicular; febre; cefaleia; dores musculares; dores nas costas; adenomegalia; calafrios; e exaustão. Após infectada, a pessoa comumente inicia os sintomas com febre, mialgia, fadiga, cefaleia, astenia, dor nas costas e linfadenopatia. Após três dias 1 a 3 do pródromo, o indivíduo apresenta erupção maculopapular centrífuga a partir do local da infecção primária e que se espalha rapidamente para outras partes do corpo. As lesões progridem, no geral dentro de 12 dias, do estágio de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e crostas (MPVPC).
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Monkeypox: Qual é a Duração dos sintomas?
2 a 4 semanas.
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Monkeypox: Quais são as Características da erupção?
geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital.
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Monkeypox: Quais são as Complicações?
- Infecções secundárias; Broncopneumonia; Sepse, encefalite; e Infecção da córnea com consequente perda de visão.
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Monkeypox: Como é o Escore de gravidade OMS?
Leve (< 25 lesões de pele); Moderada (25-99 lesões de pele); Grave (100-250 lesões de pele); Crítico (> 250 lesões de pele).
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Monkeypox: Como ocorre a Transmissão?
Contato direto (pessoa a pessoa) ou indireto (objetos), sexual, gotículas, vertical e aerossol (procedimentos). Principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. Sexual: contato com mucosas lesionadas, mas pelo fato de o vírus ter sido identificado em material seminal. OMS recomenda: abstinência sexual na fase de lesões não cicatrizadas Uso de preservativo: para qualquer forma de ato sexual (anal, oral ou vaginal) nas 12 semanas subsequentes à cura das lesões. Transmissão por superfícies contaminadas - a persistência de 1 a 56 dias, dependendo das condições de temperatura e de umidade do ambiente.
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Monkeypox: Quais são as Característica da lesão?
Evolução uniforme. Estágios da erupção: máculas (lesões com base plana) para pápulas (lesões firmes levemente elevadas), vesículas (lesões cheias de líquido claro), pústulas (lesões cheias de líquido amarelado) e crostas, o que ocorre em cerca de 10 dias e após isso essas crostas secam e caem. O número de lesões é variado.
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Monkeypox: TIPO DE EXPOSIÇÃO: Como é o Alto risco?
Contato desprotegido entre a pele ou mucosas, lesões ou fluidos corporais de uma outra pessoa com MPX (contato sexual, respingos inadvertidos de saliva do paciente nos olhos ou na cavidade oral de uma pessoa, contato com o paciente sem luvas) ou materiais contaminados (roupas de cama, vestes). Estar dentro do quarto ou a menos de 1,80 cm de um paciente, durante qualquer procedimento que possa criar aerossóis de secreções orais, lesões de pele ou suspensão de exsudatos secos (sacudir lençóis sujos) sem usar N95 e proteção para os olhos.
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Monkeypox: TIPO DE EXPOSIÇÃO: Como é o risco Intermediário?
Estar a 1,80 cm, por 3h ou mais, de uma pessoa sem máscara com MPX, sem usar, no mínimo, uma máscara cirúrgica. Atividade que resulta em contato entre roupa de um indivíduo e as lesões de pele ou fluidos corporais do paciente, ou ainda, seus lençóis ou curativos sujos (virar ou participar de banho ou ajudar na transferência de doente) usando luvas, mas não usando um avental de proteção.
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Monkeypox: TIPO DE EXPOSIÇÃO: Como é o risco Baixo/incerto?
Entrar no quarto sem usar proteção para os olhos em uma ou mais ocasiões, independentemente da duração da exposição. Estar usando avental, luvas, proteção para os olhos e, no mínimo, máscara cirúrgica durante todas as entradas na área ou sala de atendimento ao paciente (exceto durante os procedimentos listados acima na categoria de alto risco). Estar a menos de 1,80 cm de uma pessoa sem máscara com MPX, por < 3 horas, sem usar, no mínimo, uma máscara cirúrgica
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Monkeypox - Prevenção contra Secreção?
