Doenças Transmissíveis - FGV Flashcards
Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são as Características da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração; Reagudização de lesões antigas Dor espontânea nos nervos periféricos Aumento ou aparecimento de áreas hipo ou
anestésicas
Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são as Características da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e neurite.
As lesões preexistentes permanecem inalteradas.
Reações hansênicas - estados reacionais: Como é o Comprometimento sistêmico da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
É frequente; presença de febre, astenia, mialgias, náuseas (estado toxêmico) e dor articular
Reações hansênicas - estados reacionais: Qual a Causa da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Processo de hiper-reatividade imunológica, em resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento
bacilar)
Reações hansênicas - estados reacionais: Qual a Causa da Reação tipo 2 ou reação de eritema
nodoso hansênico?
Processo de hiper-reatividade imunológica, em resposta ao antígeno (bacilo ou fragmento bacilar)
Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são os Fatores associados da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Edema de mãos e pés; aparecimento brusco de mão em garra e “pé caído”
Reações hansênicas - estados reacionais: Como é o Comprometimento sistêmico da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Não é frequente
Reações hansênicas - estados reacionais: Quais são os Fatores associados da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
Edema de extremidades (irite, epistaxes, orquite, linfadenite, neurite); comprometimento gradual dos troncos nervosos
Reações hansênicas ou estados reacionais como é o Início da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Antes do tratamento com poliquimioterapia (PQT) ou nos primeiros 6 meses do tratamento;
Reações hansênicas ou estados reacionais como é o Início da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
Pode ser a primeira manifestação da doença
Reações hansênicas ou estados reacionais quais são as Formas clínicas da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Paucibacilares
Reações hansênicas ou estados reacionais quais são as Formas clínicas da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
Multibacilares
Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é a Evolução da Reação tipo 1 ou reação reversa?
Lenta; podem ocorrer sequelas neurológicas e complicações, como abcesso de nervo
Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é a Evolução da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
Rápida; o aspecto necrótico pode ser contínuo, durar meses e apresentar complicações graves
Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é o Tratamento da Reação tipo 1 ou reação reversa ?
Prednisona: 1mg/kg/dia ou
Dexametasona: 0,15mg/Kg/dia
(pacientes hipertensos e cardiopatas)
Reações hansênicas ou estados reacionais: Como é o Tratamento da Reação tipo 2 ou reação de eritema nodoso hansênico?
Talidomida: 100 a 400mg/dia.
Esquema alternativo:
Prednisona: 1mg/kg/dia.
Pentoxifilina: 1.200mg/dia, 8/8h. Iniciar com 400mg/dia, com aumento de 400mg/semana.
Como é o Esquema único de tratamento da hanseníase do adulto?
- Rifampicina: dose mensal de 600mg (2 cápsulas de 300mg) com administração supervisionada
- Clofazimina: dose mensal de 300mg (3 cápsulas de 100mg) com administração supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada
- Dapsona: dose mensal de 100mg (1 comprimido de 100mg) supervisionada e uma dose diária de
100mg autoadministrada
Como é o Esquema único de tratamento da hanseníase da Criança?
- Rifampicina: dose mensal de 450mg (1 cápsula de 150mg e 1 cápsula de 300mg) com administração
supervisionada - Clofazimina: dose mensal de 150mg (3 cápsulas de 50mg) com administração supervisionada e uma
dose de 50mg autoadministrada em dias alternados - Dapsona: dose mensal de 50mg (1 comprimido de 50mg) supervisionada e uma dose diária de 50mg autoadministrada
Quais são os EFEITOS ADVERSOS da RIFAMPICINA?
Cutâneos – Rubor de face e pescoço, Hepáticos –icterícia (suspenso se as transaminases e/ou bilirrubinas aumentarem mais de 2x o valor normal; Hematopoéticos – Trombocitopenia ou sangramentos anormais. Anemia hemolítica – Tremores, febre, náuseas, cefaleia e, às vezes,
choque, podendo também ocorrer icterícia leve; A coloração avermelhada da urina não deve
ser confundida com hematúria.
Quais são os EFEITOS ADVERSOS da CLOFAZIMINA?
Cutâneos – Ressecamento da pele, que pode evoluir para ictiose, alteração na coloração da
pele e suor. Nas pessoas de pele escura, a cor pode se acentuar; nas pessoas claras, a pele
pode ficar com uma coloração avermelhada ou adquirir um tom acinzentado, devido à
impregnação e ao ressecamento;
GI – Náusea, vômito, diminuição da peristalse e dor abdominal, devido ao depósito de cristais
de clofazimina nas submucosas e linfonodos intestinais, resultando na inflamação da porção
terminal do intestino delgado.
Quais são os EFEITOS ADVERSOS da DAPSONA?
Cutâneos – Síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa ou eritrodermia;
Hepáticos – Icterícia, dor abdominal, náusea e vômitos;
Anemia hemolítica – Tremores, febre, náuseas, cefaleia e às vezes choque, podendo também
ocorrer icterícia leve;
Metemoglobinemia – Cianose, dispneia, taquicardia, fadiga, desmaios, anorexia
Como é o TRATAMENTO HANSENÍASE?
- Rifampicina: 600mg de forma mensal, sendo supervisionada. Possíveis reações: suor e urina avermelhados e a redução do efeito de medicamentos anticoncepcionais.
- Dapsona: 100mg mensal, supervisionado + 100mg diária. Possíveis reações: a medicação apresenta diversas reações possíveis, dentre elas as alterações no ferro dentro da hemoglobina e alterações na pele.
- Clofazimina: 300mg de forma mensal (supervisionada) e diária de 50mg (autoadministrada). Possíveis reações: coloração da pele um pouco mais bronzeada, sendo inclusive motivo de estigma.
Paucibacilar: 6 meses (máximo 9m)
Multibacilar: 12 meses (máximo 18 m).
Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase indeterminada?
Forma inicial; Evolui espontaneamente para a cura. Uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose.
Quais são as MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS da Hanseníase tuberculoide?
Forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade
(dormência). Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos. Podem ser encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.