As lesões cutâneas devem ser cobertas o máximo possível (camisas de mangas compridas, calças compridas) para minimizar o risco de contato com outras pessoas. Deve-se evitar tocar em feridas e levar as mãos à boca e/ou aos olhos. Vesículas não devem ser rompidas. Utilizar curativo para proteger a área, caso seja orientado pela equipe de assistência à saúde.
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Monkeypox: Como é a Biossegurança?
Medidas de precaução: padrão + contato + gotículas EPI: máscaras, óculos ou protetor facial, luvas e avental e isolamento em quarto privativo ou 1m. Transporte do paciente nos serviços de saúde - deve ser evitado, se imprescindível, usar máscara cirúrgica durante o transporte e quaisquer lesões cutâneas expostas devem ser cobertas com um lençol limpo. Procedimentos que gerem aerossol: intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias. As precauções para gotículas devem ser substituídas pelas precauções para aerossóis: deve substituir a máscara cirúrgica pela N95/PFF2. Unidade de isolamento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance). Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto individual bem ventilado (ar condicionado que garanta a exaustão adequada ou janelas abertas), com portas fechadas e restringir o n° de profissionais. Classe de risco: 3 Classificação resíduo: A1. Manejo dos resíduos: - acondicionados em sacos vermelhos. Devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, dependentemente do volume e identificados pelo símbolo de substância infectante.
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Monkeypox - Prevenção: Como deve ser o Lixo?
Utilizar luvas descartáveis. Não descartar os resíduos em lixo comum do domicílio, aterros ou lixões
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Monkeypox - Prevenção: Como deve ser a Superfície?
Limpar frequentemente (mais de uma vez por dia) as superfícies que são frequentemente tocadas com solução contendo água sanitária (1 parte de água sanitária para 99 partes de água); fazer o mesmo para banheiros e toaletes;
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Monkeypox - Prevenção: Como devem ser as Roupas?
Lavar roupas pessoais, roupas de cama e roupas de banho do paciente separadamente com sabão comum e água entre 60 e 90°C; roupas úmidas não devem ser sacudidas;
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Monkeypox - Prevenção: Como deve ser os Talheres?
Evitar compartilhamento de talheres, os quais devem ser lavados com água entre 60-90°C e sabão comum;
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Monkeypox - Prevenção: Qual deve ser o Isolamento?
Utilizar máscara e evitar contato com animais;
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Monkeypox - Prevenção: Como deve ser o Sexo?
A transmissão sexual tem sido divulgada, não só pelo contato com mucosas lesionadas, mas pelo fato de o vírus ter sido identificado em material seminal. Assim, a OMS recomenda abstinência sexual na fase de lesões não cicatrizadas e uso de preservativo para qualquer forma de ato sexual (anal, oral ou vaginal) nas 12 semanas subsequentes à cura das lesões.
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Monkeypox - Prevenção: Como é a Vacina?
A vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir ou atenuar a doença e proteger contra a Monkeypox, com uma eficácia de 85% (finalizada em 1980). 2 vacinas disponíveis para grupos de risco.
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Como é o Escore de gravidade preconizado pela OMS para a Monkeypox?
* Leve (< 25 lesões de pele); * Moderada (25-99 lesões de pele); * Grave (100-250 lesões de pele); * Crítico (> 250 lesões de pele)
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MALÁRIA – PALUDISMO: Qual é o Agente etiológico?
Protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana: P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi.
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MALÁRIA – PALUDISMO: Qual é a Descrição da doença?
Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores
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MALÁRIA – PALUDISMO: Como é o Quadro clínico da doença?
febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese profusa e cefaleia, que ocorrem em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Em alguns pacientes, aparecem sintomas prodrômicos, vários dias antes dos paroxismos da doença, a exemplo de náuseas, vômitos, astenia, fadiga, anorexia.
102
MALÁRIA – PALUDISMO: Quem é o Reservatório?
Homem
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MALÁRIA – PALUDISMO: Quem é o Vetor?
Mosquito do gênero Anopheles
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MALÁRIA – PALUDISMO: Qual é o Modo de transmissão?
Picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium. Horário dos vetores - ao entardecer e ao amanhecer. Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa. Raramente: transfusão de sangue, compartilhamento de seringas e congênita.
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MALÁRIA – PALUDISMO: Qual é o Período de incubação?
P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, 13 a 17; e P. malariae, 18 a 30 dias.
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MALÁRIA – PALUDISMO: Quais são as Complicações?
Parasitemia elevada, acima de 2% das hemácias parasitadas, podendo atingir até 30% dos eritrócitos. São sinais de malária grave e complicada: hiperpirexia (temperatura >41°C), convulsão, hiperparasitemia (>200.000/mm3 ), vômitos repetidos, oligúria, dispneia, anemia intensa, icterícia, hemorragias e hipotensão arterial. Pode cursar com alteração de consciência, delírio e coma.
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MALÁRIA – PALUDISMO: Como é o Diagnóstico?
Gota espessa Testes rápidos para a detecção de componentes antigênicos de plasmódio
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MALÁRIA – PALUDISMO: Qual é o Tratamento?
Cloroquina
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MALÁRIA – PALUDISMO: Como é a Notificação?
Compulsória
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Qual é o vetor da Zika, Chikungunya, febre amarela, dengue?
Aedes
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Quem é o vetor da Lyme - Febre maculosa?
Carrapatos
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Quem é o vetor da Chagas (Trypanosoma cruzi)?
Triatomíneo
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Quem é o vetor da Leishmaniose (Leishmania chagasi)?
Lutzomyia longipalpis
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Quem é o vetor da Malária?
Anopheles (mosquitoprego)
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Quem é o vetor da Filariose?
Culex
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Leptospirose: Qual é o Modo de Transmissão?
Exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. Penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
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Leptospirose: Qual é o Agente Etiológico?
Bactéria Leptospira
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Leptospirose: Qual é o Período de Incubação?
Pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
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Leptospirose: Qual é a Epidemiologia?
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos
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Leptospirose: Quais são as Manifestações Clínicas da Fase precoce (séptica)?
* Maior circulação da bactéria no sangue (leptospiremia) que dura de 4 a 7 dias com sintomas mais inespecíficos. * Febre bastante alta; * Dores musculares, acometendo com mais frequência a panturrilha, resultando em palpação dolorosa ; * Congestão conjuntival; * Falta de apetite; * Náuseas/ vômitos. * Obs.: podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
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Leptospirose: Quais são as Manifestações Clínicas da Fase tardia?
* Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. * Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias; * Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar aguda e sangramento maciço; * Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica; * Síndrome da Angústia Respiratória Aguda – SARA; * Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central.
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Leptospirose: Como é a Notificação?
Doença de notificação compulsória imediata (nível municipal) – Portaria 3.148/2024 (PRTC 4/2017)
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Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual é o Agente etiológico?
Leishmania (Leishmania) amazonensis; Leishmania (Viannia) guyanensi; Leishmania (Viannia) braziliensis
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Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual a Descrição?
Doença infecciosa, não contagiosa, transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
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Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual o Quadro clínico?
cutânea lesões indolores, com formato arredondado ou ovalado, apresentando base eritematosa, infiltrada e de consistência firme, bordas bem delimitadas e elevadas, fundo avermelhado e com granulações grosseiras. Mucosa presença de lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores.
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Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual é o Reservatório?
animais silvestres (roedores, masurpiais, edentados e canídeos silvestres), sinantrópicos (roedores) e domésticos (canídeos, felídeos e equídeos).
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Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual é o Vetor?
o insetos denominados flebotomíneos do gênero Lutzomyia
120
Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Como ocorre a transmissão?
Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas. Não há transmissão de pessoa a pessoa.
121
Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Qual é a incubação?
No homem, em média 2 m, podendo mais curtos (2 semanas) e mais longos (2 anos)
122
Leishmaniose tegumentar (Úlcera de Bauru): Como é o Diagnóstico?
parasitológico – pesquisa de amastigotas em esfregaço da lesão; imunológicos – intradermorreação de Montenegro (IDRM) ou sorologia; molecular – (PCR).
123
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Agente etiológico?
Protozoários tripanosomatídeos do gênero Leishmania. Nas Américas, a Leishmania (Leishmania) chagasi.
123
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é a Descrição da doença?
Doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
124
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Quadro clínico?
a doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia.
125
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Reservatório?
Cão e raposa
126
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Vetor?
Lutzomyia longipalpis
127
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Modo de transmissão?
A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania (L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
128
Leishmaniose visceral - Calazar, esplenomegalia tropical: Qual é o Período de incubação?
No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses.
129
CÓLERA: Qual é o Agente?
Vibrio cholerae O1 ou O139 toxigênico
129
CÓLERA: Qual é a Descrição?
DDA - diminuição na consistência das fezes (fezes líquidas ou semilíquidas), pelo aumento da frequência de dejeção – mínimo de 3 episódios em 24 horas – por até 14 dias, podendo ser acompanhada de febre, náusea, vômitos.
129
CÓLERA: Qual é o Reservatório?
Seres humanos (portadores assintomáticos) Ambiente aquático (marinha e fluvial)
130
CÓLERA: Qual é o Modo de transmissão?
131
CÓLERA: Quais são os Sintomas?
diarreia e vômito com diferentes graus de intensidade. Febre não é uma manifestação comum.
132
CÓLERA: Quais são as Complicações?
Desidratação e DHE
133
CÓLERA: Qual é a incubação?
Geralmente de 2 a 3 dias (12 h a 5 dias). Padronizado o período de incubação de 10 dias
134
CÓLERA: Qual é o Período de transmissibilidade?
Na maioria dos casos, de um a dez dias após a infecção. Por questão de segurança, para as investigações epidemiológicas, foi padronizado o período de transmissibilidade de 20 dias
135
CÓLERA: Qual é a Epidemiologia?
Notificação nas 3 instâncias de forma imediata Busca de casos Caso autóctone – Bahia 2024; 2005/2005 (PE)
136
CÓLERA: Como é o Tratamento?
SRO ou Hidratação EV. Antibiótico para casos com comorbidades, redução da imunidade, HIV, gestantes 1ª opção doxiciclina
137
CÓLERA: Como é o Diagnóstico laboratorial?
Caso suspeito + isolamento de Vibrio cholerae O1 ou O139 toxigênico em amostra de fezes ou vômito Swab retal ou fecal em meio de transporte Cary-Blair
138
CÓLERA: Qual é o Diagnóstico clínico-epidemiológico?
Caso suspeito de cólera que apresente vínculo epidemiológico com caso de cólera confirmado laboratorialmente e/ou com local onde haja surto declarado de cólera, desde que não haja diagnóstico clínico e/ou laboratorial de outra etiologia.
139
CÓLERA: Qual é Vigilância epidemiológica?
Prevenir a ocorrência de casos e óbitos por cólera. Impedir ou dificultar a propagação da doença.Detectar, caracterizar e controlar surtos.
140
CÓLERA: Quais são as Medidas de prevenção?
Saneamento básico (fornecimento de água potável em qualidade e quantidade suficiente, coleta e tratamento de dejetos e resíduos sólidos), ao desenvolvimento dos hábitos de higiene pessoal e à manipulação adequada dos alimentos. Lavagem e desinfecção de superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos. Tratamento da água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar).
141
CÓLERA: Como faz a exclusão?
É possível ocorrer infecções extraintestinais causadas por Vibrio cholerae. São casos raros, mas devem ser investigados e relatados ao Ministério da Saúde, entretanto somente devem ser notificados no Sinan se estiverem de acordo com a definição de caso suspeito de cólera. Ressalta-se ainda que apenas a identificação de Vibrio cholerae em cultivos de sangue, urina, líquor etc. não configura critério laboratorial para confirmação da cólera.
141
CÓLERA: Quando deve ser o Encerramento do caso?
60 dias da notificação
142
O que é o Enterobius vermicularis?
* Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis, é um verme que provoca uma verminose intestinal denominada enterobíase, oxiuríase ou oxiurose. * Helminto nematódeo de forma cilíndrica e cor branca, que mede cerca de 1 cm. * O ser humano é o único hospedeiro natural do oxiúro
143
Poliomielite: Qual é o Reservatório?
O ser humano, especialmente crianças.
143
Poliomielite: Qual é o Agente etiológico?
Poliovirus, sorotipos 1, 2 e 3, pertencentes ao gênero Enterovirus, família Picornaviridae.
144
Poliomielite: Como ocorre a Transmissão?
Ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe.
145
Poliomielite: Qual é a Incubação?
Geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias.
146
Poliomielite: Qual é o Período de transmissibilidade?
Na forma oral-oral, acontece em torno de 36 a 72 horas, a partir da contaminação, durando até 1 semana essa transmissibilidade. Enquanto na via fecal-oral, isso acontece de 3 a 6 semanas.
147
Poliomielite: É de notificação compulsória?
SIM
148
Poliomielite: Qual é a Periodicidade?
É uma doença de notificação compulsória IMEDIATA.
149
Poliomielite: Qual é a Particularidade na notificação?
Deve ser investigada rapidamente para que se possa tomar providências no determinado território, em no máximo 48 horas, e encerra-se o caso, no máximo, em 60 dias. Para isso, uma das características é a coleta de fezes de 14 a 60 dias
150
Tétano: Qual é o Agente etiológico e reservatório?
C. tetani é um bacilo gram-positivo esporulado, anaeróbico. Produz esporos que lhe permitem sobreviver no meio ambiente por vários anos. C. tetani é normalmente encontrado na natureza, sob a forma de esporo, podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença).
151
Tétano: Qual é o Período de incubação?
É curto: em média, de 5 a 15 dias, podendo variar de 3 a 21 dias. Quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico
152
Tétano: Como é o Diagnóstico?
É essencialmente clínico e não depende de confirmação laboratorial. Os exames laboratoriais auxiliam no tratamento do paciente e no controle das complicações
153
Tétano: Como é o Tratamento?
A hospitalização deverá ser imediata, preferencialmente em (UTI). Quarto individual, com mínimo de ruído, de luminosidade, e temperatura estável e agradável. Por não se tratar de uma doença contagiosa, devem ser adotadas apenas medidas de precaução padrão
153
Sarampo: Qual é o Agente etiológico?
RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
154
Sarampo: Qual é o Modo de transmissão?
forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Aerossóis com partículas virais no ar
154
Sarampo: Quem é o Reservatório?
homem
155
Sarampo: Qual é o Período de transmissibilidade?
nicia-se seis dias antes do exantema e dura até quatro dias após seu aparecimento. O período de maior transmissibilidade ocorre quatro dias antes e quatro dias após o início do exantema.
156
Sarampo: Qual é a Incubação?
7 e 21 dias, desde a data da exposição até o aparecimento do exantema
157
Sarampo: Quais são as Manifestações clínicas?
Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik Infecção - febre, tosse produtiva, coriza, conjuntivite, fotofobia, exantema (exantemacutâneo máculo-papular de coloração vermelha, iniciando na região retroauricular). Toxêmico - superinfecção viral ou bacteriana Remissão - diminuição dos sintomas, com declínio da febre. Descamação fina (furfurácea)